Weverton vê sua reeleição ameaçada, retoma o curso do mandato e tenta se situar para 2026

Weverton Rocha em ação no
Senado: mudança de rota

Depois de um longo período dedicado a articulações, entre elas as que resultaram na sua escolha como relator da indicação do senador Flávio Dino (PSB) para o Supremo Tribunal Federal, selando uma reconciliação surpreendente, e de ações discretas destinadas a fustigar o governador Carlos Brandão (PSB), de quem não aceita a derrota de 2022 para o Governo do Estado, o senador Weverton Rocha (PDT) vem ganhando espaço na mídia nacional nas últimas semanas, agora como legislador. Nesse exato momento, ele trava uma dura guerra nos bastidores do Senado para conseguir aprovar um projeto polêmico, por meio do qual tenta assegurar proteção policial a milhares de juízes e promotores estaduais e juízes e procuradores federais. Também nesta semana, o senador conseguiu o aval da Comissão de Assuntos Econômicos da Casa para projeto seu que anistia centenas de cooperativados da Indústria de Confecções de Rosário, uma encrenca que caminha para as três décadas de existência. Outros projetos estão na sua agenda legislativa, algumas com fundo político de peso.

São várias as interpretações para essa guinada, se não radical, ostensiva. A mais corrente, e ao que tudo indica faz todo sentido, a mudança de atitude do ativo parlamentar maranhense está na hipótese de que ele teria se dado conta de que precisa mesmo se preparar para as eleições de 2026. Isso porque, dificilmente ele se candidatará ao Governo do Estado se o candidato a governador for o atual vice-governador Felipe Camarão (PT) que, se tudo ocorrer como previsto, pleiteará o cargo como chefe do Executivo em buscada da reeleição, com o apoio do presidente Lula da Silva (PT).

Por outro lado, viu o alerta amarelo acender no que diz respeito ao projeto de renovar o mandato de senador, com a quase confirmada candidatura do governador Carlos Brandão (PSB) a uma das vagas, sendo a outra disputada também pelo ministro do Esporte, André Fufuca, que já não esconde esse projeto. Isso sem falar na senadora Eliziane Gama (PSD), que até aqui é candidata à reeleição. Ou seja, a disputa para as duas vagas na Câmara Alta será duríssima, até porque não está descartado surgimento de outros candidatos para entornar ainda mais o caldo senatorial.

O fato é que, ao que parece, o senador Weverton Rocha está investindo fortemente para retomar – e até ampliar se possível for – o seu protagonismo na política estadual, partindo de uma base lógica: o exercício do seu mandato de senador, agora de uma maneira mais visível, atuando como legislador e articulador. É verdade que Weverton Rocha sempre foi um parlamentar ativo e bem articulado, com grande força dentro do seu partido, o PDT, e forte influência sobre o ministro da Previdência, que é o presidente nacional da agremiação brizolista. Isso tem facilitado o seu poder de articulação, que o levou até ao grupo mais próximo do atual presidente da Câmara Federal, deputado federal Arthur Lira (PP-AL). Ele andou perdido nesse emaranhado, e agora parece decidido a ter uma atuação mais exposta.

Nessa roda viva, o senador Weverton Rocha trabalha com um projeto imediato e decisivo para o seu futuro: eleger o maior número possível de prefeitos aliados nas eleições municipais de outubro. Em São Luís, por exemplo, resolveu bancar a candidatura do ex-vereador Fábio Câmara, isso depois de ver o PDT, sob seu comando, praticamente deixar de existe na Câmara Municipal. E a julgar pela Capital, difícil acreditar que será diferente no âmbito estadual. Mas nada está ainda decidido e amarrado nessa seara, havendo ainda uma possibilidade de mudança de curso.

O fato é que o senador Weverton Rocha dá a impressão de que parou, analisou o cenário, refez as contas e decidiu mudar o curso do seu mandato. Se vai conseguir os prováveis objetivos traçados, essa é outra história.

