“É uma aliança que, eu tenho certeza, o Estado Maranhão e a cidade de São Luís só têm a ganhar. O governador Carlos Brandão vem fazendo uma ótima gestão, assim como o prefeito Eduardo Braide. E eu acredito, sim, nessa união lá na frente”.
A declaração, dada pelo vereador Daniel Oliveira (PL), novo líder do Governo na Câmara Municipal de São Luís, em entrevista, ontem, ao programa Ponto Continuando (92.3 FM), produziu efeitos importantes em diferentes gabinetes da política municipal e estadual, ecoando também, fortemente, na bancada federal. Afinal, ainda que não tenha sido um comunicado formal, ao levantar a possibilidade de uma aliança entre o Palácio de la Ravardière e o Palácio dos Leões na corrida à Prefeitura da Capital daqui a 18 meses, as palavras confirmam que o assunto já é item destacado na agenda do prefeito Eduardo Braide (PSD). Da mesma maneira, o que disse o parlamentar demonstrara que, depois de descompassos na relação com o parlamento municipal, o prefeito Eduardo Braide (PSD) parece ter acertado na escolha do novo líder.
Por mais que tenha dito que estava apenas conjeturando, o líder Daniel Oliveira deixou dois recados muito claros no ar. O primeiro é que o prefeito Eduardo Braide se prepara para brigar pela reeleição, uma certeza que já é corrente em todos os gabinetes da prefeitura e da Câmara de São Luís. E o segundo é que, na condição de pré-candidato, está disposto a abrir portas para negociar alianças, sendo a mais importante delas a do Palácio dos Leões. Na sua conjetura, o líder governista rascunhou uma chapa liderada pelo prefeito com um vice saído da aliança partidária liderada pelo governador Carlos Brandão (PSB). Uma fórmula de viabilidade complexa, que a princípio não seria de interesse dos Leões, mas nada impossível em se tratando de política no Maranhão.
O problema é que na aliança governista, formada por PSB, PT, PCdoB e PP, há nomes de peso circulando em volta da vaga de candidato a prefeito de São Luís, alguns deles com força suficiente para entornar o caldo. O deputado federal Duarte Jr. (PSB) saiu da disputa de 2020, contra Eduardo Braide, com um lastro político e eleitoral sólido na Capital e com um projeto de candidatura segundo ele irreversível. Quase impossível, à primeira vista, enxergar uma aliança envolvendo o deputado federal Duarte Jr.. Correm também na aliança leonina especulações sobre projetos alimentados discretamente pelo deputado federal Márcio Jerry, chefe do PCdoB no estado, e um ensaio, não tão discreto, do deputado estadual Carlos Lula (PSB), que vem ocupando a tribuna da Assembleia Legislativa com duras críticas ao prefeito Eduardo Braide.
Na seara governista, Duarte Jr. é nome forte, e Márcio Jerry e Carlos Lulas são possibilidades remotas. Nenhum deles, porém, tem a força política do vereador Paulo Victor, presidente licenciado da Câmara Municipal e atual secretário estadual de Cultura, dentro da base governista. Apontado como o nome preferido do governador Carlos Brandão, Paulo Victor se movimenta com habilidade, sem, no entanto, negar seu projeto de candidatura. Tem dito que está à disposição e que a última palavra será do governador Carlos Brandão. Seu potencial eleitoral ainda não foi medido, mas ninguém duvida do seu cacife no campo político.
Foi nesse contexto que o novo líder do prefeito Eduardo Braide fez sua conjetura sobre a corrida sucessória, deixando no ar a impressão de que já ganhou status de porta-voz do chefe do Executivo municipal. Com seus movimentos, o vereador Daniel Oliveira vem mostrando que, apesar de ser ainda muito jovem e estar no primeiro mandato, tem faro e habilidade de raposa, o que lhe dá cacife para se transformar no porta-voz que os outros líderes não conseguiram ser. E não será surpresa se o líder Daniel Oliveira vier a ter papel relevante numa grande articulação pré-eleitoral.
