Todos os posts de Ribarmar Correa

Debate: Braide faltou, mas Duarte Jr. foi bem, Flávia Alves surpreendeu e Yglésio foi a voz destoante

Duarte Jr. foi bem, Flávia Alves surpreendeu, Fábio Câmara, Franklin Douglas,
Wellington do Curso e Saulo Arcangeli deram seus recados, mas Yglésio Moises destoou

Tudo bem que a ausência estratégica do prefeito Eduard Braide (PSD), líder absoluto da corrida, segundo todas as pesquisas, reduziu a importância do evento no mínimo à metade, mas o debate de ontem entre sete dos oito candidatos à Prefeitura de São Luís, realizado pelo portal imirante.com não foi uma perda total de tempo. O desempenho eficiente e equilibrado do deputado federal Duarte Jr. (PSB), a surpreendente desenvoltura da suplente de deputado federal Flávia Alves (Solidariedade) e o esforço bem dosado do ex-vereador Fábio Câmara (PDT), assim como a campanha do professor e jornalista Franklin Douglas (PSOL) pelo voto no passe livre para estudante justificaram a iniciativa. Fora isso, o discurso repetitivo do deputado Wellington do Curso (Novo) e o sindicalismo ostensivo do professor Saulo Arcangeli (PSOL) não foram convincentes, mas também não os desmereceram. Mas nada se comparou à inacreditável participação do deputado Yglésio Moises (PRTB), que incorporado ao bolsonarismo, tentou adotar, sem sucesso, a versão ludovicense do coach paulistano Pablo Marçal, que também é do PRTB.

Ao longo de quase três horas, São Luís foi abordada na superfície, uma vez que nenhum dos candidatos se manifestou sobre a dimensão de Cidade Patrimônio Cultural da Humanidade, tendo o debate sido reduzido a abordagens nada profundas sobre problemas sociais, econômicos e culturais.

O socialista Duarte Jr. deu o recado dele, com respostas precisas e esclarecedoras relativas a todos os assuntos que lhe foram propostos – educação, saúde, turismo, transporte, segurança e cultura. Deixou no ar a impressão de que tem, de fato, um plano de Governo consistente, que, se eleito, poderá colocar em prática em parcerias com os governos estadual e federal. Foi contundente nas críticas ao prefeito Eduardo Braide, mas em nenhum momento descambou para a o denuncismo barato e a ofensa pessoal. Ao mesmo tempo, Duarte Jr. não caiu na armadilha das provocações, não rebatendo ataques a ele dirigidos. Saiu como entrou, com a posição de segundo colocado justificada.

Única mulher entre os candidatos, Flávia Alves foi a surpresa da noite. Com um discurso equilibrado, mas firme, ela demonstrou conhecimento – pelo menos nos aspectos técnicos – em relação a todos os assuntos que abordou. Chamaram a atenção suas manifestações nas áreas de saneamento básico, saúde, educação, segurança e políticas relacionadas à mulher. Quem só a conhecia dos curtos filmetes na TV e de falas também reduzidas no Rádio certamente se surpreendeu com a sua postura e com os conhecimentos que mostrou sobre a realidade social, econômica e administrativa de São Luís.

Se esforçando para ser simpático, sem qualquer interesse em confrontos, Fábio Câmara deu o seu recado com clareza quando falou dos problemas da cidade, levando o seu discurso para o viés social, assumindo a condição de porta-voz da periferia, dos excluídos, dos “invisíveis”, como ele próprio definiu.

Franklin Douglas cumpriu seu objetivo ao fazer uma veemente defesa do voto a favor da gratuidade do transporte coletivo para estudantes, que será indagado em plebiscito nessa eleição. Defendeu que a Prefeitura tem condições de bancar a medida, lembrando que São Luís é uma cidade rica. Ao mesmo tempo, foi voz contundente na crítica ao prefeito Eduardo Braide, se posicionou como oponente duro e incômodo do candidato Yglésio Moises, a quem chamou várias vezes de “direita fake” e “biruta de aeroporto”.

O deputado Wellington do Curso fez o que sempre fez: falou muito e repetiu o discurso inúmeras vezes. Quando o assunto foi educação, respondeu que vai construir e reformar escolas, e fazer concurso para professor, invocando aí a sua condição de empresário na área de educação. E assim foi em relação a todos os temas que abordou, definindo-se como “oposição ao prefeito, ao governador e ao presidente da República”. E Saulo Arcangeli repetiu os mantras da esquerda radical, entre eles o estatismo: defendeu a criação, pela Prefeitura, de uma companhia municipal de transporte coletivo, inclusive desapropriando os ônibus das empresas que prestam serviço à cidade.

Mas nada se comparou à participação do deputado Yglésio Moises no debate. Foi arrogante, enaltecendo os seus dotes de memória; foi desconexo, à medida que não apresentou uma proposta concreta, a não ser rasgos de “isso se resolve assim”; foi provocador, desrespeitando as regras do debate e tentando atrapalhar o candidato que estava com a palavra; e foi agressivo ao chamar o prefeito Eduardo Braide de “carcamano safado”. Ou seja, deixou no ar a impressão de foi que ao debate decidido a apresentar uma versão local do colega de partido dele em São Paulo, Pablo Marçal, que hoje amarga quase 50% de rejeição. No contraponto, foi chamado por Franklin Douglas de “biruta de aeroporto”, por sua inconstância partidária, e de “palhaço de debate”, pelos trejeitos com que tentou desequilibrar os oponentes. Quem conheceu Yglésio Moises em outros tempos foi difícil acreditar no que viu ontem.

No mais, o debate do portal imirante.com, bem conduzido pela jornalista Carla Lima, serviu para dar uma ideia de quem são e o que pensam sete dos oitos candidatos à Prefeitura de São Luís.

