Em conversa com partidos, Brandão quer formar secretariado competente e transparente

Carlos Brandão quer formar um secretariado competente e transparente

A composição da nova equipe a ser liderada pelo governador Carlos Brandão (PSB) está sendo um dos segredos mais bem guardados do Governo do Maranhão nos últimos tempos. Atualmente, o chefe do Poder Executivo está conversando com líderes dos partidos que formam a sua base de apoio para definir os nomes que integrarão o secretariado, dentro da ideia de consenso que vem balizando as ações políticas do Palácio dos Leões, como a eleição por aclamação do presidente da Famem, Ivo Rezende (PSB), prefeito de São Mateus, e que deve se repetir com a quase certa eleição, por esmagadora maioria, da deputada eleita Iracema Vale (PSB) para a presidência da Assembleia Legislativa no dia 1º de fevereiro. Para montar a nova equipe, o governador definiu alguns critérios, sendo a competência e a transparência como os mais importantes, além, naturalmente, com a total identificação com a linha programática do novo Governo.

Em conversas informais logo após confirmada sua reeleição no 1º turno, o então governador reeleito soltou algumas pistas a respeito de como montaria a nova equipe. Para começar, deixou claro que estava concluindo uma gestão e que iniciaria outra, aproveitando ao máximo as conquistas da anterior, que durou oito anos, mas decidido a realizar um Governo com a sua marca. Isso significa dizer que governará com sua equipe e com a sua concepção programática. A escolha do secretariado é decisiva para realizar esse projeto, que prevê, por exemplo, implantar pelo menos um curso universitário em cada um dos municípios maranhenses.

Fora o “núcleo de ferro” que o assessora diretamente, formado pelos competentes e experientes secretários Sebastião Madeira (Casa Civil), Luís Fernando Silva (Orçamento), José Reinaldo Tavares (Projetos Estratégicos) e Aparício Bandeira (Infraestrutura) – o governador Carlos Brandão quer montar uma equipe com alto nível técnico e capacitada em matéria de gestão pública. Esse critério diz respeito principalmente a áreas fundamentais e sensíveis como Educação, Saúde, Cultura, Turismo e Desenvolvimento Social, todas com programas ambiciosos para serem implementados nos próximos quatro anos. Há quem diga que ele já teria definido oito nomes, mas essa informação não vale porque não há confirmação. Habitualmente discreto em matéria de decisões políticas, Carlos Brandão se encontra fechado em copas nesse assunto.

Em várias ocasiões, o governador enfatizou que, tal qual o da competência, o critério da transparência é fundamental na escolha dos seus secretários. Ele quer montar uma equipe cujos titulares sejam íntegros e sem pendências de natureza ética. Isso quer dizer também que seus auxiliares levem suas realizações ao conhecimento público, de modo que a sociedade saiba exatamente o que Governo está fazendo em cada uma das suas áreas.

A equipe, que assumirá em ato de posse a ser realizado em Imperatriz, depois do carnaval, terá grandes desafios pela frente. Um deles, por exemplo, é o de ampliar e manter o número de restaurantes populares, que atualmente são mais de 150 espalhados em todas as regiões do Maranhão. Outro desafio é ampliar a rede de Saúde com a implantação de 18 clínicas para idosos nas diferentes regiões do estado. E por fim, o mais recentemente revelado pelo vice-governador Felipe Camarão: implantar pelo menos um curso superior em cada município. Projetos arrojados como esses exigirão, de fato, gestores técnica e administrativamente preparados.

Além da obrigação de realizar um bom Governo, para atender às expectativas da maioria do eleitorado maranhense, que lhe deu a vitória em um só turno, o governador Carlos Brandão quer realizar uma gestão com qualidade técnica elevada. Para isso, as indicações partidárias terão de ser identificadas com essa linha programática. Daí o sigilo das conversas e o cuidado do governador de manter os resultados sob sete capas.

PONTO & CONTRAPONTO

PCdoB vai bater martelo sobre quem será vice na Assembleia Legislativa

Ana do Gás e Rodrigo Lago disputam vice-presidência da Assembleia Legislativa, mas Ricardo Rios e Júlio Mendonça podem surpreender, enquanto Othelino Filho, atual presidente, não concorrerá

O PCdoB deve se reunir no início da próxima semana para bater martelo em relação à vaga de vice-presidente da Assembleia Legislativa a que o partido tem direito na proporcionalidade que rege a composição da Mesa Diretora da Casa. Dos cinco deputados eleitos pelo partido – Othelino Neto, Ana do Gás, Rodrigo Lago, Júlio Mendonça e Ricardo Rios -, somente o Othelino Neto, que atualmente preside o Legislativo, não deve concorrer. A decisão será tomada pelo comando do partido. Nos bastidores corre que a disputa para valer se dá entre Ana do Gás, que é deputada reeleita, e Rodrigo Lago, que chega para exercer o primeiro mandato. Mas pode haver surpresa.

Hélio Soares caiu no conto da sereia e agora vai ficar sem mandato

Hélio Soares apostou alto nas urnas e perdeu tudo

Entre os políticos que saíram derrotados nas eleições do ano passado, um dos mais incomodados é o deputado Hélio Soares (PL), que com concorreu a vice-governador na chapa encabeçada pelo senador Weverton Rocha (PDT). Hélio Soares não queria ser candidato a vice, preferindo tentar renovar seu mandato de deputado estadual. Ele, porém, cedeu aos apelos do chefe maior do PL, o deputado federal Josimar de Maranhãozinho, acreditando que poderia perder aqui, mas que isso poderia ser compensado com a eventual reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Não deu nem uma coisa nem outra, e Hélio Soares, que poderia ser agora deputado estadual reeleito, será obrigado a ficar em casa.

São Luís, 20 de Janeiro de 2023

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *