Todos os posts de Ribarmar Correa

Mesmo com alguns choques isolados, Brandão e Camarão atuam para resolver a crise na base

Carlos Brandão e Felipe Camarão atuam
pela reunificação da aliança governista

Em meio a explosões isoladas aqui e ali, com ataques e contra-ataques sobre temas superficiais, mas também num ambiente em que o Poder Executivo vai se ajustando, sem alarde, com troca de comando em diversas áreas, e ainda sob os ecos de decisões judiciais que resolvem questionamentos que causaram rusgas, o governador Carlos Brandão (PSB), agora inteira e abertamente apoiado pelo vice-governador Felipe Camarão (PT), vai aos poucos reduzindo o grau de tensão política, caminhando assim para reunificar a aliança que dá sustentação ao seu Governo. Não há, ainda, no horizonte político, um sinal concreto de que a crise esteja sendo de fato resolvida, mas não há dúvida de que os ânimos estão serenando, o que cria efetivas condições para a solução completa da encrenca.

Nas últimas 72 horas, o meio político foi sacudido por vários movimentos, uns sugerindo pacificação e outros acirrando os ânimos, indicando uma espécie de “equilíbrio” no ambiente de tensão.

Nesse contexto, primeiro foi a entrada do vice-governador Felipe Camarão no circuito das conversas pelo entendimento, seguido do acerto pelo qual foi feita a troca de comando na Secretaria de Educação, reduzindo quase a zero a presença do ex-secretário na pasta, incluindo ainda no pacote a ação do PCdoB e do Solidariedade questionando a eleição do prefeito de Colinas, aliado do governador Carlos Brandão, apontado por muitos como provocação

No contrapeso, vieram a decisão do ministro Alexandre de Moraes, da Suprema Corte, confirmando a legalidade da nomeação do advogado Daniel Brandão para o Tribunal de Contas do Estado (TCE), contestada pelo Solidariedade, e a iniciativa da presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale, de preencher os cargos de Diretor Legislativo e Diretor de Relações Institucionais do Poder, abertos com a exoneração dos dirigentes anteriores sob acusação de nepotismo. Mas como ainda não há uma trégua formal entre os divergentes, o tabuleiro da base governista foi sacudido pelo injustificado pugilato verbal entre a vice-prefeita de Paço do Lumiar, Mariana Brandão (MDB) com o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB).

No epicentro desses movimentos e atento a cada um deles, o governador Carlos Brandão sinalizou com clareza o seu interesse na superação das diferenças e na recomposição plena da sua base de apoio. “Estamos tentando unificar”, declarou ele em conversa com jornalistas. Conhecido pela discrição com que faz política, atuando fortemente nos bastidores, evitando a todo custo declarações e anúncios precipitados, optou por não responder pessoal e diretamente aos duros ataques da ala dissidente da aliança, preferindo manter-se distante de polêmicas, embates e controvérsias. E a prova disso é que não há registro de declarações com as quais o governador tenha sido agressivo com seus atuais adversários políticos. Esse tem sido também o comportamento da presidente Iracema Vale.

Mesmo com essas escaramuças e com a declaração de Márcio Jerry segundo a qual “não há recomposição política apenas por manifestação de intenção”, é visível o fato de que no momento o ambiente político é muito menos carregado do que em dezembro passado, quando a crise esteve muito perto de arrebentar de vez. Está em curso, portanto, a construção, complicada, mas efetiva, das condições para que governistas e dissidentes sentem à mesa, ajustem as suas posições, resolvam pendências e voltem a ser uma aliança inteira. É fácil? Não. Afinal, a crise causou estragos fortes nas relações. Mas como a política é apontada como a arte do impossível, não há pendência que não possa ser resolvida.

O que vale no momento é que os principais interessados na recomposição, a começar pelo vice-governador Felipe Camarão, estão se movimentando e com disposição para conversar. “Vou conversar com todos”, declarou o vice-governador, reforçando a posição do governador Carlos Brandão de continuar criando as condições para o diálogo. Até porque a partir de agora o tempo passa a ser fator importante.

PONTO & CONTRAPONTO

Famem: Roberto Costa consolida vantagem com o apoio de 14 prefeitos baixadeiros

Roberto Costa reunido com prefeitos da Baixada, que lhe declararam apoio

A declaração de apoio de 14 prefeitos da Baixada Ocidental praticamente selou um desfecho favorável à candidatura do prefeito de Bacabal, Roberto Costa (MDB), na eleição para a presidência da Famem, que ocorrerá na próxima quarta-feira, 15.

Com o posicionamento dos gestores municipais baixadeiros, o dirigente bacabalense obteve maioria sólida de intenções de voto, não havendo condições para qualquer outro eventual candidato atuar como concorrente em condições de virar o jogo. O grupo inclui o novo prefeito de Pinheiro, André da Ralpnet (Podemos), chegou a ensaiar candidatura ao comando da entidade municipalista. E a manifestação foi justificada pela prefeita de Serrano do Maranhão, Val Cunha: “Roberto já tem uma larga experiência política. É um bom nome, reconhecido em todo o Maranhão, e nós ficamos satisfeitos em poder contribuir com essa eleição”.

Além do pinheirense André da Ralpnet e da serranense Val Cunha, declararam apoio a Roberto Costa os prefeitos Heliezer (Peri-Mirim), Deyvison do Posto (Mirinzal), Gilson Lima (Presidente Sarney), Nivaldo Araújo, (Alcântara), Jadeco  (Apicum-Açu), Márcio Hominho (Bacuri), Letícia de Sibá (Bacurituba), Guerra (Penalva), Dr. Rômulo (Cajapió), Dico de Dedeco (Palmeirândia), Joãozinho Pavão (Santa Helena) e Magno (Guimarães).

André Fufuca já trabalha sua pré-candidatura ao Senado como decisão já tomada

André Fufuca: definição

Em conversas fechadas com aliados, o ministro André Fufuca (Esporte) estaria deixando claro que o seu projeto de disputar o Senado está, de fasto, deixando de ser uma possibilidade e ganhando condição concreta.

Essa avaliação estaria sustentada em pesquisas feitas pelo PP durante a campanha para as eleições municipais. As informações estatísticas não foram divulgadas, uma vez que foram levantadas apenas para orientação do ministro e seus aliados mais próximos.

Os fatos indicam que, ao mesmo tempo em que trabalha sua posição nas bases eleitorais, o ministro André Fufuca cuida de tornar seu projeto senatorial viável também no Palácio do Planalto, onde pode ter o apoio do presidente Lula da Silva (PT).

São Luís, 10 de Janeiro de 2025.

Aspirantes ao Senado têm situações partidárias que vão da fragilidade à solidez

Carlos Brandão e André Fufuca e Weverton Rocha e
Eliziane Gama: situações partidárias diferentes

Não é novidade para ninguém que a corrida para o Senado nas eleições de 2026 já ultrapassou a fase da largada e os pré-candidatos, já definidos com clareza, se movimentam com intensidade em busca do suporte político e eleitoral que precisam para embalar os seus projetos de chegar à Câmara Alta. Um dos braços desse suporte é a condição partidária de cada um, que faz a diferença no jogo das disputas majoritárias. Até agora são quatro os nomes que caminham em direção às duas cadeiras, os senadores Eliziane Gama (PSD) e Weverton Rocha (PDT), cujos movimentos indicam que buscarão a reeleição, e o governador Carlos Brandão (PSB) e o deputado federal e atual ministro do Esporte André Fufuca (PP). No aspecto partidário, os quatro têm situações distintas, que vão da quase absoluta falta de base ao conforto de ter condição de inclusive poder optar com uma eventual troca de partido.

A senadora Eliziane Gama é o exemplo acabado de detentora de mandato com situação partidária absolutamente instável e imprevisível. Ela se elegeu em 2014 pelo Cidadania, e por uma necessidade de acomodação no Senado, andou flertando com outras agremiações e acabou no PSD, hoje uma potência partidária nacional, mas que, curiosamente, quase inexiste no Maranhão, onde, além da senadora, tem apenas um deputado federal – Josivaldo JP, um prefeito – Eduardo Braide, de São Luís, e um deputado estadual – Fernando Braide. Além disso, Eliziane Gama ingressou no PSD num arranjo em Brasília com a cúpula nacional, sem qualquer acordo no plano estadual, o que permite que ela atue como opositora do prefeito da capital. Pelo que está desenhado, é provável que a senadora busque um novo partido para tentar a reeleição.

O senador Weverton Rocha tem uma situação partidária ainda sólida, mas muito menos política e eleitoralmente poderosa do que a de 2014. É que o seu partido, que o tem como presidente há mais de uma década, vem perdendo terreno a cada eleição, correndo o risco de entrar para o plano das pequenas agremiações. Segundo em número de prefeitos em 2020, o PDT desabou para o oitavo lugar em número de prefeitos eleitos em 2024. Esse emagrecimento da agremiação brizolista no Maranhão, especialmente em São Luís, onde já reinou por quase duas décadas, fragilizou o projeto de reeleição do senador Weverton Rocha, que vai precisar de muita habilidade e articulação para chegar a 2026 com força para entrar de fato na disputa.

No plano inverso, o ministro André Fufuca vem construindo um projeto de candidatura ao Senado que tem como base principal a sua condição partidária. O PP foi o terceiro em número de prefeitos em 2024, tendo conquistado máquinas municipais poderosas como Imperatriz, a segunda maior do estado, tendo mantido a de Caxias e a de Santa Inês, por exemplo. Na condição de deputado federal, André Fufuca é um dos líderes do seu partido que já presidiu no plano nacional e foi líder da bancada na Câmara Federal. Esse conjunto de fatores lhe dá uma condição partidária sólida, que lhe permite pleitear uma cadeira no Senado sem qualquer problema no que diz respeito a partido.