PONTO & CONTRAPONTO
Governo adota medidas duras contra ataques de jagunços a lavradores em áreas de conflito
A violência com que jagunços, a serviço de empresas que tentam grilar as terras de Baixão dos Rochas, uma comunidade quase centenária de trabalhadores rurais em São Benedito do Rio Preto, levou o Governo do Estado a tomar uma série de providências para garantir segurança às famílias agredidas e sob risco de serem expulsas da área, por conta de decisões questionáveis da Justiça. As medidas foram acertadas numa reunião coordenada pelo vice-governador Felipe Camarão (PT), a pedido do governador Carlos Brandão, que se encontra em Brasília.
De acordo com o vice-governador, as medidas foram as seguintes: criação de um grupo de trabalho permanente que possa atuar para dirimir esses conflitos; a realização de uma reunião com a Corregedoria de Justiça, para resolver problemas cartoriais das áreas em conflito; levantamento de todos os danos materiais nas estruturas produtivas da comunidade, para que o Estado possa encontrar uma forma de ajuda emergencial, por meio da Secretaria de Agricultura Familiar; ações localizadas da Secretaria da Mulher com todos seus equipamentos e prestação de serviços à comunidade, além de articulação com Incra e Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar para que possam encontrar soluções para as comunidades que sofrem com esses conflitos, tanto em áreas em que o Estado é responsável, quanto nas áreas federais.
Por orientação do governador Carlos Brandão, o vice-governador Felipe Camarão estendeu as medidas de segurança a todas as famílias de comunidades rurais em situação de conflito, a exemplo de Baixão dos Rochas.
Participaram do encontro representantes da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras do Estado do Maranhão, representantes da comunidade e das Secretarias de Estado do Meio Ambiente, da Mulher, da Agricultura Familiar, e dos Direitos Humanos e do Instituto de Colonização e Terras do Maranhão.
O caso de Baixão dos Rochas ganhou repercussão nacional por conta do grau de violência usado por jagunços contra famílias de agricultores indefesos. Os jagunços agiram a mando das empresas Bom Mar Maricultura e Terpa Construções, que se dizem donas da terra, mas que de acordo com o Interma, a documentação que apresentam não tem validade alguma. A afirmação do Iterma de que a documentação é ilegal levantou a forte suspeita de que a “propriedade” alegada pelas empresas tenha sido forjada em cartório. Daí a decisão do Governo de pedir a reunião com a Corregedoria Geral da Justiça, à qual os cartórios estão subordinados.
Em Tempo: A Coluna repercutiu o caso na edição do dia 22, sob o título “Ataques de jagunços a lavradores de São Benedito do Rio Preto merece reposta dura do Governo”.
Roberto Costa atua em apoio às vítimas de enchentes em Bacabal
O deputado Roberto Costa (MDB) entrou de cabeça nos esforços para minimizar os danos causados pela cheia do rio Mearim à população ribeirinha de Bacabal. Comprometido com os bacabalenses, o parlamentar emedebista se fez presente desde os primeiros momentos do sufoco, atuando pessoalmente em soluções práticas e articulando ações do Governo do Estado a apoiar as centenas de famílias atingidas pelas águas e obrigadas a abandonar temporariamente suas casas.
Na sexta-feira (24), Roberto Costa esteve em diversas áreas alagadas, para dar apoio aos desabrigados, numa incursão em que foi acompanhado pelo padre Lauro Henrique, da Paróquia de Santa Teresinha, e dos vereadores Natália Duda, Dedê da Trizidela e Serafim Reis, além de Tiago da Trizidela. Ali constataram os estragos causados pela cheia do Rio Mearim, que subiu oito metros acima do nível normal. Os desabrigados foram acomodados em abrigos improvisados e casas de familiares ou amigos.
Durante o final da semana, Roberto Costa uniu forças com o prefeito de Bacabal, Edvan Brandão, e com o deputado Davi Brandão (PSB) no esforço de apoiar as famílias desabrigadas. O parlamentar agradeceu ao governador Carlos Brandão por haver, a pedido dele e do deputado Davi Brandão, incluído Bacabal no decreto em que instituiu estado de emergência em mais de 50 municípios atingidos pelas cheias. Por conta da inclusão, as famílias atingidas em Bacabal receberão colchonetes, cesta básicas e medicamentos.
São Luís, 28 de Março de 2023.