Arquivos mensais: maio 2024

Othelino no Solidariedade será aliado de Weverton na oposição; Brandão acompanha movimento

Othelino Neto entre Ana Paula Lobato (e), e Flávia Alves, Paulinho da Força e Marília Arraes (d) no ato
de filiação ao Solidariedade, sábado, em São Luís

A filiação do deputado estadual Othelino Neto ao Solidariedade, sábado, em ato com a presença do presidente nacional do partido, o deputado federal Paulinho da Força, um dos mais famosos caciques do sindicalismo brasileiro, que controla a Força Sindical, consumou o racha que afastou da base de apoio do Governo do Estado o parlamentar, que deixou o PCdoB, e a senadora Ana Paula Lobato, que rompeu com o PSB e se filiou ao PDT. Retirado do ostracismo em que se encontrava, o braço do Solidariedade no Maranhão abre caminho para a formação de um foco expressivo de oposição a ser enfrentado pelo governador Carlos Brandão (PSB). Isso porque o PDT, que agora tem dois senadores, estará unido ao Solidariedade, duas agremiações de viés trabalhista. O Solidariedade recomeça agora no estado com um deputado estadual com peso político e uma suplente de deputado federal, Flávia Alves, irmã de Othelino Neto, que teve confirmada sua pré-candidatura à Prefeitura de São Luís.

À primeira vista, o mosaico criado por esses movimentos partidários parece confuso, a começar pelo fato de não haver uma explicação lógica para a senadora Ana Paula Lobato, que trocou o PSB pelo PDT, continuar em partido diferente do de seu marido e mentor político, o deputado Othelino Neto, que trocou o PCdoB pelo Solidariedade. Mas a explicação é simples: no PDT, a senadora Ana Paula Lobato injeta força política no partido, cujo presidente, senador Weverton Rocha, se prepara para tentar renovar o mandato ou chegar são Palácio dos Leões. Juntos em Brasília, os senadores pedetistas podem ajudar ou prejudicar pleitos do atual Governo do Estado na Câmara Alta.

No plano municipal, os dois partidos podem se juntar em apoio a candidaturas em municípios importantes, como Pinheiro, por exemplo, onde a senadora tem sua principal base política. No caso São Luís, é quase certo que o PDT vai rifar o ex-vereador Fábio Câmara, que não tem a menor chance de decolar, em favor de Flávia Alves, que pode alcançar algum espaço por ser um fato novo e invocar a condição de mulher. Pode contribuir para eleger uma bancada na Câmara Municipal, onde o PDT está prestes a desaparecer, contando apenas com o vereador Raimundo Penha. PDT e Solidariedade podem se juntar também em Timon, onde o deputado estadual Rafael Brito (PSB e apoiado pelo governador Carlo Brandão (PSB), ex-Leitoa, pleiteia o comando municipal disputando com a prefeita Dinair Veloso (PDT), candidata do grupo Leitoa, que hoje representam o PDT em Timon. E por aí vai.

Mas o foco maior da aliança tácita do PDT com o Solidariedade é demarcar território como oposição ao governador Carlos Brandão. E o objetivo é dar suporte ao projeto majoritário do senador Weverton Rocha, que pode ser candidato à reeleição ou ao Governo do Estado. Antes de procurar novos rumos partidários, a senadora Ana Paula Lobato e o deputado Othelino Neto tentaram um movimento ousado: tirar a presidência do PSB do governador Carlos Brandão e assumir o controle do partido. A cúpula nacional da agremiação socialista não aceitou a proposta, e a consequência do desfecho da operação foi o afastamento rápido e ostensivo do casal parlamentar do Palácio dos Leões. E o reflexo têm sido as falas de tom oposicionista, com variados graus de hostilidade, do deputado Othelino Neto na Assembleia Legislativa.

Até o momento, o Palácio dos Leões não fez qualquer movimento que tenha evidenciado uma preocupação maior com a migração da senadora Ana Paula Lobato e do deputado Othelino Neto para a Oposição. Orientou o líder do Governo, deputado Neto Evangelista (União Brasil) para responder pontualmente, a ataque, denúncia, acusação ou provocação na tribuna da Assembleia Legislativa. Escolado nesse jogo e conhecendo bem seus novos adversários, o governador Carlos Brandão se mantém em observação. “Vamos ver até onde isso vai. O governador está sempre pronto para conversar, mas também pronto para reagir com chumbo grosso”, disse à Coluna um cardeal do núcleo de ferro do Palácio dos Leões

PONTO & CONTRAPONTO

Presidente e vice da Câmara de São Luís estão em campos opostos, mas se dão bem

Francisco Chaguinhas e Paulo Victor: diferenças
políticas, mas boa relação institucional

O presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Paulo Victor (PSB), e o vice-presidente Francisco Chaguinhas (PSD) vão para a disputa municipal divididos.

