Arquivos mensais: agosto 2023

Com o PDT fragilizado, alguns perguntam por que Weverton não se candidata em SL

Weverton Rocha sairia do Olimpo senatorial para disputar votos em São Luís?

Em meio a uma movimentação partidária que começa a ganhar abrangência e intensidade visando as eleições municiais do ano que vem, como a volta por cima que o PSDB deve consumar hoje, num ato político de grande peso comandado pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Paulo Victor, pré-candidato declarado à Prefeitura de São Luís, uma pergunta está sendo feita nos bastidores da política ludovicense: Para onde irá o PDT? Terá o partido candidato próprio à sucessão do prefeito Eduardo Braide (PSD)? Negociará algum acordo com o prefeito Eduardo Braide, a quem apoiou no 2º turno em 2020, para apoiá-lo, como já foi especulado? Vai repetir a aliança com o União Brasil (ex-DEM), em torno da candidatura, que já está sendo definida, do deputado estadual Neto Evangelista? Ou sairá da zona oposicionista e voltará ao leito original reatando aliança com PSB, PCdoB e PT? Ninguém, nem mesmo seus vereadores, sabe o que está planejando o chefe maior do partido, senador Weverton Rocha, que tem a palavra final sobre as decisões maiores do PDT.

De uns dias para cá, várias têm sido as indagações sobre o que fará o PDT na corrida pela Prefeitura de São Luís. Essas interrogações fazem todo o sentido quando se reflete sobre o papel do PDT na vida ludovicense nos últimos 35 anos. Foi um período de domínio quase absoluto da agremiação brizolista em boa parte desse período, principalmente sob o comando de Jackson Lago, que governou a Capital por uma década, deixando nela marcas indeléveis – como a Praça Maria Aragão, por exemplo. Jackson Lago governou de 1989 a 1993, elegeu Conceição Andrade, com quem rompeu em seguida, se elegeu de novo em 1996 e se reelegeu em 2000, governando até meados de 2002, quando renunciou, entregando ao vice Tadeu Palácio, que se reelegeu em 2004 e cumpriu o mandato até 2008, quando o partido perdeu o poder para o PSDB de João Castelo, tendo voltado ao comando da Capital em 2016, agora com Edivaldo Holanda Jr., que se reelegeu perlo PDT. Em 2002, mesmo tendo um filiado na Prefeitura, o PDT refugou, negou suas origens e entregou o poder de bandeja para o deputado federal Eduardo Braide, que se elegeu pelo PMN, um partido que só existia no registro.

Hoje, sem um nome de peso para lançar como candidato a prefeito e fora da aliança política que comanda o Estado, o PDT de São Luís se resume a quatro vereadores, não sendo mais nem uma pálida imagem do partido que comandou a Capital por mais de 20 anos de 1989 para cá. E por mais que se tenha boa vontade na avaliação dessa trajetória, todos os caminhos para explicações terminam no senador Weverton Rocha, que foi ungido sucessor pelo próprio Jackson Lago, mas nem de longe conseguiu manter a estatura da agremiação. O PDT maranhense hoje é um pouco o retrato do PDT nacional sem Leonel Brizola e tendo à frente o quase folclórico Carlos Lupi, por enquanto ministro da Previdência: um partido que não avança e perde força a cada eleição.

Vários leitores já indagaram à Coluna o motivo pelo qual o senador Weverton Rocha, que nasceu e cresceu político militando na Capital, liderando a ativa Juventude Pedetista e depois a influente militância pedetista, não se candidata à Prefeitura de São Luís. A pergunta faz sentido, a começar pelo fato de que Weverton Rocha esnobou a Câmara Municipal da Capital, a Assembleia Legislativa e o Palácio de la Ravardière. Ele preferiu ser logo deputado federal, para chegar mais rápido ao seu objetivo maior, o Palácio dos Leões. Da Câmara Federal foi para o Senado em 2014 e tentou ser governador em 2022, tendo sido triturado nas urnas, havendo quem o veja com muitas dificuldades para renovar o mandato senatorial em 2026.

