Arquivos mensais: março 2025

Marqueteiro do governador de SP diz que Dino é o melhor nome da esquerda para 2026

Paulo Nobel vê Flávio Dino como o melhor nome da esquerda para disputar o Palácio do Planalto em 2026

A avaliação do marqueteiro Pablo Nobel de que o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, é o melhor nome da esquerda para disputar a Presidência da República em 2026 teve forte repercussão no meio político. E reacendeu a expectativa de muitos no sentido de que ele não permanecerá por muito tempo no cargo, ao qual pode renunciar, se quiser. Pablo Nobel falou com a autoridade e a experiência de quem tem 25 anos no ramo das campanhas eleitorais, tendo como conquista mais recente a campanha vitoriosa do governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (PL) e uma participação importante na campanha também vitoriosa do presidente da Argentina, Javier Milei. Na avaliação dele para a disputa do ano que vem, o presidente Lula da Silva (PT) enfrentará problemas, caso seja candidato, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que é a primeira opção do PT depois do presidente Lula da Silva, está desgastado por conta dos resultados modestos da política econômica.

Dono de uma visão prática, que não doura a pílula sem motivo, Pablo Nobel, que é consultor de comunicação política da agência PLTK, fundamenta sua avaliação em relação a Flávio Dino com uma série de fatores:  “Acredito que o Flávio Dino é o melhor nome da esquerda para 2026. Explico: é articulado. Dá respostas ácidas e afiadas quando pressionado, o que funciona bem nas redes sociais. É nordestino, o que pode ajudar a esquerda numa região onde o prestígio do lulopetismo está caindo, segundo as últimas pesquisas. Tem experiência como gestor público e ainda casou com a sua mulher recentemente. E sabemos que ser casado é uma condição relevante para uma candidatura nacional”.

A avaliação do marqueteiro é uma interpretação correta e muito próxima de Flávio Dino, principalmente o primeiro e decisivo fator, quando ele aponta o ministro como um político articulado, que não leva desaforo para casa quando está sob pressão, reagindo sempre com respostas ácidas, via de regra desarmando os alvos dos seus disparos verbais. Essa característica do líder maranhense foi mostrada de maneira franca ao país nas três vezes em que ele esteve no Congresso Nacional na condição de ministro da Justiça. Ali, ele demoliu com respostas inteligentes e ferinas todos os oponentes bolsonaristas que tentaram constrange-lo.

O segundo argumento do marqueteiro é o fato de Flávio Dino ser o único político da atualidade e da sua geração a ter passado pelos três poderes: foi juiz federal e hoje é ministro da Suprema Corte; foi deputado federal e governador do Maranhão por dois mandatos consecutivos, tendo presidido a Embratur e comandado o Ministério da Justiça; e foi deputado federal e senador da República. E com um dado muito fácil de aferir: foi bem-sucedido por onde passou, como está sendo agora no STF, como um dos 11 ministros. O político que chegou mais próximo dessa trajetória foi o gaúcho Nelson Jobim, duas gerações atrás, que foi deputado federal, presidente da Câmara Federal, senador, ministro da Justiça e ministro da Suprema Corte duas vezes, sem ter sido, no entanto, governador do Rio Grande do Sul.

O fato é que na geração de políticos cinquentões, independente do viés ideológico, não existe no País um quadro com as qualificações do ministro Flávio Dino. E com um dado essencial: ele é um militante da democracia, defensor do mandato conquistado pelo voto e que não tolera regime de exceção. Não há registro de que ele tenha, como magistrado, parlamentar ou governante, contrariado as regras da Constituição da República. E no que respeita ao executivo, os seus sete anos e três meses como governador do Maranhão e os treze meses como ministro da Justiça revelaram um gestor tecnicamente competente e eticamente correto.

Para fazer uma declaração pública desse porte, envolvendo um ministro da Suprema Corte na corrida presidencial, o publicitário Pablo Nobel certamente tem juízo formado sobre o assunto, o que leva naturalmente à suposição de que ele avaliou bem a trajetória do ex-governador do Maranhão.

PONTO & CONTRAPONTO

Supremo pode formar maioria e tornar réus os deputados Josimar de Maranhãozinho e Pastor Gil

Josimar de Maranhãozinho e Pastor Gil
podem se tornar réus por corrupção

Não está sendo fácil o Carnaval dos deputados federais Josimar de Maranhãozinho e Pastor Gil, ambos do PL. O voto do ministro Alexandre de Moraes acompanhando o voto do ministro-relator Cristiano Zanin que os torna réus na ação na qual os dois são acusados de desviar dinheiro de emendas parlamentares.

A angustia dos dois deputados está no fato de que o terceiro voto formará maioria, podendo complicar de vez a situação dos dois parlamentares. Faltam os votos dos ministros Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino.

A situação dos deputados – que envolve também o suplente Bosco Costa, (PL-SE) – é muito complicada. Na denúncia, a PGR os acusa de ter pressionado o prefeito de São José de Ribamar, Eudes Sampaio, a lhes repassar R$ 1,6 milhão como pagamento por R$ 6,6 milhões em emendas repassados ao município. Eudes Sampaio se recusou e denunciou os deputados à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal.

