Corrida sucessória: aumenta o leque de opções que podem levar à frente o ciclo de mudanças iniciado em São Luís

 

O majestoso Palácio de la Ravardière, sede da Prefeitura de São Luís festejado pelo prefeito Edivaldo Jr. e pelo governador Flávio Dino na abertura do período natalino. Ali o futuro mandatário, que pode ser um escolhido pelos dois líderes, vai dar as cartas a partir de janeiro de 2021.

A escolha de candidatos à sucessão de Edivaldo Holanda Jr. (PDT) na Prefeitura de São Luís será uma tarefa muito complicada. Não por causa de fatores partidários nem por escassez de candidatos, mas exatamente pelo grande número de personalidades com perfil político, técnico e ético perfeitamente ajustado às exigências do cargo. Ontem, por exemplo, o presidente eleito da Câmara Municipal, vereador Osmar Filho foi apontado como uma das opções do PDT para disputar a sucessão municipal, no mesmo dia em que a senadora eleita Eliziane Gama (PPS) foi colocada na corrida sucessória municipal, dois dias depois de a atual presidente do Iphan, Kátia Bogea (sem partido), ter sido apontada como uma opção de peso para a disputa. Isso num cenário em que já pontificam o deputado federal eleito Eduardo Braide (PMN), o deputado federal eleito Bira do Pindaré (PSB), o deputado estadual eleito Duarte Jr. (PCdoB), o secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão (DEM), e o deputado federal Victor Mendes (MDB). Outros nomes estão sendo cogitados, de modo que o leque de opções aumenta em número e qualidade. Todos observados  com atenção pelo prefeito Edivaldo Holanda Jr., que vai atuar fortemente para entregar o bastão a um aliado do campo liderado pelo governador Flávio Dino (PCdoB).

A avaliação dominante no momento é a de que a disputa pela Prefeitura de São Luís será renhida, por uma série de motivos, sendo o primeiro deles o fato de o prefeito Edivaldo Holanda Jr. ter iniciado um novo ciclo na vida da Capital do Maranhão. Para começar, representa a nova geração, que vê no Palácio de la Ravardière o grande passo para chegar ao Palácio dos Leões, que é o sonho colorido e objetivo concreto de todo político em início de carreira. Além disso, o futuro prefeito de São Luís receberá uma máquina que, depois de muitas agruras e descaminhos, vem sendo cuidada com os ajustes necessários para finalmente poder enfrentar os seus maiores desafios, entre eles investimentos pesados em saneamento básico, por exemplo. A revitalização do circuito Praça Deodoro/Rua Grande, que está transformando o Centro nervoso do comércio e serviços de São Luís, é a grande senha para um processo de mudanças que não pode parar. São desafios dessa dimensão que os interessados em disputar a sucessão municipal terão pela frente.

Quando se traz à tona nomes que vêm se destacando no cenário político e administrativo municipal, o pressuposto é que esses candidatos a candidato tenham de fato cacife para encarar tais desafios. No caso da arquiteta Kátia Bogea, o foco de uma eventual gestão sua seria, claro, a valorização do acervo arquitetônico com uma visão mais aberta de um contexto urbano. Eduardo Braide tem uma cabeça e certamente atacaria os problemas numa programação meticulosa, que é uma das suas marcas. O mesmo faria Bira do Pindaré, que já mostrou, como secretário de Ciência e Tecnologia, senso de gestão quando planejou e iniciou a montagem da rede de Iemas. Victor Mendes saberia o que fazer para tornar São Luís uma cidade ambientalmente mais saudável. Com a experiência que acumulou, Felipe Camarão poderia transformar a Capital nas áreas educacional, administrativa e turística. E a julgar pelo que realizou no Procon e no Viva Cidadão e pelo seu grau de ousadia, Duarte Jr. certamente mexeria com São Luís. É difícil prever até onde chegaria Eliziane Gama à frente da administração municipal, mas é possível imaginar que ela iria longe. E nesse cenário, muito se poderia esperar de Osmar Filho, que conhece a cidade e seus problemas com a experiência de vereador.

