Resolvidos no campo partidário, candidatos aos Leões entram na fase de ajustes e montagem de chapas

 

Carlos Brandão, Weverton Rocha, Edivaldo Jr., Lahesio V=Bonfim, Josimar de Maranhãozinho, Simplício Araújo, Enilton Rodrigues, Hertz Dias e Roberto Rocha: fase de ajustes, que vai durar até às convenções marcadas para o mês de agosto

 

Passada a correria e o alvoroço da “janela”, quando puderam resolver suas pendências partidárias, os pré-candidatos ao Palácio dos Leões entram agora no que pode ser entendido como uma fase de ajustes e consolidação dos seus projetos chegaram firmes às convenções, confirmados por elas, partir para a corrida de 45 dias para chegarem às urnas. De um modo geral, o quadro de pré-candidatos está praticamente fechado, salvo pela indefinição do senador Roberto Rocha (PTB), que ainda não bateu martelo sobre se disputará o Governo do Estado ou a vaga no Senado. No mais, as pendências estão relacionadas com situações típicas do período pré-convenção: escolha de candidato a vice e de candidato ao Senado e seus suplentes. Além disso, os aspirantes ao Governo atuam paralelamente na seara política propriamente dita, em busca de suporte político que produza resultado eleitoral. Estão no páreo efetivamente nove pré-candidatos: o governador Carlos Brandão (PSB), o senador Weverton Rocha (PDT), o ex-prefeito de São Luís Edivaldo Holanda Jr. (PSD), o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes Lahesio Bonfim (PSC), o deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL), o suplente de deputado federal Simplício Araújo (SD), o professor Enilton Rodrigues (PSOL), o professor Hertz Dias (PSTU), e o ainda indefinido senador Roberto Rocha (PTB).

Na condição diferenciada de governador candidato à reeleição pelo PSB, Carlos Brandão entra no longo período pré-convenções com a sua situação inteiramente resolvida e sua chapa organizada. Já tem como companheiro de chapa o advogado Felipe Camarão, indicado pelo PT, e como candidato a senador o ex-governador Flávio Dino (PSB), que já escolheu seu suplente: Ana Paula Lobato (PCdoB), vice-prefeita de Pinheiro. Em tempo: o PSB maranhense é presidido pelo deputado federal Bira do Pindaré.

Candidato a governador pelo PDT, partido por ele próprio presidido no Maranhão, o senador Weverton Rocha só tem até agora o próprio nome na chapa que vai liderar. Ele ainda não falou sobre como e quando pretende escolher o seu vice, que pode sair deum dos partidos aliados do PDT, mais provavelmente o Republicanos, o podendo ainda procurar um companheiro de chapa na área sindical, onde tem bom trânsito. Inicialmente, Weverton Rocha anunciara que seu grupo não lançaria candidato ao Senado, mas em diversas entrevistas recentes, disse que o PDT pode rever essa posição e decidir lançar candidato a senador.

Candidato do PSD ao Palácio dos Leões, partido controlado no estado pelo deputado federal Edilázio Jr., o ex-prefeito ludovicense Edivaldo Holanda Jr. ainda não escolheu seu candidato a vice e ainda não sinalizou a respeito de quando isso vai acontecer. Pelo que foi dito por ele próprio tão logo defini sua candidatura com a cúpula do partido, sua chapa não terá candidato ao Senado. A decisão foi uma maneira de agradecer ao ex-governador Flávio Dino pelo apoio na sua gestão como prefeito e na sua eleição (2012) e reeleição (2016).

Depois de ter peregrinado pelo agora extinto PSL, de ter levado uma rasteira no PTB, de alimentar sua candidatura por algumas semanas no nanico Agir36, e de quase ingressar de novo no PTB, Lahesio Bonfim, agora ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, consolidou sua pré-candidatura pelo PSC, comandado no Maranhão pelo deputado federal Aloísio Mendes. Lahesio Bonfim e o chefe do seu partido ainda não decidiram sobre candidaturas a vice e a senador. Uma fonte ligada ao pré-candidato a governador disse que a chapa será completa.