Há quem ache que, se decidisse se afastar um pouco do Olimpo senatorial e substituísse momentaneamente o Palácio dos Leões pelo Palácio de la Ravardière no seu projeto de poder, encarando a realidade da planície, o senador talvez devolvesse ao PDT um naco da sua estatura de antes.

PONTO & CONTRAPONTO

PSDB renasce hoje para medir força na sucessão na Capital

Anúncio do ato de filiação mostra Tasso Jereissati,
Eduardo Leite e Sebastião Madeira emoldurando
o vereador Paulo Victor

Tudo pronto para o mais anunciado ato de turbinagem partidária em tempos recentes no Maranhão: a filiação do presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Paulo Victor, e mais pelo menos quatro vereadores, a começar por Marcial Arruda, já foi líder do Governo Braide. O evento ocorrerá na casa de shows Batuque Brasil, o que indica uma aposta alta na presença de muitos partidários dos vereadores que se converterão ao tucanato, que tem no secretário-chefe da Casa Civil, Sebastião Madeira, como seu maior exemplar.

Além de ressuscitar o PSDB em São Luís, o evento dará ao partido no mínimo cinco cadeiras na Câmara Municipal, onde até ontem não tinha nenhuma. Além disso, o PSDB refaz o ninho de São Luís se apresentando com um candidato à sucessão do prefeito Eduardo Braide, a quem fará oposição. Não é pouca coisa, se levado em conta o fato de que até aqui nenhum partido já apresentou um candidato definido.

A importância que o comando nacional está dando à ressurreição do PSDB pode ser medida por duas presenças: o senador Tasso Jereissati, uma das figuras mais importantes do tucanato nacional, e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, o mais destacado líder tucano da nova geração do partido fundado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

O PSDB renasce no Maranhão cheio de gás.

Governo lança “Saúde para Todos”; Iracema vê “dia histórico”

Iracema Vale fala no lançamento do “Cuidar de Todos” liderado por Carlos
Brandão e Tiago Fernandes na presença de deputados estaduais

A Secretaria de Estado da Saúde lançou ontem o programa “Cuidar de Todos – Atenção Primária”, por meio do qual ações como as de prevenção à mortalidade infantil e materna, AVC, diabetes, infartos e de acidentes de trânsito serão mais eficazes. O lançamento ocorreu no Hotel Blue Tree Towers, liderado pelo governador Carlos Brandão (PSB) e pelo secretário de Saúde, Tiago Fernandes, e na presença da presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB) e de pelo menos uma dezena de deputados estaduais, entre eles Carlos Lula (PSB), ex-secretário de Saúde, e Roberto Costa (MDB).

Com a experiência de quem foi duas vezes prefeita no interior, conhecedora de problemas que afetam a saúde da população, a chefe do Poder Legislativo Iracema Vale classificou o dia de ontem de “histórico”, uma vez que o programa “Cuidar de Todos – Atenção Primária “assegura a implantação do maior projeto de fortalecimento da atenção primária já criado no Estado e que tem todo o apoio do Parlamento Estadual”.

 Ao discursar no encerramento, o governador Carlos Brandão endossou as palavras da deputada Iracema Vale e completou:  “O projeto vai fortalecer a atenção primária à saúde para a evolução da garantia e a ampliação do acesso aos cuidados em saúde, além de promover a melhoria dos resultados dos indicadores do setor e do enfrentamento dos problemas que mais causam o adoecimento e óbito da população maranhense.

Estiveram presentes, ainda, os deputados estaduais Ariston Pereira (PSB), Antônio Pereira (PSB), Ricardo Rios (PCdoB), Janaína Ramos (Republicanos), Solange Almeida (PL), Carlos Lula (PSB), Viviane Silva (PDT), Daniella Gidão (PSB), e Francisco Nagib (PSB) e o presidente da Famem, Ivo Rezende, prefeito de São Mateus.

São Luís, 04 de Agosto de 2023.