Os deputados se defendem, por meio dos seus advogados, afirmando que a denúncia não tem base porque não há prova de que eles tentaram extorquir a Prefeitura de São José de Ribamar. Só que também não apresentam provas da inconsistência da denúncia.

Não será surpresa se o terceiro voto saia na ressaca do Carnaval, colocando os dois parlamentares em situação muito complicada.

Braide espera decisão da Justiça sobre movimentação de verbas em São Luís

Eduardo Braide: autonomia

O desembargador Marcelo Carvalho deve bater martelo nesta semana a respeito da ação por meio da qual o prefeito Eduardo Braide (PSD) pede a anulação da decisão da Câmara Municipal de reduzir de 25% para apenas 5% a margem de movimentação de recursos entre áreas dentro do Orçamento.

A mudança, consideradas drástica e descabida, foi proposta pelo vereador Raimundo Penha (PDT), por meio de emenda à Lei Orçamentária Anual (LOA), aprovada há três semanas, com votos da maioria, mas sob os protestos doa vereadores da base de apoio do Palácio de la Ravardière.

Ao receber a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) protocolada pelo prefeito, o desembargador abriu prazo para uma audiência de conciliação entre o prefeito e a Câmara Municipal. O prefeito Eduardo Braide comunicou ao magistrado não ter interesse em conciliação.

O argumento do prefeito Eduardo Braide faz sentido. Afinal, na maioria das Prefeituras de Capitais, a margem de movimentação de recursos entre áreas é de 20%, sendo que algumas chegam a 35%.

O prefeito de São Luís alega que a redução para 5% é um golpe contra sua gestão e pede na ação que a Justiça restaure os 25%.

São Luís, 04 de Março de 2025.  

Daqui a 13 meses Brandão vai definir o cenário em que será disputada a sua sucessão

Decisão de Carlos Brandão impactará decisivamente a disputa que informalmente
já envolve Felipe Camarão, Orleans Brandão, Eduardo Braide, Roberto Rocha e
Lahesio Bonfim pelo Palácio dos Leões

Daqui a exatos 13 meses, 395 dias, portanto, e depois de um São João e de mais um Carnaval, o Maranhão vai conhecer o verdadeiro cenário em que se dará a corrida ao Palácio dos Leões. É que, se a legislação eleitoral não for mudada por alguma reforminha de conveniência, o 03 de Abril de 2026 será data decisiva para o governador Carlos Brandão (PSB), para o vice-governador Felipe Camarão (PT), para o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD) e, por via de consequência, todos os demais aspirantes ao Governo do Estado, a exemplo do ex-senador Roberto Rocha (sem partido) e do ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim (Novo), entre outros.

A grande expectativa, que há tempos vem dominando a classe política e grande parcelas do eleitorado, é quanto ao futuro do governador Carlos Brandão e, por via de desdobramento, do vice-governador Felipe Camarão. O governador vai renunciar em 03/04/2025 para concorrer a uma cadeira no Senado da República? A resposta a essa indagação desenhará todo o cenário da corrida eleitoral, com influência decisiva até mesmo nas disputas para a Câmara Federal e para a Assembleia Legislativa. Isso porque o governador terá forte influência nas montagens para as disputas visando a conquista de cadeiras nas duas Casas do Congresso Nacional e as 42 no parlamento estadual. A “tradição” diz que o partido ou aliança liderada pelo governador do Estado, seja ele ou não candidato à reeleição, tende a sair das urnas com força para dar as cartas.

O cenário de abril do ano que vem está longe de ser decidido. Isso porque o governador Carlos Brandão trabalha com duas alternativas, cada uma com o poder de mudar radicalmente o movimento das forças que participarão das disputas em todos os níveis. A primeira é a sugerida pela lógica: sair para o Senado, passando o Governo para o vice Felipe Camarão, que entronizado no cargo partirá para a reeleição, comandando a corrida às urnas. E a segunda é permanecer no cargo para cumprir o mandato até o final, lançando e apoiando um candidato a governador da sua confiança, e com poder de fogo para dar as cartas no processo eleitoral, mas com a desconfortante certeza de que estará fora da política formal, na condição de “ex”, a partir de 1º de janeiro de 2027.

Se a opção for por renunciar e concorrer ao Senado, Carlos Brandão irá para as urnas como favorito a uma das vagas, com largas chances, portanto, de se eleger e, como senador, comandar um grande grupo na política estadual. Nesse caso, fará dobradinha com o governador Felipe Camarão, que entrará na corrida também com força de favorito. Mas se a opção de Carlos Brandão for por permanecer no Governo, abrindo mão de ser candidato a senador, a situação mudará radicalmente: no comando do Governo, reunirá as condições para lançar um candidato da sua confiança – que pode ser Orleans Brandão (MDB), atual secretário de Articulação dos Municípios – à sua própria sucessão. Nesse caso, se o candidato for eleito, Carlos Brandão continuará com muito poder de fogo político no cenário estadual, podendo planejar seu futuro para 2030. Se der errado, ninguém duvida que ele pagará um preço político muito alto.