O presidente Paulo Victor, além de buscar a reeleição, será um dos principais coordenadores da campanha do deputado federal Duarte Jr. (PSB) à Prefeitura, depois de ele próprio haver lançado a sua candidatura e a retirado semanas mais tarde. Com participação importante na vitória do governador Carlos Brandão em São Luís, o vereador Paulo Victor é considerado peça importante na estratégia do Palácio dos Leões para eleger o deputado Duarte Jr..

Apoiador incondicional do prefeito Eduardo Braide (PSD), o vice-presidente Francisco Chaguinhas vai à luta pela reeleição dele próprio e do chefe do Executivo. Francisco Chaguinhas, como Paulo Victor, tem forte convicção em relação ao campo em que atua. Desde o início do atual mandato ele abriu caminho para apoiar o prefeito de São Luís. Durante esse período, foi o interlocutor mais ativo do Palácio Pedro Neiva de Santana com o Palácio de la Ravardière. Será um dos coordenadores da campanha do prefeito Eduardo Braide.

Detalhe: diferenças políticas à parte, o presidente Paulo Victor e o vice-presidente Francisco Chaguinhas mantêm uma relação de excelência.

Juscelino Filho terá conversa decisiva com a PF sobre denúncias de desvio de emendas

Juscelino Filho: depoimento na PF
agendado para o dia 10 de maio

A semana que começa será decisiva para o deputado federal e atual ministro das Comunicações Juscelino Filho (União Brasil). Ele terá de comparecer à Polícia Federal, em Brasília, para esclarecer, de uma vez por todas, o que de fato aconteceu com os R$ 7,5 milhões que mandou emendas parlamentares para Vitorino Freire, sua terra natal e principal base eleitoral, onde os Rezende mandam há muito tempo e a irmã dele, Luanna Rezende (União Brasil), é prefeita reeleita.

Entre outras coisas, a Polícia Federal vai querer em pratos limpos, sem conversa mole – do tipo “Não tenho nada a ver com isso” -, tudo o que envolve recursos federais no valor de R$ 7,5 milhão enviados para trecho de pavimentação em Vitorino Freire, mas que curiosamente pavimentaram trechos de estradas vicinais que dão a cesso a quatro fazendas da família Rezende no município.

Além disso, o ministro terá de esclarecer a estranha e suspeita relação que mantém com o empresário Eduardo DP, o controverso dono da Construservice, a empresa contratada para fazer a pavimentação, e com o qual o ministro teria relações pouco republicanas.

O assunto está batido, é verdade. O ministro Juscelino Filho já deu inúmeras declarações a respeito, sempre batendo na tecla segundo a qual não houve desvio de recursos e que, por não ser o responsável pela aplicação dos recursos, não pode ser responsabilizado pela aplicação dos recursos. Mais do que isso, garante que nada houve de errado no caso das emendas.

A conversa reservada com experimentados delegados da Polícia Federal, que ocorrerá nesta semana, poderá colocar um ponto final nesse caso. Para o bem ou para o mal.

São Luís, 05 de Maio de 2024.

Senadores maranhenses têm estratégias diferentes em relação às eleições municipais

Weverton Rocha, Ana Paula Lobato e
Eliziane Gama: posições distintas em
relação às eleições municipais

Ao contrário do que é visível à primeira vista, os senadores maranhenses estão mergulhados nas articulações para as eleições municipais. Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PSD) atuam para montar lastro político e eleitoral para o pleito de 2026, enquanto Ana Paula Lobato (PDT), recém titularizada na cadeira senatorial, trabalha para criar uma rede de aliados em todo o estado. Munidos com espaços de poder mais amplo e com o milagroso poder das emendas ao Orçamento da União, mesmo sem a força marginal do “orçamento secreto”, que foi considerado inconstitucional, os senadores dispõem de instrumentos políticos que os permitem articular uma ampla rede de apoio a candidatos a prefeito nas mais diferentes regiões do Maranhão, o quer lhes permite dar aos seus mandatos uma amplitude estadual.

