Com saldo positivo de atuação, deputados iniciam hoje um ano de desafios, entre eles, as eleições

 

O presidente Othelino Neto (PCdoB) comandará o parlamento formado pelos deputados Glaubert Cutrim (PDT) Adelmo Soares (PCdoB),  Sarney (PV), Roberto Costa (MDB), Antônio Pereira (PSB), Arnaldo melo (MDB), Carlinhos Florêncio (PCdoB), César Pires (PSD), Cleide Coutinho (PDT), Daniela Tema (DEM), Duarte Jr. (PSB), Detinha (PL), Yglésio Moises (PROS), Edson Araújo (PSB), Fábio Macedo (Republicanos), Fábio Braga (SD), Hélio Soares (PL), Helena Duailibe (SD), Leonardo Sá (PL), Marco Aurélio (PSB), Mical Damasceno (PTB),  Neto Evangelista (DEM), Pará Maranhão (PSL), Pastor Damasceno, Paulo Neto (DEM), Rafael Leitoa (PDT), Rildo Amaral (SD), Ricardo Rios (PDT), Andreia Resende (DEM), Socorro Waquim (MDB), Thaísa Hortegal (PP),  Welllington do Curso (PSDB), Wendell Lages (PMN), Zé Inácio (PT), Betel Gomes (PRTB), Ciro Neto (PP), Ariston Ribeiro (Republicanos), Márcio Honaiser (PDT), Zito Rolim (PDT) e Vinícius Louro (PL) no último ano do atual mandato

Em meio à forte repercussão do racha na aliança partidária e governista, com as pré-candidaturas do vice-governador Carlos Brandão (migrando do PSDB para o PSB) e do senador Weverton Rocha (PDT), e da última mensagem do governador Flávio Dino (PSB), que renunciará no final de março para se candidatar ao Senado, a Assembleia Legislativa inicia hoje, sob o comando do presidente Othelino Neto (PCdoB), o último ano do mandato dos atuais 42 deputados. Casa essencialmente política, onde desaguam as tensões causadas pela guerra pelo poder, o parlamento maranhense dá a largada para a reta final mirando as urnas de outubro, quando seus integrantes terão a oportunidade de pedir ao eleitorado que renovem seus mandatos, como acontece a cada quatro anos numa democracia sólida. Não será surpresa se o plenário for aqui e ali sacudido por tensos reflexos das tensões regionais, causadas pelas pela disputa pelo voto. No plano coletivo, porém, os deputados irão para as urnas com um trunfo consistente: o Poder Legislativo teve atuação correta, eficiente e decisiva no combate à pandemia do novo coronavírus, assegurando ao Poder Executivo os instrumentos legais para as ações que diferenciaram o Maranhão nessa guerra.

Politicamente, a Assembleia Legislativa mantém a tradição da não unanimidade, com o plenário dividido por governistas e oposicionistas, o que, vez por outra, causa embates duros, com a banda oposicionista, bem modesta, no ataque, e a governista, que forma larga maioria, na defesa, quase sempre vitoriosa, pelo volume pelos argumentos. Foi assim nos últimos três anos, o que torna os atuais deputados estaduais políticos com boa experiência, fazendo com que a atual Assembleia Legislativa uma com uma composição relativamente jovem – o presidente Othelino Neto tem 46 anos. O governador Flávio Dino trabalhou politicamente e institucionalmente com correção, o que ajudou o parlamento maranhense a preservar o seu perfil político e sua identidade institucional.

Quando a pandemia se instalou no Maranhão, a Assembleia Legislativa reagiu rápida e corretamente, tornando-se pioneira na realização de sessões virtuais e remotas, o que lhe garantiu seguir trabalhando, apesar das limitações impostas pela Covid-19. Além da autoproteção, o parlamento estadual foi decisivo na discussão e votação de medidas propostas pelo governador Flávio Dino, como o fechamento total na Grande Ilha, que foi decisivo para colocar o Maranhão como referência. Nenhuma proposta tecnicamente correta foi recusada pelos deputados, que com raríssimas, posições fora da linha e da lógica. Nesse sentido, os deputados votaram pela sociedade. Sob a e presidência de Othelino Neto e ação dos líderes governistas, como os deputados Marco Aurélio (PCdoB) e Rafael Leitoa PDT), e oposicionistas, como César Pires (PSD), Adriano Sarney (PV) e Wellington do Curso (PSDB), parlamentares do atual mandato atuaram fortemente, principalmente contra a pandemia, tendo ganhado, portanto, autoridade política para pedir votos para a renovação dos seus mandatos.

