Arquivos mensais: agosto 2016

Edivaldo, Eliziane e Wellington correrão pelo voto sob a influência dos partidos controlados por Dino, Rocha e Sarney

 

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Edivaldo Jr. candidato de Flávio Dino, Eliziane foi buscar apoio no Grupo Sarney, e Wellington tem Roberto Rocha co o aliado de proa para a corrida ao voto em São Luís.

A pesquisa Escutec que investigou as tendências do eleitorado de São Luís no calor das convenções para a montagem de chapas apontou que de terceiro colocado há cerca de quatro meses, o prefeito Edivaldo Jr. (PDT), com 25,2% das intenções de voto, parece estar se consolidando como líder na corrida ao Palácio de la Ravardière. A mesma pesquisa mostra que a candidata do PPS, deputada federal Eliziane Gama, está com 21,8% das preferências dos eleitores, entrando numa zona cinzenta, empurrada, assim um processo inclemente e perigoso de emagrecimento. Encarnando o que alguns já identificam como terceira via, o candidato do PP, Wellington do Curso, aparece estacionada permanece firme e inabalável na terceira posição. O pelotão intermediário – Rose Sales (6,6%), Eduardo Braide (4,9%) e Fábio Câmara (4,3%) – sinaliza de que as chances de reação existem, mas não são as melhores. E o bloco da rabeira, formado pelos candidatos do PSTU, Cláudia Durans (0,4%), e do PSOL, Valdeny Barros (0,1), só vai figurar e pronunciar algumas frases de efeito durante a campanha eletrônica. É esse o cenário, que levando em conta as peças que a política costuma pregar em tempos de briga por votos – são mais de 600 mil disponíveis.

Se a pesquisa estiver correta – é muito provável que esteja pelo menos próxima da realidade -, o prefeito Edivaldo Jr. pode estar caminhando para renovar o mandato. Os números do Escutec dizem que ele lidera a corrida com folga maior do que a margem de erro (3%), o que nas avaliações rigorosamente estatísticas, configura uma vantagem que já dá sinais de consolidação e é muito difícil de reverter pelos demais concorrentes. Para alcançá-lo, Eliziane Gama terá de crescer quatro pontos percentuais sem que o prefeito acrescente um só ponto no seu balaio de intenções de voto. E para um candidato que começou com 56% e até agora só perdeu poder de fogo, a deputada do PPS não parece ter fôlego para esboçar tamanha reação. Para fazê-lo, terá que buscar votos nos 11% de indecisos ou tirar dos candidatos do pelotão intermediário, já que não tomará eleitores do prefeito nem do candidato do PP. A situação de Wellington do Curso, que nas as três últimas pesquisas aparece no patamar dos 18%, dando a impressão de haver esgotado o seu poder de crescimento.

Fator político

Numa avaliação mais ampla, a montagem definitiva das chapas sugere que a partir de agora o eleitorado deverá se definir de maneira mais clara e direta, já que fará suas escolhas sem a incômoda sombra da incerteza, principalmente no que diz respeito ao quem-é-quem no grande embate político que começa neste momento.

O prefeito Edivaldo Jr. vai para a campanha pedir votos como o candidato do governador Flávio Dino, mas o fato de compor chapa com um representante do PCdoB – o professor Júlio Pinheiros, um militante sindical com expressivo poder de fogo –, obriga o governador a reconhecê-lo, tornando inútil o discurso segundo o qual não se posicionará em São Luís por ter Eliziane Gama (PPS) e Wellington do Curso (PP) como seus aliados. A própria candidata do PPS não fala em público, mas em conversas reservadas, suas relações com Flávio Dino não são as mesmas de alguns meses atrás. Tanto que na falta de apoio dentro do grupão liderado por Dino, ela foi buscar reforço político e eleitoral no PV, que hoje é o mais expressivo braço do Grupo Sarney, uma espécie de neosarneysismo. O mesmo acontece com Wellington do Curso, que depois de se desdobrar em busca de um suporte no campo governista, lavou as mãos e juntou suas forças com o PSB, controlado pelo senador Roberto Rocha, que até as paredes do Palácio dos Leões sabem que não reza na cartilha do grupo liderado pelo PCdoB.