PONTO & CONTRAPONTO

Alcântara: Lula cria território quilombola e garante expansão do CLA; Brandão lança Iema na região

Lula da Silva (centro), Carlos Brandão (esquerda) na entrega de títulos
de propriedade a líderes quilombolas

Um território de 78,1 mil hectares para garantir a permanência das 3.350 famílias quilombolas, cujos antepassados se instalaram há mais de um século, e 9,5 mil hectares para o programa de expansão do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). Foi esse o histórico acordo validado ontem em Alcântara pelo presidente Lula da Silva (PT) e as lideranças quilombolas da região e com o aval político e institucional do Governo do Maranhão. De quebra, o governador Carlos Brandão (PSB) assinou, ali mesmo, ordem de serviço para a construção de uma Unidade Plena do Instituto Estadual de Educação Ciência e Tecnologia do Maranhão – o Iema Pleno Quilombola de Alcântara.

O grande acordo entre a União, representada pelo Ministério da Defesa, e as comunidades quilombolas ganha forte dimensão histórica, uma vez que, além de resolver uma pendência de mais de 40 anos, dá solução definitiva a dois problemas de extrema importância. O primeiro: liquida de vez a pendência em relação ao espaço das mais de três mil famílias no município, com a criação do Território Quilombola de Alcântara. O segundo: assegura espaço suficiente para a expansão do CLA, que já começava a ficar inadequado para a evolução prevista para os próximos anos com o avanço da nova e definitiva corrida espacial.

O presidente Lula da Silva tinha assumido o compromisso de solucionar o problema durante a campanha. E agora se sabe que ele colocou a solução do problema territorial de Alcântara na sua lista de prioridades, exatamente pela visão social do seu Governo e pela posição de Alcântara no mapa dos pontos da terra apropriados para o lançamento de foguetes. Nesse período, embora o Estado não tenha envolvimento direto na pendência territorial, por se tratar de terras da União, o governador Carlos Brandão participou das negociações que resultaram no acordo.

A implantação do Iema Pleno Quilombola se destina a abrir caminho para que os jovens das comunidades quilombolas de Alcântara tenham acesso a uma formação técnica, numa relação direta com a natureza do Centro de Lançamento.

Empolgado com o acordo e em contato direto com quilombolas que o aplaudiam, o presidente Lula da Silva declarou: “A história de Alcântara mudou e a história do povo de Alcântara vai mudar. Agora que nós conseguimos regularizar as centenas de comunidades, temos a obrigação de dar sequência à titularização assinada hoje”.

Na mesma toada, o governador Carlos Brandão se manifestou: “O lançamento de foguetes é um projeto importante para desenvolvimento do nosso país e do mundo, mas aqui não podemos apenas ver foguetes subindo e a comunidade sem participar desse projeto”. E acrescentou: “É motivo de muita alegria saber que o Brasil e o mundo estão voltados para Alcântara”.

Dino defende uso de créditos extraordinários contra incêndios comparando situação a uma guerra

Flávio Dino compara as queimadas
no Brasil a uma situação de guerra

Depois de ter sido atacado pelo jornal O Estado de S. Paulo, o mais ativo porta-voz da direita liberal e do chamado “mercado”, pelo fato de haver determinado que o Governo Federal usasse recursos extraordinários necessários, sem considerar o teto fiscal, na luta contra os incêndios que devastam biomas em todas as regiões do país, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, disse ontem que o combate aos incêndios deve ser comparado a uma guerra. Durante uma audiência de conciliação entre governadores e representantes das regiões da Amazônia e do Pantanal, mais afetadas pelos incêndios, o ministro assinalou que se os fluxos de destruição ambiental não forem revertidos, os dois biomas, bem como a população e o país “estarão ameaçados”. E acrescentou: “Estamos cuidando da fauna, flora, da vida e da economia brasileira”.

O ministro Flavio Dino defendeu sua decisão de determinar o uso de créditos extraordinários para combater os incêndios sem submeter esses créditos ao teto fiscal. E afirmou que nunca viu “na história dos povos alguém parar guerra por causa de teto fiscal”. O ministro comparou a situação a um cenário de invasão de guerra com a tomada de cidades por fumaças causadas pelos incêndios.

— Fiquei espantado porque parece, nos últimos dias, que eu que inventei o crédito extraordinário. Quem inventou foi a Constituição. Há uma outra falácia sobre o alcance de metas fiscais em razão do crédito extraordinário. Convido a uma reflexão coletiva, porque quando nós analisamos a Constituição, estamos versando sobre crédito extraordinário visando atender guerras, comoção interna e calamidade pública. Eu nunca vi na história dos povos alguém parar uma guerra por teto fiscal. Ninguém conhece. E quando se trata de evitar a invasão das nossas cidades por fumaça, que pessoas morram, que a fauna e flora pereçam há essa ideia de que teto extraordinário são jungidos. (Com informações de O Globo)

São Luís, 20 de Setembro de 2024.

Duas pesquisas (DataIlha e Veritá) confirmam tendência de turno único em São Luís

Eduardo Braide lidera com folga, seguido de longe por Duarte Jr., enquanto
Wellington do Curso, Yglésio Moises, Flávia Alves, Fábio Câmara, Franklin
Douglas e Saulo Arcangelo continuam sem chance

Duas pesquisas divulgadas nesta semana indicam que, faltando duas semanas para a corrida às urnas, a disputa para a Prefeitura de São Luís entrou num processo de consolidação da tendência segundo a qual o prefeito Eduardo Braide (PSD) reúne todas as condições para ganhar novo mandato já no primeiro turn. As pesquisas dos institutos DataIlha e Veritá apontam a mesma tendência, com números muito próximos. A do DataIlha informa que no período da colheita de informações, os dias 12 e 13 de setembro, o prefeito Eduardo Braide tinha 56,9% das intenções de voto contra 24,7% de manifestações favoráveis ao deputado federal Duarte Jr. (PSB). Os demais candidatos – Yglésio Moises (PRTB), Fábio Câmara (PDT), Flávia Alves (Solidariedade), Franklin Douglas (PSOL) e Saulo Arcangeli (PSTU) estão situados na casa dos três pontos percentuais para menos, sem qualquer chance, portanto, de reagir.