Para o senador Weverton Rocha, a formação de uma base municipal com prefeitos aliados é crucial para o seu projeto de renovar o mandato senatorial em 2026. Nas eleições de 2020, o senador, que é o manda-chuva do PDT no Maranhão, festejou a eleição de quatro dezenas de prefeitos. Agora, trabalha com a mesma perspectiva, só que com um grau de cautela bem mais elevado. Isso porque parte dos prefeitos que ajudou a eleger negaram fogo no apoio que ele precisou na corrida ao Palácio dos Leões, na qual ficou num incômodo terceiro lugar. Agora, o senador Weverton Rocha tem uma visão mais apurada dessa situação, uma vez que o pleito de 2026 será decisivo na sua vida política, seja com ele tentando a reeleição de senador, seja entrando na aventura de chegar ao Palácio dos Leões. Nas duas opções, o apoio de prefeitos é fundamental.

Segundo uma fonte do PDT, Weverton Rocha estaria disposto a investir no resgate do PDT em São Luís. Só que até aqui aposta num projeto sem futuro com a pré-candidatura do ex-vereador Fábio Câmara ao Palácio de la Ravardière. Há um zumzum correndo os bastidores e dando conta de que poderá surgia uma aliança entre PDT e Solidariedade em torno da candidatura de Flávia Alves pelo Solidariedade, partido ao qual o deputado estadual Othelino Neto, irmão da pré-candidata, se filia em ato político a ser realizado neste sábado.

Recém filiada aso PDT, a senadora Ana Paula Lobato vai trabalhar para fortalecer a base municipal do seu partido. Como ela não disputará votos em 2026, uma vez que seu mandato vai até 2030, a senadora vai atuar com dois objetivos claros: apoiar o projeto de reeleição do senador Weverton Rocha, se esse for o propósito dele, e investir na montagem de uma rede de apoio para dar sustentação aos seus projetos eleitorais futuros. Deve embarcar na aliança com o Solidariedade em São Luís.

A senadora Eliziane Gama não tem deixado muito claro o seu projeto em relação às eleições municipais deste ano. Com tarefas desafiadoras na vice-liderança do Governo Lula da Silva (PT) no Congresso Nacional, a senadora nem sempre vinculou a sua trajetória eleitoral com base em alianças municipais, uma vez que o seu eleitor-padrão está no universo evangélico e entre cidadãos descolados de grupos políticos municiais. Eliziane Gama tem muitos prefeitos aliados, trabalha com o apoio a prefeituras, com a destinação de emendas e fazendo ponte entre os municípios e as administrações estadual e federal. Sua atuação é mais discreta não havendo registro de projetos obstinados para eleger aliados nas eleições municipais.

O fato é que nenhum senador decidiu encarar as urnas disputando, por exemplo, a Prefeitura de São Luís, um projeto lógico e saudável no caso de Weverton Rocha e Eliziane Gama. Antes de ser titularizada no mandato senatorial, quando o futuro do então senador Flávio Dino não ir além do Ministério da Justiça, a então suplente de senadora Ana Paula Lobato cogitou disputar a prefeitura de Pinheiro. Os ventos mudaram fortemente e ela, com razão, nunca mais falou no assunto.

PONTO & CONTRAPONTO

Brandão e presidentes da Gasmar têm lutado pelo petróleo da Margem Equatorial

Carlosd Brandão, Alan Kardek e
Sebastião Madeira ações pelo
petróleo da Margem Equatorial

Não se discute a importância do trabalho político do deputado federal Pedro Lulas Fernandes (União Brasil), para viabilizar a exploração petrolífera na chama Margem Equatorial – ler edição de ontem -, especialmente no campo de Barreirinhas. Num outro plano, várias vozes vêm tendo participação forte nesse processo.

Para começar, o governador Carlos Brandão (PSB) tem se manifestado como um entusiasta do megaprojeto, já tendo liderado inúmeras inciativas no sentido de consolidar o que pode vir a incrementar decisivamente a economia do Maranhão. Carlos Brandão já discutiu o assunto inúmeras vezes com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e com o próprio presidente Lula da Silva.

No campo operacional, uma das vozes mais ativas é a do presidente da Gasmar, Alan Kardek Duailibe, que com a experiência e o conhecimento de quem foi diretor da Agência Nacional do Petróleo, sabe exatamente do que trata a Margem Equatorial e tem sido incansável nas ações destinadas a destravar o projeto e torna-lo efetivo. Pelos seus conhecimentos e pela força do cargo na Gasmar, é hoje o principal interlocutor do Governo do Maranhão nesse tema.

Vale registrar que n o pleno administrativo a exploração petrolífera na Margem Equatorial também foi tratada pelo atual chefe da Casa Civil, Sebastião Madeira (PSDB), quando presidiu a Gasmar antes de Alan Kardek Duailibe.

Tudo indica que o vereador Domingos Paz caminha para a cassação

Domingos Paz: situação complicada

Não é fácil nem confortável situação do vereador Domingos Paz (DC), acusado de abuso sexual e na iminência de ter seu mandato cassado pela Câmara Municipal. A Comissão de Ética da Casa já está de posse do relatório que sustenta a denúncia do Ministério Público e a investigação policial sobre o assunto.