Nesse contexto, a movimentação dos candidatos é reflexo da guerra pelo poder travada entre os lideres que dão as cartas hoje na política do Maranhão, que envolve o governador Flávio Dino, o senador Roberto Rocha e as correntes que mantêm de pé o Grupo Sarney, sendo a mais destacada a liderada pelo senador João Alberto, que controla o PMDB, a começar por São Luís. O governador perdeu o argumento que o impedia de assumir a condição de eleitor aberto do prefeito. E a mesma situação senador Roberto Rocha, que por conta da aliança formal do PSB com o PP, assumiu a condição de aliado e apoiador de Wellington do Curso, que tem o vereador Roberto Rocha Jr. como vice. Não que exista uma guerra declarada entre Flávio Dino e Roberto Rocha, mas já é pública e notória a distância política que os separa.

As eleições municipais, a começar por São Luís, serão um grande teste de força política em que o governador Flávio Dino tentará ampliar a força do grupo político que líder. O senador Roberto Rocha tentará faze3r o mesmo, preparando assim para se candidatar a governador em 2018 ou 2022. Na terceira frente estão as forças que sobraram do Grupo Sarney, que tentam se reativar, que tentam sobreviver lançando candidato próprio, como Fábio Câmara (PMDB).

Em tempo: a pesquisa Escutec fi contratada pelo jornal O Estado do Maranhão e registradas na Justiça Eleitoral sob o nº 09198/2016.

PONTO & CONTRAPONTO

Roberto Costa candidato a prefeito em Bacabal

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Roberto Costa e seu vice, Almir Júnior, durante a convenção em Bacabal, no dia 5

Um dos mais importantes quadros da nova geração de políticos maranhenses, o deputado estadual Roberto Costa está confirmado candidato do PMDB à Prefeitura de Bacabal, um dos 10 municípios mais importantes Sua candidatura foi formalizada no início da noite de sexta-feira (5) em concorrida e animada convenção do partido realizada no Clube Vanguarda, naquela cidade. Terá como candidato a vice-prefeito Almir Júnior (PSDB). Roberto Costa vai liderar uma coligação da qual fazem parte PSDB, Rede, PT, DEM e PV pelo menos cinco partidos – entre eles o PT e o PSDB – tendo com o adversário o ex-prefeito Zé Vieira (PP), que representa a velha guarda da política bacabalense e tem o apoio de um grupo articulado pelo deputado estadual Carlinhos Florêncio e o prefeito José Alberto, que não fez uma boa gestão e não teve suporte para pleitear a reeleição. Antes da convenção do PMDB, Roberto Costa travou vários embates políticos com seus adversários. O mais importante e tenso deles o tucano Almir Júnior, escolhido para ser candidato a vice na chapa do pemedebista. Numa articulação com o envolvendo as lideranças do PSDB no Maranhão, o deputado Carlinhos Florêncio (PHS), que é o coordenador político da candidatura de Zé Vieira, manobrou com o presidente estadual do PSDB, vice-governador Carlos Brandão, para intervir no ninho de Bacabal para inviabilizar a aliança com o PMDB. Brandão interveio no PSDB bacabalense e proibiu a aliança. Numa reação bem articulada, com o apoio efetivo do senador João Alberto (PMDB), Roberto Costa levou ao comando nacional dos tucanos e dele conseguiu uma reviravolta no PSDB de Bacabal, sacramentando assim Almir Júnior como seu companheiro de chapa. As pesquisas mais recentes dão larga vantagem ao agora candidato pemedebista, levando seus apoiadores a apostar alto na sua eleição. Roberto Costa faz política em Bacabal desde a juventude, ao lado do senador João Alberto, e capilarizou suas ações tanto na sede quanto no interior do município, tendo como resposta a maior votação para deputado estadual naquele colégio eleitoral. Confirmado candidato, o deputado Roberto Costa se prepara agora para iniciar sua campanha, que será embalada pelo slogan “A esperança do povo”.

