Eliziane retoma projeto de presidir o Senado e intensifica articulação por votos

Eiziane Gama retoma articulação por candidatura à presidência do Senado

A senadora Eliziane Gama (PSD) retomou com toda garra o projeto de disputar a presidência do Senado pelo seu partido e com o apoio da Bancada Feminina da Casa, da qual é uma das principais articuladoras. A senadora maranhense iniciou nos últimos dias uma intensa agenda de conversas, que inclui senadores, líderes partidários, o presidente da do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o presidente Lula da Silva, por meio de quem espera obter o apoio da bancada do PT. Eliziane Gama se movimenta em meio a uma intensa campanha por meio da qual o senador amapaense Davi Alcolumbre (União Brasil) é apontado como candidato favorito, que tem inclusive os votos, declarados, dos outros dois senadores maranhenses, Weverton Rocha e Ana Paula Lobato, ambos do PDT.

Eliziane Gama sabe que a possibilidade de sua eleição para a presidência do Senado e do Congresso Nacional é remota, a começar pelo fato de que a instituição centenária nunca elegeu uma mulher para dirigi-la, o que, aos olhos de muitos, torna o pleito de inviável. Mas ela contra-ataca com o argumento segundo o qual tem o apoio da Bancada Feminina. Ao mesmo tempo, a senadora tem trabalhado no sentido de fazer com que o Palácio do Planalto abrace a sua candidatura, mesmo que o senador Davi Alcolumbre já esteja há tempos se articulando a bancada petista e, ao que tudo indica, deve ser eleito com o aval da bancada governista.

No contexto do Senado, uma Casa parlamentar heterogênea onde os acordos são fechados de maneira discreta, sem alarde, a senadora Eliziane Gama está determinada a quebrar paradigmas e tabus, como a de se tornar a primeira mulher a presidir o Congresso Nacional. E formata esse projeto por meio de outro paradigma a ser quebrado: a Bancada Feminina, da qual é uma das fundadoras e principal articuladora. Várias senadoras já avisaram aos seus partidos que estão inclinadas a participar do projeto de candidatura da senadora maranhense, principalmente se o partido dela, o PSD, abraçar o projeto. Essa decisão será tomada nos próximos dias, segundo anunciou ontem o líder interino do Governo do Senado, o senador baiano Otto Alencar (PSD), que simpatiza com a candidatura da colega de partido.

Ainda que em fim de mandato e caminhando para um destino incerto nas eleições de 2026, a senadora Eliziana Gama tenta viabilizar sua candidatura lastreada por um cacife expressivo, que tem como pilar o seu elevado desempenho parlamentar, que é reconhecido dentro e fora do Senado. Sua bagagem como legisladora, autora que é de vários projetos de lei de viés social, muitos requerimentos e como reatora de vários projetos importantes, e sua participação em CPIs, como a que investigou a postura negativista do Governo Jair Bolsonaro e sua atuação como relatora da CPI do Golpe, que no epicentro de um furacão, que sacudiu o Senado e o Congresso Nacional como um todo.

Politicamente, Eliziane Gama tem como base o seu partido, o PSD, que tem bancada forte, e pode contar com a Bancada Feminina. O seu principal trunfo é o prestígio que tem no Governo, onde tem interlocução fácil com o presidente Lula da Silva, a quem ajudou na eleição mobilizando o eleitorado evangélico que não entrou na onda bolsonarista. Eliziane Gama fez parte da equipe que auxilia o presidente Lulas da Silva n o campo das relações políticas ocupando o posto de vice-líder do Governo no Congresso Nacional. Isso tudo dá à senadora maranhense um suporte que a permite alimentar o projeto de candidatura a presidente do Senado.

Eliziane Gama sabe que dificilmente será presidente do Senado, principalmente, tendo como adversário o articulado senador Davi Alcolumbre. Mas sabe também sua candidatura lhe dá estatura política incomum.