Os números da pesquisa Veritá, divulgados ontem, vão na mesma direção, com diferença mínima em todos os casos. Levantamento feito nos últimos cinco dias de agosto, portanto já defasado do ponto de vista da apuração, a pesquisa Veritá, no entanto, não surpreendeu, uma vez que encontrou exatamente percentuais bem próximos de outras pesquisas. No seu relatório, o Veritá informa que o prefeito Eduardo Braide tem 58,5% das intenções de voto, enquanto o deputado federal Duarte Jr. tem 24,7%. Os demais candidatos encontram-se no mesmo patamar: Yglésio Moises (3,7%), Fábio Câmara (2,7%), Wellington do Curso (1%), Douglas Franklin (0,7), Flávia Alves (0,5%) e Saulo Arcangeli (0,4%), basicamente o mesmo cenário encontrado pelo outro instituto.

Pelo cenário montado com os dois levantamentos, parece que a tendência de turno único com a provável vitória do prefeito está consolidada. No plano das campanhas, Eduardo Braide vem conseguindo “vender” muito bem o seu portfólio de obras, que abrange todos os campos. Por mais que se esforce para mostrar o contrário, usando imagens vencidas, a campanha do candidato socialista não tem conseguido reagir. Ontem, por exemplo, Duarte Jr. voltou a investir fortemente no fator emocional, abordando a situação das crianças especiais, Eduardo Braide conseguiu quebrar o impacto com imagens do Hospital da Criança, um dos “xodós” da sua gestão; mostrou também creches e escolas, minimizando fortemente o impacto das peças de denúncias do adversário nas pesquisas.

O que chama a atenção é o fato de os demais candidatos, de Yglésio Moises a Saulo Arcangeli, nenhum veio a público com um discurso forte na direção dos dois candidatos que formatam a polarização. Yglésio Moises está focado em mostrar ao eleitorado de extrema direita que ele é o candidato do ex-presidente Jair Bolsonaro, que desembarga em São Luís no dia 23 para ato em seu apoio; Fábio Câmara tem apresentado propostas, como o programa “Bucho Cheio”, destinado a alimentar crianças em idade escolar; Wellington do Curso ainda que não sai da condição de porta-voz da periferia, mas sem respostas óbvias; Flávia Alves avisa que tem um plano de Governo abrangente, sugerindo aos eleitores que o eleitor procure nas suas redes sociais; Franklin Douglas está investindo tudo no plebiscito sobre meia passagem, e Saulo Arcangeli não disse ainda a que veio.

Na briga pela ponta, a menos que haja novidades nos próximos dias, capazes de mexer com esse desenho, a corrida à Prefeitura de São Luís parece estar entrando numa fase de acomodação.

Em Tempo I: A pesquisa DataIlha ouviu mil ludovicenses nos dias 12 e 13 de setembro, tem margem de erro de três pontos percentuais, para mais ou para menos, intervalo de confiança de 95% e est´[a registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo -06086/2024.

Em Tempo II: Por sua vez, a pesquisa Veritá ouviu 1.202 ludovicenses no período de 27 a 31 de agosto, tem margem de erro de três pontos percentuais, para mais ou para menos, e está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo MA-03511/2024.

PONTO & CONTRAPONTO

Lula e Brandão firmam hoje pacto que resolve litígio entre União e quilombolas de Alcântara

Lula da Silva e Carlos Brandão resolveu hoje
problema territorial do CL e quilombolas em Alcântara

O presidente Lula da Silva (PT) desembarga hoje em São Luís para, juntamente com o governador Carlos Brandão (PSB), cumprir uma agenda por muitos considerada histórica: firmar, depois de quatro décadas de peleja, acordo entre a União e as com unidades quilombolas da região de Alcântara. O fim desses conflitos garantirá o programa de expansão do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).

O acordo a ser firmado hoje assegura o uso pelo CLA de 9,2 mil hectares, garantindo assim espaço para suas atividades e para sua expansão. Na contrapartida, a União, por meio do Ministério da Defesa, abre mão de 78 mil que vinha reivindicando, assegurando com isso a permanência ali de 152 comunidades quilombolas que vivem ali há mais de um século.

Por sua vez, o governador Carlos Brandão deve anunciar a largada no projeto de implantação de uma unidade do Instituto Estadual e Educação, Ciência e Tecnologia (Iema) numa das comunidades quilombolas de Alcântara, com o objetivo de oferecer aos quilombolas e seus descendentes uma formação técnica,

Nas suas redes sociais, o governador Carlos Brandão divulgou ontem a agenda do presidente Lula da Silva: “Vamos receber nosso presidente para formalizar um acordo histórico entre o governo federal e as comunidades quilombolas de Alcântara. E o nosso governo vai anunciar o início das obras do Iema para fortalecer a capacitação em tecnologia aeroespacial no território. Um marco para o desenvolvimento e a igualdade social no nosso estado”.

Vale registrar que o Governo do Maranhão participou efetivamente das negociações que levaram ao acordo da União com as comunidades quilombolas de Alcântara.

Felipe dos Pneus consolida vantagem e caminha para a reeleição em Santa Inês

Felipe dos Pneus, Solange Almeida
e Valdivino Cabral: quadro
definido em Santa Inês

Todas as evidências indicam que o prefeito de Santa Inês, Felipe dos Pneus (PP), caminha para a reeleição. Nova pesquisa do instituto Exata, contratada pelo jornal O Imparcial, mostra que o prefeito mantém liderança segura na corrida à reeleição. Felipe dos Pneus tem 46,57% das intenções de voto, enquanto seu principal concorrente, a deputada estadual Solange Almeida (PL), aparece com 27,43%. Os demais candidatos estão assim distribuídos: Valdivino Cabral (MDB) tem 12,14% e Vieira Oliveira aparece com 1,86%. Somados, indecisos e nenhum, nulo ou em branco totalizam 11%.

A vantagem de 20 pontos percentuais de Felipe dos Pneus sobre Solange Almeida é suficiente para se avaliar que a disputa em Santa Inês está praticamente definida. Isso porque não há qualquer elemento indicando que a candidata do PL tenha condições de reagir e virar o jogo numa situação como essas. Mesmo que Valdivino Cabral saísse da disputa, como pretendeu o PL, os seus votos todos não levariam Solange Almeida a mudar o cenário e vencer a eleição.