Ildon Marques, Assis Ramos e Ribinha Cunha podem mudar tendência em Imperatriz
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Projeto de Rosângela Curado ameaçada pelo crescimento de Ildon Marques, Assis Ramos e Ribinha Cunha

Três atos de grande expressão política e eleitoral formaram uma densa nuvem de incerteza e imprevisibilidade sobre a corrida para a prefeitura de Imperatriz, principalmente na área em que avança a candidatura de Rosângela Curado, embalada pela força do PDT, ao qual estão associados ao projeto PCdoB e PT. O primeiro foi a convenção do PSB que lançou a candidatura do ex-prefeito Ildon Marques, com o aval entusiasmado do senador Roberto Rocha. O segundo foi a convenção do PMDB que sacramentou a candidatura do delegado Assis ??? ao cargo de prefeito. E, finalmente, a confirmação da candidatura de Ribinha Cunha pelo PSC, como apoio decidido do prefeito Sebastião Madeira (PSDB). Muitos nçao acreditavam – entre estes os alguns apoiadores de Rosângela Curado – e tratavam de espalhar que Ildon Marques não seria candidato, por ter problemas com a Justiça e de ser, em tese, um ficha suja. Ele, porém, incentivado por Roberto Rocha e um grande número de apoiadores, bateu às portas da Justiça, fez consultas formais, e depois de uma série de iniciativas nessa área, chegou à conclusão de que pode, sim, ser candidato a prefeito, como foi candidato a deputado federal em 2014. Marques entra na disputa para de cara desbancar a candidata do PDT, estimulado por pesquisas que o apontam como líder nas preferências do eleitorado. Projeto concebido e incentivado pelo prefeito Sebastião Madeira, a candidatura de Ribinha Cunha funciona como um recado seu de que não está decadente no campo político e que tem muito gás para consumir. Madeira acredita que Ribinha Cunha poderá vir a ser um candidato competitivo.

São Luís, 06 de Agosto de 2016.

 

 

Convenções e escolha de vices preparam chapas que vão jogar tudo pela Prefeitura de São Luís

 

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Edivaldo Jr. e Júlio Negreiros, Eliziane Gama e José Joaquim, Fábio Câmara e Flávio de Jesus, Welington do Curso e Roberto Rocha Jr. e Zeluis Lago e Simone Klaid

 

Três definições agitaram ontem o cenário da corrida eleitoral em São Luís e terão influência decisiva no desfecho da peleja pelo Palácio de la Ravardière. A primeira foi a escolha do professor Júlio Pinheiros (PCdoB) para vice do prefeito Edivaldo Jr. (PDT). A segunda foi o acordo firmado por Wellington do Curso (PP) e o senador Roberto Rocha (PSB) com a indicação do vereador Roberto Rocha Jr. (PSB) para a vaga de vice. A terceira a convenção na qual o PMDB lançou chapa puro sangue: o vereador Fábio Câmara para prefeito e o coronel aposentado Flávio de Jesus como seu companheiro de chapa. O quadro se completará hoje com mais três definições: a convenção do PPS que confirmará a candidatura da deputada federal Eliziane Gama, tendo o vereador José Joaquim Ramos (PSDB) como vice; a definição do colega de chapa do candidato do PMN, deputado Eduardo Braide, e a montagem da chapa da vereadora Rose Sales (PMN). Com essas amarrações mais a chapa do PPL Zeluis Lago/Simone Klaid, o cenário da luta pelos mais de 600 mil eleitores da Capital estará definitivamente desenhado.

A primeira amarração foi a escolha do presidente do Sinproessema – o poderoso influente sindicato dos professores do Estado – Júlio Pinheiros (PCdoB), como companheiro de chapa do prefeito Edivaldo Jr., em ato realizado na sede do PDT. A decisão foi tomada na tarde de quarta-feira, depois que o PDT esnobou a indicação do advogado Mário Macieira pelo PT e firmou também posição contra a indicação do vereador Roberto Rocha Jr., feita pelo senador Roberto Rocha (PSB). E como nenhum outro partido arriscou propor um nome, o PCdoB, que havia aberto mão da vaga de vice para não criar uma encrenca com o PSB, tirou Pinheiro do bolso do colete e selou a aliança como estava originalmente previsto. Para alguns observadores, o presidente do PCdoB, Márcio Jerry, fez uma jogada de raposa tarimbada ao colocar um nome do seu partido na chapa encabeçada pelo prefeito, quando poucos acreditavam que isso ainda seria possível, mesmo com a saída de Mário Macieira e Roberto Rocha Jr. do páreo.