 PONTO & CONTRAPONTO

Roberto Costa destaca conquistas do MDB, elogia comando do partido e vê Brandão fortalecido

Robarto Costa destacou conquistas do MDB

Passada a saudável ventaria das eleições municipais e feitas as contas, o MDB maranhense saiu das urnas com força política excepcional. Não bastasse o fato de ter conquistado 37 Prefeituras, o partido elegeu 30 vice-prefeitos e 286 vereadores, o que lhe dá uma capilaridade diferenciada. A participação vitoriosa do MDB na corrida ao voto municipal foi destacada ontem pelo deputado estadual e prefeito eleito de Bacabal Roberto Costa, um dos mais importantes quadros do partido no Maranhão.

Em discurso na Assembleia Legislativa, Roberto Costa, que também caminha para ser o presidente da federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem), chamou a atenção para o desempenho eleitoral do MDB em todo o País: 856 prefeitos, entre eles cinco prefeitos de Capitais, incluindo a maior delas, a de São Paulo, com a reeleição do prefeito Ricardo Nunes. E destacou as demais: Porto Alegre, Macapá, Belém e Boa Vista, destacando o desempenho do presidente nacional da sigla, deputado federal Baleia Rossi.

Em relação ao desempenho do MDB no Maranhão, Roberto Costa registrou o fato de o seu partido ter voltado a ocupar um grande espaço na política estadual com as 37 prefeituras que conquistou nas urnas: “Agora, voltamos novamente a ser o MDB de guerra. Temos posição de destaque nos destinos do nosso país. E no Maranhão não foi diferente. Por meio da liderança do nosso presidente estadual, Marcus Brandão, o MDB, que na última eleição tinha apenas sete prefeitos, nessa eleição conseguiu alcançar 37 prefeitos, que fazem parte da base aliada do nosso governador (Carlos) Brandão”, salientou.

Na avaliação de Roberto Costa, além de eleger 30 vice-prefeitos e 286 vereadores em todo o Maranhão, o MDB deixou evidenciado o peso de suas lideranças, como a deputada federal Roseana Sarney e sua bancada estadual: “Destaco aqui a presença e o comando firme também do nosso secretário Orleans (Brandão), que teve um papel fundamental também em todas as articulações, e o nosso presidente estadual Marcus Brandão, que comandou todo o processo político em nosso estado, respeitando todos os nossos aliados, mas fez com que o MDB voltasse a se sentar ao sol com a posição de destaque. Isso é um fortalecimento do conjunto do nosso grupo político”.

Ampliando o espaço do seu registro, Roberto Costa destacou o desfecho da eleição em Imperatriz com a vitória do deputado estadual Rildo Amaral (PP), que recebeu o apoio do MDB nos dois turnos: “Agora, o governador Carlos Brandão consolida sua liderança política no estado como grande comandante do processo político do Maranhão. Os destinos políticos do nosso Estado passam, primeiramente, pela liderança do governador. E é importante porque toda base aliada, todos os partidos aliados nossos se fortaleceram nessa eleição”.

Extrema-direita tenta, em vão, atribuir vitória do PL maranhense a Bolsonaro

Josimar de Maranhãozinho tem o
controle dos prefeitos do PL no Maranhão

Vozes da extrema-direita continuam tentando atribuir o desempenho do PL no Maranhão ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Perdem tempo, porque os sete milhões de maranhenses sabem que os 41 prefeitos eleitos pelo partido no Maranhão são o resultado do esforço político do deputado federal Josimar de Maranhãozinho, que comanda o partido no estado.

Para começar, Josimar de Maranhãozinho, que é assumidamente de direita, e seu grupo não rezam na cartilha política e ideológica radical do ex-presidente da República e sua turma. Os candidatos do PL eleitos no Maranhão pertencem ao partido por influência de Josimar de Maranhãozinho e seus argumentos.

Essas vozes fazem carga contra o chefe do PL no Maranhão, mas sabem que jogam conversa fora, porque é certo que, caso Jair Bolsonaro consiga tomar o controle do PL maranhense, o partido correrá o risco de ficar sem nenhum prefeito, porque é quase certo que todos seguirão o caminho do seu chefe estadual.

São Luís, 30 de Outubro de 2024.

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