Em matéria de condição partidária entre os pré-candidatos a senador, a situação do governador Carlos Brandão é, de longe, a mais confortável e sólida. Além de ter saído das urnas municipais como o partido que mais elegeu prefeitos no Maranhão em 2024, o PSB é hoje o maior partido do estado, estando ao mesmo tempo no comando do Executivo e do Legislativo. O governador Carlos Brandão tem ainda a vantagem de ser o presidente estadual da legenda, o que lhe dá uma vantagem a mais. Mesmo enfrentando uma forte ameaça de cisão, o PSB comandado por Carlos Brandão vai para as eleições de 2026 como uma potência que, somada ao seu prestígio político, torna o governador um candidato que entrará na corrida movido pela condição de favorito. O chefe do Executivo tem uma vantagem a mais no campo partidário: se por algum imprevisto ele vier a romper com o PSB, tem o MDB pronto para recebê-lo.

O cenário partidário para a corrida ao Senado no Maranhão tem, como se vê, uma situação no mínimo diferenciada.

PONTO & CONTRAPONTO

Brandão recebe vereadores de São Luís e defende harmonia institucional e parceria com a Câmara

Carlos Brandão com vereadores de São Luís após reunião no Palácio dos Leões

Foi politicamente expressiva a reunião do governador Carlos Brandão (PSB) com larga maioria dos vereadores de São Luís, resultado de uma articulação do núcleo político do Palácio dos Leões com o presidente da Câmara Municipal, vereador Paulo Victor (PSB). O grupo representou o mosaico político e partidário do parlamento ludovicense, o que é raro numa realidade tão heterogênea como o perfil partidário dos militantes políticos da Capital.

Participaram do almoço vereadores do PSB, entre eles o presidente Paulo Victor, o único represente do PDT – vereador Raimundo Penha, integrante da base do prefeito Eduardo Braide, como a vereadora Clara Gomes (PSD) e o seu colega Daniel Oliveira, um dos edis mais ligados ao prefeito de São Luís. Lá estiveram também aliados declarados do Governo Brandão, como integrantes do Coletivo Nós, como Jhonatan Soares, que representa o PT.

E do almoço participou também o vereador supostamente distanciado do Governo, como o experiente Astro de Ogum, do PCdoB, que é aliado declarado do Palácio dos Leões, sendo contrário ao fato de que o seu partido está em rota de confronto do o governador Carlos Brandão.

O encontro foi proposto pelo presidente Paulo Victor e organizado em articulação com o secretário de Articulação Política do Governo, Rubens Pereira, e com o chefe da Casa Civil, Sebastião Madeira. E com esse evento, o governador Carlos Brandão faz um gesto significativo para a classe política em geral.

Ao comentar a reunião, que foi marcada pela descontração e pela abordagem de assuntos e problemas relacionados com a cidade de São Luís, o governador Carlos Brandão, que defende o que chama de harmonia institucional entre os Poderes, destacou como a continuidade do que ele definiu de parceria do Governo do Estado com a Câmara Municipal de São Luís:

“Essa parceria que a gente está reafirmando, ela deu muito certo, muitas ações e obras aconteceram em São Luís, graças à parceria com os vereadores. São os vereadores que conversam com as comunidades, são eles que estão na ponta e sabem das demandas da população. A gente fica muito feliz porque quando tomamos uma decisão em parceria, estamos levando um benefício direto para a população”.

Por sua vez, o presidente do parlamento municipal, Paulo Victor, destacou o que ele entende ser um exemplo de “diálogo positivo”: “O Governo do Estado sempre esteve de portas abertas para a Câmara Municipal de São Luís, desde o nosso primeiro mandato enquanto presidente. É muito importante esse papel institucional que o governo do Estado faz com os nossos vereadores”.  

Roberto Costa amplia mais ainda a base de apoio para a presidência da Famem

Roberto Costa recebe o apoio de prefeitos da Região do Munim

O prefeito de Bacabal, Roberto Costa (MDB), continua sua forte e intensa caminhada em direção à presidência da Federação dos Municípios do Maranhão (Famem). Depois de ter garantido o apoio de líderes municipais de quase todas as regiões, como a Sul e a Tocantina, por exemplo, ele recebeu ontem o aval de 14 prefeitos da região do Munim.

No grupo que declarou apoio ao líder bacabalense estão Jonas Magno (PDT), novo prefeito de Rosário, que se elegeu numa aliança com o MDB, e o ativo e bem articulado emedebista Jones Braga, que continua no comando da Prefeitura de Nina Rodrigues.

Nas contas de apoiadores já conta com o apoio de mais de 60% dos 210 prefeitos com direito a voto uma vez que sete prefeituras não estão associadas à Famem. Esse cacife lhe assegura vantagem, que poderá se transformar em aclamação, já que até ontem nenhum outro prefeito anunciou candidatura.

Vale lembrar que para ser candidato a qualquer cargo de comando na Famem, a começar pelo de presidente, o prefeito tem de estar vinculado a uma chapa, segundo reza o estatuto da entidade. A eleição está marcada para o dia 15.

São Luís, 09 de Janeiro de 2025.

Camarão sai do banco e entra no jogo para restaurar aliança e consolidar seu projeto de poder

Felipe Camarão: projeto de poder passa
por aliança firme com Carlos Brandão

Em meio a alguns pontos fomentadores da crise que vem ameaçando fortemente a aliança partidária governista, o que coloca em situação de grave risco o seu projeto de assumir o comando do Estado em abril de 2026 e, na condição de governador, pleitear a reeleição, o vice-governador Felipe Camarão (PT) decidiu sair da condição de motivo de desavenças para assumir o papel que de fato lhe cabe: atuar como apaziguador, operando para conter focos de incêndio. Com isso, cria as condições para consolidar de vez o seu credenciamento como sucessor natural do governador Carlos Brandão (PSB), que reúne todas as credenciais para pleitear uma cadeira no Senado.

A julgar pelos seus movimentos e declarações mais recentes, o vice-governador de fato entrou em campo para evitar o agravamento da crise contendo os ímpetos dos seus aliados dinistas na Assembleia Legislativa. Essa postura foi evidenciada por ele próprio, quando representou o governador Carlos Brandão na posse dos novos deputados. “Vou conversar com todos”, disse em contato com jornalistas, deixando claro que essas conversas deverão ocorrer o mais rapidamente possível, de modo a, pelo menos, evitar que a situação se agrave.

A questão a ser resolvida pelo vice-governador é simples: reunir, sob os mesmos objetivos, grupos que seguem a linha de ação do ex-governador Flávio Dino – hoje ministro da Suprema Corte – e segmentos alinhados ao governador Carlos Brandão, de forma a que todos se mobilizem em torno da sua candidatura ao Palácio dos Leões e a do governador ao Senado. Esse projeto, que não está escrito, mas teria sido pactuado na definição das candidaturas em 2022.

Esse pacto foi minado por atos e fatos nos dois campos, porque alguns dinistas não entenderam que Carlos Brandão, reeleito em turno único, tinha o direito de dar ao seu Governo a formação e a orientação que bem entendesse, como fez Flávio Dino ao longo de sete anos e três meses, e alguns brandonistas não assimilaram que o novo Governo fora eleito na base de uma aliança partidária, que tinha dinistas como principais aliados. As discussões e diferenças foram formando uma teia de tensões que resultou num quadro de rompimento.

Político jovem, que ganhou estatura como secretário de Educação no Governo Flávio Dino, Felipe Camarão foi alçado ao topo da aliança partidária como o indicado do PT para vice do governador Carlos Brandão. Sua posição nesse contexto é complicada, a começar pelo fato de que o seu partido, o PT, é aliado, mas não é dinista, é petista, lulista, tem identidade com o dinismo, mas está com o governador Carlos Brandão, e ponto. E nesse cenário, o vice-governador sabe que não pode ser um ponto fora da curva, correndo o risco do que há de pior em política, o isolamento. Qualquer análise certamente concluirá que o seu projeto de chegar ao Palácio dos Leões estará seriamente comprometido se ele cruzar os braços e apostar que será levado.

O vice-governador já tem experiência política suficiente para saber que tem tudo para ser a bola da vez: tem o aval do dinismo e de muitos brandonistas que não querem briga; é do PT e, até onde se sabe, está na lista do Palácio do Planalto como dono de potencial para vencer a eleição se for candidato pela aliança que elegeu Flávio Dino duas vezes e reelegeu Carlos Brandão. Ou seja, tem a faca na mão e o queijo no prato. Por outro lado, sabe também que, se o rompimento for consumado e o governador Carlos Brandão resolver continuar no cargo até o final do mandato, o candidato que tiver o seu apoio será fortíssimo.

Portanto, o vice-governador Felipe Camarão joga certo e mostra maturidade e bom senso político quando decide entrar no tabuleiro para desarmar bombas e apagar incêndios com o objetivo de restaurar a unidade da aliança pela qual pretende ser candidato a governador. Tem aí alguns meses para cumprir essa agenda com bons resultados.

PONTO & CONTRAPONTO

Eleição na Famem em contagem regressiva; Roberto Costa amplia favoritismo

Roberto Costa com prefeitos da Região Sul, entre eles Alan da Marrisol
(Balsas), que está ao seu lado

Começa a contagem regressiva para a eleição da nova direção da Famem, que será realizada no próximo dia 15. De acordo com as regras, se pretender ocupar qualquer um dos mais de 20 cargos na Diretoria da entidade municipalista, o prefeito interessado terá de participar de uma chapa, já que o estatuto da organização não prevê candidatura avulsa para nenhum dos seus postos.