Nesse ambiente, deputados como Yglésio Moises (PROS) revelaram-se atuantes no campo propositivo, tanto no sentido legislativo propriamente dito, quanto campo das experiências.

Na seara política, os deputados foram muito ativos, com destaque para alguns articuladores, como Roberto Costa (MDB), Duarte Jr. (PSB), Neto Evangelista (DEM), Detinha (PL) e Cleide Coutinho (incansável PDT). Esses e outros parlamentares funcionaram como articuladores, desativando bombas e desmontando crises, assegurando assim as condições para que outros parlamentares se destacassem na produção legislativa.  Várias “bombas” foram eclodidas no plenário, mas surpreendentemente os parlamentares envolvidos em articulações cuidaram de desmanchar a má impressão causada. Em relação à sucessão estadual, o parlamento maranhense está fortemente dividido, com mais ou menos dois terços apoiando a pré-candidatura do vice-governador Carlos Brandão e um terço na alinhado ao projeto de candidatura do senador Weverton Rocha.

O ano legislativo que a ser instalado hoje colocará os deputados diante de uma mudança importante na esfera dos: a partir de hoje à tarde, eles estabelecerão relações com o novo comando do Poder Judiciário, que será eleito hoje, e a partir de abril com o governo liderado pelo hoje vice-governador Carlos Brandão. O último ano do atual mandato será, como se vê, fortemente marcado por desafios.

Em Tempo: A sessão solene de abertura da 4ª Sessão Legislativa da 19ª Legislatura da Assembleia Legislativa será aberta às 9h30, no Plenário Nagib Haickel. O item principal será a leitura da última mensagem do governador Flávio Dino, que deve comparecer, como sempre fez ao longo dos dois mandatos.

 

 PONTO E CONTRAPONTO

 

Dino aposta que grupos se unirão antes das convenções

Flávio Dino não crê em racha e aposta na unidade

O governador Flávio Dino não concorda com a afirmação segundo a qual houve um racha na aliança governista com as pré-candidatura do vice-governador Carlos Brandão e do senador Weverton Rocha à sua sucessão. Para ele, o que está havendo é uma dissidência, já que nem ele, como líder e articulador, nem os dois candidatos fecharam portas. O governador reafirma o seu apoio ao vice-governador, e não descarta a possibilidade de o senador Weverton Rocha rever seu projeto, o arquive temporariamente, e apoie o projeto do vice-governador Carlos Brandão. Flávio Dino acredita que a candidatura do vice-governador tenha ampliada sua base partidária e ganhe o respaldo da militância dos partidos que o apoiam e de segmentos organizado da sociedade civil. Na sua perspectiva, antes das convenções os grupos voltarão à mesa de negociações para negociar um grande acordo em torno de Carlos Brandão, e que deixe Weverton Rocha numa situação confortável.

 

MDB está decidido a apoiar o vice Carlos Brandão

Roseana Sarney deve apoiar Carlos Brandão

Mesmo com partidários incentivando a ex-governadora Roseana Sarney a assumir a condição de pré-candidata ao Governo do Estado, o MDB caminha para se posicionar na corrida sucessória como apoiador da pré-candidatura do vice-governador Carlos Brandão, que nesta semana deve se filiar ao PSB. Essa posição já está acertada internamente com os deputados federais Hildo Rocha e João Marcelo, com os deputados estaduais Roberto Costa, Arnaldo Melo e Socorro Waquim e os prefeitos do partido. O acerto interno conta com o aval do ex-presidente José Sarney, que é presidente de honra do MDB nacional. Mesmo assim, a ex-governadora Roseana Sarney, que preside a agremiação no estado, vai reunir novamente o grupo para fechar de vez o acordo. A expectativa é que ela faça o anúncio da aliança com Carlos Brandão até meados de março. A única voz discordante é a do ex-suplente de senador Lobão Filho, que teria declarado apoio à pré-candidatura do senador Weverton Rocha.

São Luís, 02 de Fevereiro de 2022.

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