Em Tempo: A pesquisa Exata foi realizada no período de 10 a 123 de setembro, ouviu 700 eleitores e est[a registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo MA 01216/2024.

São Luís, 19 de Setembro de 2024.

Timon: Disputa entre Dinair e Rafael fica mais acirrada e vencedor terá margem pequena

Dinair Veloso, Rafael e Henrique Júnior:
disputa dura pela Prefeitura de Timon

Pesquisa do instituto Opinar, divulgada ontem, consolidou de vez a tendência de que a eleição para a Prefeitura de Timon, o terceiro maior colégio eleitoral do Maranhão, será uma das mais renhidas de todo o estado. De acordo com os números, a prefeita Dinair Veloso (PDT) lidera com 37,56% das intenções de voto, seguida do deputado Rafael (PSB) com 34,89%. Em terceiro lugar aparece Henrique Júnior (PL) com 20,82% e, finalmente, na quarta posição Dra. Dilcimar (Novo). Ali, 3,78% dos entrevistados não souberam ou não quiseram responder, e 2,22% optaram por nenhum, nulo ou em branco. É um cenário de rigorosa indefinição, a começar pelo fato de que a margem de erro do levantamento é de nada menos que 4,62%.

Com base nessa margem de erro, cujo percentual é maior do que a diferença entre os dois primeiros colocados, qualquer avaliação estatística concluirá que a prefeita Dinair Veloso e o deputado Rafael estão tecnicamente empatados. E que Henrique Júnior, cujo percentual de intenção de voto vem surpreendendo, concentra o poder de ser, neste momento, uma espécie de fiel da balança, o que significa dizer que a eleição pode ser definida para onde ele pender. Ou seja, é um cenário em franco movimento, no qual não se prevê a possibilidade de de uma arrancada de última hora por parte de nenhum dos candidatos.

A eleição para a prefeitura de Timon tem uma equação diferenciada, porque ali as mais importantes forças políticas do Maranhão na atualidade travam uma guerra política e eleitoral de peso. A prefeita Dinair Veloso tem o apoio do senador Weverton Rocha, que conseguiu atrair o apoio do comando nacional do PT, levando o vice-governador Felipe Camarão (PT) a declarar-lhe apoio. E do outro lado, o deputado Rafael tem o apoio determinado do governador Carlos Brandão (PSB) – que, aliás, esteve ontem no município – e seus aliados. E numa espécie de terceira via, Henrique Júnior atua com o apoio do deputado federal Josimar de Maranhãozinho, chefe maior do PL no Maranhão.

Existe ali, de fato, uma medição de força muito clara, dando a impressão de que o desfecho da eleição em Timon terá reflexos expressivos nas montagens que serão feitas para o grande embate de 2026. Não é sem razão que o senador Weverton Rocha vem jogando todos os seus trunfos para fortalecer a candidatura da prefeita Dinair Veloso, enquanto o governador Carlos Brandão tem demonstrado interesse na eleição do deputado Rafael, não só pelo fato de ser ele do PSB, mas também porque o parlamentar foi, durante quase dois anos, o correto líder do Governo na Assembleia Legislativa.

Vale registrar também o fato de que Dinair Veloso e Rafael vêm alternando a liderança. Ela já apareceu na frente em dois levantamentos, enquanto ele já apareceu na liderança em três levantamentos. Nenhuma das pesquisas divulgados até agora mostrou uma distância expressiva entre os dois, o que reforça a impressão de que o vencedor dessa disputa terá uma vantagem muito pequena.

A pesquisa Opinar parece ter o poder de ser um divisor de águas de agora por diante, com Dinar Veloso, Rafael e Henrique Júnior sabendo onde estão e quais as suas chances. Os dois primeiros sabem que não podem cometer erros. Pois a vitória de Dinair Veloso significará a permanência dos Leitoa no poder em Timon, com o fortalecimento do senador Weverton Rocha, enquanto que a vitória de Rafael representará o desmantelamento do grupo e um golpe devastador nas pretensões do chefe do PDT no Maranhão.

Em Tempo: A pesquisa ouviu 450 pessoas entre os dias 9 e 10 de setembro, tem margem de erro de  4,62 pontos percentuais, para mais ou para menos,  nível de confiança de 95% e está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo MA-03871/2024.

PONTO & CONTRAPONTO

Bolsonaro ataca Lula, alimenta bolha, mas pode não ter ajudado Mariana em Imperatriz

Jair Bolsonaro e Yglésio Moises:
agenda em São Luís no dia 23

Não foi um fracasso, mas também não foi uma manifestação que tenha abalado a disputa pela Prefeitura, a visita de campanha que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez ontem a Imperatriz em apoio à candidatura de Mariana Carvalho (Republicanos). Na avaliação de um jornalista de Imperatriz, a presença e os gestos e declarações do ex-presidente na Princesa do Tocantins serviram para alimentar a fatia bolsonarista do eleitorado imperatrizenses, mas não será suficiente para impulsionar a candidatura de Mariana Carvalho, uma vez que a disputa está se definindo na direção de um segundo turno entre o deputado estadual Rildo Amaral (PP) e o deputado federal Josivaldo JP (PSD).

Jair Bolsonaro, como era previsto, elogiou a candidata Mariana Carvalho, mas fez um discurso de vítima e de violentos ataques ao presidente Lula da Silva (PT). Disse, por exemplo, que não passou a faixa presidencial ao novo presidente, porque não queria entregar o poder a “um ladrão”. Se satisfez a bolha bolsonarista presente ao evento, não contemplou a imensa maioria da população de Imperatriz, porque todos, incluindo os seus seguidores, sabem que ele fugiu para Miami (EUA) com medo de ser preso e para não ser relacionado com a tentativa de golpe que tramou para o 8 de Janeiro.

