Com o PDT fragilizado, alguns perguntam por que Weverton não se candidata em SL

Weverton Rocha sairia do Olimpo senatorial para disputar votos em São Luís?

Em meio a uma movimentação partidária que começa a ganhar abrangência e intensidade visando as eleições municiais do ano que vem, como a volta por cima que o PSDB deve consumar hoje, num ato político de grande peso comandado pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Paulo Victor, pré-candidato declarado à Prefeitura de São Luís, uma pergunta está sendo feita nos bastidores da política ludovicense: Para onde irá o PDT? Terá o partido candidato próprio à sucessão do prefeito Eduardo Braide (PSD)? Negociará algum acordo com o prefeito Eduardo Braide, a quem apoiou no 2º turno em 2020, para apoiá-lo, como já foi especulado? Vai repetir a aliança com o União Brasil (ex-DEM), em torno da candidatura, que já está sendo definida, do deputado estadual Neto Evangelista? Ou sairá da zona oposicionista e voltará ao leito original reatando aliança com PSB, PCdoB e PT? Ninguém, nem mesmo seus vereadores, sabe o que está planejando o chefe maior do partido, senador Weverton Rocha, que tem a palavra final sobre as decisões maiores do PDT.

De uns dias para cá, várias têm sido as indagações sobre o que fará o PDT na corrida pela Prefeitura de São Luís. Essas interrogações fazem todo o sentido quando se reflete sobre o papel do PDT na vida ludovicense nos últimos 35 anos. Foi um período de domínio quase absoluto da agremiação brizolista em boa parte desse período, principalmente sob o comando de Jackson Lago, que governou a Capital por uma década, deixando nela marcas indeléveis – como a Praça Maria Aragão, por exemplo. Jackson Lago governou de 1989 a 1993, elegeu Conceição Andrade, com quem rompeu em seguida, se elegeu de novo em 1996 e se reelegeu em 2000, governando até meados de 2002, quando renunciou, entregando ao vice Tadeu Palácio, que se reelegeu em 2004 e cumpriu o mandato até 2008, quando o partido perdeu o poder para o PSDB de João Castelo, tendo voltado ao comando da Capital em 2016, agora com Edivaldo Holanda Jr., que se reelegeu perlo PDT. Em 2002, mesmo tendo um filiado na Prefeitura, o PDT refugou, negou suas origens e entregou o poder de bandeja para o deputado federal Eduardo Braide, que se elegeu pelo PMN, um partido que só existia no registro.

Hoje, sem um nome de peso para lançar como candidato a prefeito e fora da aliança política que comanda o Estado, o PDT de São Luís se resume a quatro vereadores, não sendo mais nem uma pálida imagem do partido que comandou a Capital por mais de 20 anos de 1989 para cá. E por mais que se tenha boa vontade na avaliação dessa trajetória, todos os caminhos para explicações terminam no senador Weverton Rocha, que foi ungido sucessor pelo próprio Jackson Lago, mas nem de longe conseguiu manter a estatura da agremiação. O PDT maranhense hoje é um pouco o retrato do PDT nacional sem Leonel Brizola e tendo à frente o quase folclórico Carlos Lupi, por enquanto ministro da Previdência: um partido que não avança e perde força a cada eleição.

Vários leitores já indagaram à Coluna o motivo pelo qual o senador Weverton Rocha, que nasceu e cresceu político militando na Capital, liderando a ativa Juventude Pedetista e depois a influente militância pedetista, não se candidata à Prefeitura de São Luís. A pergunta faz sentido, a começar pelo fato de que Weverton Rocha esnobou a Câmara Municipal da Capital, a Assembleia Legislativa e o Palácio de la Ravardière. Ele preferiu ser logo deputado federal, para chegar mais rápido ao seu objetivo maior, o Palácio dos Leões. Da Câmara Federal foi para o Senado em 2014 e tentou ser governador em 2022, tendo sido triturado nas urnas, havendo quem o veja com muitas dificuldades para renovar o mandato senatorial em 2026.