No meio da tarde, os bastidores da disputa foram sacudidos pela informação de que o candidato do PP, deputado estadual Wellington do Curso, havia fechado acordo com o PSB do senador Roberto Rocha, pelo qual terá como candidato a vice o vereador Roberto Rocha Jr.. Com a articulação – que desbancou o PV -, o senador se manteve no epicentro da disputa. Rocha contrariou avaliações segundo as quais, ao não liberar o PSB para a candidatura do deputado Bira do Pindaré, não ter emplacado Roberto Rocha Jr. como vice de Edivaldo Jr. nem dado um chega-pra-lá no PSDB e ocupado a vaga de vice de Eliziane Gama, o PSB e os seus líderes seriam relegados a plano inferior. Barrado em dois campos, o senador Roberto Rocha esperou o momento certo e apostou na terceira via. E o fez com o pleno aval do novo cacique do PP no Maranhão, deputado federal André Fufuca, que jogará todo o peso do seu partido para turbinar o projeto eleitoral de Wellington do Curso.

Com uma convenção festiva, que animou o auditório Fernando Falcão, da Assembleia Legislativa, com muita gente do lado de fora, o vereador Fábio Câmara rompeu todas as amarras por meio das quais tentaram detê-lo e se firmou como o candidato do PMDB à Prefeitura de São Luís. Com o aval do presidente do partido, senador João Alberto, e do deputado estadual Roberto Costa, Câmara escolheu um coronel da PM, Flávio de Jesus, militante pemedebista, para vice, e só dividiu a festa com dois emissários do PMDB nacional – um deles, Assis Filho, que preside a Juventude do PMDB, representou o presidente Michel Temer – e com o deputado federal Hildo Rocha, a única personalidade do partido presente à convenção – o senador João Alberto estava participando de convenções do Vale do Munin. Muito festejado por seus seguidores, Câmara superou as expectativas ao fazer um discurso denso, emocionado, com declarações dramáticas, buscando suas raízes e se apresentando como “um lutador” que está preparado para o cargo. Foi extremamente duro com prefeito Edivaldo Jr., a quem acusou de malversar dinheiro público e de ter tentado desviar recursos municipais, além de taxá-lo de “incompetente” e “despreparado”, que “acabou com São Luís ajudado por outro incompetente, esse governador comunista”.  Garantiu que será eleito.

Eliziane Gama realizará hoje uma convenção sem impacto, de vez que definiu o seu vice na tarde de quarta-feira, o vereador José Joaquim, indicado pelo PSDB. A candidata do PPS deu muitas voltas até chegar ao seu companheiro de chapa. Isso porque, além das frentes de conversas que abriram caminho, entre elas uma com o PMDB, Eliziane foi pressionada por uma banda dos tucanos que queriam emplacar o ex-deputado federal e atual suplente de senador Pinto Itamaraty para ser seu vice. Sem força eleitoral – o reggae já não representa votos em São Luís -, Itamaraty não teve como sustentar sua aspiração, o que foi recebido como alívio no QG da candidata. O dado mais importante é que com José Joaquim como vice, Eliziane Gama terá o empenho do deputado federal e ex-prefeito João Castelo na sua campanha.

As chapas que concorrerão ao comando municipal estão definidas. Daqui para a frente é medição de força para encantar o eleitorado.

 

PONTO & CONTRAPONTO

PT faz candidatura modesta e aposta que reunirá suas correntes
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Serenidade do presidente Fernando Magalhães conduz o PT de São Luís

O PT realizou ontem sua convenção para definir sua chapa de candidatos à Câmara Municipal e formalizar a sua participação na aliança que embala a candidatura do prefeito Edivaldo Jr. à reeleição. Foi uma reunião partidária modesta, realizada no auditório do Centro de Comunicação da Assembleia Legislativa. Mas foi, ao mesmo tempo, uma convenção feita com dignidade política, comandada pelo presidente do partido na Capital, Fernando Magalhães, um líder equilibrado, sem afetação, que acredita em alianças e que se opõe aos que fazem política partidária movidos a ódio. Depois de avaliar que não reunia as condições para entrar na corrida ao Palácio de la Ravardière com candidato próprio, o PT vislumbrou, com o estímulo do Palácio dos Leões, emplacar o vice de Edivaldo Jr.. escolheu para tal missão o advogado Mário Macieira. O projeto, no entanto, encontrou fortes resistências entre os partidos da aliança liderada pelo PDT, obrigando o comando petista a retirar a proposta, e, depois de algumas horas de tensão, aceitar participar da coligação sem levar nada em troca. Fortemente afetado por tudo que tem acontecido de ruim nos planos nacional e local, o PT do Maranhão aposta agora todas as suas fichas na superação das tensões internas e na reunificação do partido, trazendo para um só patamar todas as correntes que se desgarraram por não aceitarem a aliança com o Grupo Sarney, a exemplo de Domingos Dutra, que trocou o PT pelo PCdoB, e Bira do Pindaré, que se mudou para o PSB, além de figuras importantes, que permaneceram petistas, mas se aliaram ao governador Flávio Dino, como Francisco Gonçalves e Márcio Jardim. O presidente Fernando Magalhães acredita que as eleições municipais servirão de caminho para que o PT saia das urnas com o um partido reunificado e sem ranços, pronto para os muitos desafios que vêm por aí.