Pré-candidato do PL, partido que preside com mão de ferro, o deputado Josimar de Maranhãozinho ainda não falou sobre escolha do seu companheiro de chapa nem se o seu partido lançará candidato a senador. Chama a atenção o fato de ele reduziu declarações sobre ele próprio ser candidato a governador, gerando a suspeita de que ele não levará esse projeto até o fim, podendo sair do páreo para apoiar um dos candidatos consolidados e entrar na disputa para depurado federal ou deputado estadual, estando mais inclinado a retornar à Assembleia Legislativa e mandar sua esposa, a deputada estadual Detinha, para a Câmara Federal.

Mesmo ocupando todos os espaços possíveis numa pré-campanha ativa, Simplício Araújo ainda não sinalizou se o Solidariedade, que ele preside no Maranhão, já definiu seu companheiro de chapa. Quanto ao Senado, é improvável que o SD lance um nome para disputar com Flávio Dino. O professor Enilton Rodrigues, que preside o PSOL, vai liderar uma chapa completa, com candidato a senador. O mesmo vai acontecer com Hertz Dias, o que já é uma tradição do PSTU.

A situação mais complicada pelo grau de indefinição é ado senador Roberto Rocha, que ingressou e assumiu o comando do PTB do estado, na semana passada. Até a noite de terça-feira (5), ele mantinha o suspense sobre se disputará o Governo do Estado, como ensaiou várias vezes, ou o Senado, para enfrentar o ex-governador Flávio Dino, que foi decisivo na sua eleição para o Senado em 2014.

Políticos tarimbados preveem que pelo menos três desses pré-candidatos sairão do circuito e arquivarão os seus projetos de candidatura.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Base parlamentar de Weverton encolheu drasticamente

Weverton Rocha: perda elevada de apoio político-parlamentar

Uma pergunta que se faz em todas as rodas de conversa: depois de perder o apoio do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PCdoB), e dos deputados Wendell Lajes, que se filiou ao PV e declarou apoio a Carlos Brandão, e Ricardo Rios, que deixou o PDT e se filiou ao PSB, com quem, de fato, o senador Weverton Rocha conta?

Na Assembleia Legislativa restaram quatro dos 42 deputados:  Ciro Neto (PDT), Thaíza Hortegal (PDT), Márcio Honaiser (PDT) e Neto Evangelista (União Brasil).

Na Câmara Federal, ele conta com Juscelino Filho (União Brasil), Cléber Verde (Republicanos) e Gil Cutrim (Republicanos).

No campo parlamentar, o pré-candidato do PDT conta ainda com o apoio da senadora Eliziane Gama (Cidadania), vínculo que se mantém por afinidade política e por conta do projeto de candidatura a deputado estadual de Inácio Melo, seu marido e operador político, que assumiu o controle do PSDB no Maranhão.

O grupo que ele exibia como seu conselho de campanha não existe mais.

 

Brandão dá posse hoje à nova equipe de Governo

Carlos Brandão

Com a nomeação, nesta quarta-feira, às 16h, no Palácio Henrique de la Rocque, onde trabalhou até no dia 31 de março como vice-governador, o governador Carlos (PSB) dará posse aos secretários que assumirão nas pastas cujos titulares saíram com o governador Flávio Dino (PSB). O destaque da equipe é o vereador Paulo Victor (PCdoB), que se licenciou do mandato depois de ter sido eleito presidente da Câmara Municipal de São Luís, para assumir o comando da Secretaria de Estado da Cultura. Ele pretende permanecer no cargo até dezembro, uma vez que o seu mandato de presidente do Legislativo da Capital só será iniciado em janeiro de 2023. Nesse período, assumirá sua vaga o vereador Marcelo Poeta (PCdoB).

São Luís, 06 de Abril de 2022.

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