O vereador tenta protelar o desfecho do caso com manobras regimentais e açõ0es judiciais. Mas elas, ainda que aqui e ali conseguem retardar o andamento do processo, não mudam em nada a essência da denúncia.

Nos corredores das Câmara e até mesmo entre vereadores corre a certeza de que o vereador dificilmente escapará da degola. Por essas avaliações, isso só seria possível com o surgimento de um fato novo que provasse sua inocência. Mas isso é impossível.

São Luís, 04 de Maio de 2024.

Margem Equatorial: Pedro Lucas aposta alto na exploração de petróleo em Barreirinhas

Pedro Lucas em evento da “cruzada” pela
exploração de petróleo da Margem Equatorial

Os números previstos impressionam e tornam a iminente exploração de petróleo na chamada Margem Equatorial, uma gigantesca região que vai do Amapá ao Rio Grande do Norte, passando pelo Amazonas, o Maranhão e o Ceará, e onde, segundo todas as pesquisas, estão armazenados, aguardando exploração, bilhões de barris de petróleo da melhor qualidade, que pode consolidar a autossuficiência do Brasil na produção de petróleo e derivados. Melhor ainda, abre uma enorme perspectiva para turbinar o desenvolvimento dos estados que compõem a plataforma, especialmente o Maranhão, que terá dois campos a serem explorados, um mais ao norte, dividindo com o Pará, e outro na região de Barreirinhas. Fala-se da criação de mais de 50 mil empregos e no incremento do PIB do Maranhão em até 12%, com o incremento de R$ 10 bilhões anuais em receita nova.

O início do processo de exploração, que já foi “coisa de visionário”, está bem mais próximo do que muitos imaginavam até pouco tempo atrás.  A contagem regressiva está sendo feita pelo mais empenhado congressista maranhense para a realização desse projeto, no qual vem apostando muitas fichas, o deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União Brasil), presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Exploração de Petróleo na Margem Equatorial do Brasil, credenciado como o principal interlocutor do Congresso Nacional com o Governo e com a Petrobrás em defesa da exploração petrolífera na região.

Em declaração recente sobre o tema, que vem mobilizando parte do Congresso Nacional, a Petrobrás e o setor petrolífero como um todo, o deputado federal Pedro Lucas Fernandes disse o seguinte: “A Margem Equatorial é o futuro do Brasil. A transição energética justa e a soberania de recursos necessitam do empenho do nosso País em garantir investimentos em áreas fundamentais. No Maranhão, com a exploração na região, a previsão é que sejam gerados mais de 56 mil empregos e que o PIB estadual cresça em 12,2%, com o incremento de R$ 10,9 bilhões. Vamos avançar e construir um grande futuro”.

Para chegar até aqui, o parlamentar maranhense vem travando há anos uma guerra política, cheia de escaramuças, contra instituições e vozes poderosas. Primeiro com o surgimento de uma espécie de “boicote” armado por interesses externos. E depois, por vozes e instituições influentes, como Marina Silva, antes de ser de novo ministra do Meio Ambiente e depois de voltar ao cargo no novo Governo Lula da Silva (PT). Ela liderou e amplificou uma cruzada contra a exploração do petróleo da Margem Equatorial sob a alegação de riscos ambientais. Essa reação contrária colocou o projeto em risco, mas os argumentos dos grupos formados pela Frente presidida por Pedro Lucas Fernandes conseguiram inverter a tendência, assegurando a aprovação do projeto de exploração petrolífera como benéfica para o país.

O deputado federal Pedro Lucas Fernandes tomou a causa para si como um projeto de vida, dedicando parte da sua atuação parlamentar à mobilização do Congresso Nacional a favor da exploração dessa fonte de riqueza. Para ele, no que diz respeito ao Maranhão, os benefícios econômicos e sociais da futura produção petrolífera na região de Barreirinhas são indiscutíveis, valendo como exemplo o crescimento do PIB estadual em mais de 12% e a receita prevista de R$ 10,9 bilhões ao ano e a geração de 56 mil empregos nos próximos tempos. Nas suas investidas contra os adversários do projeto, o deputado federal Pedro Lucas Fernandes sempre bateu na tecla de que a exploração de petróleo em Barreirinhas pode acelerar o processo de desenvolvimento econômico do Maranhão.     