Roberto Costa terá candidatura confirmada hoje em Bacabal
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Roberto Costa: encara o desafio de vencer em Bacabal

O deputado Roberto Costa dará hoje o mais ousado passo da sua bem sucedida carreira política, iniciada no movimento estudantil ainda na adolescência: confirmar sua candidatura à Prefeitura de Bacabal pelo PMDB. Lançado pelo grupo do senador João Alberto depois de anos e anos de trabalho político naquele município, que conhece na palma da mão, tanto na área urbana quanto na zona rural, o deputado pemedebista topou o desfio e desde então vem dedicando todo o seu trabalho político e parlamentar aos problemas de Bacabal. Ele tem feito muitos e duros discursos denunciando as mazelas de Bacabal, principalmente nas áreas de saúde, educação, segurança, entre outras, alertando, enfaticamente, que a situação do município e crítica e que reúne as condições para melhorá-la. Roberto Costa vai enfrentar o ex-deputado e ex-prefeito Zé Vieira (PP). Ele recebeu mensagem do presidente Michel Temer, que lhe garante que se vier eleito prefeito, terá todo o seu apoio.

São Luís, 04 de Agosto de 2016.

Ação da Rede tenta criar clima de instabilidade na candidatura de Edivaldo Jr. para reverter queda de Eliziane Gama

 

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Márlon Reis saiu da condição de paladino para jogar o jogo do poder nas eleições de São Luís

O que de fato motivou o ex-juiz estadual Márlon Reis, agora advogado da Rede Sustentabilidade, a protocolar na Justiça Eleitoral do Maranhão uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) com o objetivo de prejudicar e até mesmo retirar o prefeito Edivaldo Jr. (PDT) da corrida às urnas? Certamente não foi o do paladino da moralidade política que ganhou justa projeção nacional e internacional como um dos autores da Lei da Ficha Limpa. O advogado Márlon Reis que foi ao Fórum Eleitoral da Capital formalizar a denúncia contra o prefeito de São Luís é agora um militante partidário motivado pela necessidade de abrir espaço político e eleitoral para a candidata do PPS à Prefeitura de São Luís, deputada federal Eliziane Gama, que ganhou o apoio da Rede Sustentabilidade. Ele saiu da planície do idealismo politicamente correto para o pantanoso e movediço campo do “vale tudo” para obter ganhos nas urnas. Nada contra o trabalho do advogado, que é lícito independentemente do que motivou a ação, mas não há como não franzir o cenho, em grau de perplexidade, ao vê-lo despido do purismo cidadão e coberto pela capa furta-cor dos que apostam alto no tapetão judicial.

Para começar, a Rede Sustentabilidade é ainda um simulacro de partido com boas intenções, mas sem suporte político para assumir a condição de protagonista no cenário político-partidário nacional, menos ainda no de São Luís neste momento. Formado por frações desgarradas do PV e outras siglas da esquerda e por aprendizes de militante da classe média alta que acham “linda” a luta pelo verde e exaltam à distância o sucesso da sobrevivente social e vencedora, e por isso emblemática, ex-senadora Marina Silva, cujo objetivo maior é chegar à Presidência da República. S Rede desembarcou na Ilha pelas mãos de agentes políticos pouco conhecidos, condicionando sua existência até aqui a uma curiosa incerteza: apoiar ou não apoiar Eliziane Gama. Declarou-lhe apoio depois de desgastantes marchas e contramarchas, ditos e desmentidos e vai-não-vai.