O ex-presidente retorna ao Maranhão no dia 23, desta vez passando em São Luís, onde manifestará seu apoio à candidatura do deputado estadual Yglésio Moises (PRTB) à Prefeitura da Capital. Yglésio Moises tem entre dois e quatro pontos percentuais na preferência do eleitorado e aposta alto que a presença do ex-presidente em São Luís mudará o rumo da sua candidatura.

Miltinho Aragão protesta contra a impugnação de Ivo Rezende: “A chibata só mudou de mão”

Miltinho Aragão protesta contra
a impugnação de Ivo Rezende

“A Justiça do Maranhão perdeu a oportunidade de ser vanguardista” e “A chibata só mudou de mão”. Com essas frases, pronunciadas com ênfase de aparência raivosa, o deputado Miltinho Aragão (PSB) protestou contra a impugnação da candidatura do prefeito de São Mateus Ivo Rezende (PSB), por decisão da Justiça Eleitoral.

Ivo Rezende, que se elegeu vice-prefeito em 2016, assumiu a Prefeitura em 2018 e se reelegeu em 2020, tentou um terceiro mandato, o que não é permitido pela legislação brasileira. Ele teve sua candidatura impugnada pela Justiça Eleitoral e, como não tinha certeza de que reverteria a decisão, não recorreu, desistiu e passou a bola para o ex-prefeito Miltinho Aragão.

A candidatura de Ivo Rezende foi impugnada pelo ex-prefeito e candidato Rovélio (Podemos). A alegação: quando vice-prefeito, ele assumiu o cargo de prefeito, caracterizando que ele exerceu o mandato. A sentença tirando-o do páreo foi certeira.

Miltinho Aragão tem agora o desafio de vencer a eleição com a missão de manter o controle sobre a política de São Mateus.

São Luís, 18 de Setembro de 2024.

Barrado pela Justiça Eleitoral, Ivo Rezende sai da disputa e indica Miltinho Aragão em São Mateus

Ivo Rezende, visivelmente abatido,
anuncia um animado Miltinho Aragão

A desistência do prefeito de São Mateus (43 mil habitantes), Ivo Rezende (PSB), de tentar obter o direito a disputar a reeleição, que lhe foi negado pela Justiça Eleitoral, traz à tona alguns aspectos importantes e de forte simbolismo político. Ele teve sua candidatura impugnada por haver assumido o cargo de prefeito quando era vice-prefeito, o que o impede de tentar novo mandato, já que, com base na legislação, sua reeleição já aconteceu em 2020. A impugnação da candidatura foi confirmada pela Justiça Eleitoral, tornando-o inelegível neste pleito. Ivo Rezende poderia tentar reverter a decisão batendo às portas do TRE e do TSE, mas a sentença foi tão precisa e tão contundente que ele achou melhor não correr o risco de um desgaste maior. Ontem, o prefeito anunciou sua saída do páreo e indicou o ex-prefeito Miltinho Aragão (PSB) como substituto.

O primeiro aspecto a ser considerado é o fato de Ivo Rezende, um dos mais destacados líderes da novíssima geração de políticos maranhenses, que alcançou projeção estadual como presidente da Federação dos Municípios do Maranhão (Famem), ter a sua carreira temporariamente interrompida por uma tentativa de driblar a lei. Ele sabia que não poderia pleitear a reeleição, uma vez que esse direito foi exercido em 2020. Chama a atenção o fato de um jovem político, que deveria ser referência para todos as centenas de candidatos a prefeito, sair da disputa de maneira vexatória, ainda com a responsabilidade de continuar presidente da Famem até o final deste ano, já que a partir de 1º de janeiro do ano que vem ele não poderá continuar no comando da entidade – que via de regra só realiza eleição em meados de janeiro.

O segundo aspecto que vale a pena registrar foi a firmeza com que a Justiça Eleitoral acatou, confirmou e consumou a impugnação da candidatura do prefeito de São Mateus, proposta pelo candidato do Podemos, Coronel Rovélio, e pela coligação “São Mateus é de Todos Nós”.  Ao ser confrontado com os fatos, o juiz Aurimar de Andrade Arrais Sobrinho indeferiu de pronto a candidatura do prefeito. Isso porque, se Ivo Rezende concorresse e fosse eleito, obteria um terceiro mandato consecutivo, o que é vedado por lei. A decisão, claramente sustentada no que reza a regra, causou uma discreta, mas efetiva, agitação no meio político. Os políticos mais sensatos entenderam a decisão do magistrado como um recado direto e certeiro, que ecoou em todos os partidos e comitês de campanha: a Justiça não vai tolerar qualquer tentativa de burla à lei. E foi exatamente a resposta da Justiça que fez com que Ivo Rezende se conformasse com o indeferimento da sua candidatura e providenciar o substituto em tempo hábil – o prazo para tal terminou à meia noite de ontem.

E o terceiro aspecto foi a escolha do ex-prefeito e atual suplente de deputado estadual no exercício do mandato, Miltinho Aragão (PSB), como substituto. Político experiente, com forte liderança em São Mateus, ele foi eleito prefeito em 2012 e se reelegeu em 2016 tendo Ivo Rezende como vice. Durante o mandato, na condição de vice-prefeito ele assumiu a Prefeitura em razão de uma licença médica do titular. Em 2020 ele disputou o cargo e se elegeu prefeito de São Mateus, mas a substituição temporária do prefeito naquele momento o tornou inelegível para reeleição em 2024.

Se tiver sua candidatura deferida pela Justiça Eleitoral – e pelo visto não há motivo para não ter -, Miltinho Aragão, atual suplente de deputado no exercício do mandato e apoiado pelo governador Carlos Brandão (PSB), enfrentará nas urnas Atanildo de Oliveira (PDT), Mesquita (PMB) e Rovélio (Podemos). O último é coronel da reserva da PM, entrou para a política incentivado pelo então governador Luiz Rocha e já foi prefeito de São Mateus.

Não há dúvida de que a situação que envolveu o prefeito Ivo Rezende criou um embaraço político para o Palácio dos Leões, que o tinha na lista dos prováveis eleitos. Agora, o comando do PSB vai apostar todas as suas fichas na candidatura de Miltinho Aragão, que é, de fato, o grande líder político de São Mateus.

