André Fufuca e Pedro Lucas dividirão comando da Federação PP/União no Maranhão

André Fufuca e Pedro Lucas Fernandes vão dividir
poder no comando da federação PP/União

Não haverá disputa nem foco de tensão pelo controle do braço da poderosa Federação PP/União no Maranhão. O novo mamute partidário será comandado de maneira compartilhada pelo deputado federal André Fufuca, atual ministro do Esporte, que se manterá à frente do PP no estado, e pelo deputado federal Pedro Lucas Fernandes, atual líder do União na Câmara Federal, que continuará respondendo pelo partido no estado. O deputado federal Juscelino Filho (União) continuará atuando como articulador do União e da Federação no Maranhão e como uma das vozes da Federação na Câmara Federal e fora dela, o mesmo acontecendo com a deputada federal Amanda Gentil, que trabalha pela reeleição. Sem função formal na organização partidária, o ex-ministro das Comunicações vai precisar de tempo para se defender de acusações de malversação de recursos de emendas partidárias por ele destinadas a Vitorino Freire no processo que corre no Supremo Tribunal Federal no qual é réu.

A Federação PP/União tem pela frente o desafio de apoiar o projeto de candidatura do ministro André Fufuca ao Senado e a busca da reeleição de Pedro Lucas Fernandes, Juscelino Filho e Amanda Gentil para a Câmara Federal. Nesse desenho, segundo uma fonte do PP, cabe mais um candidato a deputado federal, caso André Fufuca confirme ingresso na corrida por um mandato de senador. O projeto da Federação é, portanto, manter as três cadeiras maranhenses, podendo ampliar para quatro com a eventual candidatura do suplente Allan Garcês (PP), atualmente ocupando a cadeira de André Fufuca.

O foco central da federação no Maranhão é manter sua participação na aliança partidária que dá suporte ao governador Carlos Brandão, participando efetivamente do Governo. O PP já tem representantes no Governo indicado pelo ministro André Fufuca, tendo ampliado sua cota recentemente com a nomeação do ex-prefeito de Caxias, Fábio Gentil (PP), para a Secretaria de Estado da Agricultura, por indicação da deputada federal Amanda Gentil. O União Brasil também tem representantes no Governo estadual por indicação do deputado federal Pedro Lucas Fernandes. O deputado federal Juscelino Filho, por sua vez, vem fazendo uma oposição light, por causa da divisão do seu grupo familiar, que tem como adversários a deputada estadual Andreia Rezende e o marido dela, ex-deputado Stênio Rezende, ambos do PSB, partido presidido pelo governador Carlos Brandão.

O fato é que atualmente com um ministro de Estado e quatro deputados federais, cinco deputados estaduais – quatro do PP e um do União Brasil – mais de 40 prefeitos, entre eles os de Imperatriz, Caxias e Santa Inês, por exemplo, e um pequeno exército de vereadores, a Federação PP/União nasceu com força para sentar à mesa na qual serão feitas as negociações que definirão a composição de chapas para as eleições do ano que vem.

Ao decidirem compartilhar o comando da Federação no Maranhão, com o aval dos seus colegas, André Fufuca e Pedro Lucas Fernandes usam a fórmula usada pelo comando nacional. Ali, o senador Ciro Nogueira fala em nome do PP, partido que já comanda nacionalmente, e Antonio Rueda representa o União Brasil, do qual é presidente nacional. Os dois dividirão a presidência da Federação PP/União até o ano que vem, quando, após ajustados todos os pontos mal resolvidos, elegerão um presidente. É o que deverá acontecer no Maranhão, depois que todas as decisões relacionadas às eleições de 2026 forem tomadas pelos quatro deputados federais.

O compartilhamento do comando estadual entre o ministro André Fufuca e o líder Pedro Lucas Fernandes é uma espécie de garantia de que a Federação PP/União falará a mesma linguagem em relação ao Governo do Estado, com o aval da deputada Amanda Gentil e o possível assentimento do deputado Juscelino Filho. Não há como ser diferente.

PONTO & CONTRAPONTO

Eliziane reafirma candidatura à reeleição, para “fechar meu ciclo no Senado Federal”

Eliziane Gama quer novo mandato no Senado

“Minha proposta é continuar senadora. Não quero me perpetuar na política, mas espero ter um novo mandato para fechar meu ciclo no Senado Federal”. Foi o que declarou a senadora Eliziane Gama (PSD) ontem, em entrevista à Rádio Mirante, reafirmando o seu projeto de renovar seu mandato senatorial.

Dos pré-candidatos e prováveis pré-candidatos conhecidos até aqui – senador Weverton Rocha (PDT), candidato declarado à reeleição; o governador Carlos Brandão (PSB), que ainda não declarou ser pré-candidato; e o ministro André Fufuca (PP), que já não esconde a condição de pré-candidato -, a senadora Eliziane Gama é quem tem a situação mais diferenciada.

Ela pertence ao PSD, partido do prefeito de São Luís, Eduardo Braide, que lidera até aqui, com folga, as preferências do eleitorado para o Governo, mas que politicamente integra o grupo liderado pelo governador Carlos Brandão, com o projeto de ser candidata à reeleição na chapa do mandatário, que poderá ter como candidato a governador o vice-governador Felipe Camarão (PT).

Sobre a inusitada e complexa situação de pertencer a um partido que tem um candidato a governador líder nas pesquisas e querer ser candidata na chapa de outro candidato, a senadora deu a seguinte explicação:

“Sou do PSD e o presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, me assegurou a oportunidade de buscar a reeleição. O Braide nunca se posicionou oficialmente se disputará a eleição de 2026, mas ele tem o respeito e respaldo do partido e está fazendo um excelente trabalho em São Luís, com excelente aprovação da população. Integro o grupo político do governador Brandão e tenho muita convicção na unidade desse grupo. Espero que o governador seja candidato ao Senado junto comigo e que o vice-governador seja o candidato ao Governo do Maranhão em 2026”.

Só que sendo candidata numa chapa liderada pelo prefeito Eduardo Braide, ela será candidata ao Senado sem escolher a vaga. Já se entrar na aliança governista, terá de disputar a condição de parceira do governador na mesma chapa com o ministro André Fufuca, que tem trabalhado nessa direção.

Trata-se de uma equação que só depende da senadora para ser resolvida.

Braide opera sem pressa para montar lastro político para se candidatar ao Governo

Eduardo Braide: montando lastro

Ainda que não tenha dito até aqui uma só palavra sobre se será ou não candidato a governador, o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD) está se movimentando discretamente no sentido de formar um lastro político para dar sustentação ao projeto.

Além de alimentar a imagem que construiu no eleitorado da Capital e nos demais municípios da Ilha de Upaon Açu, que formam um exército de quase 900 mil eleitores, ele vem focando na Região Tocantina, procurando ali parceiros confiáveis.

Um deles é o deputado federal Josivaldo JP (PSD), que andou cortejando o grupo que representa ali o governador Carlos Brandão (PSB), liderado pelo prefeito Rildo Amaral (PP). O fracasso do seu projeto de chegar à Prefeitura de Imperatriz, porém, deve leva-lo a se incorporar de vez ao projeto do prefeito de São Luís.

E o outro é a suplente de deputada federal Mariana Carvalho (Republicanos), ainda que ela esteja divulgando a intenção de apoiar a candidatura do ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim (Novo), com quem tem conversado.

Tarimbado nesse tabuleiro de incertezas no que diz respeito a alianças, o prefeito Eduardo Braide vai montando suas peças sem pressa.

São Luís, 06 de Maio de 2025.

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