Até o momento, todos os ventos sopram para o prefeito de Bacabal, Roberto Costa (MDB), que nas contas de uma fonte emedebista já conta com mais de dois terços dos 210 eleitores – já que sete dos 217 municípios não estariam formalmente vinculados à entidade.

Entre esses apoiadores estão os prefeitos de grandes, médios e pequenos municípios, a exemplo de Rildo Amaral (Imperatriz), Alan da Marissol (Balsas), Rafael Brito (Timon), Gentil Neto (Caxias), Vinícius Vale (Barreirinhas), Fred Campos (Paço do Lumiar), Felipe dos Pneus (Santa Inês), Viriato Cardoso (Tutóia), Cristina Varão (Bom Jardim), Edinalva Brandão (São Francisco do Brejão) e Toca Serra (Pedro do Rosário).  

Roberto Costa vem trabalhando duro nessa articulação, contando com o apoio do governador Carlos Brandão e dos líderes do MDB e dos demais partidos que formam a aliança governista, cuja unidade ele defende enfaticamente.

A eleição poderá se dar por chapa única, caso o seu provável adversário, Josué Jr. (PP), prefeito de Peritoró, que anunciou sua disposição de disputar a presidência, não consiga formar e registrar uma chapa. E não há movimentação de outro aspirante junto aos novos prefeitos.

8 de Janeiro: dois anos da tentativa de golpe derrotada pelas instituições democráticas

Bandidos políticos destroem as vidraças do Palácio do Planalto:
não dá para esquecer, nem perdoar

Hoje faz dois anos que o Brasil foi estremecido com o ato em que uma turba da extrema direita golpista ocupou a Praça dos Três Poderes, em Brasília, e invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal e as duas Casas do Congresso Nacional. Foi o ponto culminante de uma série de atos de terror político praticado por bolsonaristas de extrema direita em Brasília ao longo do mês de dezembro, todos com o objetivo de provocar a intervenção dos militares na vida do Brasil, num processo ditatorial inaceitável.

A ação na Praça dos Três Poderes foi o ato final da tentativa de golpe de estado tramada para impedir a continuação do Governo Lula da Silva (PT) e manter no poder o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas urnas em 2022, que deixara o País no dia 30 de dezembro em clima de fuga para Miami. O crime politicamente estúpido, foi cometido com o apoio “branco” do Governo de Brasília.

Para a derrota e desgraça moral dos golpistas, as instituições republicanas brasileiras (Executivo, Judiciário e Legislativo) reagiram de pronto, enquadraram a horda agressora e seus patrocinadores e asseguraram a prevalência da democracia no Brasil.

Atualmente, a Justiça está dando a resposta formal a esse crime julgando e condenando a penas variadas, e também absolvendo acusados injustamente, num processo claro, com direito de ampla defesa, como tem de ser numa verdadeira democracia.

Nada disso teria acontecido e com os desdobramentos que estão em curso se o senhor Jair Bolsonaro e sua turma respeitassem a manifestação da maioria, assimilassem a derrota e se preparassem para a próxima, como é a regra nas democracias.

São Luís 8 de Janeiro de 2025.

Novos deputados vão apoiar o Governo e devem ter forte atuação por suas regiões

Foto 1: Carlos Brandão sela aliança com Keké Teixeira,
Batisd Segundo, Catulé Júnior e Edson Araújo, com o
aval de Iracema Vale. Foto 2: Felipe Camarão e
Iracema Vale entre os quatro novos deputados

Se não houver nenhuma mudança de rota nem algum desacerto imprevisto, os deputados Catulé Júnior (PP), Edson Araújo (PSB), Keké Teixeira (MDB) e João Batista Segundo (PL) farão parte da base de apoio do governador Carlos Brandão (PSB) na Assembleia Legislativa. Foi essa a impressão que ficou da visita que eles fizeram ao chefe do Executivo, acompanhados da deputada-presidente Iracema Vale (PSB), após o ato de posse como novos membros do parlamento estadual. O governador não escondeu que conta com o apoio deles, declarando: “Desejo a todos muito sucesso em seus mandatos e reforço nosso compromisso de trabalhar em conjunto para fazer o Maranhão continuar avançando”.

Os novos deputados maranhenses são parlamentares de atuação política independente e suas falas no ato de posse sinalizaram com clareza que, a exemplo do que acontece com a esmagadora maioria da atual Assembleia Legislativa, terão forte atuação com foco regional.

Catulé Júnior (34.487 votos) será um deputado de Caxias, sua terra natal, com a qual tem vinculação de raiz. Político jovem e com boa formação – recitou Fernando Pessoa no ato de posse -, já tem uma visão abrangente do estado, obtida como secretário estadual de Turismo durante o Governo Flávio Dino. Sua atuação política está fortemente vinculada à do seu pai, o vereador Catulé, um dos mais longevos e atuantes vereadores da história recente da Princesa do Sertão. Catulé Júnior poderá ser um diferencial por conta da garra com que faz política. Tanto que declarou: “Estou pronto, preparado e querendo”.

Parlamentar experiente, o deputado Edson Araújo (34.545 votos) na verdade retorna à Assembleia Legislativa após dois anos de ausência. Tem sua atuação inteiramente voltada para o setor da pesca, controlando dezenas de sindicatos e agindo em Brasília para a expansão do famoso e controverso “seguro-defeso”, conforme deixou claro no seu discurso de posse. Filiado há tempos ao PSB, ele será, como sempre foi, um dos pilares da base governista. Não terá a desenvoltura do seu antecessor, Rafael Brito (PSB), hoje prefeito de Timon, mas sabe o que faz no jogo político que move a Casa de Manoel Beckman.

Segundo colocado na disputa pela Prefeitura de Pinheiro, o que aumentou a sua estatura política, João Batista Segundo (35.057 votos em 2022) deixou claro que tem posição firmada e que vai atuar totalmente alinhado ao Palácio dos Leões, como parte da primeira linha da base governista. Quanto a isso, ele foi enfático no discurso de posse, ao afirmar que veio “para somar” com o governador Carlos Brandão. Vai preencher sem problemas o espaço deixado pelo seu antecessor, Juscelino Marreca, hoje prefeito de Santa Luzia. Será um representante credenciado da Baixada   e, tudo indica, a grande pedra no sapato do prefeito pinheirense André da RalpNet.

O deputado Keké Teixeira (18.436 votos), que tem por base Cidelândia, na Região Tocantina, chegou à Assembleia Legislativa com dois desafios. O primeiro é substituir Roberto Costa, hoje prefeito de Bacabal e que quando deputado foi um dos principais articuladores da Casa. E o outro “é fazer com que o povo não se arrependa de ter votado em mim”. Manifestou a convicção de que “tudo é no tempo de Deus”, o novo deputado do MDB fez duas promessas na sua fala de posse: será um representante da região Tocantina e fará valer o mandato que assumiu.

Ao recepciona-los e formalizar a sua condição de deputados estaduais titulares, a presidente da Assembleia Legislativa, deputada Iracema Vale, lhe apresentou o ambiente político em que atuarão: “A população espera de nós ações concretas para melhorarem suas condições de vida. Tenho certeza que a presença dos senhores vai contribuir para aproximar ainda mais esta Casa Legislativa do povo, principalmente das regiões que representam. Nossa missão é defender os interesses do nosso estado, promover a justiça social e construir um Maranhão sempre melhor para os maranhenses”.

Agora é aguardar fevereiro, para que os novos deputados mostrem realmente a que vieram.

PONTO & CONTRAPONTO

Deputados chegam à Assembleia Legislativa em meio a uma disputa de poder na Casa

Batista Segundo, Keké Teixeira, Catulé Júnior
e Edson Araújo fazem juramento

Os deputados Catulé Júnior, Edson Araújo, Keké Teixeira e João Batista Segundo desembarcam na Assembleia Legislativa no momento em que a Casa vive um momento de divergências políticas internas, que levaram a uma situação de quase rompimento na base governista, causada por diferenças entre aliados do governador Carlos Brandão com seguidores do ministro Flávio Dino (Supremo).

Pelo que mostraram ontem ao longo do dia, os quatro parlamentares não formam um grupo, atuam em campos diferentes, mas têm em comum o fato de estarem alinhados ao Palácio dos Leões. Eles seguem os seus antecessores, todos integrantes linha de frente do grupo de apoiadores do governador Carlos Brandão, mas sem serem agressivos com os dissidentes da base, preferindo atuar pela conciliação.

De cara, os deputados Edson Araújo e João Batista Segundo entrarão no conflito com espírito de bombeiro. O mesmo deve acontecer com Keké Teixeira, que deve seguir a orientação do comando estadual do MDB e ouvir ponderações do prefeito bacabalense Roberto Costa. Catulé Júnior já definiu posição de apoiador do Governo, mas não está claro ainda sua posição nesse conflito.

Os novos parlamentares estão afinados com a presidente Iracema Vale em relação às disputas interna da Casa, reconhecendo a legitimidade da sua eleição para o biênio 2025/2026.

Decisão de desembargador sobre emendas em São Luís pode ser “efeito cascata”

Eduardo Braide: apanhado de
surpresa por decisão judicial

A decisão do desembargador José Jorge Figueiredo dos Anjos (TJMA) de atender, no plantão de fim de semana, a recurso impetrado pelo ex-vereador Ribeiro Neto (PSB) pedindo a reserva, pelo prefeito Eduardo Braide (PSD), de recursos no valor de R$ 2 milhões do Orçamento deste ano para “possível” pagamento de emendas apresentadas pelo então parlamentar em 2024, apanhou o prefeito Eduardo Braide (PSD) de surpresa.