O argumento das vozes contrárias que ainda ecoa é que a exploração de petróleo na Margem Equatorial é conservadora em matéria de transição energética. Mas o fato de a exploração de óleo na Guiana, na região de Essequibo, por apenas uma empresa, está mudando a vida daquele pequeno País, que está sendo chamado de “Dubai Latina”, a ponto de despertar o interesse da Venezuela, que quer agora invadir a região, é prova mais que suficiente para derrubar o argumento contrário.

Com as nuvens clareando sobre o mar da região de Barreirinhas, que poderá se transformar num polo econômico embalado pelo turismo e pelo petróleo, o deputado federal Pedro Lucas Fernandes anima as expectativas fazendo a seguinte previsão: “Vamos avançar construindo o nosso futuro”.

Que assim seja.   

PONTO & CONTRAPONTO

Pesquisa mostra Rafael na liderança em Timon

Rafael Brito lidera

Pesquisa do instituto Data AZ sobre a corrida para a Prefeitura de Timon confirma tendência prevista no meio político desde o início da pré-campanha: a liderança do deputado estadual Rafael Brito (PSB), que tem 30,80% das intenções de voto, à frente da prefeita Dinair Veloso (PDT), que está com 24,18, seguida do coronel Schneydder (PSD) com 16,09%, e de Henrique Júnior (PL), com 11,49%. Nada menos que 10,34% responderam que não sabem em quem votar, e brancos e nulos somaram 7,13 não souberam ou não quiseram responder.

A posição do candidato do PSB não surpreende. Não é uma vantagem consolidada e irreversível, mas é distanciamento sólido, suficiente para que o candidato socialista mantenha o seu ritmo de campanha e aposte na vitória. A posição da prefeita Dinair Veloso (PDT) não é das piores, mas ela precisará de um forte incremento na sua campanha para reverter o cenário em quer sua reeleição não será viabilizada em outubro, mesmo com o apoio dos Leitoa.

Em Tempo: A pesquisa Data AZ foi realizada no período dias 30 de abril e ouviu 435 eleitores, sendo 385 na zona urbana e 50 na zona rural. A margem de erro é de 4,7% para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%, e com registro no TRE sob o protocolo MA-08464/202.

Vinícius Vale amplia vantagem na corrida em Barreirinhas

Vinícius Vale amplia vantagem sobre Léo Costa
e Amílcar Rocha na corrida em Barreirinhas

Se a eleição para a Prefeitura de Barreirinhas fosse realizada agora, o engenheiro Vinícius Vale (PSB) seria eleito com 38,25% dos votos. Seria seguido pelo ex-prefeito Léo Costa (PDT), que teria 26,50% dos votos, e pelo atual prefeito, Amílcar Rocha (PCdoB), que sairia das urnas com 14,50% dos votos. Joab Marreiros teria 5%, Thiago Rodrigues receberia 0,75% e Totonho Corrêa 0,25% da votação, enquanto 6,50% dos eleitores ouvidos não votariam em nenhum deles e 8,50% não soube ou não quis responder.

A regra manda que não se deve comparar pesquisas, mas não impede que se observe uma tendência a partir dos seus resultados. A pesquisa Exata confirma a clara tendência de liderança do engenheiro Vinícius Vale, uma força política jovem, e o esgotamento de lideranças importantes de Barreirinhas, como o economista Léo Costa, que já governou a cidade duas vezes, e o atual prefeito Amílcar Rocha, que não conseguiu impor um ritmo de modernidade naquele que é maior centro turístico do interior do Maranhão, exatamente por ser o Portal dos Lençóis Maranhenses e com as condições de se tornar um polo petrolífero – leia o comentário de abertura.

Contratada pela Rádio e TV Difusora, a pesquisa Exata foi realizada nos dias 20 e 21 de abril, tendo ouvido 400 eleitores. Tem margem de erro de 4,58% para mais ou para menos, intervalo de confiança de 95% e está registrada no TRE sob o protocolo MA-03291/2024.

São Luís, 03 de Maio de 2024.

Com duras derrotas no currículo, Roberto Rocha se lança candidato da direita ao Governo em 26

Roberto Rocha mira agora o Governo

Depois de ter amargado uma dura derrota na disputa para o Senado em 2022, vencida com vantagem quilométrica pelo ex-governador Flávio Dino (PSB), o ex-senador Roberto Rocha saiu ontem do recolhimento que se impôs e voltou ao cenário político tentando dar forma a uma quimera: disputar o Governo do Estado em 2026 como candidato da direita bolsonarista. A revelação, feita pelo blog Elias Lacerda, ao qual concedeu entrevista, chamou a atenção, primeiro pelo fato em si, com o ex-senador saindo das sombras, e depois pela pretensão de chegar ao Governo do Estado depois de uma série de derrotas acachapantes para o Governo (2018) e para o Senado. E depois, por conta do seu projeto de ser o candidato da direita, uma seara já ocupada pelo ex-prefeito de São Pedro dos Crentes.

