Ao chegar aos mil dias no comando do Estado, Flávio Dino mostra um Governo de mudança, transparente e com saldo positivo

 

Flávio Dino: "Mais Asfalto" na Ilha e início da corrida às urnas
Flávio Dino comemora mil dias de um Governo diferente, marcado pela eficiência

Os mil dias do Governo Flávio Dino têm sido motivo para elogios por parte da bancada governista e de críticas da representação oposicionista na Assembleia Legislativa. Enquanto o deputado Rafael Leitoa (PDT) afirma que o Maranhão está passando por “uma revolução” sob o comando do governador Flávio Dino (PCdoB), a deputada Andrea Murad (PMDB) avalia que o estado está vivendo “tempos de atraso”. Travado num momento em que as forças políticas governistas e oposicionistas se preparam para o grande embate eleitoral do ano que vem, o debate sobre a qualidade do atual governo guarda excessos, para mais e para menos, em ambos os discursos. O discurso dos parlamentares governistas, até aqui correto, passa a impressão de que todas as ações do atual Governo são originais, como se o Governo passado tivesse sido uma página em branco. O mesmo fazem, com visíveis doses de exagero, os deputados oposicionistas ao tentar convencer a opinião pública de que tudo o que o Governo atual está realizando foi deixado engatilhado pelo Governo passado. Visto pela ótica da isenção, sem a pressão para agradar um ou outro lado, o cenário atual no Maranhão é, em pequena parte, fruto da soma das ações de Governos anteriores deixadas pela metade, e em grande parte, das ações originais do Governo de agora, não havendo parâmetros para comparações. Mas é possível afirmar que o Governo Flávio Dino é eficiente e transparente.

Um exercício de comparação, para ser politicamente honesto, do desempenho administrativo de Roseana Sarney e de Flávio Dino, teria de levar em conta apenas o período de janeiro de 2011 a setembro de 2013 do Governo da pemedebista, com a vantagem de que ela estaria substituindo a si mesma, ou seja, dando continuidade ao governo que iniciara em abril de 2009, quando voltou ao Palácio dos Leões com a derrubada do Governo Jackson Lago (PDT) no tapetão da Justiça. Nesse caso, qualquer comparação com o atual Governo provavelmente daria vantagem ao Governador Flávio Dino no quesito originalidade, já que, depois de dois mandatos, os primeiros mil dias do último período de Roseana Sarney (2011/2013) dificilmente seria apontado como renovador ou mudancista, como acontecera nos primeiros mil dias do seu primeiro Governo, de janeiro de 1995 a setembro de 1997, e como acontece agora com o Governo Flávio Dino.

Qualquer avaliação honesta levará a um cenário em que o Governo Flávio Dino é original em larga escala, com forte inclinação mudancista e reformadora. Isso é visível nos seus procedimentos e na natureza social dos seus programas basilares. Isso não significa dizer que naquele período (2011/2013), o Governo dela tenha sido negativo. Mas não há como não enxergar que, a exemplo do que fez José Sarney entre 1966 e 1969, quando derrubou o ancien regime comandado pelo velho cacique Victorino Freire, o que está sendo feito por Flávio Dino é a implantação de uma nova ordem por uma nova geração de políticos altamente politizados. Nesse contexto, ações iniciadas pelo Governo de Roseana, como o gigantesco programa de Saúde, por exemplo, ganharam feição e  dinâmica diferentes na atual gestão. Enquanto o “Saúde é Vida” parecia um governo paralelo, comandado por um secretário que não parecia subordinado à  governadora, o “Mais Saúde” é movido por uma lógica de Governo, com um gestor eficiente e com o acompanhamento direto do governador do Estado, que parece ter controle total sobre cada centavo gasto em obras. Sem as trombetas de antes, os seis hospitais macrorregionais e regionais, além de uma penca de outros de 20 leitos, foram concluídos e estão funcionando. O governador Flávio Dino os mostra como frutos da ação racional e politicamente correta de um Governo comprometido com a causa popular, e não como dádivas produzidas pela extrema bondade de governantes personalistas.

Depois de mil dias de instalado, e mesmo enfrentando o pior da crise econômica, o atual Governo está cumprindo quase que integralmente os compromissos que o candidato Flávio Dino assumiu durante a campanha: está mudando a cultura de poder, realiza um Governo transparente, instaurou novos métodos de gestão, dá prioridade às ações por meio das quais o poder público vai de encontro aos mais pobres, está fazendo uma revolução na Educação – com o Escola Digna no ensino de base, a Escola de Tempo Integral no ensino médio e o Iema no ensino técnico -, na Saúde – com seis os hospitais macrorregionais e regionais já em pleno funcionamento, e na Segurança – com quase dois mil novos policiais militares e investimentos pesados em estrutura e armamento -, para citar apenas as três áreas maior demanda.