A ação informa que o seu último ano com o vereador Ribeiro Neto apresentou duas emendas, uma no valor de R$ 1 milhão 541mil e outra no valor de R$ 541 mil. O dinheiro seria destinado aos projetos “Lentes da Esperança”, sob a responsabilidade do Instituto Beneficente Albino Soeiro, e “Esporte e Lazer nas Comunidades”, a ser posto em prática pela Associação das Donas de Casa da Vila São Camilo.

O desembargador plantonista justifica o deferimento argumentando que “o Executivo não pode se valer da prática de retardar a tramitação das emendas parlamentares, a fim de impedir que os recursos sejam empenhados no exercício financeiro devido e, com isso, se esquivar do pagamento das emendas impositivas. Nesse caso, cabe ao Judiciário adotar medidas que assegurem o fiel cumprimento do direito constitucionalmente assegurado aos membros do parlamento”.

A decisão do desembargador José Jorge Figueiredo dos Anjos pode ser “efeitos cascata” das duras medidas tomadas na Suprema Corte para colocar ordem na “balbúrdia” orçamentária nacional.

São Luís, 07 de Janeiro de 2025.

Braide domina São Luís sem adversários e pode chegar em 26 como um candidato forte

Eduardo Braide no ato em que vetou o
aumento do seu salário de R$ 25 para
R$ 35 mil: um bom mote para 2026

Depois de passar pelo ciclo de quase duas décadas dominado por Jackson Lago e pelo PDT, que tiveram influência marcante na vida da cidade, e pelo período em que pontificaram João Castelo (PSDB), com um mandato, e Edivaldo Holanda Jr. (PTC/PDT), com dois mandatos, mas que não deixaram marcas fortes na vida política dos ludovicenses, São Luís vive o momento protagonizado pelo prefeito Eduardo Braide (PSD). Ao contrário dos seus antecessores, que tiveram suportes os mais diversos para tocar seus projetos administrativos e políticos, o atual prefeito atua praticamente sozinho, sem uma base política e partidária que lhe dê sustentação plena, o que o torna um caso um caso raro, senão único, no vasto tabuleiro da política maranhense.

Alguns exemplos mostram a diferença do que acontece agora em São Luís. Em Imperatriz, Rildo Amaral (PP) foi eleito com o apoio de uma rede de partidos e lideranças, como o govenador Carlos Brandão (PSB), o ministro do Esporte André Fufuca (PP), o ex-prefeito Sebastião Madeira (PSDB) e o deputado federal Josivaldo JP. Em Timon, o prefeito Rafael Brito (PSB) enfrentou o poderio dos Leitoa apoiado por uma frente que reuniu o governador Carlos Brandão, a ex-prefeita Socorro Waquim (MDB) – sua vice, e o deputado Leandro Bello (Podemos). E em Bacabal, além do apoio do governador Carlos Brandão, o prefeito Roberto Costa (MDB) contou com o prefeito Edvan Brandão e os deputados Davi Brandão e Florêncio Neto, ambos do PSB.

Na Capital, Eduardo Braide encarou praticamente sozinho (só uma banda do MDB o apoiou) o poderio da aliança governista – aí incluído o PT do presidente Lula da Silva – liderada na campanha pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Paulo Victor (PSB) e mobilizada em torno do deputado federal Duarte Jr. (PSB), além do que restou do PDT e outras forças sem expressão política e eleitoral. Numa campanha avassaladora, com discurso centrado nos resultados obtidos no primeiro mandato, quebrou todos os paradigmas da política convencional e se reelegeu em turno único.

Mais do que a sua reeleição, o prefeito Eduardo Braide eliminou de vez praticamente todos os vultos políticos que lhe poderiam fazer sombra. Nenhum ex-prefeito (não contam Jackson Lago e João Castelo, já falecidos) a começar pelo mais recente, Edivaldo Holanda Jr., que deu as cartas no município durante oito anos, é hoje páreo para enfrenta-lo nas urnas, já que simplesmente desapareceram do tabuleiro político do maior, mais rico e mais importante município do Maranhão.

Hoje, além de algumas vozes sem maior peso, como os deputados Yglésio Moises (PRTB) e Wellington do Curso (Novo) que discursam criticando-o, às vezes até asperamente, mas sem nenhum eco. Praticamente não existe opositor com força para causar ranhuras à sua blindagem. E admitam ou não alguns observadores, além de Duarte Jr., o único adversário que lhe causou algum incômodo nos últimos tempos foi o vereador-presidente Paulo Victor (PSB), um político ousado, que convive com controvérsias e que demonstrou ser audacioso o suficiente para provoca-lo e desafiá-lo, mas que foi contido pela frieza glacial de Eduardo Braide, que faz política com a razão e não com a emoção, calculando milimetricamente cada um dos seus bem-sucedidos movimentos.

É com esse lastro que o prefeito Eduardo Braide dá as cartas em São Luís com uma força que só dois antecessores tiveram – Epitácio Cafeteira, eleito em 1965, Jackson Lago, que se elegeu em 1988,1996 e 2000. E o coloca numa posição que pode levá-lo à disputa de 2026 para o Governo do Estado, principalmente se a aliança governista estiver rompida e lhe abrir espaço para entrar na briga com alguma segurança. Com a sua frieza lógica, o prefeito de São Luís poderá se tornar um adversário muito difícil na guerra pelo Palácio dos Leões.

Os líderes da base governista sabem disso, e sabem também que a unidade é o caminho para evitar o risco.

PONTO & CONTRAPONTO

Eliziane faz forte atuação política preparando terreno para a corrida à reeleição

Eliziane Gama na visita ao vice-governador
Felipe Camarão na semana passada: abrindo
vias para a busca da reeleição em 2026

A senadora Eliziane Gama (PSD) vem sinalizando com clareza que já abriu contagem regressiva para 2026. Ela percorreu o Maranhão durante a campanha eleitoral, se lançou pré-candidata à presidência do Senado, foi cautelosa na briga por prefeituras, está incluída na lista de ministeriáveis e vem atuando, nos bastidores e a céu aberto, para evitar que o racha na base governista seja consumado. Isso depois de ter sido vice-líder do Governo no Congresso Nacional.

Não é pouca coisa para um político da sua estatura. Afinal, nem metade dos 81 senadores conseguiu a visibilidade que ela alcançou nos últimos tempos, com protagonismo em duas CPIs importantes – a da Covid e a do 8 de Janeiro, da qual foi relatora -, sem contar o fato de que foi e continua sendo uma das principais articuladoras da bancada feminina na Câmara Alta.

Eliziane Gama se movimenta tendo como foco a sua reeleição a para o Senado. E o faz com essa abrangência porque tem a noção exata do que vem por aí, muito embora a equação para a disputa senatorial ainda não esteja definida. Esse quadro só terá formatação definitiva quando o governador Carlos Brandão bater martelo e anunciar se será ou não candidato a senador.

Por enquanto, ela vai fazendo a sua parte nesse tabuleiro, mantendo neutralidade na briga entre dinista e brandonistas, dando apoio declarado ao governador Carlos Brandão e conversando com dinistas, como a visita que fez na semana passada ao vice-governador Felipe Camarão (PT), que também tem investido em apelos pela união.

Novos deputados serão empossados nesta segunda-feira, 06

Catulé Jr., Edson Araújo, Keké Teixeira e
Batista Segundo: posse nesta segunda-feira.

Deputados estaduais por direito líquido e certo desde o 1º minuto de janeiro, quando os titulares Rildo Amaral (PP), Rafael Brito (PSB), Roberto Costa (MDB) e Juscelino Marreca (PRD) assumiram, respectivamente, as prefeituras de Imperatriz, Timon, Bacabal e Santa Luzia, os ex-suplentes Catulé Júnior (PL), Edson Araújo (PSB), Keké Teixeira (PDB) e João Batista Segundo (PRD) serão empossados formalmente hoje, na Assembleia Legislativa.

Todos receberão as chaves dos seus gabinetes e devem apresentar à presidente Iracema Vale a relação dos seus assessores, podendo ou não manter alguns dos atuais nas suas equipes. A estreia dos novos parlamentares no plenário, porém, só acontecerá no dia 1º de fevereiro, quando o parlamento estadual abrirá a próxima legislatura. Todos estão em São Luís desde a semana passada.

No plano federal, o suplente de deputado federal Ivan Júnior (União Brasil) será empossado formalmente hoje na vaga que pertence ao atual ministro Juscelino Filho (Comunicações), que vinha sendo ocupada pelo primeiro suplente Benjamin Oliveira (UB), que é o novo prefeito de Açailândia.

Agora primeiro suplente do União Brasil, Ivan Júnior milita politicamente na área do Itaqui-Bacanga, tendo saído das urnas como 6.647 votos nas eleições de 2022. Foi também candidato a vereador de São Luís, mas não conseguiu votos suficientes para se eleger.

São Luís, 05 de Janeiro de 2025.

Corrida para 26: tudo indica que base governista se unirá com Camarão e Brandão

Já se volta a falar na chapa Felipe Camarão/Carlos Brandão para Governo e Senado nas eleições de 2026

Faltam ainda 16 meses para a desincompatibilização, 20 para as convenções partidárias e 22 para as eleições de 2026. Para muitos, o pleito ainda está muito distante, mas para quem está no jogo da disputa pelo voto, essa distância parece bem menor. É o caso dos candidatos a candidato a governador, senador, mandatos majoritários cuja conquista depende da formação de uma base, da ação de grupos bem articulados por meio de alianças partidárias bem forjadas.

No Maranhão, a contagem regressiva para a disputa pelo Palácio dos Leões e as duas cadeiras de senador começa agora. Nesse contexto, há projetos já bem delineados, como o do vice-governador Felipe Camarão (PT) para o Governo do Estado, havendo ainda projetos em formação, como o do secretário Orleans Brandão (MDB), ambos na seara governista, e os do prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), do ex-senador Roberto Rocha (sem partido), do ex-prefeito de Santa Rita Hilton Gonçalo (Mobiliza), e o do ex-prefeito de São Pedro dos Crentes Lahesio Bonfim (Novo), cogitando-se ainda uma improvável candidatura do deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL). Serão todos candidatos? Provavelmente não, mas como a política é imprevisível, só o tempo e as circunstâncias políticas futuras dirão.