PONTO & CONTRAPONTO

Correção: quem lidera em Santo Antônio dos Lopes é Cibelle Napoleão e não Ana do Gás

Cibelle Napoleão lidera em
Santo Antônio dos Lopes

Na edição de ontem, a Coluna publicou informações comentadas sobre a participação de deputados estaduais na disputa por prefeituras. E informou que entre os oito parlamentares que estão na corrida, a deputada Ana do Gás (PCdoB) estaria liderando a disputa em Santo Antônio dos Lopes, sua principal base eleitoral. Informação errada.

Ontem, o tradicional e respeitado instituto Econométrica publicou pesquisa sobre a disputa naquele município, e os números encontrados são os seguintes: Cibelle Napoleão (PL) lidera com 67,3% das intenções de voto, estando a deputada Ana do Gás em segundo com 27%. Ali, 5,2% não souberam ou não quiseram responder e apenas 0,6% disseram que votarão em branco ou anularão o voto.

De acordo com as informações estatísticas da Econométrica, a vantagem de Cibelle Napoleão é tão ampla e densa que nada menos que 60% dos entrevistados disseram que ela será eleita prefeita, enquanto apenas 23,9% responderam acreditar que a eleição será vencida por Ana do Gás.

Como a disputa se dá entre apenas duas candidatas, os números da Econométrica indicam que o eleitorado de Santo Antônio dos Lopes já se posicionou. Tanto que, se a eleição fosse agora e todos os indecisos optassem por Ana do Gás, isso em nada alteraria o desfecho do embate, já que dificilmente a candidata do PCdoB reverteria uma diferença que alcança 40 pontos percentuais.

Além dessa correção, a Coluna corrigirá o texto anterior com a informação de que a deputada Ana do Gás não lidera a disputa em Santo Antônio dos Lopes.

Em Tempo: A pesquisa Econométrica realizada entre os dias 5 e 7 de setembro, ouviu 330 eleitores, tem margem de erro 5,4 pontos percentuais, para mais ou para menos, intervalo de confiança de 95%, e está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo MA-04309/2024.

PCdoB enfrenta crise pela sobrevivência na corrida às Prefeituras

Márcio Jerry comanda o PCdoB no estado

A campanha para as eleições municipais está repetindo um fenômeno que tem acontecido com frequência no Maranhão: a derrocada de partidos que dominaram a política estadual em tempos recentes. É o que aconteceu com o PDS, o DEM, o MDB, o PDT, e agora atinge em cheio o PCdoB.

Comandado no Maranhão pelo ativo deputado federal Márcio Jerry, o velho “partidão”, que dominou a política estadual no primeiro e até metade do segundo mandato do governador Flávio Dino, elegendo ele próprio, deputados federais, deputados estaduais, prefeitos e vereadores nas mais diversas regiões do estado, encontra-se agora numa situação de luta tenaz pela sobrevivência.

Nestas eleições, além de não ter nome disputando em São Luís, por exemplo, o PCdoB vê seus candidatos mergulhados em situação de penúria eleitoral. O seu candidato mais destacado, o ex-deputado estadual Marco Aurélio, amarga o quarto lugar na corrida à Prefeitura de Imperatriz, apesar do apoio explícito do presidente Lula da Silva e do PT. A deputada Ana do Gás está em segundo lugar – muito atrás da primeira colocada – na corrida pela Prefeitura de Santo Antônio dos Lopes.

E para complicar ainda mais a situação do partido, o prefeito de Barreirinhas, Amílcar Rocha, um dos seus quadros mais prestigiados, desistiu de concorrer à reeleição devido à forte rejeição do eleitorado, que resolveu apostar um candidato jovem, Vinícius Vale (MDB), que vem liderando a corrida.

O PCdoB briga pela sobrevivência como membro da Federação Brasil Esperança, da qual fazem parte o PT e o PV.

São Luís, 17 de Setembro de 2024.

Deputados estaduais têm situações diferentes na corrida por prefeituras

Roberto Costa lidera, Rildo Amaral na frente, Rafael vive incerteza, Ana do Gás em
vantagem, e Solange Almeida, Wellington do Curso e Yglésio Moises sem chance

Com exceção de Roberto Costa (MDB), que lidera com margem segura a disputa pela Prefeitura de Bacabal, os outros sete deputados estaduais que decidiram disputar os comandos dos seus municípios não estão sendo bem-sucedidos nas suas empreitadas eleitorais. Rildo Amaral (PP), que disputa em Imperatriz está à frente da corrida, onde deverá enfrentar um segundo turno; Rafael (PSB), briga palmo a palmo pela liderança em Timon; Solange Almeida (PL) tenta reagir na corrida em Santa Inês; Ana do Gás (PCdoB) se desdobra para chegar à Prefeitura de Santo Antônio dos Lopes; e Wellington do Curso (Novo) e Yglésio Moises (PRTB) vivem situação dramática entre os últimos da corrida em São Luís. São Situações diferentes, que podem resultar em sucesso relativo ou em fracasso absoluto.

O deputado Roberto Costa lidera com larga vantagem a corrida em Bacabal (103 mil habitantes). Mas essa liderança tem uma explicação lógica. Além de dedicar a quase totalidade das ações do seu mandato parlamentar a Bacabal, Roberto Costa conseguiu um feito inédito: unir as principais forçar políticas do município, incluindo o grupo do prefeito Edvan Brandão (PSB), que tem o deputado estadual (?) Brandão (PSB) e o grupo Florêncio, hoje liderado pelo deputado estadual Florêncio Neto. Essa cuidadosa e eficiente tessitura, além da força do seu próprio grupo, tem o apoio do ex-governador João Alberto (MDB). Com a experiência de quem foi candidato em 2016 contra o poderoso grupo liderado pelo ex-prefeito Zé Vieira (PR) e de ter sido o principal avalista da reeleição do prefeito Edvan Brandão, Roberto Costa caminha para uma eleição segura e politicamente consistente.