Há quem ache que, se decidisse se afastar um pouco do Olimpo senatorial e substituísse momentaneamente o Palácio dos Leões pelo Palácio de la Ravardière no seu projeto de poder, encarando a realidade da planície, o senador talvez devolvesse ao PDT um naco da sua estatura de antes.

PONTO & CONTRAPONTO

PSDB renasce hoje para medir força na sucessão na Capital

Anúncio do ato de filiação mostra Tasso Jereissati,
Eduardo Leite e Sebastião Madeira emoldurando
o vereador Paulo Victor

Tudo pronto para o mais anunciado ato de turbinagem partidária em tempos recentes no Maranhão: a filiação do presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Paulo Victor, e mais pelo menos quatro vereadores, a começar por Marcial Arruda, já foi líder do Governo Braide. O evento ocorrerá na casa de shows Batuque Brasil, o que indica uma aposta alta na presença de muitos partidários dos vereadores que se converterão ao tucanato, que tem no secretário-chefe da Casa Civil, Sebastião Madeira, como seu maior exemplar.

Além de ressuscitar o PSDB em São Luís, o evento dará ao partido no mínimo cinco cadeiras na Câmara Municipal, onde até ontem não tinha nenhuma. Além disso, o PSDB refaz o ninho de São Luís se apresentando com um candidato à sucessão do prefeito Eduardo Braide, a quem fará oposição. Não é pouca coisa, se levado em conta o fato de que até aqui nenhum partido já apresentou um candidato definido.

A importância que o comando nacional está dando à ressurreição do PSDB pode ser medida por duas presenças: o senador Tasso Jereissati, uma das figuras mais importantes do tucanato nacional, e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, o mais destacado líder tucano da nova geração do partido fundado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

O PSDB renasce no Maranhão cheio de gás.

Governo lança “Saúde para Todos”; Iracema vê “dia histórico”

Iracema Vale fala no lançamento do “Cuidar de Todos” liderado por Carlos
Brandão e Tiago Fernandes na presença de deputados estaduais

A Secretaria de Estado da Saúde lançou ontem o programa “Cuidar de Todos – Atenção Primária”, por meio do qual ações como as de prevenção à mortalidade infantil e materna, AVC, diabetes, infartos e de acidentes de trânsito serão mais eficazes. O lançamento ocorreu no Hotel Blue Tree Towers, liderado pelo governador Carlos Brandão (PSB) e pelo secretário de Saúde, Tiago Fernandes, e na presença da presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB) e de pelo menos uma dezena de deputados estaduais, entre eles Carlos Lula (PSB), ex-secretário de Saúde, e Roberto Costa (MDB).

Com a experiência de quem foi duas vezes prefeita no interior, conhecedora de problemas que afetam a saúde da população, a chefe do Poder Legislativo Iracema Vale classificou o dia de ontem de “histórico”, uma vez que o programa “Cuidar de Todos – Atenção Primária “assegura a implantação do maior projeto de fortalecimento da atenção primária já criado no Estado e que tem todo o apoio do Parlamento Estadual”.

 Ao discursar no encerramento, o governador Carlos Brandão endossou as palavras da deputada Iracema Vale e completou:  “O projeto vai fortalecer a atenção primária à saúde para a evolução da garantia e a ampliação do acesso aos cuidados em saúde, além de promover a melhoria dos resultados dos indicadores do setor e do enfrentamento dos problemas que mais causam o adoecimento e óbito da população maranhense.

Estiveram presentes, ainda, os deputados estaduais Ariston Pereira (PSB), Antônio Pereira (PSB), Ricardo Rios (PCdoB), Janaína Ramos (Republicanos), Solange Almeida (PL), Carlos Lula (PSB), Viviane Silva (PDT), Daniella Gidão (PSB), e Francisco Nagib (PSB) e o presidente da Famem, Ivo Rezende, prefeito de São Mateus.

São Luís, 04 de Agosto de 2023.

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