Uma avaliação fria certamente concluirá que o projeto mais consistente é o do vice-governador Felipe Camarão, se ele, claro, for apoiado pelo governador Carlos Brandão. Se o governador Carlos Brandão renunciar para disputar o Senado – e não há nada que justifique uma mudança nesse roteiro -, Felipe Camarão será governador a partir de abril de 2026 e, como aconteceu com Carlos Brandão, assumirá o Governo e será naturalmente candidato à reeleição, tendo o atual governador como companheiro de chapa para o Senado.  

Orleans Brandão só será candidato na hipótese, muito remota, de, por alguma circunstância não prevista, Carlos Brandão decidir permanecer no cargo até o final do mandato. Se isso não acontecer, está construindo lastro que lhe garantirá uma cadeira na Câmara Federal.

Em relação ao Senado, o roteiro é ainda mais nítido. Se as lideranças seguirem a lógica – e não há nenhum motivo justo para fazerem o contrário -, as duas vagas serão disputadas pelo governador Carlos Brandão (PSB) e pelo ministro André Fufuca (PP) e pelos senadores Eliziane Gama (PSD) e Weverton Rocha (PDT), que devem buscar a reeleição. Nesse caso, uma única dúvida envolve o senador Weverton Rocha, cujos aliados se dividem entre ele tentar a renovação do mandato ou investir tudo em nova tentativa de chegar ao Palácio dos Leões. Ele próprio já alimentou essa dúvida, mas ultimamente parece inclinado a tentar a reeleição.     

Uma crise, cujo estopim ninguém consegue identificar com precisão, vem há tempos minando a aliança governista, praticamente causando o rompimento e dando origem a um grupo ligado ao hoje ministro Flávio Dino (STF), identificado como dinismo, e outro ligado ao governador Carlos Brandão, chamado brandonismo. Concentrado na Assembleia Legislativa, o “jogo de poder” chegou ao ápice no final do ano que passou, com a guerra pelo comando da Casa, cujo resultado foi judicializado e as duas correntes aguardam o desfecho.

Os ânimos serenaram na virada do ano, deixando no ar a impressão de que estão sendo criadas as condições para que a crise seja estancada e a aliança governista seja restaurada na sua plenitude. E nesse caso, o desdobramento mais lógico será uma chapa Felipe Camarão como governador buscando a reeleição em 2026 tendo Carlos Brandão como companheiro de chapa para o Senado. Assim, manterá uma tradição que começou com José Sarney (Arena) em 1970 e chegou a Flávio Dino (PSB) em 2022, e só interrompida em 1986, com a permanência do governador Luiz Rocha (PDS) no cargo até o fim do mandato, e em 2006, quando o governador José Reinaldo Tavares (PTB) decidiu cumprir seu mandato até o último dia em apoio à vitoriosa candidatura de Jackson Lago (PDT) ao Governo do Estado. Luiz Rocha e José Reinaldo Tavares pagaram preço político elevadíssimo por conta da decisão de permanecer no cargo.

Nada disso precisa acontecer. Basta vontade política de sentar, resolver diferenças e ajustar o curso.

PONTO & CONTRAPONTO

Discurso conciliador de Braide repercute no meio político

Eduardo Braide falou em união no seu discurso de posse

Repercutiu fortemente o discurso de posse do prefeito Eduardo Braide (PSD) para o segundo mandato, principalmente quando ele falou em união.

Inicialmente, pareceu um recado conciliador à Câmara Municipal, com o objetivo de evitar o confronto permanente que marcou o seu primeiro mandato, quando teve mais de dois terços dos vereadores numa dura oposição comandada pelo presidente Paulo Victor (PSB).

Uma leitura mais apurada da sua fala sugere, com nitidez, que o prefeito de São Luís falou de uma união mais ampla, de um projeto maior, entendido por alguns como o prenúncio de uma caminhada ao Governo do Estado em 2026.

Iracema vibra com a posse dos filhos em Barreirinhas e em Urbano Santos

Vinícius Vale abraçado por Iracema Vale em Barreirinhas

A presidente da Assembleia Legislativa, deputada Iracema Vale (PSB) não cabe em si com a posse dos seus filhos Vinícius Vale (MDB), que assumiu a Prefeitura de Barreirinhas, e Herlon Júnior (PSB), que é o novo vice-prefeito de Urbano Santos.

Ela aposta alto no desempenho administrativo de Vinícius Vale, que é engenheiro civil e, segundo fontes que o conhecem, sabe o que fazer para dar à Barreirinhas a sua verdadeira dimensão, que é ser o grande portal dos Lençóis.

Herlon Júnior, por sua vez, inicia seu aprendizado político como vice-prefeito de Urbano Santos, preparando-se para ser o sucessor do prefeito reeleito Clemilton Barros, que deve apoiá-lo na corrida sucessória de 2028.

O alto astral da chefe do parlamento maranhense deve se manter nas alturas se a Suprema Corte confirmar a sua eleição de presidente do Legislativo para o biênio 2025/2026.

São Luís, 03 de Janeiro de 2025. 

Novos prefeitos: São Luís, Bacabal e Imperatriz são exemplos do que acontece nos demais municípios

Eduardo Braide recebeu o mandato dele próprio; Roberto Costa recebeu a faixa do
aliado Edvan Brandão e Rildo Amaral pretende colocar Assis Ramos na cadeia

Os 217 municípios receberam ontem novos dirigentes, eleitos no pleito de outubro do ano passado. Eles formam um mosaico diversificado no campo político e na orientação partidária e são expressões destacadas da nova geração da política maranhense, que estão encontrando as situações as mais diversas, que vão de prefeituras bem cuidadas até as quase soterradas no atoleiro da má gestão. As prefeituras de São Luís, Bacabal e Imperatriz são exemplos perfeitos dessas situações. A Capital empossou o prefeito Eduardo Braide (PSD), reeleito em turno único; Bacabal viveu e aplaudiu uma passagem de comando de um prefeito bem avaliado, Edvan Brandão (PSB) para um aliado apontado como um quadro competente, Roberto Costa (MDB), e Rildo Amaral recebeu Imperatriz mergulhada no caos administrativo e financeiro, fruto da má gestão do prefeito que sai, Assis Ramos (UD).

Eduardo Braide foi empossado para um novo mandato com a autorização de mais de 400 mil eleitores, que o reelegeram no 1º turno em reconhecimento à gestão inovadora e eficiente que realizou nos últimos quatro anos. No seu discurso de posse, no auditório da Fiema, cedido à Câmara Municipal, o prefeito de São Luís fez um rápido balanço da sua gestão, enumerou obras mais destacada, como o Elevado do Tirirical, entre várias outras, como hospital, creches, escolas. E elencou para o segundo mandato, sem ter de enfrentar uma pandemia, como aconteceu em 2021, uma série de obras importantes, como o Elevado da Forquilha, o Socorrão II, o Canal da Cidade Olímpica e o novo Mercado Central. Eduardo Braide assume o segundo mandato fortalecido politicamente tanto que seu nome já aparece na lista dos prováveis candidatos a governador em 2026, podendo entrar na briga pelo Palácio dos Leões.

O caso do emedebista Roberto Costa em Bacabal tem semelhanças e a diferença. É que ele foi eleito em outubro passado e recebeu ontem do prefeito Edvan Brandão uma prefeitura organizada, com obras e sem problemas de gestão muito graves, tanto que o prefeito que sai foi à posse, passou a faixa, foi aplaudido e seguiu para casa reconhecido. Com a autoridade de quem ajudou muito para o sucesso da gestão passada, Roberto Costa assume o comando de Bacabal com força e prestígio que o permitem enfrentar grandes problemas que ainda desafiam os bacabalenses, como o abastecimento de água, que é deficiente e está na pauta do novo prefeito como uma prioridade. Bacabal é, portanto, um exemplo o prefeito que sai e passou a faixa para o prefeito que entra, num ato republicano. E com a vantagem de que o prefeito que chega reúne condições de fazer muito mais. Roberto Costa tem excelente relação com o Governo do Estado e com o Governo Federal, o que lhe dá espaço para buscar nas duas esferas os recursos necessários para resolver as demandas de Bacabal, que é o epicentro político, econômico e cultural da Região do Médio Mearim.

Imperatriz, a segunda maior e mais rica cidade maranhense, protagoniza uma situação inversa. Ali, o prefeito Rildo Amaral recebeu a faixa das mãos de uma professora, uma vez que o ex-prefeito não foi convidado para a cerimônia de posse. Ele deixou para o novo prefeito uma cidade mergulhada em problemas urbanos, com dívidas e graves distorções administrativas em áreas como a da Saúde. Os problemas ali são tão desafiadores que, durante a campanha, o candidato Rildo Amaral anunciou que, se eleito, levaria o prefeito que sai às barras da Justiça e, se for o caso, para a cadeia. Após o juramento, o seu primeiro ato administrativo foi a extinção da Zona Azul, um sistema de administração de estacionamento pago implantado pela gestão anterior e que, segundo ele, vinha infernizando a população imperatrizense. Ao mesmo tempo feliz, mas demonstrando indignação com a situação da prefeitura, o novo prefeito fechou seu discurso fazendo uma promessa: “Prometo que nunca mais, nunca mais, Imperatriz vai passar pelo que passa hoje. Renasce, Imperatriz!”

