Dino já tem candidatura ao Senado como “plano A, B e C”, mas deixando margem para “plano D, E e F”

 

Flávio Dino afirma que já tem candidatura ao Senado como o seu “plano A, B e C”

O governador Flávio Dino (PSB) reafirmou que candidatar-se ao Senado é o seu “plano A, B e C”, mas acrescentou que nesse contexto deixa uma reserva de espaço para “plano D, E e F”. Essa declaração, que amplia a certeza quanto à sua participação na corrida senatorial, mesmo deixando ainda uma margem, agora bem mais reduzida e distante, para ser vice na chapa do ex-presidente Lula da Silva (PT) ou ainda permanecer no comando do Governo até o final do mandato, foi dada em entrevista concedida ao programa Canal Livre, da Rede Bandeirante, na noite de Domingo (11). Na mesma entrevista, o governador previu a derrota do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na tentativa de reeleição, apontou o ex-presidente Lula da Silva o nome mais consistente para a atual corrida ao Palácio do Planalto, e declarou que para essa disputa o ideal seria a construção da chamada Terceira Via.

Foi a primeira vez que o governador Flávio Dino definiu o projeto de candidatura ao Senado como plano A, B e C. Nas vezes anteriores em que abordou o assunto, respondeu que seria o caminho natural, mas condicionado a outras hipóteses, colocadas no mesmo patamar de importância, como a permanência no Governo, após o que retornaria à cátedra de Direito Constitucional na UFMA, ou entrar na corrida presidencial, como titular ou como vice de Lula da Silva. Agora, as duas últimas hipóteses foram despachadas para uma área mais distante no campo das possibilidades, o que significa dizer: mesmo que elas ainda sejam consideradas na pauta do governador, o destino das duas é parar no arquivo.

Flávio Dino tem noção muito clara de que nesse jogo, mais vale um pássaro na mão do que dois voando. Ser candidato a vice numa chapa encabeçada pelo ex-presidente Lula da Silva lhe dá razões para apostar numa vitória, mas também considerando uma margem para a hipótese de insucesso. Já a permanência no Governo até o final do mandato não faz o menor sentido para um político do seu quilate, no auge da sua capacidade de ação e com a visão aprimorada que construiu do Brasil e seus problemas. O argumento segundo o qual o bom jogador guarda sempre cartas importantes para usar em situações decisivas, tem lá suas razões de ser, mas se aplica muito pouco no caso do futuro político imediato do governador do Maranhão. Sua declaração ao Canal Livre.

O projeto senatorial parece sob medida para o governador Flávio Dino. Quando foi deputado federal, sua bagagem de ex-juiz federal associada à sua disposição política o tornou um parlamentar por excelência, que foi acionado várias vezes para assumir tarefas legislativas e desafiadoras, como, por exemplo, a relatoria do projeto que acabaria aprovado como Lei de Responsabilidade Fiscal, entre vários outros que atualmente compõem o ordenamento jurídico do País. E quem o acionou foi ninguém menos que o então presidente da Câmara Federal, deputado Michel Temer (MDB), que mais tarde seria eleito vice-presidente na chapa da presidente Dilma Rousseff (PT).

Agora, com a visão política amadurecida pela experiência de sete anos como governador do Maranhão, liderando uma gestão vista como uma das melhores do País, em que pesem as condições adversas que enfrentou, como a hostilidade do atual Governo Federal, alimentada direta e ostensivamente pelo próprio presidente da República. Mesmo assim, vem realizando um Governo diferenciado e voltado para o social, com programas audaciosos como o “Escola Digna”, no ramo educacional, e a ampliação da rede hospitalar no campo da saúde, e ainda a implantação de uma rede de restaurantes populares em além de outros na área de infraestrutura. A eficiência no combate à pandemia do novo coronavírus arrematou a eficiência da sua gestão.

Ao consolidar o projeto de disputar o Senado, o governador Flávio Dino faz a opção que parece a mais adequada, que pode levá-lo a participar de um projeto na corrida presidencial de 26. Quem sabe?

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Descendentes libaneses têm se destacado na política maranhense

Eduardo Braide, Helena Duailibe, Ricardo Murad e Fábio Gentil: exemplos de descendentes libaneses na militância política

O jornalista e historiador Diogo Bercito acaba de lançar o livro “Brimos: Imigração sírio-libanesa no Brasil e seu caminho até a política”, no qual resgata as raízes dos principais líderes políticos brasileiros de origem sírio-libanesa, como o ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), o ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, refundador do PSD e ex-prefeito de São Paulo, e Paulo Maluf, ex-prefeito de São Paulo, ex-governador de São Paulo e ex-deputado federal, por exemplo.

Se a pesquisa fosse estendida aos estados, ele encontraria no Maranhão exemplares importantes dessa linhagem, como políticos detentores de sobrenomes destacados, como Haickel, cujo destaque maior foi o deputado estadual e federal Nagib Haickel, que presidiu a Assembleia Legislativa (AL); Braide, que tem o  atual prefeito de São Luís, Eduardo Braide (Podemos), filho de Antônio Carlos Braide, ex-deputado estadual e ex-presidente da AL Antônio Carlos Braide; Murad, com a ativa atuação do agora ex-deputado e ex-prefeito de Coroatá Ricardo Murad e sua filha, ex-deputada Andrea Murad; Duailibe, representada pela ex-vereadora e atual deputada estadual Helena Duailibe (SD); Waquim, que tem na ex-prefeita de Timon e atual deputada estadual Socorro Waquim (MDB) seu quadro mais destacado; Seba, com o ex-prefeito e ex-deputado estadual  Franklin Seba; Sabak, cujo destaque foi o ex-prefeito de Santa Inês e ex-deputado estadual Biné Sabak; Tema, cujo nome mais conhecido é Cleomar Tema, cinco vezes prefeito de Tuntum e cuja esposa, Daniella Tema, é hoje deputada estadual; Heluy, que teve como nome mais atuante a ex-vereadora e ex-deputada estadual Helena Heluy; e Gentil, que ganhou projeção com o recém falecido deputado estadual José Gentil e com seu filho, o atual prefeito reeleito de Caxias Fábio Gentil, hoje nome de peso no estado.

 

Sem pressa, MDB ainda não definiu candidato a governador

Roberto Costa e Roseana Sarney: articuladores 

O MDB ainda não bateu martelo sobre quem apoiará na corrida ao Palácio dos Leões. Seus líderes estão conversando, ainda informalmente, com o senador Weverton Rocha (PDT), o vice-governador Carlos Brandão (PSDB), o ex-prefeito Edivaldo Holanda Jr. (PSD). O partido tem dois interlocutores, que conversam nas várias frentes, a ex-governadora Roseana Sarney, atual presidente da legenda, e o deputado estadual Roberto Costa, vice-presidente e principal articulador político. Os dois não fecham portas, mas também não têm pressa, evitando assim decisão precipitada. Até porque, no núcleo duro do partido há vozes que ainda torcem para que a ex-governadora Roseana Sarney abandone o projeto de disputar uma cadeira na Câmara federal para se candidatar ao Palácio dos Leões. No MDB, por enquanto, a punica certeza é a de que o partido não criará qualquer obstáculo à candidatura do governador Flávio Dino ao Senado.

São Luís, 14 de Setembro de 2021.

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