Não se sabe com base em quais informações políticas e partidárias o ex-senador avalia a possibilidade de ser bem-sucedido numa disputa para o Governo do Estado.

Vale lembrar que em 2018 ele ficou em 4º lugar, com meros 64.446 votos (2,05%) numa eleição em que o governador Flávio Dino (PCdoB) se reelegeu com 1.867.396 votos, o equivalente a 59,29%, a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) ficou em segundo com 947.191 votos (30,07%), e Maura Jorge (PSL) 247.988 votos (7,87%). Roberto Rocha ficou à frente apenas dos candidatos do PSTU, Ramon Zapata e do PSOL, Odivio Neto, ambos com o equivalente a 0,36% cada. Em 2022, como candidato ao Senado, Flávio Dino (PSB) saiu das urnas com 62% dos votos, enquanto Roberto Rocha (PTB), buscando a reeleição, agora pelo PTB, recebeu apenas 37% dos votos, mesmo com o apoio ostensivo do então presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).

Na entrevista, o ex-senador Roberto Rocha justifica seu pífio desempenho eleitorais com uma série de desventuras na área familiar, como a perda do Filho Roberto Filho e em irmão, Luiz Rocha Filho, que tocava os negócios da família e foi prefeito de Balsas. E pelo que disse na entrevista de ontem, acredita que pode ter vez numa disputa em que, se tudo correr como está desenhado, enfrentará o atual vice-governador Felipe Camarão (PT) como governador candidato à reeleição.

Para ser candidato ao Governo do Estado em 2026, o ex-senador Roberto Rocha precisa reestruturar toda a sua vida política para se viabilizar como o candidato da direita. Para começar, o posto de representante da seara direitista na próxima corrida aos Palácio dos Leões já está ocupado pelo ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim, que no pleito de 2022 atropelou o senador Weverton Rocha, candidato do PDT, alcançando o segundo lugar na disputa com o governador Carlos Brandão.

O ex-senador Roberto Rocha vai precisar de um partido para ser candidato ao Governo. Na eleição passada, sua situação política estava tão desgastada que ele passou por vários partidos em pouquíssimo tempo, tentou dividir o comando do PL com o deputado federal Josimar de Maranhãozinho, andou se enroscando com Lahesio Bonfim pela vaga de candidato a governador no PSC, mas acabou tendo que se contentar com o que havia de mais retrógrado e mais agressivo na direta brasileira: o PTB, sendo liderado, portanto, pelo chefão do partido, Roberto Jefferson, que hoje se encontra internado com algemas nas pernas. Nas conversas que correm nos bastidores, poucos chefes partidários estão dispostos a abriga-lo nas suas legendas. Poderá – quem sabe? – dividir o controle do PRTB com o deputado estadual Yglésio Moises, recém chegado ao partido, e com projeto bem claro de se tornar o nome da direita bolsonarista no Maranhão.

A julgar pelo seu currículo partidário, com passagem pelo PDS, PFL, PMDB, PSDB, PSB e PTB, tendo também tentado, sem sucesso, comandar uma fatia do PL no estado, o ex-senador encontrará dificuldades para retornar à vida partidária e viabilizar sua candidatura ao Governo do Estado.

PONTO & CONTRAPONTO

Operação costura manutenção de deputados do PSB e do PCdoB na base governista

Operação visa manter Carlos Lula,
Júlio Mendonça e Rodrigo Lago
na base governista

O PSB não vai se dividir nem o PCdoB mudará de posição. Os dois partidos o permanecerão integralmente na base de apoio do Governo Brandão. Eventuais divergências poderão até emergir, como aconteceu há pouco em relação ao Tribunal de Contas, mas está em andamento um intenso trabalho de costura no sentido manter a base intacta.

A saída da senadora Ana Paula Lobato do PSB para ingressar no PDT, e a migração do deputado Othelino Neto do PCdoB para o Solidariedade são vistas como casos isolados, que já estavam previstos, situação que dificilmente seria revestida e que se tornou fato consumado com a saída de Flávio Dino da vida político-partidária.

Já em relação aos deputados Rodrigo Lago e Júlio Mendonça, ambos do PCdoB, e Carlo Lula, do PSB, eles permanecerão atuando com independência na Assembleia Legislativa, mas dando todo o suporte possível ao Governo em matéria de votação.  Os dois primeiros terão também o apoio do partido deles, o PCdoB, cujo presidente, deputado federal Márcio Jerry, confirmou a permanência da legenda na base governista e como aliada de primeira hora.

