Poucas vezes na atual legislatura um prefeito foi tão agressivamente atacado por um deputado estadual, como foi ontem o prefeito de São Luís, Edivaldo Jr. (PDT), pelo deputado Wellington do Curso (PP). A pretexto de defender os professores do Município, que estão em greve por reajuste salarial, o deputado pepista aproveitou aparte a discurso do deputado Eduardo Braide (PMN) sobre o assunto e atacou violentamente o prefeito da Capital, resvalando para o campo pessoal, numa clara e injustificada derrapagem ética. Valendo-se do fato de haver professores grevistas nas galerias, que aplaudiam qualquer palavra de apoio ao seu movimento, Wellington do Curso desenhou um quadro exageradamente negativo da Educação em São Luís e acusou o prefeito Edivaldo Jr. na mira da sua metralhadora verbal, e movido pelos aplausos, saiu do eixo da discussão e partiu para um ataque pessoal e absolutamente descabido ao Prefeito de São Luís, a quem chamou de irresponsável, incompetente, covarde e criminoso. O furioso e agressivo ataque de Wellington do Curso alcançou o governador Flávio Dino (PCdoB).
Não é novidade que, desde que tentou, sem sucesso, chegar ao comando da Capital na eleição de 2016, o deputado Wellington do Curso vem se esforçando ao máximo para permanecer no palanque e ser o grande adversário do prefeito reeleito Edivaldo Jr.. O titular do Palácio de la Ravardière, no entanto, não lhe dá a importância que ele julga ter e responde aos seus ataques anunciando na TV a reabertura de escolas com padrão civilizado de qualidade, como ar condicionado, por exemplo. O deputado tem ocupado a tribuna quase que diariamente para dizer que tudo “é mentira e enganação”.
No ataque de ontem, Wellington do Curso usou ao limite a liberdade de expressão e opinião que lhe é garantida pela imunidade parlamentar. Primeiro, fez um desafio tão agressivo quanto inócuo ao prefeito de São de Luís, principalmente por confundir virilidade masculina com decisão administrativa: “Eu desafio, se o prefeito tem coragem, se ele é macho de verdade, se ele é homem ou se ele é só um veste calça, que ele mostre aos professores e vá até a SEMED conversar com os professores, juntamente com o secretário, para solucionar o problema dos professores”. Em seguida, reforçou o ataque: “O prefeito comete crime de responsabilidade, ele é um criminoso, o prefeito desrespeita totalmente a Lei de Responsabilidade Fiscal, uma vez que deveria aplicar no mínimo 95%, mas só aplica 74%”.
Na sequência, o deputado afirmou que o prefeito não concede o reajuste porque não quer, pois tem dinheiro em caixa, e indagou: “Sabe qual é o problema do prefeito Edivaldo Holanda? É que ele é um bom filho, é um bom marido, é um bom pai, mas é um péssimo prefeito, é um péssimo gestor, é um péssimo administrador. E quando nós estamos falando aqui, não estamos falando da pessoa dele, estamos falando da sua gestão. Ele é um incompetente, ele não tem competência para gerir uma Prefeitura, administrar uma cidade com 1 milhão e 73 mil habitantes”. E se contradisse: “Infelizmente, é o que nós temos aí: um omisso, um covarde, um veste calça. Se ele é macho, se ele é homem, atenda os professores. Se ele é homem, que respeite a educação”.
No seu aparte ao deputado Eduardo Braide – que fazia um discurso duro, mas técnico e ético, sem xingar o prefeito Edivaldo Jr. -, o deputado Wellington do Curso atacou também o governador Flávio, apontando-o como o mentor do prefeito Edivaldo Jr.: “O prefeito ocupa os meios de comunicação com propaganda enganosa, (…) igual ao seu mentor. E quem é o seu mentor? O governador Flávio Dino. O prefeito Edivaldo Holanda é um filhote do governador Flávio Dino, que traiu alguns outros candidatos, como foi o caso de Tadeu, de Eliziane Gama. Flávio Dino escolheu alguém que ele pudesse manipular. E quem era o manipulável? O filhote. Então o Edivaldo Holanda é o filhote e o filhote não administrou quatro anos, o filhote sumiu durante quatro anos, mas se utilizou da máquina pública, da propaganda enganosa para conquistar um novo mandato. E ao conquistar um novo mandato, sumiu, desapareceu, escafedeu-se, ninguém encontra o prefeito. Mas o prefeito apareceu agora fazendo a mesma propaganda enganosa do mentor. O filhote, tal qual o criador, a criatura. O filhote fazendo igual o seu mentor. O que o mentor fez depois que soube que estava delatado no Lava Jato? O governador Flávio Dino, (…) armou algumas estratégias de defesa da sua imagem, uma delas foi aumentar a propaganda. E aumentou a propaganda enganosa”.