Não há dúvida de que entre os demais municípios maranhenses existem casos muito parecidos com os três exemplos.

PONTO & CONTRAPONTO

Paulo Victor e João Alberto protagonizam situações diferentes quanto a comandar Câmaras

Paulo Victor foi de novo eleito presidente; João Alberto abriu mão e apoiou
a candidatura da vereadora Natália da Costa para a presidência

A maratona de posses de vereadores em todo o Maranhão produziu várias situações diferentes. Duas delas, uma em São Luís e outra em Bacabal, mostraram perspectivas diversas em relação ao poder.

Em São Luís, a pedra cantada há muito tempo foi confirmada com a eleição do vereador Paulo Victor (PSB) para novo mandato de presidente da Câmara Municipal. Como estava previsto, ele foi eleito com os votos de 29 – incluindo o dele próprio – dos 31 vereadores. Apenas dois vereadores não lhe deram o voto: Douglas Pinto (PSD), que foi o mais votado e é do partido do prefeito Eduardo Braide, e Flávia Bertiher (PL), bolsonarista que atua na contramão do partido no Maranhão.

Paulo Victor foi eleito presidente liderando a chapa “Deuteronômio 31:6”, inspirada na passagem bíblica que reza: “Sejam fortes e corajosos. Não tenham medo nem fiquem apavorados por causa delas, pois o Senhor, o seu Deus, vai com vocês; nunca os deixará, nunca os abandonará”.

Com a eleição para presidente, a terceira consecutiva, o vereador Paulo Victor entra para a crônica da Câmara Municipal de São Luís como um dos poucos presidentes a comandarem a Casa por seis anos, ininterruptamente.

O caso de Bacabal é exatamente o inverso e se respalda numa trajetória política rica e completa. Ali, João Alberto, o ex-deputado estadual, ex-deputado federal, ex-prefeito de Bacabal, ex-vice-governador, ex-governador do Maranhão e ex-senador da República, além de ser padrinho político e aliado de primeira linha do prefeito Roberto Costa, decidiu fechar sua vitoriosa carreira como vereador de Bacabal, sua terra natal.

A sua gigantesca estatura política e a sua condição de mais votado entre os eleitos em outubro, naturalmente lhe deram o e status de candidato natural à presidência das Câmara Municipal de Bacabal. Mas ele surpreendeu ao decidir não se candidatar a presidente, preferindo exercer seu mandato como um vereador comum, sem exercer qualquer cargo na Mesa Diretora.

Na condição de vereador mais idoso, João Alberto assumiu ontem a presidência da Câmara Municipal para presidir a sessão em que ele e seus colegas foram empossados e elegeram a Mesa Diretora, que escolheu como presidente a vereadora Natália da Costa.

Foi muito aplaudido.

Quatro suplentes assumem como titulares na Assembleia Legislativa e um na Câmara Federal

Catulé Jr., Edson Araújo, Keké Teixeira e Batista
Segundo são os novos deputados estaduais

Com a posse dos agora ex-deputados estaduais Rildo Amaral (PP), Rafael Brito (PSB), Roberto Costa (MDB) e Juscelino Marreca (PRD) nas prefeituras de Imperatriz, Timon, Bacabal e Santa Luzia, os seus respectivos suplentes Catulé Jr. (PL), Edson Araújo (PSB), Keké Teixeira (MDB) e João Batista Segundo (PRD) assumiram ontem como titulares na Assembleia Legislativa.

Catulé Júnior é advogado, já disputou várias eleições, foi secretário de Estado do Turismo durante o Governo Flávio Dino, é considerado um dos políticos mais ativos de Caxias e da região Leste. Com ele, a bancada do PL vai ganhar uma voz forte e um parlamentar que certamente participará dos grandes debates da Casa.

Edson Araújo volta ao parlamento estadual depois de dois anos. Ele já exerceu três mandatos e não conseguiu se reeleger em 2022. Engenheiro de pesca, Edson Araújo tem sua ação política centrada nesse setor, atuando na seara sindical dos pescadores maranhenses. Não é afeito à tribuna nem a debates no plenário. Vai substituir um dos deputados mais ativos do parlamento estadual.

Keké Teixeira assumirá a vaga do deputado Roberto Costa, considerado por muitos um dos mais importantes articuladores políticos do Maranhão nos últimos tempos.   

João Batista Segundo (PRD), que assumirá na vaga de Juscelino Marreca, que assumiu ontem a prefeitura de Santa Luzia, tem experiência, uma vez que já ocupou a cadeira por algum tempo e foi candidato à Prefeitura de Pinheiro, ficando em segundo lugar na corrida.

O advogado Ivan Júnior (União Brasil) é o novo deputado federal do Maranhão. Ele assumiu a vaga que pertence ao deputado federal Juscelino Filho (União Brasil), atual ministro das Comunicações. A vaga vinha sendo ocupada pelo médico Benjamin de Oliveira (UB), que tomou posse ontem como prefeito de Açailândia.

Segundo suplente do União Brasil, Ivan Júnior milita politicamente na área do Itaqui-Bacanga, tendo saído das urnas como 6.647 votos nas eleições de 2022. Foi também candidato a vereador de São Luís, mas não conseguiu votos suficientes para se eleger.

São Luís, 02 de Janeiro de 2025.

Iracema fecha 2024 com mensagem em que diz buscar “a paz pelo diálogo e entendimento”

Iracema Vale fez na sua mensagem de Ano Novo
uma proposta de conciliação política

Agitado por uma escalada surpreendente de tensão, o mundo político do Maranhão fecha o ano atingido por um apelo de paz. Essa manifestação, feita de maneira inteligente, foi acomodada no bojo de uma mensagem de virada de ano feita pela presidente da Assembleia Legislativa, deputada Iracema Vale (PSB), ela própria posicionada no epicentro de um terremoto que atingiu a base governista no dia 13 de novembro, na realização da eleição da Mesa Diretora do parlamento para o biênio 2025/2026. Reeleita num processo questionado pelo seu adversário, o deputado Othelino Neto (Solidariedade), a presidente do Poder Legislativo gravou duas mensagens, uma em que carreou o espírito natalino para deputadas e deputados, e outra despachando o ano velho e anunciando o ano novo fazendo um apelo por “paz e entendimento”, alertando que “o Maranhão precisa de paz”.

A mensagem natalina trouxe todos os elementos das manifestações típicas da época: nascimento de Cristo, tempo de esperança, pedido de bênção a Deus, etc., mas literalmente a presidente já introduz um toque político quando propaga que no universo parlamentar “os melhores presentes nem sempre vêm embrulhados em papel. Eles vêm com um sorriso, com um abraço. E deixam em nós, deputados e deputadas, a felicidade de saber que estamos contribuindo para um Maranhão melhor para todos”. E garante que “é isso que nos (os deputados) move todos os dias, fazer o melhor por você e sua família”. Na sua mensagem natalina, apresentada com segurança e empatia, a presidente da Alema conseguiu falar em seu nome e no dos outros 41 deputados.

A mensagem de virada de ano, por sua vez, ganhou uma dimensão muito maior pelo conteúdo político que trouxe. Iracema Vale diz que “chegamos ao final de mais um ano, de muita luta, trabalho e conquistas”. Segue reforçando o tom político ao declarar que “refletindo sobre o atual momento, o Maranhão tem grandes perspectivas de investimentos que abrem oportunidades de empregos para nossa gente”. E dá um passo corajoso ao alertar que, “para alcançarmos essa prosperidade, é preciso muita responsabilidade”. Ou seja, no seu discurso, quem não perceber as condições para alcançar a prosperidade, não estará sendo responsável para com o estado.

O trecho mais surpreendente e forte da mensagem da presidente do parlamento maranhense está numa declaração essencialmente política e de largo alcance: “Meu compromisso é buscar a paz, pelo diálogo e entendimento. O Maranhão precisa de paz”.

Como os maranhenses não estão conflagrados, a falta de paz, diálogo e entendimento está exatamente nas relações que movem a classe política. E mais especificamente na base governista, que representa as maiores e mais importantes forças políticas e partidárias do Maranhão, mas que está em processo de rompimento, produzindo um clima de tensão pouco visto no tabuleiro político estadual em tempos recentes. Quando se propõe buscar a paz pela via do diálogo e do entendimento, a presidente da Assembleia Legislativa faz uma proposta concreta para uma consertação entre as forças em conflito – segmentos políticos que integram a corrente formadas em torno do ex-governador Flávio Dino, e os grupos alinhados ao governador Carlos Brandão (PSB), ao qual ela pertence.

E como não poderia deixar de ser, a mensagem é concluída com o clássico “Que 2025 seja um grande ano para todos os maranhenses”.

Com a sua mensagem de virada de ano, a presidente da Assembleia Legislativa reforça a imagem que construiu nestes dois anos como uma política hábil e carismática, que sabe jogar no tabuleiro da política estadual, e por isso vem há dois anos driblando obstáculos e crises. E tudo isso sem alterar a voz nem usar palavras agressivas nos contra-ataques, tornando os embates mais suaves, mas não menos duros.

Não foi exatamente uma inovação, mas não há dúvida de que foi um gesto político ousado e oportuno.

PONTO & CONTRAPONTO

Eliziane apoia decisões de Dino sobre emendas

Eliziane Gama e Flávio Dino: parceria e amizade

A senadora Eliziane Gama (PSD) fechou 2024 com um posicionamento corajoso em defesa das decisões tomadas pelo ministro Flávio Dino (STF) em relação ao pagamento de emendas.

Eliziane Gama escreveu nas suas redes sociais: “Todo e qualquer recurso público, do povo, deve obedecer ao princípio da transparência. O rigor do ministro Flávio Dino na definição das emendas parlamentares de comissões segue nessa direção. Os Poderes da República não podem fugir desse imperativo ético”.

