Enquanto as forças da aliança liderada pelo governador Flávio Dino (PCdoB) se movimentam num tabuleiro onde a palavra de ordem é buscar o consenso em torno de um candidato, que pode ser o senador Weverton Rocha (PDT) ou o vice-governador Carlos Brandão (PSDB), na banda oposicionista as forças alinhadas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) encontram-se inteiramente desarticuladas e, pelo menos por enquanto, sem perspectivas de serem mobilizadas para o embate eleitoral por lideranças fortes. Essas forças estão dispersadas em várias frentes, uma que tem à frente o senador Roberto Rocha (sem partido), o prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim (PSL), a prefeita de Lago da Pedra, Maura Jorge (ainda no PSDB), e a deputada estadual Mical Damasceno (PTB), e ainda por tabela os deputados federais Edilázio Jr. (PSD) e Aluísio Mendes (PSC). No cenário atual, são fortes as evidências de que esses grupos dificilmente se juntarão em torno de um candidato de consenso que sirva de plataforma e garanta palanque ao presidente, a corrida pela reeleição.
Apontado e assumido como o mais dedicado aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Maranhão, o senador Roberto Rocha, que tentando construir uma agenda mais voltada para o estado, sinalizando, aqui e ali, ser pré-candidato à sucessão do governador Flávio Dino, sem ter feito até agora um pronunciamento claro e definitivo sobre o assunto. Ao mesmo tempo, o senador vem dando seguidas demonstrações de que está politicamente fragilizado, à medida que não exibe pelo menos uma ideia de grupo, contrariando a tradição segundo a qual candidatura majoritária, no caso senador e governador, via de regra dependem da força de grupo para ser viabilizada. Evidente que Roberto Rocha não é uma ave solitária e deve ter aliados e eleitores. Ao mesmo tempo, não há como negar que no campo partidário ele é atualmente um político sem um suporte partidário para disputar o Palácio dos Leões. Aposta todas as suas fichas numa dobradinha com Jair Bolsonaro, que, vale lembrar, amarga elevada rejeição no Maranhão.
Nesse campo, o prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim, construiu e vem “vendendo” um projeto de candidatura a governador com uma campanha estadual e cara, com centenas de outdoors coloridos, que seriam bancados por um movimento de direita que resolveu pagar para ver em relação ao seu projeto. Provavelmente pelo conhecimento que tem da situação do presidente no consenso do eleitorado maranhense, adotou um discurso de independência, dizendo-se ligado à corrente que hoje critica o Governo Bolsonaro e afirmando não ter qualquer relação com o presidente da República. E mais ainda: não quer o seu grupo identificado com o bolsonarismo radical, cultivado presidente Jair Bolsonaro. Não se sabe até onde vai o fôlego do prefeito de São Padro dos Crentes, que afirma, sem nenhum pudor, ser o melhor gestor municipal do Maranhão.
Bolsonarista assumida desde a campanha presidencial, a prefeita Maura Jorge, que ainda está filiada ao PSDB, tem uma situação complicada para resolver. Se quiser permanecer tucana, terá de se alinhar ao projeto de candidatura do vice-governador Carlos Brandão, hoje o manda-chuva do ninho dos tucanos no Maranhão. Se optar por se manter na fluida base bolsonarista, terá de deixar o PSDB. Independentemente de qual será o seu futuro partidário, o que parece certo é que Maura Jorge não parece disposta a cometer o desatino de deixar o comando da Prefeitura de Lago da Pedra para se candidatar ao Governo sob a bandeira bolsonarista. Por sua vez, a deputada Mical Damasceno, que ganhou o controle do PTB sem fazer qualquer esforço para tanto, curte o fato de haver-se transformado numa comandante partidária, com a perspectiva de se tornar o braço do bolsonarismo no estado, o que poderá tira-la da aliança dinista.
No contexto oposicionista, dois partidos têm posições bem claras. O PSD, comandado pelo deputado federal Edilázio Jr., pretende lançar candidato próprio ao Governo, mas deve defender a bandeira bolsonarista na corrida presidencial. O mesmo deve acontecer com o PSC, controlado pelo deputado federal Aluísio Mendes.
Chama atenção o fato de esses partidos e suas lideranças, mesmo tendo o presidente Jair Bolsonaro como sua referência na corrida presidencial, encontram-se totalmente distanciados no que diz respeito à sucessão no Governo do Estado. E não será surpresa se parte deles vier a abandonar o barco bolsonarista e embarcar no galeão dinista.
PONTO & CONTRAPONTO
Entrada de Jefferson Portela complica mais ainda a disputa para a Câmara Federal
A filiação do secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, ao PDT, com o especulado objetivo de concorrer a uma cadeira na Câmara Federal, reforça mais ainda a tese da Coluna segundo a qual a eleição dos 18 deputados federais maranhense será bem mais complexa do que a eleição do governador e do senador. O peso dos nomes que se preparam para essa guerra dentro do confronto maior sugere que a briga por esse voto será bem mais intensa do que as demais. Vale o registro dos candidatos a deputado federal na seara governista: Marcio Jerry (PCdoB) e Rubens Júnior (PCdoB) – candidatos à reeleição -, Simplício Araújo (Solidariedade), que é primeiro suplente de deputado federal¸ Carlos Lula (PSB), Felipe Camarão (PT) e agora Jefferson Portela (PDT). Além deles, o deputado Duarte Jr. (Republicano), que, tudo indica, caminha para um mandato federal. Esse grupo, para garantir a eleição, vaio precisar de mais de meio milhão devotos
Pesquisa XP/Ipespe: Lula venceria Bolsonaro se a eleição fosse agora
Nova pesquisa XP/Ipespe para medir os cacifes dos que estão buscando se viabilizar para a presidência da República, trouxe mais uma indicação de que o presidente Jair Bolsonaro (ainda sem partido) deverá fazer as malas para sair do Palácio da Alvorada entregando as chaves para o ex-presidente Lula da Silva (PT). O levantamento diz que o ex-presidente Lula da Silva tem nada menos que 45% contra 36% do presidente Jair Bolsonaro. No 1º turno, Lula da Silva teria 32% dos votos e Jair Bolsonaro sairia das urnas com 28%. Além deles, o ex-ministro Sérgio Moro, teria 7%, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) aparece com 6% das intenções de voto, seguido de Luciano Huck com 4%. O Ipespe fez 1.000 entrevistas por telefone, de abrangência nacional, nos dias 7, 8, 9 e 10 de junho. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.
São Luís, 13 de Junho de 2021.
Deus ou alguém nos livre de uma eventual vitória para presidente de Lula ou Bolsonaro, qualquer um entre os dois é retrocesso para o Brasil, pois já demonstraram ser canalhas, e embora tenham adaptos de suas respectivas seitas isso não os tornam seres humanos ou políticos melhores.
Totalmente equivocado seu ponto de vista sobre o dr Lahesio meu caro, ao contrário que você fala;
todo gesto de apoio como outdoor e afins sao custeados por apoiadores independentes entre si, que vê no pré candidato, com o apoio do Bolsonaro, diga-se de passagem, como a única esperança de livrar um estado tão sofrido por muito tempo com uma oligarquia e agora com o comunismo
Mas entendo seu desespero nas suas palavras,
vejo que vç tem a certeza que ele conseguirá arrancar o comunismo desse estado pela raiz como se arranca mandioca.