Esse leque de potenciais candidatos sugere que o ciclo iniciado pelo prefeito Edivaldo Holanda Jr. será continuado, pois todos os nomes citados certamente compreendem que o momento é de virada. E isso significa que o futuro prefeito terá de levar em frente as mudanças iniciadas, sob pena de entrar para a história como um fracasso.

 

PONTO & CONTRAPONTO

Assembleia Legislativa entra no clima natalino com iluminação especial no Palácio Manoel Beckman

A bela e moderna faxada imponente do Palácio Manoel Beckman recebeu iluminação especial para o Natal, cuja  programação foi inaugurada ontem pelo presidente Othelino Neto e a presidente do Gedema Ana Paula Lobato.

A exemplo do que haviam feito o Executivo, o Judiciário e a Prefeitura de São Luís, cujas magníficas sedes – Palácio dos Leões, o Palácio Clovis Bevilácqua e o Palácio de la Ravardière – ornamentadas com a motivação natalina, tornando-se atração que já levou milhares de pessoas à Praça Pedro II, o Palácio Manoel Beckman, sede da Assembleia Legislativa, entrou segunda-feira no circuito natalino ao receber uma iluminação especial, inteiramente afinada com sua linha arquitetônica. E o clima natalino chegou de vez ontem, no início da noite, quando o presidente Othelino Neto (PCdoB) e a presidente do Gedema, Ana Paula Lobato, acompanhados de parlamentares e servidores, receberam Papai Noel, abrindo oficialmente a programação das festas natalinas no parlamento estadual.

 

Carlos Brandão ganha músculos e terá papel importante na sucessão de Flávio Dino

Carlos Brandão: vice correto terá papel importante na corrida sucessória em 2022

Engana-se quem pensa que a sucessão do governador Flávio Dino é tema de uma discussão ainda muito distante e que por isso é um tabu no meio político. Ao contrário, já se fala abertamente sobre quem será o escolhido para enfrentar as urnas em 2022 como candidato a levar à frente o processo de mudanças por ele iniciado. Na pauta das conversas informais estão o prefeito Edivaldo Holanda Jr., o senador eleito Weverton Rocha, o secretário Felipe Camarão, que integram o chamado núcleo duro que cerca o governador. Entre aliados é lembrado o deputado federal eleito Josimar Maranhãozinho (PR), e na seara oposicionista o nome mais citado é Eduardo Braide (PMN). Vozes mais atentas incluem na lista o vice-governador Carlos Brandão (PRB), um político discreto, mas que demonstrou ser bom de compromisso e ter muita competência na arte da sobrevivência política. Antes apenas uma solução para atrair o PSDB para a aliança dinista, Carlos Brandão se revelou um aliado leal, que segue rigorosamente a orientação do chefe, e que cumpre com zelo as tarefas que lhe são entregues. Com a reeleição, Carlos Brandão ganhou novo ânimo e mais músculos e caminha para ser o sucessor de Flávio Dino em Abril de 2022, quando o governador se desincompatibilizará para disputar vaga no Senado ou participar de um projeto maior, como vice ou como cabeça de chapa. A Coluna registra o que disse um político largamente experiente da base do governador Flávio Dino: “Quem está pensando em chegar ao Palácio dos Leões terá de se entender com Carlos Brandão”. Faz todo sentido.

 

São Luís, 11 de Dezembro de 2018.

2 comentários sobre “Corrida sucessória: aumenta o leque de opções que podem levar à frente o ciclo de mudanças iniciado em São Luís

  1. Sobre a corrida sucessória a Prefeitura de São Luis, faltou o senhor incluir o nome do deputado Adriano. Ele vem sendo incluso em todas as enquetes dos maiores blogs

  2. Faltou incluir o deputado Adriano Sarney (PV), que é uma surpresa. Sagrou-se deputado mais votado da oposição. Para Adriano, é preciso pensar no futuro político e ele está em alta em algumas rodas influentes, despontando como um trunfo da nova política maranhense. Vejas o resultado das últimas eleições e confira os números que o seu grupo alcançou na Ilha. Viste? Percebeste que há um eleitorado fiel ao grupo e que não quer ficar órfão em 2020? É ver para crer

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