Em resumo: as comparações são injustas e infelizes, porque não se respaldam em cenários íntegros, mas mesmo assim, sem tirar os méritos dos Governos de Roseana Sarney, os primeiros mil dias de Governo de Flávio Dino fizeram os maranhenses respirar fortes e saudáveis ares de mudança, como não respiravam desde o início do Governo Epitácio Cafeteira (PMDB) em 1997, e com os primeiros momentos do Governo Jackson Lago (PDT). Com a diferença de que o Governador Flpavio Dino chegou ao Governo liderando uma geração que tem um projeto de poder.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Bacabal: STJ confirma que José Vieira é ficha-suja e seu futuro será decidido pela Justiça Eleitoral

Zé Vieira pode cair, Roberto Costa depende da Justiça
Zé Vieira deve cair, Roberto Costa depende da Justiça

O Superior Tribunal de Justiça tomou ontem uma decisão que, enfim, servirá de argumento definitivo para que a Justiça Eleitoral corrija o grave erro que é manter o empresário e ex-prefeito José Vieira (PR) como prefeito de Bacabal. Com base em provas sólidas e indiscutíveis, a Corte reconheceu que o empresário e ex-prefeito é ficha-suja e que nessa condição não poderia sequer ter registrado sua candidatura em 2016. Agora, os advogados do deputado Roberto Costa (PMDB), que ficou em segundo lugar na disputa pela Prefeitura de Bacabal, vão bater às portas da Justiça Eleitoral e fundamentar, com o argumento incontestável, a anulação dos votos dados a José Vieira. O parlamentar espera com isso o reconhecimento de que ele é o verdadeiro prefeito eleito de Bacabal, dando-lhe o direito de assumir, finalmente, o comando do Município. É esse o entendimento dos seus advogados e de outros especialistas em Direito Eleitoral. Mas há também uma corrente que enxerga outro desfecho. Para eles, ao ser oficialmente informada que José Vieira é ficha-suja, como denunciara o Ministério Público Eleitoral, a Justiça Eleitoral entenderá que a candidatura e a eleição contaminaram irremediavelmente o processo eleitoral em Bacabal, o que torna nulos não apenas os votos dados a José Vieira, mas os dados a todos os candidatos envolvidos na disputa majoritária naquele município. E o desfecho será uma nova eleição. Do ponto de vista exclusivamente político, é quase unânime a avaliação de que nas mãos do deputado Roberto Costa, um dos políticos mais destacados da nova geração, em condições, portanto, de fazer uma revolução naquele que é polo da Região do Médio Mearim e pontifica entre os dez mais importantes do Maranhão.

 

João Alberto provoca Flávio Dino lembrando as quase mil obras que realizou em 11 meses de Governo

João Alberto provoca Flávio Dino lembrando suas obras
João Alberto provoca Flávio Dino lembrando suas obras que realizou

‘Ao comentar a informação de que em quase três anos de ação o governador Flávio Dino teria comemorado 800 obras, o senador João Alberto (PMDB) alfinetou: “Em onze meses de Governo eu realizei cerca de mil obras”. O senador, é claro, usou esse cacife para provocar o governador, mas o fez com o lastro de quem não estava blefando nem dando origem a um factóide. Mesmo enfrentando o peso das ações do então presidente Fernando Collor de Mello (PRN) contra seu governo, fechando todas as torneiras da União para o Maranhão, e por isso tendo de conferir ao final de cada dia, em reunião obrigatória com o secretário de Fazenda, para saber como foi o movimento do caixa do Estado, o que o obrigava a conferir até os centavos, João Alberto deu uma demonstração de que, bem administrados e aplicados com honestidade, recursos parcos ganham volume. E foi nessas condições que construiu e restaurou estradas, pontes, estádios, praças, aeroportos, avenidas, escolas, hospitais, postos de saúde, combateu o crime organizado e manteve a folha de pessoal em dia – isso depois de ter ouvido do governador que saía, Epitácio Cafeteira, que seu sucessor não conseguiria tal proeza e que agora sem José Sarney na presidência da República, a situação financeira do Estado entraria em colapso em poucos meses.  No final do seu Governo, a Secretaria de Comunicação Social publicou uma revista em que é contada a fascinante que foi o Governo João Alberto e nas páginas finais relaciona quase novecentas obras físicas iniciadas e concluídas naqueles 777 dias que sacudiram o Maranhão. Tanto que ao deixar o Governo, em abril de 1991, João Alberto tinha a aprovação de 88% dos maranhenses, segundo pesquisa realizada à época pelo instituto Econométrica.

São Luís, 27 de Setembro de 2017.

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