As pesquisas mais recentes, uma do Ibope outra do Escutec, ambas publicadas pelo jornal O Estado do Maranhão, balizaram acorrida eleitoral em São Luís, apontando o prefeito e candidato à reeleição Edivaldo Jr. (PDT) na liderança e uma briga intensa pelo segundo lugar entre Wellington do Curso (PP) e Eliziane Gama (PPS) para definir o adversário do primeiro num eventual segundo turno, se não quiserem que o prefeito dispare e vença primeiro turno. A repercussão dessas informações acerca das preferências do eleitorado foi e continua sendo muito forte, à medida que resultou no acirramento do confronto, principalmente entre o entre o candidato do PP e a candidata do PPS. Ambos vinham centrando fogo contra o prefeito, mas os percentuais das últimas pesquisas estão fazendo com que os dois substituam uma trégua informal para partir, cada um a seu modo, para o embate. Eliziane vinha fazendo uma campanha cuidadosa, responsabilizando Edivaldo Jr. pelos problemas da Capital, enquanto Wellington fala o mesmo, só que em tom mais agressivo em relação. Agora, diante do avanço significativo do prefeito, os dois encontram-se numa encruzilhada onde o enredo é o clássico “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”.
A equação é simples, e sem mistério. Nos primeiros momentos da campanha, Eliziane e Wellington jogaram todo o seu peso crítico sobre a atual gestão, tentando pregar em Edivaldo Jr. o carimbo da incompetência e, naturalmente, apresentando-se como salvadores da pátria. Essa estratégia, porém, foi simplesmente desmontada quando o prefeito iniciou sua avassaladora campanha na TV. Diante do volume de informações que divulga a cada dia e do discurso seguro e objetivo que o candidato do PDT tem feito, seus adversários mais perigosos tentam reverter a perda de pontos com campanhas não muito eficientes em matéria de proposição.
Wellington do Curso partiu para a emoção, enchendo sua própria bola com o argumento segundo qual São Luís poderá ser administrada por um prefeito que estudou em escola pública e que para sobreviver trabalhava como feirante, tentando passar a impressão de que esses traços da sua trajetória o credenciam a disputar a Prefeitura. Simpático, de sorriso fácil, dono de uma forte dose de carisma e usando com competência as redes sociais, por meio das quais alcança principalmente o eleitorado mais jovem, o candidato do PP aposta na propagação do seu nome como a opção mais viável para enfrentar o prefeito de São Luís. A cada dia de campanha reforça certeza de que nesse jogo não tem meio termo, pactos de não agressão um acordo que o faça abrir mão do espaço ocupado em favor de um concorrente que está no seu encalço. Certamente tem aprendido com seu principal aliado, o senador Roberto Rocha (PSB), que em disputa eleitoral não há espaço para concessões amigáveis, enfim, que a corrida pelo voto é uma guerra sem trégua, na qual saem derrotados os que baixam a guarda.
Mais traquejada no jogo eleitoral – essa é sua quinta campanha eleitoral -, Eliziane Gama começou sua campanha supervalorizando imagens dela própria em festivos e animados contatos com eleitores durante caminhadas em bairros. Logo ficou claro que aquele não seria o caminho. Em seguida vieram programas mais arrojados, com um discurso sugerindo a ideia de um programa de governo que ela ainda não apresentou até agora, a não ser temas como educação, pavimentação de ruas, melhorar hospitais e postos de saúde, todos tratados de maneira genérica. A candidata do PPS elegeu o prefeito como o culpado por todos os males de São Luís, como se ele já estivesse no poder há uma eternidade. Foi rebatida com eficiência pela poderosa mídia do candidato Edivaldo Jr.. E o resultado dessa primeira fase foi que Eliziane Gama não só não avançou como também perdeu pontos. A candidata popular-socialista esbanjou o seu sorriso cativante, jogou-se nos braços dos eleitores nas caminhadas, usou o seu indiscutível carisma, mas nada disso funcionou até aqui. Até aqui, ela abusou do sorriso e do carisma, mas esqueceu-se de mostrar o seu conteúdo, o que faz com competência quando fala para plateias fechadas. Essa Eliziane não foi mostrada ainda na campanha, devendo aparecer nos debates que estão sendo programados.