Chama atenção o fato de que até o anúncio feito por Márlon Reis na segunda-feira, não havia no tabuleiro sucessório da Capital qualquer questionamento sobre a conduta política do prefeito Edivaldo Jr.. A publicidade das ações do Governo Municipal tem se dado no limite do que é legal, e os releases divulgados pela Secretaria Municipal de Comunicação Social destacando gestos e palavras do chefe maior não chamaram a atenção de adversários a ponto de estimulá-los a bater às portas da Justiça Eleitoral com o propósito de fulminar a candidatura do prefeito à reeleição e, com isso, facilitar a vida da candidata do PPS.

A iniciativa do advogado da Rede acontece exatamente no momento em que as pesquisas apontam uma reviravolta nas preferências do eleitorado. Eliziane Gama, que vinha disparada na liderança da corrida, perdeu muito gás no último mês e na semana passada perdeu a ponta para o prefeito Edivaldo Jr., que fez o caminho inverso e agora lidera a peleja pelo voto.  Em meio a esse contexto, é lícito indagar: se a candidata Eliziane Gama estivesse liderando com alguma folga, como já esteve, a Rede acionaria seu prestigioso advogado para tentar eliminar o projeto de reeleição do prefeito de São Luís acusando-o de praticar conduta vedada? Não há como afirmar categoricamente que sim ou que não, mas avaliando a indagação pela via do pragmatismo que move o embate político, é muito provável que a denúncia não seria colocada no papel.

Não se discute aqui a legitimidade da Rede em fazer a tal denúncia, mas é desalentador que um partido sem lastro eleitoral nem um modesto cacife político inicie sua trajetória num colégio com mais de 600 mil eleitores atraindo holofotes na sessão de protocolo da Justiça Eleitoral, com o objetivo de criar um clima de instabilidade na candidatura mais consolidada até aqui. E também não se faz uma só réstia de restrição profissional ou ética à ação do advogado Márlon Reis, mas não há como não enxergar traços antipáticos e sem charme numa intervenção dessa natureza num roteiro em que o que está em evolução é a capacidade de cada um dos candidatos de convencer o eleitor de que é o melhor para São Luís.

E com um detalhe a mais: os candidatos à Prefeitura de São Luís são o que há de melhor na praça, exatamente porque ainda não sucumbiram – e torce-se para que não sucumbam – aos vícios com que a má política costuma contaminar os incautos.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Braide vai à convenção sem revelar vice
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Braide definirá chapa hoje 

O deputado Eduardo Braide (PMN) vai para sua convenção carregando uma bolsa de mistério quanto a coligações e escolha de vice na chapa em que será candidato a prefeito de São Luís. Braide conversou com vários partidos e grupos, mas não definiu a montagem da chapa que vai liderar. Ele entrou com cuidado nesse terreno instável das negociações partidárias, preferindo não fazer alianças antes que os grandes realizassem as suas. Ciente de que não tem poder de fogo para jogar com o peso de uma aliança com PDT e PCdoB juntos, nem condições de construir uma coligação com o PMDB, Braide preferiu aguardar. Ele informou que vai fazer uma convenção “muito animada”, mas não revelou as alianças que vai confirmar com partidos que não se deixaram atrair pelos candidatos que aparecem melhor situados na corrida às urnas. O deputado espera surpreender.

 

Wellington deve firmar aliança com o PV
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Wellington: silêncio total

O deputado Wellington do Curso (PP), que aparece nas pesquisas como o terceiro colocado nas intenções de voto, realizará hoje sua convenção da qual deve sair com uma chapa definida. Nos bastidores da corrida eleitoral a informação corrente até ontem á noite era a de que o candidato do PP firmará uma aliança com o PV, que indicará o candidato a vice-prefeito. Wellington, porém, mantém silêncio obstinado sobre alianças e escolha de vice, informando apenas que tem conversa “com muita gente”, mas se nega a revelar quem foram os interlocutores, garantindo apenas que vai formar uma chapa “para vencer a eleição”. Aliás, de todos os candidatos, Wellington do Curso é o que exibe mais confiança de que vencerá a eleição.

