A Assembleia Legislativa entregou ontem, em sessão especial, a Medalha do Mérito Manoel Bequimão, sua mais importante comenda, ao empresário José Ribamar Barbosa Belo, o Zeca Belo, em reconhecimento à contribuição que ele tem dado, como cidadão, homem de negócios e líder classista, ao processo de desenvolvimento econômico, político e social do Maranhão. Como que destinada a homenagear todos os empreendedores bem sucedidos da sua geração, a honraria fora proposta anos atrás pelo então deputado Lourival Mendes, aprovada tempos depois por unanimidade e finalmente entregue agora por iniciativa do deputado Max Barros (PRP). Familiares, amigos e parceiros de atividade empresarial ocuparam o plenário do Palácio Manoel Beckman no ato oficial presidido pelo deputado Eduardo Braide (PMN).
Zeca Belo foi saudado pelo deputado Max Barros, que numa fala emocionada, traçou a trajetória do cidadão, do homem de negócios e do militante associativista que vem atuando com destaque no Maranhão das últimas décadas. Max Barros lembrou o jovem que movimentou sua geração em São Luís como membro da “Turma do Muro” – uma espécie de confraria que se reunia no Monte Castelo, e da qual saíram empresários, profissionais liberais e políticos que tiveram, e continuam tendo, papel importante na vida maranhense -, e de registrar o chefe de família exemplar que ele se tornou.
Ao traçar o rico perfil do profissional, empresário e líder classista Zeca Belo, Max Barros lembrou o seu começo como técnico do antigo DER, especializando-se na construção de estradas, tornando-se empresário de ponta nos ramos da engenharia de construção (Termac – Terraplenagem, Mecanização Agrícola e Comércio Ltda.), no comércio de combustíveis (JB – Distribuidora de Combustíveis Ltda.), e no ramo turístico (JBM – Empreendimentos Turísticos S.A.).
Na sua narrativa, Max Barros mostrou que no seu envolvimento intenso, diversificado e bem sucedido com os negócios, Zeca Belo abraçou a causa empresarial em todos os seus aspectos, tornando-se um dos mais destacados líderes classistas do Maranhão. Relatou que ele comandou por dois mandatos a prestigiada e centenária Associação Comercial do Maranhão (ACM). Assinalou que o homenageado presidiu o Conselho Deliberativo do Sebrae-Ma, foi vice-presidente e é, atualmente, um dos diretores mais atuantes e influentes da Federação das Indústrias do Maranhão (Fiema), que também representou no Conselho de Infraestrutura da Confederação Nacional da Indústria. Registrou que Zeca Belo marcou sua militância no associativismo ao fundar e presidir o Sindicato da Indústria de Construção Pesada do Estado do Maranhão – Sincopem. É também membro do Conselho do Instituto de Cidadania Empresarial – MA, do Conselho do Educandário Santo Antônio, do Conselho Estadual do Meio Ambiente, do Conselho Estadual de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, do Conselho do Centro de Apoio aos Pequenos Empreendimentos e Membro da Comissão Gestora para o Plano de Preservação do Centro Histórico de São Luís – IPHAN.
Max Barros demonstrou que o Zeca Belo construtor participou da implantação e manutenção de braços rodoviários importantes do estado e de São Luís, como as Mas 201, 202,203 e 204. No seu currículo constam a duplicação da Avenida dos Holandeses, a pavimentação da Rua General Artur Carvalho e do acesso ao Parque do Folclore, além da recuperação e melhoramento das principais rodovias do estado e de muitas estradas vicinais. Na sua carteira de clientes constam o Governo do Estado, prefeituras e empresas como Alumar, Frigotil, Cervamar, Centro Elétrico, Hospital UDI, Dalcar Veículos, Bunge Fertilizantes e Aluminex, entre outras.
O deputado Max Barros concluiu apontando o homenageado como uma referência empresarial maranhense. Zeca Belo foi também saudado pelo empresário amigo Fábio Nauz, presidente do Sindicato da Construção Civil amigo, “seguidor”, que o apontou como “um exemplo a ser seguido por todos os que querem entrar ou já está na vida empresarial”.
Diante dos deputados Max Barros e Eduardo Braide, de amigos como o empresário Luiz Carlos Cantanhede e o desembargador Jorge Rachid, personalidades destacadas da sua geração, e de seus familiares, Zeca Belo agradeceu, emocionado: “Eu recebo essa honraria com uma satisfação gigantesca, e achando que alguma coisa foi feita para merecê-la. Eu acho que até fiz pouco pelo Maranhão e ainda pretendo fazer mais”.
