A forte pressão da Operação Lava Jato sobre a cúpula nacional do PMDB – incluindo a denúncia contra o ex-presidente José Sarney -, a instabilidade ainda evidente do Governo pemedebista do presidente Michel Temer, a indefinição sobre itens decisivos da Reforma Política e a aliança entre o ex-presidente Lula da Silva (PT) em torno do projeto de reeleição do governador Flávio Dino (PCdoB) são fatores que têm feito com que o Grupo Sarney se mantenha ainda aguardando o melhor momento para decidir se a ex-governadora Roseana Sarney entrará ou não na briga pelo Palácio dos Leões. O comando do Grupo dificilmente decidirá o futuro da ex-governadora antes dessas definições, o que significa dizer que a batida de martelo só será dada no início do ano que vem. Essa indefinição pode ser prejudicial ao Grupo, mas também gera um clima de incerteza no cenário político, onde outras forças ficam sem saber se montam suas estratégias e suas alianças contando ou não com um candidato do Grupo Sarney, cujo peso na disputa dependerá do nome a ser lançado.
O comando do Grupo Sarney sabe que o momento não é adequado para lançar um dos seus quadros para disputar o Governo do Estado. Em meio à turbulência que movimenta o cenário político em todo o País, agravada pelos novos rumos da Operação Lava jato, qualquer movimento nesse sentido seria colocar o candidato numa situação incômoda, já que entre os seus líderes maiores estão acusados de malfeitos pelo Ministério Público Federal. Os casos mais graves envolvem o ex-presidente José Sarney e o senador Edison Lobão na denúncia segundo a qual eles e outros chefes pemedebistas – os senadores Renan Calheiros, Romero Jucá, Waldir Raupp e Jader Barbalho -, teriam recebido mais de R$ 800 milhões em propina desviada da Petrobras para irrigar o caixa dois do PMDB.
Mesmo a ex-governadora Roseana Sarney, que é o nome politica e eleitoralmente mais viável do Grupo, segundo as pesquisas divulgadas até aqui, enfrentaria dificuldades para manter uma pré-candidatura assumida nesse clima se tensão e instabilidade. Ainda que até aqui nada tenha pesado diretamente sobre ela, as investigações em curso sobre ações do seu Governo – como o Caso da “Máfia da do ICMS” e suspeitas sobre o programa Saúde é Vida, envolvendo o ex-secretário Ricardo Murad, por exemplo – podem ganhar corpo e respingar na sua imagem de candidata. Mesmo dona de uma grande habilidade, adquirida com a pancada do Caso Lunus em 2002, para conviver com situações desfavoráveis, Roseana Sarney certamente avalia que o momento é impróprio e que não deve se precipitar correndo o risco de sofrer um bombardeio e sair arranhada antes da eleição.
O problema do Grupo Sarney é que, enquanto se vê obrigado a conter os movimentos pré-eleitorais por conta dos fatores que podem prejudicar o seu projeto, o governador Flávio Dino, que pelo menos até aqui não convive com esse tipo de restrição, avança na consolidação do seu projeto de reeleição, alimentando a condição de favorito na corrida eleitoral do ano que vem. E essa vantagem do governador se amplia a cada dia, aumentando, na mesma proporção, as dificuldades de Grupo Sarney na escolha do candidato. Dona de um cacife eleitoral expressivo, o que a torna uma candidata com lastro para competir, Roseana avalia esse cenário a partir de pesquisas contratadas pelo PMDB para medir o poder de fogo dos prováveis candidatos ao Governo, a começar pelo governador. A não divulgação de resultados recentes indica que os números não lhe são favoráveis.
Esse contexto, porém, não é uma indicação definitiva de que o Grupo Sarney esteja liquidado e sem condições de entrar na briga com chances de sucesso. Mesmo fora do poder no Maranhão, a corrente liderada pelo ex-presidente José Sarney conta ainda com um forte contingente de líderes municipais e tem capilaridade suficiente para viabilizar uma candidatura a governador. Sabendo, claro, que a retomada do poder é um projeto complicado e de difícil realização. Daí a impressão de alguns de que a ex-governadora Roseana Sarney está dominada mais pela dúvida do que pela certeza.