Curiosamente, o deputado Wellington do Curso elevou o tom e aumentou a agressividade já nos momentos finais da sessão, quando não havia mais deputados governistas no plenário. Esse dado contribuiu ainda mais para deixar no ar a nítida impressão de que, ao jogar para a plateia, o deputado pepista exagerou na dose e escorregou feio na ética.
PONTO & CONTRAPONTO
Diferenças políticas do Maranhão aumentam a tensão em conturbada sessão do Congresso Nacional
As profundas diferenças que agitam a polpitica do Maranhão contribuíram decisivamente para acirrar as tensões na sessão do Congresso Nacional, realizada ontem no plenário da Câmara Federal. Em meio às tensões que marcaram os debates e as votações desde o início, o senador João Alberto (PMDB) presidia a em substituição ao presidente do Senado e do Congresso, Eunício Oliveira (PMDB-CE) , quando o deputado federal Weverton Rocha, que, lidera a bancada do PDT, teria pedido a palavra para orientar seus liderados na votação de um veto presidencial. Não se sabe porque motivo, o senador não atendeu ao pedido, o que gerou uma grande confusão, com deputados reclamando de senadores. Revoltado, o deputado Weverton Rocha teria atirado um exemplar do Regimento do Congresso Nacional contra a Mesa Diretora, quando o presidente Eunício Oliveira acabava de reassumir a presidência. As manifestações dos deputados e o fato de o livro ter sido atirado contra Mesa Diretora irritaram profundamente o senador-presidente, que passou a responder aos insultos dizendo que não tem medo de gritos nem de cara feia. Experiente nesse tipo de confronto, o senador João Alberto permaneceu impassível diante do tumulto, não se alterando nem quando um grupo de deputados de oposição incluindo Weverton Rocha, invadiram a Mesa Diretora. O episódio obrigou o presidente do Congresso Nacional a suspender a sessão por alguns minutos, até que os ânimos fossem serenados, e deixou uma certeza no ar, a de que terá desdobramentos em embates políticos no estado. Vale lembrar que Weverton Rocha é candidato a senador, podendo ter o senador João Alberto como um dos seus adversários.
André Fufuca saiu ileso do primeiro dia de interinidade na presidência da Câmara Federal
Os comentaristas políticos mais precipitados quebraram a cara ontem em Brasília. Eles apostavam alto que o presidente interino da Câmara Federal, deputado André Fufuca (PP), comandaria a Casa em sessão tensa, correndo o risco de perder o controle da situação. Aconteceu exatamente o contrário, pois enquanto as raposas felpudas se engalfinhavam numa longa e tumultuada sessão do Congresso Nacional, produzindo situações inacreditáveis numa casa congressual, o jovem presidente interino da Câmara passou o dia mergulhado em articulações e negociações para que as diferenças sobre pontos cruciais da Reforma Política fossem superadas. Enquanto era alvo de comentários sérios e de outros debochados, André Fufuca conversava com ninguém menos que o presidente interino da República, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que fazia as pontes para as negociações com as lideranças partidárias. E tudo leva a crer que, depois da tumultuada sessão do Congresso Nacional, a Câmara Federal vai cair na real e aprovar a reforma possível, já que todas as evidências indicam que alcançar consenso em relação a itens como o Distritão é impossível. E pela segurança que exibe, André Fufuca não pretende deixar que as sessões da Câmara Federal que vier a presidir sejam tão tumultuadas como foi a do Congresso Nacional ontem. Vale aguardar e conferir o que vem por aí.
São Luís, 30 de Agosto de 2017.
Amigos,assistindo a TV Câmara ontem , tive o desprazer de olhar o despreparo ou melhor a burrice do velho articulador senador João Alberto de Sousa, não deixando o seu conterrâneo Deputado Weverton Rocha , líder do PDT usar da palavra e insistindo de uma maneira como se ele fosse o todo superior, um soberano que mandava e desmandava em tudo naquele momento . Vergonhoso! Depois o velho e cansado senador foi substituído pelo presidente do Senado e jogado ao lado , calado e de lado,até o final da seção . O Maranhão foi mais uma vez destaque nacional agora, com seus políticos despreparados.
um aproveitador mesmo esse wellington. se promovenod por tras de um movimento sem sentido e que so esta prejudicando os estudantes