TSE sepulta tentativa de Roseana fazer com Dino o que fez com Jackson Lago

Roseana Sarney tentou inviabilizar reeleição de Flávio Dino
acusando-o de abuso por haver nomeado capelães

Caiu ontem no plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a última e mal lastreada tentativa da ex-governadora – hoje deputada federal – Roseana Sarney (MDB) de reverter a reeleição do então governador Flávio Dino (PCdoB) e do seu vice Carlos Brandão, no 1º turno, em 2018. A ação, na qual a coligação liderada pela ex-governadora, que saiu das urnas marcada por uma dura derrota, acusava o então governador e candidato à reeleição de “abuso de poder político, abuso de poder econômico e conduta vedada a agente público na campanha eleitoral”.  E o motivo de tais acusações foi a nomeação, pelo então governador Flávio Dino, de religiosos para cargo comissionado de capelães da Polícia Militar, sem concurso.

Havia um questionamento judicial sobre os atos do governador, mas aquela ação não prosperou, uma vez que a Justiça reconheceu a legalidade das nomeações. Quando a ação da coligação de Roseana Sarney foi protocolada na Justiça Eleitoral, o seu objeto já não tinha mais sentido. No julgamento de ontem no TSE a rejeição do recurso contra a chapa Flávio Dino-Carlos Brandão foi unânime.

A ação com o objetivo de mandar pelos ares a chapa Dino-Brandão nas eleições de 2018 foi uma tentativa quase descabida de sufocar o poder de fogo eleitoral do então governador Flávio Dino, apontado em todas as pesquisas como franco-favorito na corrida ao Palácio dos Leões. Sua situação era tão confortável que as previsões, que resultaram confirmadas, foi a de reeleição em turno único. Seu principal adversário, a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) não tinha qualquer chance no embate eleitoral direto, estando muitos pontos atrás do líder. Os outros candidatos mais destacados, o então senador Roberto Rocha e a então o ex-prefeita de Lago da Pedra, Maura Jorge, reconheceram a derrota, uma vez que sabiam não ser possível para eles reverter aquele cenário de favoritismo do governador e seu vice.  

Sem votos para voltar ao poder, Roseana Sarney e seu staf tentaram uma saída no “tapetão”, como fizeram com o então governador Jackson Lago (PDT) em 2009, revertendo a derrota sofrida em na histórica eleição de 2006. Só que, ao contrário do que aconteceu com Jackson Lago, que deixou algumas brechas que deram margem para o questionamento da eleição, com Flávio Dino foi diferente: nada havia de errado no seu Governo, que foi marcado pela transparência, nada havendo de errado também na sua campanha. Surgiu então a ideia de acusa-lo de abuso de poder por meio da nomeação de capelães para a PM, a partir de ataques feitos pela bancada sarneysistas na Assembleia legislativa, então capitaneada pelo depurado César Pires (PSD).

Os cargos de capelão da PM foram criados dentro das regras pela Assembleia Legislativa. Pela norma, são cargos comissionados, que não exigem concurso público para o seu preenchimento. A única exigência prevista é a formação religiosa do candidato, podendo ser padre, pastor, “ministro”, etc. Os operadores de Roseana Sarney cometeram erros primários nessa ação, sendo o principal deles a afirmação de que cargo comissionado tem de ser preenchido por concurso.

No ano passado, “por falta de provas”, o Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA) rejeitou, por improcedência, as duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes) propostas pelos partidos liderados por Roseana Sarney. Foi contra essa decisão que a chapa adversária recorreu ao TSE. Ontem, a maioria do pleno do TSE seguiu o entendimento do ministro-relator André Ramos Tavares, para quem os autores da ação não conseguiram demonstrar a finalidade “supostamente eleitoreira” na contratação de capelães. O ministro afirmou que não ficou demonstrada “uma eventual anormalidade nas relações contratuais”. André Ramos acrescentou afirmando ter havido um quadro “despido de um mínimo de robustez quanto às condutas questionadas”. Meses depois, o vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gonet, defendeu a rejeição do recurso contra Flávio Dino e Carlos Brandão: “A nomeação de capelães sem prévio concurso público, pelo que se deduz dos autos, é prática adotada no Maranhão desde 2004. Pelo que se percebe dos autos também, os nomeados atendiam aos requisitos legais”.

E terminou assim, com uma pancada judicial inclemente, a tentativa da então ex-governadora Roseana Sarney de fazer com Flávio Dino o que fez com Jackson Lago.