Quem aposta numa crise na base governista começa a perceber que o cenário já está mudando.

Eleição em dois turnos mudará radicalmente o modo de fazer política em Imperatriz

Josivaldo JP, Rildo Amaral, Marco Aurélio
e Mariana Carvalho terão
de ajustar discursos e posturas

A confirmação de que Imperatriz alcançou os 200 mil eleitores e ganhou o direito de realizar eleição de prefeito em dois turnos mudará radicalmente a postura e o discurso dos candidatos à sucessão do prefeito Assis Ramos.

A partir de agora, o jogo será outro, pois os candidatos mais fortes não poderão distribuir pancadas nos seus adversários a ponto de os tornar inimigos políticos, uma vez que, se nenhum deles alcançar 50% dos votos mais um, os dois mais votados terão de procurar os derrotados para negociar o apoio de cada um deles.

Assim, Rildo Amaral (PP) não pode partir para a pancadaria contra Marco Aurélio (PCdoB) e vice versa, nem Josivaldo JP poderá disparar contra Mariana Carvalho (Republicanos), que também terá de atacar seus adversários com o cuidado possível.

Além de representatividade do prefeito eleito, que sempre terá mais da metade dos votos, o segundo turno impõe uma eleição mais civilizada e mais acreditada. Isso porque, além da disputa, abre caminho para debates nos quais os candidatos deverão se preocupar com propostas e não com pancadas nos adversários.

Será, de fato, uma nova realidade.


Em Tempo: Alertado por um leitor, Luciano, Repórter Tempo, envergonhado, faz uma correção na edição de ontem: o verso “A a gente não quer só comida…” incluído no discurso do novo presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Froz Sobrinho, não é de Cazuza, mas de Arnaldo Antunes e os Titãs.

São Luís, 02 de Maio de 2024.

Froz assume o comando do Judiciário dizendo que “a gente não quer só comida”

Froz Sobrinho ladeado por Juscelino Filho, Reynaldo Soares, Iracema Vale,
Carlos Brandão e Flávio Dino; Froz Sobrinho recebe o colar presidencial de Paulo Velten;
e entre os membros da Mesa: Jorge Figueiredo, José Luiz Almeida e Raimundo Bogéa

O Poder Judiciário do Maranhão tem novo comando, presidido pelo desembargador Froz Sobrinho, que assumiu na sexta-feira (26), em sessão administrativa do Tribunal de Justiça, e consumou a transição ontem numa concorrida sessão solene com a presença de desembargadores e convidados, realizada no Multicenter Sebrae. Os desembargadores Froz Sobrinho (presidente), Raimundo Bogéa (1º vice), Jorge Figueiredo (2º vice) e José Luiz Almeida (corregedor geral) assumiram seus cargos na presença do governador Carlos Brandão (PSB), da presidente do Poder Legislativo Iracema Vale (PSB), e de um grande número de convidados, entre eles os ministros Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, Reynaldo Soares e Rogério Schietti, ambos do Superior Tribunal de Justiça, além dos ministros executivos Juscelino Filho (Comunicações) e André Fufuca (Esportes), entre outras autoridades do Judiciário, do Executivo e do Legislativo.

A mudança no Poder Judiciário do Maranhão ocorre no momento em que a instituição judiciária brasileira vem sofrendo ataques violentos da extrema-direita, mas vem rebatendo o discurso agressivo melhorando progressivamente o padrão de qualidade nos serviços que presta. Essa mudança tem se acentuado a olhos vistos nos últimos dois anos, durante a presidência do desembargador Paulo Velten. E nesse contexto, o desembargador Froz Sobrinho assume a presidência com o desafio de manter o ritmo das mudanças e, se possível, intensificá-lo, ao mesmo tempo em que precisa blindar o Sistema Judiciário maranhense contra os segmentos políticos que vêm tentando de todas as maneiras fragilizá-lo.     

Na conversa formal com jornalistas, o presidente Froz Sobrinho mostrou que está sintonizado com os novos tempos do TJ, apresentando os 121 Pontos de Inclusão Digital (PID) distribuídos em cidades, povoados, quilombos, aldeias indígenas e ilhas localizadas em todas as regiões do Maranhão, por meio do Programa Justiça para Todos, desenvolvido ao longo da sua gestão à frente da Corregedoria Geral da Justiça, objetivando ampliar o acesso à Justiça para populações de locais de difícil acesso. “Fomos de Davinópolis a Caçacueira, em Cururupu, passando por Montes Altos, várias cidades, termos e lugares distantes no Maranhão, isso é justiça inclusiva e foi no que apostei na Corregedoria”, assinalou.