O deputado estadual Rildo Amaral lidera a corrida em Imperatriz (274 mil habitantes), onde disputa a ida para o segundo turno com Josivaldo JP (PSD), e num patamar mais distante, com Mariana Carvalho (Republicanos). Rildo Amaral tem o apoio do ministro do Esporte André Fufuca, que comanda o PP no Maranhão. O candidato do PP saiu na frente, mas vem enfrentando o crescimento de Josivaldo JP. A situação ficou mais complicada depois que Imperatriz entrou para o time de cidades com 200 mil eleitores e, com isso, pode decidir suas eleições de prefeito em dois turnos, caso nenhum dos candidatos obtenha mais 50% dos votos no primeiro turno. As pesquisas mais recentes indicam que Rildo Amaral vai para o segundo turno.

O deputado Rafael (ex-Leitoa), do PSB, iniciou sua corrida à Prefeitura de Timon (183 mil habitantes) como favorito, enfrentando a prefeita Dinair Veloso (PDT), que pleiteia a reeleição. A situação de Rafael começou a se complicar depois que o PT, que em princípio o apoiaria, decidiu, por orientação da direção nacional, apoiar a atual prefeita, num acordo articulado em Brasília pelo senador Weverton Rocha, chefe do PDT no Maranhão. No momento, o PSB, comandado no Maranhão pelo governador Carlos Brandão, concentra esforços visando a eleição do deputado Rafael, enquanto o PT e o PDT intensificam o apoio à prefeita Dinair Veloso. Ali, a situação é incerta.

No terceiro mandato, a deputada Ana do Gás (PCdoB) decidiu dar uma guinada ao se candidatar à Prefeitura de Santo Antônio dos Lopes (14 mil habitantes), que é a sua principal base eleitoral e onde seu marido, foi prefeito. Ana do Gás está inteiramente dedicada à sua campanha, enfrentando uma mulher, Cibelle Napoleão (PL). As informações indicam que se trata de uma disputa dura, a começar pelo fato de que Santo Antônio dos Lopes vem ganhando estatura econômica como produtor de gás natural.

Já a deputada Solange Almeida (PL) vem mantendo a segunda posição na disputa pela Prefeitura de Santa Inês (90 mil habitantes), onde, segundo todas as pesquisas, a liderança está com o prefeito Felipe dos Pneus (PP), que caminha para a reeleição. A deputada poderá ser beneficiada se o ex-prefeito Valdivino Cabral (MDB) for retirado da disputa. No momento, porém, sua eleição é uma hipótese remota devido à força da candidatura do prefeito.

A situação mais complicada é a dos deputados Wellington do Curso e Yglésio Moises, que lideram o time de candidatos à Prefeitura de São Luís (1,2 milhão de habitantes) sem qualquer chance de eleição. Sabendo-se que, por causa dos seus partidos, o Novo e o PRTB, respectivamente, que não têm representação mínima exigida por lei no Congresso Nacional, ficam impedidos de ter acesso ao horário eleitoral gratuito no Rádio e na TV. Devem terminar a disputa no terceiro e quarto lugares, mas bem distante de uma disputa polarizada entre o prefeito Eduardo Braide (PSD) e o deputado federal Duarte Jr..

São esses os cenários que envolvem os deputados estaduais que estão na guerra eleitoral por prefeituras.    

PONTO & CONTRAPONTO

Campanha começa a destacar candidatos fortes à Câmara de São Luís

Thayanne Evangelista e Clara Gomes: juventude
busca espaço na Câmara de São Luís

Ganha intensidade a disputa pelas 31 cadeiras da Câmara Municipal de São Luís. Alguns nomes ganharam densidade durante a campanha, enquanto os esquemas de apostasse multiplicam com algumas previsões sobre quem tem e quem não tem cacife para chegar ao Palácio Pedro Neiva de Santana.

Nesse contexto, o nome mais citado como tendo potencial para reeleger-se é o do atual presidente, Paulo Victor (PSB), que lidera a campanha do seu partido. Os vereadores Raimundo Penha (PDT), Francisco Chaguinhas (PSD), Coletivo Nós (PT) e Aldir Jr. (PL) têm chances reais de reeleição. Outros caciques políticos da Ilha também caminham para a reeleição: Astro de Ogum (PCdoB), Dr. Gutemberg (Novo), Pavão (PSB) e Chico Carvalho (Podemos).

E no universo de quem está chegando duas jovens mulheres ganham estatura: a médica Thayanne Evangelista (UB) e a advogada Clara Gomes (PSD). O atual suplente de vereador André Campos (Podemos) também está no páreo.

Vale registrar que vários nomes de prestígio são candidatos a vereador de São Luís.

Fred Campos reforça campanha e volta a ser favorito em Paço do Lumiar

Fred Campos intensificou a campanha

Enganou-se quem imaginou que a Operação 18 Minutos faria um estrago devastador na candidatura do advogado Fred Campos (PSB) à Prefeitura de Paço do Lumiar.

Quando muitos esperavam que o candidato do PSB se inibiria a diminuiria o ritmo da campanha por causa da temida tornozeleira eletrônica, ele fez exatamente o contrário: intensificou a caça ao voto, realizando animadas caminhadas pelas ruas de Paço do Lumiar, comícios, num corpo a corpo determinado.

Se antes da operação ele vinha realizando uma campanha forte, após o episódio ele turbinou ainda mais os seus eventos de contato direto com o eleitorado. E os adversários, que viram na Operação 18 Minutos uma luz no fim do túnel, agora perceberam que da semana passada para cá, suas chances voltaram a patamares anteriores.

O número de pessoas que voltaram a enxergar Fred Campos como o futuro prefeito de Paço do Lumiar voltou a crescer.

São Luís, 16 de Setembro de 2024.