(Em Tempo: comentário escrito com base em informações de O Globo)

PONTO & CONTRAPONTO

Deputados destacam combate à violência no Maranhão

Eric Costa, Rildo Amaral e Leandro Bello elogiam
ações na segurança pública

Em meio à zum-zum em parte da blogosfera sobre uma suposta crise na Segurança Pública do Maranhão, três deputados – Eric Costa (PSD), Rildo Amaral (PP) e Leandro Bello (Podemos) – ocuparam ontem a tribuna da Assembleia Legislativa, na sessão de reabertura, para destacar ganhos no combate à violência no Maranhão.

Com a autoridade de ex-prefeito de Barra do Corda, portanto com conhecimento de causa numa vasta região do Maranhão na qual a segurança pública sempre foi precária, o deputado Eric Costa mostrou ontem dados que informam a queda de 6,5% nas taxas de homicídios intencionais no Maranhão. Ele chamou a atenção para o tato de que no Nordeste, essa queda foi de 4,5%, e no Brasil de apenas 2,5%. Mas alertou que, apesar dos avanços, a situação continua preocupante e carente de investimentos.

Por sua vez, o deputado Rildo Amaral, que atua no momento como pré-candidato à Prefeitura de Imperatriz, a segunda maior e mais importante cidade do Maranhão, parabenizou o Governo do Estado por ações na área de segurança pública na Princesa do Tocantins município de Imperatriz, que no fim de semana registrou nada menos que seis assassinatos, a maioria causada por guerra de facções criminosas.

O deputado Leandro Bello festejou o fasto de sua cidade, Timon, a terceira mai9or do maranhão, viver um período de 35 dias sem registrar um só assassinato. Ele atribuiu o bom momento ao trabalho que vem sendo realizado pelo Governo do Estado na párea de segurança pública no município. “Os números eram horríveis, registrando em torno de dois, três, quatro homicídios por semana. Agora, alcançamos a marca de 35 dias sem homicídios. Isto é a demonstração de que a segurança vem melhorando. Eu tenho certeza de que esse ritmo vai continuar”, disse o deputado Leandro Bello.

Mical Damasceno canta louvor em tom dramático na tribuna da Assembleia Legislativa

Mical Damasceno em um das suas
apresentações na tribuna da AL

A deputada Mical Damasceno (PSD) deu ontem mais um show na tribuna da Assembleia Legislativa. Diante de um plenário lotado de colegas e assessores durante a sessão de reabertura dos trabalhos da Casa, a parlamentar, evangélica roxa e bolsonarista idem, não perdeu a oportunidade, e em vez de um discurso saudando o retorno das atividades legislativas, ela usou sua voz forte na interpretação de um “louvor”. Mas o que poderia ser um canto de alegria, festejando a volta ao trabalho, o que se ouviu foi um canto triste, uma manifestação de agradecimento ao Cristo por tê-la salvado. A interpretação dramática chamou a atenção de deputados e jornalistas, que perceberam um tom quase sombrio no canto da parlamentar.

Mesmo sem muita vocação para o canto, a deputada Mical Damasceno já fez interpretações serenas, animadas e engraçadas, mas a de ontem fugiu à regra pelo tom estranho que ela usou na interpretação.

São Luís, 02 de Agosto de 2023.

Déficit financeiro do Governo e disputa nos municípios vão pautar os deputados estaduais

Pela ordem: Iracema Vale. Arnaldo Melo, Othelino Neto (substituído por Zé Inácio), Carlos Lula, Fabiana Vilar, Francisco Nagib, Antônio. Daniela Gidão, Florêncio neto, Claudia Coutinho, Glalbert Cutrim, ??? Filho, Yglésio Moises, Roberto Rocha, Mical Damasceno, Rafael Sousa, Rodrigo Lago, Neto Evangelista, Abigail Teles (substituída por Pará Figueiredo), Hemetério Weba, Andreia Rezende, Aloísio Santos, Rildo Amaral, Edna Silva, Ariston Pereira, Claudio Cunha, Viviane Silva, Davi Brandão, Ana do Gás, Fernando Braide, Janaína Ramos, Júlio Mendonça, Júnior Cascaria, Júnior França, Ricardo Rios, Rios, Wellington do Curso, Ricardo Arruda, Solange Almeida, Leandro Bello, Marreca Eric Sousa e Guilherme Paz estarão na guerra eleitoral nos municípios