PONTO & CONTRAPONTO

Brandão manda LDO para a Alema e Iracema garante debate e aprovação sem problemas

Entre deputados, Iracema Vale e Vinícius Ferro
(centro), exibem o projeto da LDO para 2025

A Assembleia Legislativa já está de posse do projeto que dispõe sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o exercício financeiro do Governo do Maranhão de 2025. O documento foi entregue ontem à presidente do Poder Legislativo, deputada Iracema Vale (PSB), pelo secretário de Estado de Planejamento e Orçamento, Vinícius Ferro, na presença de pelo menos duas dezenas de deputados.

A Lei de Diretrizes Orçamentárias é um instrumento fundamental de planejamento público, pois estabelece metas e prioridades para o Governo para o ano seguinte, define as regras para a construção do orçamento estadual.

No documento de apresentação, o governador Carlos Brandão destaca a importância da participação popular, colhida ao longo de 20 dias, quando foi realizada uma audiência pública e disponibilizada uma plataforma online para que os participantes pudessem contribuir. De acordo com o secretário Vinícius ferro, a participação da sociedade civil está ajudando a moldar o orçamento de forma participativa, garantindo serviços e investimentos para atender às necessidades dos maranhenses.

“A LDO é realmente um instrumento importante para guiar a elaboração do orçamento público. É interessante ressaltar que houve participação popular na sua construção e isso fortalece a transparência e a democracia no processo orçamentário”, disse a presidente da Assembleia Legislativa ao receber o documento, que se manteve informada acerca do processo de elaboração da LDO, que incluiu consulta.

O presidente interino da Comissão de Orçamento, Finanças, Fiscalização e Controle, Glaubert Cutrim (PDT), explicou que esse planejamento é essencial para oferecer serviços públicos adequados aos maranhenses. E esclareceu: “O Legislativo tem responsabilidades, dentro de prazos regimentais, para a devida aprovação do projeto, e vamos fazer tudo o que for necessário para isso, com transparência para a população”.

Também participaram do ato os deputados Antônio Pereira (PSB), Neto Evangelista (União Brasil), Carlos Lula (PSB), Rildo Amaral (PP), Rodrigo Lago (PCdoB), Fernando Braide (PSC), Fabiana Vilar (PL), Andréia Rezende (PSB), Glaubert Cutrim (PDT), Aluízio Santos (PL), Florêncio Neto (PSB), Roberto Costa (MDB), Ariston (PSB), Arnaldo Melo (PP), Viviane Silva (PDT), Davi Brandão (PSB); Cláudio Cunha (PL) e Jota Pinto (Podemos).

MDB quer fazer uma bancada forte na Câmara de São Luís

MDB ainda não bateu martelo em
relação a Duarte Jr. e Eduardo Braide

Se não conseguir emplacar o companheiro de chapa de do deputado federal Duarte Jr., candidato do PSB, o MDB vai apostar alto na formação de uma bancada expressiva nas Câmara Municipal de São Luís.

Decidido a não lançar candidato próprio à disputa com o prefeito Eduardo Braide (PSD), como quer o presidente do partido em São Luís, deputado federal Cléber Verde, o MDB quer ter uma participação expressiva na corrida eleitoral. Mais do que isso, pretende sair das urnas com pelo menos três ou quatro vereadores.

Para alcançar esse objetivo, o comando do partido está empenhado na formação de uma chapa de peso de candidatos a vereador.

Antes de sair para disputar a prefeitura de Bacabal, o deputado Roberto Costa quer deixar pelo menos parte dessa chapa definida, em comum acordo com o presidente municipal Cléber Verde.

Tudo isso, claro, depois que o comando estadual e o comando municipal fumarem o cachimbo da paz em relação a quem o MDB vai apoiar para o Palácio de la Ravardière.

São Luís, 12 de Abril de 2024.

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