Na sessão de sexta-feira (26), em que tomou posse de fato como o novo presidente do Tribunal de Justiça, Froz Sobrinho fechou assim seu primeiro discurso como chefe do Poder Judiciário do Maranhão: “Eu quero o apoio de todos que compõem o Judiciário maranhense, para tornarmos a justiça maranhense cada vez mais acessível, cada vez mais inclusiva, cada vez mais restaurativa, cada vez mais resolutiva, cada vez mais fraterna, cada vez mais solidária, cada vez mais conciliadora e cada vez mais eficaz, principalmente aos excluídos, aos invisíveis, aos vulneráveis, aos que têm fome e sede de justiça, para eles, essa Mesa Diretora, principalmente, irá trabalha”.

E ontem, já com os dois pés no comando da instituição, o novo presidente do Tribunal de Justiça recorreu ao poema-canção de Arnaldo Antunes e os Titãs para definir os seus propósitos à frente do Poder Judiciário em relação aos mais frágeis, como indígenas, albinos, pescadores, agricultores familiares, populações que devem ser acolhidas pelo sistema de Justiça. “A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte. A gente não quer só comida, a gente quer saída para qualquer parte, e a Justiça é a única saída para muita gente”, declarou, marcando definitivamente o seu discurso na transmissão do cargo, quando recebeu o Grã Colar Clóvis Bevilácqua, que simboliza a instituição presidencial no Poder Judiciário.

O presidente Froz Sobrinho recebe o comando de um Poder Judiciário com 37 desembargadores – dois ainda estão em processo de escolha e nomeação -, 341 juízes, que atendem a 106 comarcas espalhadas no estado, recebendo todos os processos digitalizados e na condição de segundo do País em transparência, conforme os critérios do Conselho Nacional de Justiça. Ao mesmo tempo, recebe um TJ com dois desembargadores afastados sob suspeitas de desvio de conduta.  

PONTO & CONTRAPONTO

Othelino Neto anuncia filiação ao Solidariedade

Othelino Neto: no Solidariedade e na oposição

O deputado Othelino Neto assinará ficha de filiação no Solidariedade em ato político agendado para sábado. Ele próprio deu a notícia ontem, na tribuna da Assembleia Legislativa, em discurso no qual, além de informar sobre a saída do PCdoB e a escolha da nova agremiação partidária, declarou, várias vezes, de alto e bom som: “Não faço mais parte da base do Governo!”

Othelino Neto não se aprofundou na explicação da mudança partidária e da migração da sua condição de apoiador do Governo para a de oposicionista declarado. Limitou-se a dizer que não concorda com o que está vendo no Maranhão, e que não poderia continuar.

Ele agradeceu ao comando do PCdoB – partido pelo qual disputou e venceu três mandatos na Assembleia Legislativa, que também presidiu por cinco anos. E previu que a maioria dos seus aliados políticos no interior permanecerão no PCdoB. E explicou que escolheu o Solidariedade por se tratar de um partido que tem potencial para crescer no Maranhão e com o qual tem afinidades políticas e ideológicas.

 Vale lembrar que o Solidariedade no Maranhão está sob o controle da sua irmã, a suplente de deputada federal Flávia Alves, que também deixou o PCdoB e anunciou sua pré-candidatura à prefeitura de São Luís.

Prefeito de Imperatriz sofre duros ataques na Alema, sem que ninguém o defenda

Alvo de pancadaria e seu defesa

Não é confortável a posição do prefeito de Imperatriz, Assis, na Assembleia Legislativa. Ali ele vem sendo alvo de pancadaria verbal quase que diariamente, ora pelo deputado Rildo Amaral (PP), que é candidato a prefeito da Princesa do Tocantins, ora pelo suplente no exercício do mandato Ricardo Seidel (PSD), que já foi vereador e apoia a candidatura do deputado federal Josivaldo JP (PSD).

Os dois parlamentares têm sido implacáveis na avaliação da gestão, fazendo afirmações como Imperatriz é a “mais mal administrada cidade do Brasil”, fazendo relatos dramáticos da situação dos hospitais, das escolas, de muitos bairros, da segurança e de sintomas de descontrole administrativo da segunda maior e mais importante cidade do Maranhão.

Chama a atenção o fato de que nenhum deputado vai à tribuna para defender o prefeito. Quem ainda fez alguma defesa, tempos atrás, foi a deputada Janaína Ramos, que chagou no parlamento estadual como sua esposa, mas mergulhou em silêncio sobre sua gestão depois de anunciar a separação.

São Luís, 01 de Maio de 2024.