Depois de uma folga de duas semanas, os 42 deputados estaduais do Maranhão, sob a presidência da deputada Iracema Vale (PSB),  retornam hoje ao trabalho preocupados, de um lado, com a informação segundo a qual o Governo do Estado está enfrentando um déficit de arrecadação que já alcançou R$ 350 milhões, foi domado e hoje está no patamar de R$ 250 milhões, mas também estarão atentos aos movimentos políticos e partidários que desaguarão nas eleições municipais do ano que vem, que mobilizarão todos eles, sem exceção. Ainda preocupante, o impacto do déficit financeiro tende a perder força com as medidas de contenção tomadas pelo governador Carlos Brandão (PSB), mas será alvo da atenção das lideranças partidárias. Já a contagem regressiva para a montagem das forças que se baterão nas eleições para prefeito e vereador, marcadas para daqui a 14 meses, será o grande mote político da Assembleia Legislativa, onde alguns confrontos municipais devem ganhar corpo no plenário ao longo dos próximos meses.

A iniciativa do governador Carlos Brandão de acionar o secretário de Monitoramento das Ações Governamentais, Alberto Bastos, para revelar a existência do déficit, causado pela queda de arrecadação, essa resultante das decisões legislativas do Congresso Nacional em 2022, como a redução do valor das alíquotas de ICMS sobre combustíveis, por exemplo, foi decisiva para evitar um debate ácido sobre o assunto no plenário do parlamento estadual. Já em relação às montagens para as eleições, não há medida de contenção, porque a raiz dos confrontos está nas bases eleitorais, onde o alcance do Palácio dos Leões é limitado.

A corrida à Prefeitura de São Luís envolve diretamente cinco deputados estaduais. O deputado Carlos Lula (PSB) atua na perspectiva de vir a ser candidato a prefeito, mas como o seu partido tem o deputado federal Duarte Jr. bem posicionado, seu caminho natural será entrar de cabeça na briga apoiando o colega de legenda. O deputado Neto Evangelista (UB) aposta no apoio de parte das forças governistas e do grupo por inteiro se chegar ao 2º turno. Já o deputado Wellington do Curso (PSC) manterá sua rotina de ser candidato para sobreviver em 2026. E o deputado Yglésio Moises (PSB) deve lançar sua candidatura. Finalmente, o deputado Fernando Braide (PSD), que atua forte na defesa e no apoio ao o prefeito Eduardo Braide (PSD), seu irmão e líder político. Um bom desempenho eleitoral em São Luís passa também pelo deputado Roberto Costa (MDB), que tem base sólida na Capital.

O plenário do parlamento estadual deve registrar embates duros sobre a sucessão em Balsas, onde em campos opostos estão as deputadas Viviane Silva (PDT), mulher do prefeito Eric Silva (PDT), tendo como contrapeso a deputada Andreia Rezende (PSB), que atuam em campos opostos.

Em Caxias, ao contrário, as deputadas Daniela Gidão (PSB) e Cláudia Coutinho (PDT), que atuam em campos adversários, caminham para consolidar a aliança que juntará os seus respectivos grupos Gentil, liderado pelo prefeito Fábio Gentil (Republicanos), e Coutinho, comandado pela ex-deputada Cleide Coutinho. Em Timon, o deputado Rafael Sousa (PSB) vai enfrentar a prefeita Dinair Veloso (PDT) e deve ter o apoio do deputado Leandro Bello (Podemos).

Ainda não está definido, mas em Bacabal a tendência é a de um grande confronto entre os deputados Florêncio Neto, que já foi vice-prefeito, e Davi Brandão, filho do atual prefeito Edvan Brandão, que tem p deputado Roberto Costa como aliado. Pode ser que haja um grande acordo, mas a tendência é o confronto direto, sem rodeio. Se não houver um acordo reunindo os três deputados de Imperatriz, Rildo Amaral (PP), que pé franco favorito, poderá ter o apoio do deputado Antônio Pereira e a oposição de deputada Janaína Ramos (Republicanos), que deve entrar na briga em defesa do marido, o prefeito Assis Ramos, que certamente será o grande alvo dos candidatos à sua sucessão, a começar por Rildo Amaral.