O que vier a acontecer no 03 de Abril de 2026 produzirá um cenário muito forte de perdas e ganhos dentro da grande aliança montada em 2014, mantida em 2018 e que agora passa por um forte processo de desgaste por conta do confronto aberto entre “dinistas” e “brandonistas”.

Qualquer que seja o cenário, ele dirá o peso eleitoral de cada candidato definido, entre eles o ex-senador Roberto Rocha e o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim, com a entrada ou não do prefeito Eduardo Braide no páreo. O prefeito de São Luís já desponta como nome forte na guerra pelo Palácio dos Leões, conforme a indicação das pesquisas mais recentes, nas quais apareceu como favorito, e acompanha atento os movimentos na grande aliança governista. Ainda é cedo para bater o prego e virar a ponta sobre quem vai ser o próximo governador do Maranhão, mas não há dúvida que a definição ganhará forma com a decisão do governador Carlos Brandão de disputar o Senado ou permanecer no comando do Governo até o final do seu mandato.

Vale repetir que até lá haverá um São João e mais um Carnaval pela frente.

PONTO & CONTRAPONTO

Decisão de Brandão em 03 de abril de 2026 vai impactar também a corrida para o Senado

Weverton Rocha, Eliziane Gama, André Fufuca,
Pedro Lucas Fernandes, Detinha e Hilton Gonçalo
terão candaturas influenciadas por Carlos Brandão

A definição do governador Carlos Brandão no dia 03 de abril do ano que vem influenciará decisivamente a corrida ao Senado, na qual os senadores Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama serão candidatos à reeleição, numa disputa que poderá envolver os deputados federais André Fufuca (PP) – atual ministro do Esporte, Pedro Lucas Fernandes (União), Detinha (PL) e o ex-prefeito de Santa Rita Hilton Gonçalo (Mobiliza).

Se Carlos Brandão vier a optar por renunciar e se candidatar ao Senado, o quadro da disputa será alterado radicalmente, à medida que, segundo pesquisa recente, ele entrará nessa corrida como favorito a uma vaga. Nesse caso, a corrida ficará mais difícil para os senadores e para os demais concorrentes.

Na hipótese de o governador bater martelo e permanecer no cargo, o cenário da disputa para o Senado será outro, muito diferente, com os senadores Weverton Rocha e Eliziane Gama disputando vagas diferentes, podendo a disputa se tornar mais acirrada se, numa hipótese remota, o deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União) ou a deputada federal Detinha (PL) resolverem entrar no páreo, como já foi ventilado, podendo contar ainda com o ex-prefeito de Santa Rita, Hilton Gonçalo (Mobiliza).

Em resumo: a corrida ao Senado será muito influenciada pela decisão que o governador Carlos Brandão vier a tomar em 03 de abril do ano que vem.

Roberto Costa implanta estilo arrojado de governar e mobiliza bacabalenses num animado Carnaval

Roberto Costa: Carnaval animado
numa gestão arrojada em Bacabal

Um mês e meio depois de assumir, o prefeito Roberto Costa (MDB) já dá mostras suficientes de que está mesmo decidido mexer ampla e profundamente com a máquina administrativa, a estrutura urbana, a rotina e cultura da população de Bacabal. Esse ânimo está se refletindo no alegre Carnaval, que na primeira noite, sábado, reuniu milhares de bacabalenses em festa.

Começou com um choque de gestão, com a implantação de um estilo arrojado de governar, fazendo mudanças importantes em peças chave da máquina administrativa, preparando-a para ações e programas que serão implantados ao longo dos próximos quatro anos. E o maior desafio será criar as condições para resolver definitivamente o abastecimento de água da cidade, hoje precário.

Outra linha de ação visa a transformação de Bacabal – que já é um centro universitário regional – num polo cultural, valorizando os traços culturais do município.

A primeira grande evidência está sendo o Carnaval bacabalense, que na primeira noite oficial de folia reuniu milhares no espaço montado para festa, que vai durar mais três dias. Sem esconder o seu entusiasmo com a condição de prefeito de Bacabal e comandante da cidade no reinado de Momo, Roberto Costa fez uma avaliação que reflete o seu alto astral:  

“No primeiro dia, o Carnaval já é um sucesso. O povo de Bacabal aceitou o nosso chamamento, para fazer uma grande festa popular”.

E assinalou que, mais que uma simples festa, o Carnaval de Bacabal foi transformado numa boa oportunidade de geração de renda para centenas de pessoas: “Os nossos vendedores ambulantes, que são os parceiros de Carnaval, tiveram este ano, pela primeira vez, uma ajuda de R$ 300,00 para a compra da cerveja, da água e para o churrasquinho. Foi a fórmula que encontramos para fortalecer o seu trabalho, para que possam ter uma grande renda para sustentar as suas famílias. E vai ter muita festa e muita alegria”.

E avisou, visivelmente otimista: “É assim que vamos fazer uma nova Bacabal”.

São Luís, 02 de Março de 2025.