PONTO & CONTRAPONTO
Braide quer ser deputado federal pensando na Prefeitura de São Luís em 2020
Depois de dois bem sucedidos mandatos na Assembleia Legislativa, o deputado Eduardo Brande (PMN) é candidato assumido à Câmara Federal, já figurando nas previsões como um dos prováveis futuros deputados federais. Ao mesmo tempo, Braide mantém firme e na sua pauta de ações o seu projeto de ser candidato a prefeito de São Luís na eleição de 2020. Embalado pelos mais de 240 mil votos que recebeu no segundo turno travado com Edivaldo Jr. (PDT), Eduardo Braide mantém um pé no palanque, mantendo um discurso de fortes críticas ao prefeito, fazendo questão de ocupar a posição de seu principal adversário. Lembrado para disputar uma cadeira no Senado e até como nome para disputar o Governo com o suporte do Grupo Sarney, Eduardo Braide avalia o cenário e acha que o seu melhor caminho é eleger-se deputado federal em 2018 e, dois anos depois, encarar a briga pelo Palácio de la Ravardière, mirando ser o sucessor do prefeito Edivaldo Jr.. No meio político, é quase unânime a avaliação de que, se a sua trajetória continuar ascendente como vem se mantendo até aqui, Eduardo Braide será um candidato fortíssimo à Prefeitura de São Luís em 2020, o que exigirá do prefeito Edivaldo Jr. um grande esforço para escolher um candidato com cacife político e eleitoral para conter essa tendência.
Aliados de Sarney se mobilizam para livrá-lo da acusação feita por Janot
A cúpula do Grupo Sarney está inteiramente mobilizada no esforço para evitar que a denúncia contra o ex-presidente José Sarney e o senador Edison Lobão prospere. No caso do ex-presidente, seus familiares e aliados apostam alto na avaliação do advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, que classificou de “coisa sem pé nem cabeça” a denúncia feita pelo procurador geral da República, Rodrigo Janot, contra o ex-presidente da República e o senador pemedebista. O próprio José Sarney se declarou surpreso com a acusação e, segundo uma fonte a ele ligada, vai se defender para mostrar que sua trajetória não será manchada. Sarney está definitivamente aposentado das pelejas eleitorais, tendo decidido que não mais disputará votos, o que lhe assegura a imagem do político que sempre alcançou seus espaços pelo voto e jamais perdeu uma eleição. E pretende fechar sua biografia sem também jamais ter sido condenado. Exatamente por saber o quanto ele é cioso da sua estatura política, até adversários de Sarney no plano nacional se recusam a acreditar que o ex-presidente pegou ou intermediou propina na Petrobras para favorecer o PMDB.
São Luís, 12 de Setembro de 2017.
O Eduardo Braide tem que procurar é trabalhar e deixa o prefeito fazer o trabalho dele.
Meu nobre Jornalista e blogueiro Ribamar Correia, a Roseana querreira combalida até às pernas, dificilmente conseguirá lograr exito na sua vontade de se tornar a cansidata a governadora pela cúpula do seu partido, o PMDB, visto que ela se encontra muito enrolada pelo fato das denúncias do Rodrigo Janot contra o pilantra Geddel Vieira Lima, onde ela está envolvida junto com o pilantra Geddel Vieira Lima, em desvios de verbas públicas do ministério das cidades durante o seu governo que vieram para atender famílias de desabrigados das enchentes em municípios do Maranhão no ano de 2014. Já o velho Oligarca Sarney, ele pode se manter sereno em relação às denúncias contra ele encaminhadas ao relator da Operação Lava -Jato, o minustro do STF, Edson Fakhin, pois não tem como elas prosperarem diante da grande influência política e jurídica que disfruta o velho Oligarca José de Ribamar Costa, mais conhecido com Sarney. Mas que às denuncias trem procedência contra a sua pessoa, isso é verdade!!!!!
braide é um tremendo oportunista e so pensa no seu beneficio proprio