Outros embates e outras alianças serão desenhados ao longo do novo semestre.

PONTO & CONTRAPONTO

Homenagem a Marielle Franco foi marcada por simbolismo de matriz africana

Carlos Brandão e Anielle Franco entre Ângela Salazar (exceção, mas elegante) e Iracema
Vale: roupas com padronagens africanas

A inauguração, ontem, da Área de Vivência Marielle Franco, no Centro Estadual de Referência da Mulher Negra Ana Silva Cantanhede, com a presença do governador Carlos Brandão e a ministra da Igualdade Racial Anielle Franco, foi marcada por forte simbolismo. Primeiro pelo que representa a organização em si na luta contra o racismo, e depois pela presença da presidente da Assembleia Legislativa, deputada Iracema Vale (PSB), e a desembargadora Ângela Salazar, que tem presença forte no combate a toda e qualquer forma de preconceito, a começar pelo racial.

O simbolismo de natureza política foi reforçado por discurso contundente expressado nas vestes dos protagonistas do ato. O governador chamou a atenção por usar uma camisa azul de padronagem fortemente identificada com as vestes africanas. A ministra Anielle Franco, já conhecida pelos padrões africanos que usa, manteve a performance com casaco com padronagem no mesmo estilo. E também a deputada Iracema Vale envergou um vestido longo azul com desenhos em amarelo lembrando fortemente padrões africanos.

Representando o Poder Judiciário, a desembargadora Ângela Salazar, que é negra, não usou motivos africanos, mas exibiu elegância e dignidade com o vestido branco coberto por um casaco quadriculado em preto e branco, inteiramente adequado à sua postura de magistrada.

Essa pompa com motivos africanos marcou o fortalecimento do Centro Estadual de Referência da Mulher Negra, que objetiva oferecer um espaço seguro e acolhedor às mulheres negras vítimas de racismo, discriminação de gênero e violência estrutural e religiosa. O governador Carlos Brandão assinalou que o espaço é o primeiro do Nordeste criado com essa finalidade, e que a iniciativa é um exemplo para todo o país. 

A deputada Iracema Vale afirmou que o parlamento estadual está irmanado para o fortalecimento de uma pauta tão importante como a luta e a educação antirracistas: “Para nós da Assembleia essa é uma bandeira de luta, pois fazemos política para o povo do Maranhão, que tem uma comunidade negra muito forte e é a nossa descendência”.

 A ministra Anielle Franco disse que o Centro Estadual de Referência da Mulher Negra é um exemplo concreto do que são políticas públicas voltadas para as mulheres negras e a população preta em geral. “A inauguração desse espaço é um marco e esperamos que iniciativas como esta sejam replicadas em mais estados”, disse a ministra.

Câmara de SL só reabre na segunda (07), tendo o PSDB como o partido mais forte

Câmara de São Luís retoma na segunda (07) com novo desenho partidário no plenário

O presidente da Câmara de São Luís, vereador Paulo Victor, decidiu retomar as atividades legislativas na próxima segunda-feira (07). Quer inaugurar naquela data a nova composição partidária do parlamento municipal, na qual o PSDB, o seu partido, que não existia na Casa, deverá ter a maior bancada, ou seja, cinco vereadores.

Se não houver nenhum atropelo, no próximo sábado, os vereadores Paulo Victor, Otávio Soeiro e Marcial Arruda, que saem do Podemos, Álvaro Pires, que se desliga do PMN, Silvana Noely, que sai do Mais Brasil, e Umbelino Júnior, havia tempos sem partido, assinarão ficha de filiação no PSDB, tornando-o o partido como a maior bancada no legislativo municipal. E para que se tenha ideia da importância do ato de filiação, prestigiarão o evento o senador Tasso Jereissati, presidente nacional do partido, e o governador gaúcho Eduardo Leite, hoje a mais visível e importante estrela do PSDB.

Ao retomar os trabalhos da Câmara Municipal, o presidente Paulo Victor está também à frente da maior bancada da Casa, que terá sua liderança.

São Luís, 01 de Agosto de 2023.