
ocupa a tribuna do Senado. Carlos Brandão,
participou do ato na Câmara Federal, e José Sarney
recebe o diploma de homenageado do
presidente da Câmara Hugo Motta, na presença
do líder do União, Pedro Lucas Fernandes
Muitos fatos relevantes aconteceram no Brasil nos últimos dias. Com atraso de três meses, o Congresso Nacional aprovou o Orçamento da União destinando R$ 58 bilhões para emendas parlamentares, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL/SP) se “exilou” nos EUA, o governador Carlos Brandão anunciou o pagamento dos servidores no pós-Carnaval, o ministro Juscelino Filho (Comunicações) reuniu a imprensa maranhense para fazer um balanço das atividades da pasta no Maranhão, o vice-governador Felipe Camarão (PT) e o secretário Orleans Brandão (Assuntos Municipalistas) deram uma demonstração pública de que começam a entrar em sintonia visando 2026, e por aí vai. Mas, em meio a tudo isso, a semana foi mesmo protagonizada pelo ex-presidente José Sarney (MDB), homenageado pelo presidente Lula da Silva, em ato no Palácio do Planalto na segunda-feira (17), e nas duas Casas do Congresso Nacional, na terça e na quinta-feira, como o grande condutor da transição da ditadura militar para a democracia nos 40 anos da volta do Brasil ao estado democrático de direito.
O ex-presidente da República foi reconhecido pelo Senado da República, que o saudou como o grande protagonista do processo de redemocratização, dedicando-lhe, na terça-feira (18), uma sessão especial e uma placa alusiva à condução do país naquele período tenso, mas que fechou com a promulgação da Constituição de 1988, feita pela Assembleia Nacional Constituinte convocada por ele em 1986. Na Casa onde exerceu cinco mandatos consecutivos, sendo que em quatro deles atuou como seu presidente e do Congresso Nacional, José Sarney discursou forte, exaltando o regime democrático e repudiando a ação politicamente nefasta dos órfãos já envelhecidos da ditadura militar.
O presidente da instituição, senador Davi Alcolumbre (União/AP), e quase uma dezena de senadores, a começar por Jorge Cajuru (PSB/GO), autor da iniciativa que propôs a homenagem, o saudaram, não só como o comandante efetivo da transição democrática, mas também pelos serviços prestados ao país e ao Congresso Nacional ao longo dos seus mais de 60 anos de atividade política formal. O Supremo Tribunal Federal participou do evento com o ministro Dias Toffoli, que na sua fala destacou o papel do ex-presidente no processo de redemocratização.
Na quarta-feira (19), José Sarney foi homenageado pela Câmara Federal, onde exerceu dois mandatos antes de se tornar governador do Maranhão em 1966. Ali, além do presidente Hugo Motta e líderes partidários, marcaram presença o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso – que no mesmo dia, à tarde, abriu a sessão da Suprema Corte fazendo registro da homenagem ao ex-presidente -, a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, representando o presidente Lula da Silva (PT), e o governador Carlos Brandão (PSB), que foi chamado para a mesa como convidado de honra.
Houve, como é natural em política, vozes que tentaram minimizar a importância do ex-presidente no processo de redemocratização, esquecendo que o movimento pelo fim da ditadura só ganhou corpo quando o então senador José Sarney, que presidia a Arena, rompeu com o regime, renunciou ao posto e criou a Frente Liberal com o mineiro Aureliano Chaves e o pernambucano Marcos Maciel. Foi o seu movimento que fortaleceu a oposição ao regime num processo que culminou com a eleição do mineiro Tancredo Neves (MDB) pelo Colégio Eleitoral, tendo José Sarney como vice. Os poucos “opositores” de José Sarney nas comemorações dos 40 da volta da democracia no Brasil falaram em vão.
O ex-presidente da República entrou no fim de semana certamente exausto por conta da movimentação que encarou do alto dos seus 94 anos. Mas cumpriu a agenda com ânimo redobrado pela consciência de que fez a sua parte na construção de uma democracia forte, capaz de resistir e reagir a tentativas de desestabiliza-la como foi o 8 de Janeiro de 2023.
PONTO & CONTRAPONTO
Denúncia de agressão a mulher tirou Dalton Arruda da Assembleia Legislativa
A Assembleia Legislativa conseguiu se livrar de uma mácula que certamente a perseguiria como instituição pelo resto dos tempos. Sem alarde, e colocando as coisas nos seus devidos lugares, a presidente Iracema Vale (PSB) e outros membros da Mesa, ouvindo também as lideranças e a bancada feminina, articularam para que o 5º suplente de deputado estadual Dalton Arruda (PSD), não cobrisse a licença do deputado titular Eric Rocha (PSD).
Acusado de ter agredido a própria esposa, Dalton Arruda chegou ao plenário do Poder Legislativo depois de uma espantosa, fumacenta, inacreditável e extremamente suspeita cadeia de “desistências” dos suplentes César Pires (1º), Ricardo Seidel (2º, mas que é vereador em Imperatriz e atualmente exerce a função de secretário de Segurança do Município, não tendo interesse em assumir por 120 dias), e o terceiro suplente (a Coluna não conseguiu identificar), “sobrando” para Dalton Arruda, que assumiu, com pompa e circunstância.
A reação não demorou, com várias denúncias veiculadas nas redes sociais, ganhando corpo com a mobilização da bancada feminina e a movimentação de grupos ligados aos direitos humanos, que se posicionaram junto à Mesa Diretora da Casa, pedindo não só a saída do deputado interino como também a cassação da sua condição de suplente.
Na contramão da esmagadora maioria, a deputada Mical Damasceno (PSD), defendeu Dalton Arruda, reconhecendo que ele agrediu a mulher, mas que agora “é um novo homem”. A posição da deputada, que é evangélica radical, bolsonarista de proa e defensora da submissão total da mulher ao “macho”, gerou duras críticas e até pedidos de cassação.
Ao mesmo tempo, o 1º suplente César |Pires surpreendeu o mundo tentando assumir o mandato, mas sua tentativa não vingou, uma vez que, diante da baita confusão, o titular Eric Costa decidiu suspender e reassumiu o mandato, despachando Dalton Arruda para casa.
Paulo Victor busca em Brasília apoio à prática de esportes em São Luís
Depois de conseguir do governador Carlos Brandão (PSB) à medida que proíbe a circulação de veículos na Avenida Litorânea das 4h às 6h30 às segundas, quartas e sextas-feiras, para uso exclusivo de práticas esportivas, o presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Paulo Victor (PSB), foi além, dessa vez em Brasília.
Ele bateu às portas do Ministério do Esporte, onde foi recebido efusivamente pelo ministro André Fufuca. Na audiência, o presidente do parlamento ludovicense apresentou ao ministro uma série de pleitos, todos destinados a desenvolver o esporte amador em São Luís.
Foi uma conversa produtiva, segundo a sua avaliação, à medida que o ministro André Fufuca foi receptivo, tendo assumido o compromisso de viabilizar o que for possível. O vereador-presidente Paulo Victor retornou de Brasília certo de que, somando os benefícios já alinhavados com o Governo do Estado aos que vierem do Ministério do Esporte, a juventude de São Luís vai ter um ganho expressivo de incentivo à prática esportiva.
São Luís, 22 de Março de 2025.