José Joaquim deve ser o vice de Eliziane
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José Joaquim deve ser o vice de Eliziane

O PSDB realiza hoje sua convenção para confirmar seu rumo na corrida eleitoral de São Luís. O ponto alto da reunião dos tucanos será a confirmação do vereador José Joaquim como vice da candidata do PPS, Eliziane Gama, ratificando assim a aliança firmada pelos dois partidos com o aval dos cardeais de Brasília. Engenheiro por formação, José Joaquim é um dos mais importantes nomes da Câmara Municipal nas últimas décadas, exercendo sucessivos mandatos, e a cada um deles reafirmando sua competência como legislador municipal. Um dado que pesou na escolha é que o vereador tucano é um militante católico, com forte presença na Igreja e, assim, fazer um saudável contraponto com o evangelismo de Eliziane Gama. Além disso, José Joaquim é um dos políticos mais próximos do ex-prefeito João Castelo, que aprovou a escolha.

São Luís, 02 de Julho de 2016.

 

 

Escolha de candidatos à vice virou complicador para os prefeituráveis de São Luís

 

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Candidatos a prefeito, Edivaldo Jr., Eliziane Gama, Wellington do Curso, Eduardo Braide, Rose Sales e Fábio Câmara: ainda não têm seus companheiros de chapa

A quatro dias do encerramento do período das convenções partidárias para a definição de candidaturas às eleições municipais, o quadro de candidatos à Prefeitura de São Luís está praticamente definido, permanecendo em aberto as vagas de candidatos a vice-prefeito. A escolha dos companheiros de chapa se tornou um complicado jogo de xadrez, tornando esse item o mais complicado do processo até aqui. As candidaturas a prefeitos, mesmo dependendo de ajustes políticos e partidários aqui e ali, ganharam forma sem maiores traumas. Já as dos aspirantes à cadeira de vice tem ganhado uma importância fora dos padrões, dando a impressão de que o futuro vice-prefeito de São Luís terá um papel bem mais destacado do que a mera condição de substituto eventual ou definitivo do prefeito nos casos previstos em lei. Sim, porque com os candidatos a prefeito já escolhidos, natural seria que as composições partidárias já tivessem definidas com os “companheiros de chapa” escolhidos e devidamente consolidados. O cenário, no entanto, é bem diferente do que indicaria a lógica política.

O nó mais complicado é o que foi dado para o prefeito Edivaldo Jr. (PDT) desatar para encontrar o seu candidato a substituto eventual. Nos primeiros movimentos para montar a coligação que lidera agora, com 13 partidos – podendo chegar a 17 -, havia no meio político a certeza de que o vice de Edivaldo Jr. seria um nome indicado pelo PCdoB, partido do governador Flávio Dino, o que seria uma composição natural. A lógica, porém, foi atropelada, porque duas agremiações de peso na aliança comandada pelo governador, PT e PSB, por razões diversas, resolveram reivindicar, com argumentos distintos, o direito de indicar o vice. O primeiro se desdobrou para afinar a unidade e sacou do bolso do colete o advogado Mário Macieira. O segundo mergulhou numa crise interna, com o deputado Bira do Pindaré tentando ser candidato a prefeito e o comando do partido minando o projeto, para finalmente indicar o vereador Roberto Rocha Jr.

Na grande convenção realizada sábado, o PT anunciou seu apoio à candidatura do prefeito à reeleição, fazendo questão de enfatizar que havia arquivado a pré-candidatura de Mário Macieira, avalizada pelo Palácio dos Leões. A decisão do PT colocou nas mãos do PSB a indicação do candidato a vice. Ocorreu, então, o inesperado pelo senador Roberto Rocha: os líderes da coligação não aceitaram o vereador, alegando, entre outras coisas, que a chapa seria apelidada de “Os dois Juniores”, o que poderia implicar em rejeição. Se o PSB não apresentar um nome eleitoralmente viável e que agrade a gregos e troianos. O clima ficou tenso na tarde de sábado e permaneceu assim até ontem, quando correu a notícia de que o PCdoB estaria com o professor Júlio Ribeiro engatilhado na ponta da agulha. O abacaxi terá de ser descascado até o dia 4 pelo prefeito Edivaldo Jr., que tem a palavra final sobre o assunto.