PONTO & CONTRAPONTO
Governo e Oposição esquentam o clima com debates ácidos na Assembleia Legislativa
A sessão ordinária de ontem sinalizou que de agora por diante o clima pré-eleitoral vai se impor e o plenário da Assembleia Legislativa será transformado em campo de intensos confrontos entre Governo e Oposição. O gesto do líder do Governo, deputado Rogério Cafeteira (PSB), de ocupar a tribuna para “responder” a estocadas disparadas na sessão de quarta-feira (18) pelo deputado Adriano Sarney (PV), desencadeou um bate-rebate ácido entre governistas e oposicionistas como há tempos não ocorria. E como não foi premeditado, o embate evoluiu trôpego, a partir de provocações feitas por oposicionistas de que o Governo “vive de propaganda que não corresponde à realidade”, e da reação governistas de que o que tem de ruim no Maranhão é de responsabilidade do Grupo Sarney, tendo o governador Flávio Dino (PCdoB), dedicado parte do seu Governo a concertar malfeitos.
No embate de ontem, que mobilizou, além de Rogério Cafeteira, os deputados Othelino Neto (PCdoB), Marco Aurélio (PCdoB) e Bira do Pindaré (PSB) da bancada governista, e, além de Adriano Sarney, o deputado Edilázio Jr. (PV), a banda governista conseguiu “imobilizar” os oposicionistas, a partir da afirmação de Adriano Sarney de que o programa Escola Digna seria “uma fraude”, que teria apenas oito unidades construídas. A reação governista foi dura, primeiro com a informação de que as unidades escolares do programa já são mais de uma centena e que até o final do ano que vem serão mais de 300. “Eu mesmo já visitei mais de trinta”, disse Othelino Neto, que “convidou” oposicionistas para visitá-las, no que foi reforçado pelo deputado Marco Aurélio, que ajudou a desmontar o ataque da Oposição. Outros temas vieram à tona, como a Saúde, por exemplo, com oposicionistas tentando minimizar a gigantesca obra do Governo, realizada a partir das bases fincadas pelo Governo passado. Só que oposicionistas vão com muita sede ao pote, fazendo denúncias e acusações exageradas e sem nexo, dando margem para que a tropa governista desmonte cada uma delas com argumentos simples e informações realistas. Quando oposicionistas tentaram jogar sobre o governador Flávio Dino toda a responsabilidade pelo “gaiolão” na Delegacia de Barra do Corda, os governistas rebateram lembrando que as desgraças atuais foram herdadas dos 14 anos de Governo de Roseana Sarney (PMDB).
No embate de ontem ficou bem claro que a tropa de choque do Governo tem munição pesada para rebater com eficácia os ataques da Oposição se eles continuarem sendo feitos com frases de efeito que não se sustentam. Informações verdadeiras e bem apuradas tornariam os embates bem mais produtivos e interessantes.
Jornal faz acusação injusta ao acusar João Alberto de manobrar em favor de Aécio Neves
O jornal O Estado de São Paulo classificou de “manobra” a decisão do presidente do Conselho de Ética do Senado, senador João Alberto (PMDB), de encaminhar para análise da Advocacia-Geral da Casa a Representação por meio da qual o PT pede a cassação do mandato do senador mineiro Aécio Neves (PSDB) por quebra de decoro parlamentar. Na interpretação do jornalão paulista – ele próprio obcecado pelo legalismo -, com o pedido de análise formal da peça petista, João Aberto manobrando para proteger Aécio Neves procrastinando sua decisão sobre se admite ou não o pedido de cassação do senador mineiro.
Para começo de conversa, João Alberto presidente o Conselho por vários mandatos, não tendo cometido ali ato que pudesse ser visto como suspeito. E que parte dessa correção se deve exatamente ao fato de que, sob sua presidência, todas as Representações que lhe chegaram às mãos foram submetidas ao crivo técnico da Advocacia Geral do Senado, tendo seus pareceres funcionado como anteparo a qualquer medida judicial de contestação. Foi assim com todos os casos que chegou ao Conselho. E foi exatamente por conta dessa salvaguarda que nenhuma contestação prosperou e colocou o Conselho em situação complicada.
Quem conhece o senador João Alberto sabe que ele não tolera ilegalidade se move por um senso de honestidade sem limite. Quando governador, todos os seus atos eram respaldados pela Procuradoria Geral do Estado, quase sempre com o respaldo do Ministério Público, exigindo a mesma correção dos seus secretários. Tanto que não notícia de que alguma medida tenha sido tomada contrariando as regras. Foi assim também quando prefeito de Bacabal, como vice-governador e secretário de Estado.
Discordar das suas posições políticas ou não concordar com esse ou aquele procedimento do senador pemedebista é normal. Mas acusar João Alberto de manobrar ilegalmente em favor de quem quer que seja é correr sério risco de estar sendo injusto.
São Luís, 19 de Outubro de 2017.
(“Jornal faz acusação injusta ao acusar João Alberto”)
A prudência evita muitos equívocos e o tempo deu ao Senador a sabedoria e a temperança necessária para lidar com situações como esta. Ele está certo, não seria correto se pautar somente por noticias de emissoras.