A parlamentar maranhense se manifesta nesse tom exatamente no momento em que a grande maioria dos 513 deputados federais e dos 81 senadores esbravejam pelos cantos, insatisfeitos com o enquadramento feito pelo ministro da Suprema Corte no processo de liberação de emendas.

E não vale acusar a senadora de oportunismo. Quem conhece a sua trajetória como jornalista, deputada estadual, deputada federal e senadora sabe que Eliziane Gama não compactua com o que está errado, especialmente em relação à aplicação de recursos públicos, não havendo qualquer “porém” em relação a ela.

Um bom fecho para 2024.

Vereadores de São Luís elegerão amanhã Mesa presidida por Paulo Victor

Paulo Victor deve ganhar novo mandato presidencial

O presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador reeleito Paulo Victor (PSB), se despede de 2024 em clima de contagem regressiva para ganhar mais um mandato presidencial.

A contagem mais recente confirmou que ele terá o voto de 29 dos 31 vereadores ludovicenses, incluindo ele próprio. É o resultado de uma articulação intensa iniciada imediatamente após o anúncio dos eleitos pela Justiça Eleitoral, na noite do dia 6 outubro.

Além do presidente Paulo Victor, a nova Câmara elegerá a seguinte composição para a mesa Diretora: 1º vice-presidente: Concita Pinto (PSB), 2º vice-presidente: Beto Castro (PSB), 3º Vice-Presidente: Raimundo Penha (PDT), 1º Secretário: Aldir Junior (PL), 2º Secretário: Thyago Freitas (PRD), 3º secretário: Daniel Oliveira (PSD), 4º Secretário: Clara Gomes (PSD) e 5º Secretário: Cleber Filho (MDB).

Até ontem à noite, somente os vereadores Douglas Pinto (PSD), que foi o mais votado, tendo recebido nas urnas mais de 16 mil votos, e Flávia Berthier (PL), bolsonarista roxa, não haviam se posicionado em relação à chapa liderada por Paulo Victor.

A eleição da Mesa Diretora do parlamento municipal ocorrerá amanhã à tarde, no Auditório Alberto Abdalla, na Fiema.

Em Tempo: A Coluna deseja um próspero ano novo aos seus leitores e a todos os maranhenses.

São Luís, 31 de Dezembro de 2024.

Leões: Divergências e tensões na base governista produziram indefinições na corrida sucessória

Felipe Camarão, Orleans Brandão, Eduardo Braide, Roberto Rocha, Lahesio Bonfim e
Weverton Rocha foram apontados em 2024 para disputar o Palácio dos Leões em 2026

Se 2024 foi um ano de disputas e confrontos, rachas e rompimentos, com poucas tentativas de conciliação, num processo de demarcação de espaços políticos, 2025, o ano que começa nesta quarta-feira, será ainda um período de muitas tensões e refregas, mas será também um tempo em que os grupos começarão a se ajustar para a grande e decisiva guerra política e eleitoral, na qual estarão em jogo o Palácio dos Leões e duas cadeiras no Senado da República, e, no plano maior, a Presidência da República. O ano que termina foi uma espécie de prévia para definição de candidaturas à sucessão do governador Carlos Brandão (PSB), cujo roteiro inicial dentro da aliança governista foi alterado, o que abriu caminho para o surgimento de projetos sucessórios diferenciados. Esse ambiente de conflito, que rachou a base governista, manteve a pré-candidatura do vice-governador Felipe Camarão (PT) e criou o projeto de candidatura do atual secretário de Relações Municipais Orleans Brandão (MDB), e no campo oposicionista foram apontados nomes como o prefeito de São Luís Eduardo Braide (PSD), o ex-senador Roberto Rocha (sem partido) e o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes Yglésio Moises (Novo).

Não surpreendeu que os olhares se voltassem para os dois nomes do campo governista. Isso porque, no que diz respeito a Felipe Camarão, candidato natural da chamada corrente dinista, o seu partido, o PT é parte importante da aliança que dá sustentação ao governador Carlos Brandão, e pode vir a ter o aval declarado do presidente Lula da Silva. No contrapeso, Orleans Brandão se consolidou como o principal articulador e porta-voz do governador Carlos Brandão na seara municipalista. Em meio as divergências entre as duas correntes governistas, a banda dinista pressiona para consolidar o projeto de candidatura do vice-governador Felipe Camarão, enquanto a chamada corrente brandonista, vem apostando cada vez mais alto no projeto de candidatura de Orleans Brandão, embora ele próprio já tenha declarado que o seu projeto é ser deputado federal.

O distanciamento das duas correntes governistas abriu a possibilidade de, em caso de rompimento irreversível, o governador Carlos Brandão abrir mão de disputar uma cadeira no Senado e permanecer no cargo até o último dia, o que lhe dará as condições de lançar um candidato competitivo, inviabilizando a candidatura de Felipe Camarão. A permanência no cargo até o final do mandato foi várias vezes admitida pelo governador Carlos Brandão ao longo do ano, com larga repercussão no meio político e até fora dele. Por sua vez, a corrente dinista atuou fortemente no sentido de obter do governador a declaração de que apoiará a candidatura do vice-governador, como a dele foi apoiada pelo governador Flávio Dino. O problema é que essas tentativas de fortalecer o projeto de Felipe Camarão foram acompanhadas de posições e declarações duras da corrente dinista em relação ao governador e ao Governo Carlos Brandão, além de ações judiciais extemporâneas, que colocaram o Palácio dos Leões na defensiva, tolheram a possibilidade de diálogo e incentivou o clima de confronto.

Em meio ao bombardeio, o vice-governador Felipe Camarão tem trabalhado ultimamente para encontrar um discurso de conciliação, declarando que o governador Carlos Brandão é o seu candidato a senador. Na mesma linha, embora não declarando que Carlos Brandão permanecerá no Governo até o final, aliados do governador continuam propagando o projeto de candidatura de Orleans Brandão.

O novo ano chega com animação para criar as condições de um grande acordo, como também com uma dose de disposição de levar a aliança governista a um racha definitivo, produzindo, nesse caso, um cenário de imprevisibilidade sem paralelo.

No campo oposicionista propriamente dito, a grande novidade foi a reeleição do prefeito de São Luís, Eduardo Braide, e com ela uma forte expectativa quanto ao que ele pensa sobre a disputa governamental de 2026. Nas contas feitas por todos, Eduardo Braide ganhou estatura para, se quiser, deixar a prefeitura para disputar o Governo em 2026, iniciando a corrida com um forte cacife em São Luís. Os seus movimentos – como sua ida à Imperatriz para apoiar a candidatura de Mariana Carvalho (Republicanos) e, mais recentemente, encontros com a banda dinista que se opõe ao governador Carlos Brandão – não deixaram dúvidas de que ele considera seriamente entrar na disputa, desde que se sinta cacifado para competir para valer.

Num outro quadrado desse campo está o ex-senador Roberto Rocha, que lançou a sua pré-candidatura sem sequer ter um partido. Numa esteira de fracassos retumbantes, o ex-senador é parte dos grupos que disseminam o bolsonarismo no Maranhão, embora não tenha recebido ainda qualquer sinal do ex-presidente em relação ao seu projeto de candidatura. Na mesma linha, só que mais moderado em relação ao bolsonarismo, mas pelo segundo lugar na eleição de 2022, quando bateu o senador Weverton Rocha, o ex-prefeito Lahesio Bonfim passou o ano anunciando sua pré-candidatura ao Governo.

Por fim, o senador Weverton Rocha entrou na lista pelas vozes de vários aliados, mas ele próprio tem se comportado como candidato à reeleição. O ano que chega vai leva-lo a uma definição.

Como se vê, está tudo armado para que 2025 seja um ano politicamente movimentado.

PONTO & CONTRAPONTO

As montagens para o Senado dependem da decisão de Brandão

Carlos Brandão, André Fufuca, Eliziane Gama e Weverton Rocha devem disputar o Senado

A corrida para o Senado teve duas definições muito claras, as pré-candidaturas da senadora Eliziane Gama, que declarou que buscará a reeleição, e o projeto de candidatura do deputado federal e ministro do Esporte André Fufuca (PP), que ainda não fez uma declaração formal sobre o assunto, mas não escondeu, em nenhum momento, que é esse o seu objetivo.

A grande dúvida – que resistiu surpreendentemente ao longo de 2024 – é a posição do governador Carlos Brandão, que no epicentro do jogo sucessório, falou mais da possibilidade de permanecer no cargo do que sair para concorrer a uma das cadeiras de senador.

Nesse caso, a equação é simples. Se o governador Carlos Brandão resolver disputar o Senado, será um candidato fortíssimo, que dificilmente será batido. Nessa hipótese – que é ainda a mais plausível -, os dois senadores que buscam a reeleição e o ministro do Esporte travarão uma guerra sem trégua por uma vaga. Foi esse o cenário desenhado em 2024. E se decidir ser senador, o governador Carlos Brandão terá em 2025 tempo suficiente para formatar a sua candidatura, costurar as alianças e torna-la um projeto viável, mais forte, porque, no caso, fará dobradinha com o governador Felipe Camarão, que disputará reeleição.

Portanto, com o governador concorrendo, a disputa para as duas vagas no Senado será francamente favorável ao chefe do Executivo e ao seu companheiro de chapa, muito provavelmente o ministro do Esporte, tendo a senadora Eliziane Gama como segunda opção.

Madeira atuou na interlocução e na articulação do Governo ao longo do ano

Sebastião Madeira

Em meio a secretários que pontificaram em 2024, como Orleans Brandão (Ralações Municipais), Luzia Waquim (Governo), Aparício Bandeira (Infraestrutura), Bira do Pindaré (Agricultura Familiar), José Reinaldo Tavares (Projetos Especiais) entre outros, o secretário-chefe da Casa Civil, Sebastião Madeira, foi um dos mais ativos articuladores do núcleo duro que dá suporte ao governador Carlos Brandão.