Se Wellington do Curso não intensificar sua campanha com um discurso mais substancial, que mostra que ele tem conteúdo e está, de fato, apto a governar a maior cidade do Maranhão, não avançará o suficiente para se sequer se aproximar do líder da corrida. O mesmo acontecerá com Eliziane Gama se ela não compreender que, além de simpatia, o candidato a prefeito de São Luís tem de expor suas ideias e seus projetos, pois a cidade quatrocentona, que é um tesouro histórico e empório portuário fundamental para o desenvolvimento econômico do Maranhão e do Brasil. E nesse aspecto, que é o ponto central do debate, o prefeito Edivaldo Jr. tem avançado, mesmo as ênfase necessária para dar a verdadeira dimensão da Cidade Patrimônio Histórico da Humanidade.
PONTO & CONTRAPONTO
Pesquisa acende alerta vermelho para Rosângela Curado
Pesquisa do instituto Exata sobre a corrida para a Prefeitura de Imperatriz, publicada no fim de semana pelo jornal Correio Popular, acendeu alerta vermelho no Quartel-General da campanha da candidata do PDT, Rosângela Curado, com forte reverberação no Palácio dos Leões. Rosângela Curado aparece com 29% das intenções de voto contra 28% dados a Ildon Marques, configurando uma situação de empate técnico quase perfeito, já que dentro da margem de erro (3%) qualquer um dos dois pode estar na frente com vantagem de até dois pontos percentuais. Assis Ramos, candidato do PMDB, aparece isolado na faixa intermediária com expressivos 17%, enquanto o candidato do PSD Ribinha Cunha, apoiado pelo prefeito Sebastião Madeira, recebeu 5%, tecnicamente empatado com o candidato do PPL, Edmilson Sanches, com 4%. E para complicar ainda mais o tabuleiro, a pesquisa mostra que ainda são 11% de indecisos, o que torna o resultado da corrida rigorosamente imprevisível. Alvo de muitas especulações, entre elas a de que a pesquisa teria sido uma ação de aliados do governo para fragilizar a candidata do PDT. O instituto Exata, no entanto, tem realizado um trabalho; competente nas campanhas eleitorais mais recente, saindo de cada uma delas com a credibilidade aumentada pelos resultados confirmados pelas urnas. Tudo indica que o que pode estar acontecendo em Imperatriz é Rosângela Curado e Ildon Marques tenham chegado aos seus tetos e com o risco se prosseguirem ombro a ombro até no dia da eleição. É possível que um debate sirva para impulsionar uma das candidaturas. O fato é que a pesquisa funcionou como uma ducha de água fria nos apoiadores de Rosângela Curado e, ao mesmo tempo, estimulado o ex-prefeito, que vê a possibilidade concreta de vencer a disputa, o que seria desastroso para o projeto político do governador Flávio Dino (PCdoB).
Bira do Pindaré vê País em conflito por causa do impeachment
O impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), que define como “golpe parlamentar”, colocou o Brasil numa situação de confronto sem perspectiva de pacificação. É esse o cenário desenhado pelo deputado Bira do Pindaré (PSB) para o país nos próximos os tempos som o Governo Michel Temer (PMDB). Ele criticou o Congresso Nacional por ter embarcado no processo de impedimento da presidente da República, considerando que o Poder Legislativo federal colocou o País numa situação de conflito. “Nós não sabemos quando isso vai terminar, tamanho foi o erro cometido em relação a esse procedimento, porque a meu ver não houve configuração de crime de responsabilidade”, destacou. Na avaliação do parlamenta socialista, o impeachment da presidente Dilma Rousseff criou uma nova conduta criminosa no Brasil, a chamada pedalada, coisa que não existia. “Realmente é algo que nos preocupa sobremaneira e eu não posso deixar de expressar aqui a minha indignação em relação a esse resultado, a esse desfecho, que é altamente prejudicial ao País, para nossa história política, para nossa democracia, que deu um passo atrás com a decisão tomada pelo Senado e pela Câmara Federal”, ressaltou. Bira do Pindaré lembrou que população já está se manifestando, protestando e pedindo ‘Fora Temer’. Para ele, essa vai ser a tônica da luta política em todo país, tendo em vista que muitos não reconhecem o Michel Temer como presidente legítimo, sobretudo quando ele tenta colocar em prática o seu chamado Plano Ponte para o Futuro, que, segundo o deputado, é na verdade uma ponte para o atraso. “Porque querer fazer reforma trabalhista, modificar as leis da Previdência em prejuízo ao trabalhador brasileiro vai ser um Deus nos acuda neste país. A população não vai aceitar! E vocês vão ver, com certeza, mais uma vez, as ruas ocupadas pela luta concreta em favor de direitos historicamente conquistados neste Brasil”, concluiu o deputado socialista em tom zangado.
São Luís, 05 de Setembro de 2016.