A candidata do PPS, deputada federal Eliziane Gama, por sua vez, já acertou que o seu companheiro de chapa será um tucano, conforme acerto com a direção nacional do PSDB, com o aval dos chefes tucanos locais. A primeira sugestão foi a ex-deputada Gardeninha Castelo, para agradar o mais eleitor do PSDB maranhense, o ex-prefeito e hoje deputado federal João Castelo, que arquivou seu projeto de disputar a Prefeitura para apoiar a candidatura de Eliziane Gama. A candidata do PPS não disse até agora nem sim nem não a esse projeto. Ao contrário, continua tentando articular uma aliança que lhe dê reforço político e eleitoral e mais tempo na TV. Na outra ponta da linha, o tucano-mor da Capital, Pinto Itamaraty já deixou claro que a vaga de vice será do PSDB, será escolhido na convenção de amanhã (3); do contrário não haverá aliança.

O deputado Wellington do Curso vai para a convenção para ser confirmado candidato do PP, marcada para amanhã, confirmar sua candidatura, sem no entanto dizer uma só palavra sobre aliança e vice. “Não digo nada, não vou falar nada sobre esses assuntos até que tudo esteja definido”, disse ele. É o caso também do deputado Eduardo Braide, que comandará amanhã a convenção do PMN para oficializar sua candidatura, sem, porém, ter definido o seu arco de alianças nem o nome do companheiro de chapa. E do vereador Fábio Câmara, candidato do PMDB, que só definirá sua coligação e o seu vice na convenção do dia 5. A mesma situação da vereadora Rose Sales, aspirante a candidata do PMB à prefeitura de São Luís.

Ou seja, os candidatos à vice vão ficar para a última hora.

 

PONTO & CONTRAPONTO

João Marcelo: nesta semana a prioridade são as convenções
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João Marcelo: prioridade para as convenções partidárias

Poucos deputados federais embarcaram ontem para Brasília para a retomada das atividades na Câmara Federal. A maioria permaneceu no estado por causa das convenções partidárias que estão definindo candidatos a prefeito e a vereador em todos os 217 municípios maranhenses. O deputado João Marcelo (PMDB) optou por permanecer em São Luís, concentrando suas atividades na organização de dezenas de convenções que o PMDB está realizando nas mais diversas regiões. Com os pés firmes no chão, o jovem parlamentar disse que não vê sentido seguir para Brasília num momento não decisivo para o futuro da bancada como esse. Na sua avaliação, dificilmente a nova direção da Câmara conseguirá mobilizar deputados para sessões deliberativas antes do dia 5, quando se encerra o prazo para a realização de convenções. Na sua avaliação, o assunto mais urgente a ser resolvido pela Câmara nas próximas semanas são ajustes nas regras da Previdência, que dependem de o Governo encaminhar um projeto com um pedido de urgência. E indagado sobre a cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB), João Marcelo tem a convicção de que a maioria do plenário votação pela perdas do mandato. Acredita, no entanto, que depois que Cunha perdeu a presidência, a importância dele diminuiu, despertando mais o interesse que despertava quando ele era ainda presidente. “Isso pode esperar mais algumas semanas. Não tem problema algum, porque na hora em que chegar ao o plenário ele será cassado. Por isso não acho que seja mais importante do que as convenções partidárias”. O parlamentar só seguirá para Brasília no início da próxima semana, depois que a situação do PMDB estiver resolvida em todos os municípios onde tiver candidato a prefeito.

 

Convenções deixaram Assembleia sem quórum ontem
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Humberto Coutinho: convenções para definição de candidatos são importantes para os deputados

Não durou 10 minutos a sessão por meio da qual o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Humberto Coutinho (PDT) realizou para marcar a reabertura dos trabalhos para o segundo semestre legislativo. O motivo já era o esperado: falta de quórum. E a explicação foi a corrida dos parlamentares para o acompanhamento das convenções partidárias. Em conversa com jornalistas, o presidente assinalou a impossibilidade de até sexta-feira garantir quórum para sessões deliberativas. E foi franco ao afirmar que ele próprio tem várias convenções agendadas a partir de amanhã e que vai participar de todas, a começar pelas do PSB em Caxias e Matões. Para ele, convenção partidária para a escolha de candidato é um compromisso que nenhum parlamentar deve faltar, por que é nessas reuniões partidárias que começa o longo e exigente processo que resulta na conquista de mandatos.

 

São Luís, 01 de Julho de 2016.