Com a experiência de quatro mandatos de deputado federal, dois de prefeito de Imperatriz e uma longa vivência partidária como tucano raiz, Sebastião Madeira foi um ativo interlocutor, que atuou com a mesma eficiência no campo político e partidário, nas relações institucionais do Palácio dos Leões com outros Poderes, ajudou a consertar aspectos pouco visíveis da gestão pública, tendo sido também um ativo conselheiro do chefe do Executivo.

Respirando política todos os dias, Sebastião Madeira trabalhou pela manutenção da aliança, atuando como fio condutor entre os líderes da base governista -Carlos Brandão e Flávio Dino, conseguindo a proeza de, no auge da crise, junta-los como padrinhos na festa do seu casamento. Além do mais, tirou o PSDB do limbo, dando ao partido a visibilidade possível.

Tirou férias nos últimos dez dias do ano e certamente retornará ao posto para continuar em 2025 o trabalho de articulação e interlocução que o tornou peça importante na equipe palaciana.

São Luís, 30 de Dezembro de 2024.

Dino dobra caciques do Congresso e encerra 2024 como personalidade destacada na República

Flávio Dino chega ao final de 2024 como
personalidade destacada na República

Em setembro de 2022, durante a campanha eleitoral, o então candidato a presidente da República, Lula da Silva (PT), fez escala em São Luís, e num grande comício na Praça Pedro II, em frente ao Palácio dos Leões, ao lado do governador Carlos Brandão (PSB), candidato à reeleição, e do ex-governador Flávio Dino (PSB), candidato a senador, foi ovacionado por milhares de seguidores e simpatizantes, e no seu discurso, disse que, se voltasse ao Palácio do Planalto, Flávio Dino seria seu ministro. Começava ali uma das trajetórias mais destacadas de um político no Brasil pós-ditadura.  Os três foram vitoriosos nas urnas: Carlos Brandão deu início ao seu próprio Governo e Flávio Dino assumiu o mandato de senador e foi convocado pelo presidente Lula da Silva para ser ministro da Justiça e Segurança Pública.

Os desdobramentos desse roteiro de vida real surpreenderam os maranhenses e os brasileiros em geral por conta do desempenho do senador maranhense à frente de uma das pastas mais nobres, desafiadoras e complexas do ministério, que cuida de direitos e deveres dos brasileiros, segurança interna, direitos do consumidor, administrando várias instituições, sendo a Polícia Federal a mais importante.

Antes de assumir o Ministério da Justiça, ainda nos estertores do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), quando as manifestações golpistas estavam se sucedendo em Brasília, Flávio Dino teve papel decisivo no desmonte das manobras da turma bolsonarista com o intuito de desestabilizar o País e impedir a posse do presidente Lula da Silva. Esse processo culminou uma semana depois da posse, com a invasão das sedes dos três Poderes, que seria a senha para o golpe, que só não aconteceu por dois motivos: os comandantes das Forças Armadas refugaram e, sob o comando do ministro Flávio Dino, o Governo reagiu, decretou intervenção em Brasília e sufocou a manobra no que entrou para a História como o 8 de Janeiro.

Em novembro de 2023, Flávio Dino foi indicado para o Supremo Tribunal Federal, tendo sido aprovado pelo Senado ainda naquele ano. Em fevereiro deste ano, Flávio Dino renunciou ao mandato de senador e foi nomeado ministro da Corte Suprema, iniciando ali um novo momento da trajetória que vem surpreendendo até mesmo os que já o conheciam. Em apenas dez meses, o novo ministro do STF, lastreado pela experiência de 12 anos como juiz federal e professor universitário, um mandato de deputado federal e dois mandatos como governador do Maranhão, Flávio Dino assumiu um protagonismo que nenhum outro quadro da sua geração, magistrado ou político, alcançou.

Nos seus cerca de 300 dias na condição de ministro da Corte Suprema, Flávio Dino conseguiu, em parte, conter as investidas da extrema-direita de fragilizar aquela instituição, por meio de pressões, ameaça e, em alguns casos, desrespeitando decisões. O ponto culminante dessa reviravolta aconteceu ainda em outubro, quando ele deu o primeiro passo para desmontar no Congresso Nacional o maior esquema de corrupção na área pública do País: o orçamento secreto e todo o esquema de emendas usado por deputados e senadores sem regras respeitáveis, o que permitiu o desvio de bilhões e bilhões de reais ao longo das últimas décadas. A decisão do ministro de bloquear o pagamento de emendas pelo velho sistema camuflado, sem qualquer rastreabilidade, até a adoção de regras claras e transparentes, de modo a tornar rastreável o uso desses recursos públicos, obrigou o Congresso a extinguir o orçamento secreto e a aprovar regras mais transparentes, assegurando que emendas agora tenham autor, destino e projeto, para que o dinheiro seja aplicado devidamente, sem risco de ser desviado.

Nas três últimas semanas, o Brasil assistiu, com atenção máxima, a queda de braço entre o ministro Flávio Dino e os coronéis do Congresso Nacional, capitaneados pelo deputado-presidente Arthur Lira (PP-AL), que tentaram burlar as regras para liberar R$ 4,2 bilhões de afogadilho ainda neste ano. O ministro apontou irregularidades no processo e manteve o bloqueio, dando 24 horas para que a Câmara Federal se explicasse. A resposta do parlamento chegou às suas mãos no final da tarde de sexta-feira, e até ontem ele estava examinando o quadro, deixando bem claro que, caso haja alguma irregularidade, o bloqueio dos R$ 4,2 bi será mantido, doe em quem doer.

O ministro Flávio Dino fecha 2024 como uma das personalidades mais destacadas da República.

PONTO & CONTRAPONTO

Fora dos cargos, Fábio Gentil e Hilton Gonçalo continuarão politicamente fortes

Fábio Gentil e Hilton Gonçalo: sem mandato,
mas no jogo politicamente fortes

Dois prefeitos se tornarão ex-prefeitos à meia-noite desta terça-feira (31/12) reconhecidos pelas suas gestões e por sua força política e iniciarão uma caminhada que deverá terminar nas urnas de 2026, muito provavelmente bem-sucedidos.

São eles: Fábio Gentil (PP), que comandou Caxias pelos últimos oito anos e deixa um sobrinho, Gentil Neto (PP) como sucessor, e Hilton Gonçalo (Mobiliza), que encerrará seu quarto mandato à frente de Santa Rita, e deixa no comando da cidade um sobrinho.

Fábio Gentil é um dos políticos cinquentões com maior influência na região onde atua, comandando uma força política que reúne o seu sucessor Gentil Neto, a deputada federal Amanda Gentil (PP), sua filha, e a deputada estadual Daniella Gidão (PSB), sua mulher e parceira política. Nas rodas de conversa sobre política, Fábio Gentil é visto como dono de cacife para ser deputado estadual, deputado federal, suplente de senador e até mês o vice-governador. Ele próprio ainda não disse o que fará depois de deixar a Prefeitura da Princesa do Sertão.

Com poder de fogo que levou o sobrinho Milton Gonçalo (Mobiliza) a ser seu sucessor, Hilton Gonçalo é reconhecido como um político competente, o que explica o tamanho da sua influência na região polarizada por Santa Rita. Começa com o fato de que já é um político experiente, que sai do poder junto com a mulher, Daniella Gonçalo, prefeita de Bacabeira, que também elegeu uma sobrinha, Naila Gonçalo (Mobiliza), para sucedê-la. Não muito afeito a mandatos legislativos, Hilton Gonçalo não esconde de ninguém que seu projeto de poder é chegar ao Palácio dos Leões.

É muito provável que os dois sejam personagens muito comentadas no meio político nos próximos meses.

Josimar de Maranhãozinho fechou 2024 derrotando ninguém menos que Jair Bolsonaro

Josimar de Maranhãozinho levou a melhor
na peleja contra Jair Bolsonaro

O deputado federal Josimar de Maranhãozinho encerra 2024 como vencedor de uma das guerras mais complicadas da sua carreira: a queda de braço com o ex-presidente Jair Bolsonaro pelo controle do PL no Maranhão.

O ex-presidente da República e candidato fracassado a ditador dedicou boa parte da sua agenda pós-eleição a ações que tinham como alvo o cacife político de Josimar de Maranhãozinho e sua mulher, a deputada federal Detinha, e também atingindo de raspão os deputados federais Pastor Gil e Júnior Lourenço.

Jair Bolsonaro esbravejou, xingou e fez acusações graves ao líder e seus seguidores, mas não conseguiu um levante dentro do partido que embalasse seu projeto de expulsar o grupo, que não se abalou com as investidas e, para indignação do ex-presidente, permanece firme e forte.

A derrota de Jair Bolsonaro foi consumada quando o presidente do PL, Waldemar Costa Neto, esteve em São Luís no início deste mês e numa coletiva de imprensa foi taxativo: o PL do Maranhão permanece com Josimar de Maranhãozinho, e fim de conversa.

Com a martelada de Waldemar Costa Neto encerrando o assunto, Jair Bolsonaro teve de abandonar o projeto de entregar o PL maranhense a um aliado dele no estado, que por prudência ele não chegou a identificar.

E para que a derrota não fosse completa e humilhante, Waldemar Costa Neto convenceu Josimar de Maranhãozinho a concordar em entregar o PL Mulher, que era comandado por Detinha, à vereadora eleita em São Luís Flávia Berthier, que nada sabe sobre a política maranhense além do Tirirical.

São Luís, 29 de Dezembro de 2024.