Nova pesquisa confirma tendência de turno único em São Luís

Eduardo Braide e Duarte Jr. continuam polarizados, enquanto Wellington
do Curso, Yglésio Moises, Flávia Alves, Fábio Câmara, Franklin Douglas
e Saulo Arcangeli permanecem empatados na base

 A corrida para a Prefeitura de São Luís emite sinais fortes de que pode estar entrando num patamar de estabilidade, com o prefeito Eduardo Braide (PSD) liderando a disputa, reunindo cacife para liquidar a fatura no 1º, tendo como principal concorrente o deputado federal Duarte Jr. (PSB), que será o seu adversário na hipótese de o desfecho ocorrer em dois turnos. É o que mostra a pesquisa Vox do Brasil, divulgada ontem e segundo a qual, se a eleição fosse hoje, Eduardo Braide seria reeleito em turno único com 61% dos votos, seguido de Duarte Jr., que sairia das urnas com 24%. Os demais candidatos teriam as seguintes votações: Yglésio Moises (PRTB) teria 2%, Wellington do Curso (Novo) 2%, Franklin Douglas (PSOL) 1%, Flávia Alves (Solidariedade) 1% e Fábio Câmara (PDT) 1% – Saulo Arcangeli (PSTU) não pontuou. Nenhum, brancos e nulos somaram 5% e também 5% não souberam ou não quiseram responder.

Respeitando a regra estatística de que não se deve comparar pesquisas de institutos diferentes, não há como não enxergar a estabilidade levando em conta que a pesquisa mais recente, da celebrada Quaest/TV Mirante, divulgada no início da semana, trouxe basicamente os mesmos números. Ou seja, sem misturar as coisas, e levando em conta o movimento das campanhas, só se chega a uma conclusão: a disputa pelo Palácio de la Ravardière avança num patamar de estabilidade no que diz respeito às intenções de votos.

O cenário é o mesmo, com a confirmação da polarização desenhada desde que se começou a pautar a corrida pelo comando da Capital maranhense ainda no segundo semestre do ano passado. Naquele, os primeiros levantamentos apontaram o prefeito Eduardo Braide à frente nas intenções de voto, seguido exatamente do deputado federal Duarte Jr., que ainda não tinha certeza se seria candidato. Além deles, já estavam na linha de largada os deputados estaduais Wellington do Curso, com problemas partidários, tendo finalmente se definido pelo Novo, e Yglésio Moises, também com problemas partidários e que se definiria pelo PRTB.

Naquele momento, não se cogitava as candidaturas de Fábio Câmara, Flávia Alves, Franklin Douglas e Saulo Arcangeli, os quais, cada um à sua maneira, só entraram na corrida meses antes das convenções.

De lá para cá, nenhum levantamento sobre a disputa na Cidade Patrimônio Cultural da Humanidade indicou outro rumo. É bem verdade que em momentos diferentes os números foram também diferentes. A distância entre Eduardo Braide chegou a menos de 10 pontos percentuais. Mas à medida que o cenário foi se definindo, o prefeito iniciou uma espiral de crescimento que, contrariando a lógica, avançou à medida que adversários disparavam ataques em direção a ele, com críticas à administração municipal. A tentativa de colocar a dinheirama do Clio vermelho na conta do prefeito Eduardo Braide não funcionou, ao contrário, parece que impulsionou a sua candidatura. As três pesquisas mais recentes apontaram a tendência de eleição em turno único.

Nesse contexto, que lhe é inteiramente favorável, o prefeito Eduardo Braide diz “não” ao já ganhou e intensifica sua campanha, mostrando os ganhos da sua gestão, adotando a tática de não responder aos ataques. Ao mesmo tempo, Duarte Jr. segue com uma campanha ativa, com movimentos de rua, “arrastões” na periferia, e uma campanha forte na TV, onde, dono de metade do tempo, divide o roteiro com denúncia pesadas – a mais recentes se dá na área de saúde -, enquanto vende o seu projeto de gestão na briga pelo voto. Ao que tudo indica, não está funcionando.

Com situações diferentes em relação à propaganda eleitoral gratuita no Rádio e na TV, os demais candidatos não estão fazendo qualquer diferença diante da sólida polarização que vem marcando a corrida desde os seus primeiros movimentos.

PONTO & CONTRAPONTO

Senadores caminham para perder feio na eleição de São Luís

Weverton Rocha, Ana Paula Lobato
e Eliziane Gama: veem derrota
se aproximar em São Luís

Os três senadores caminham para perder feio na disputa pela Prefeitura de São Luís, de longe o maior e mais importante colégio eleitoral do Maranhão.

O senador Weverton Rocha, que comanda o PDT no Maranhão, vê o seu candidato, o ex-vereador Fábio Câmara, time da rabeira, com variação de 1% a 2,5% nas intenções e sem qualquer condição de reação. O desempenho pífio do candidato pedetista até aqui atinge também o prestígio da senadora Ana Paula Lobato, que é filiada à legenda pedetista.

A senadora Ana Paula Lobato é também atingida, ainda que indiretamente, com o desempenho nada alentador da candidata Flávia Alves, irmã do deputado estadual Othelino Neto (Solidariedade), que é seu marido e mentor político. A diferença é que Flávia Alves, que é suplente de deputado federal, é uma estreante na disputa pela Prefeitura de São Luís.

Finalmente, a senadora Eliziane Gama (PSD), que vive a situação, insólita, de pertencer ao mesmo partido do prefeito Eduardo Braide, mas apoiando o candidato do PSB, Duarte Jr.. O resultado dessa situação é que a eventual reeleição do prefeito de São Luís não seja benéfica para a senadora Eliziane Gama. Um caso que só a política explica.

Reação de desembargador a acusação infundada repercute no meio político

Kléber Carvalho: reação certa

Repercutiu no meio político a reação do desembargador Kléber Carvalho à acusação de que ele teria sofrido pressões externas para confirmar o afastamento da então prefeita de Paço do Lumiar, Paula Azevedo (PCdoB).

Na nota que leu na sessão do Tribunal Pleno, quarta-feira (11), o desembargador deu uma explicação técnica da sua decisão, que foi tão somente confirmar, inclusive de acordo com o Ministério Público, a decisão da primeira instância de afastar Paula Azevedo do cargo. Sem qualquer frase ou palavra agressiva, mas com uma didática contundente, Cléber Carvalho deu uma aula de civilidade e de dignidade, provando, por A mais B, que a acusação não fez o menor sentido.

Não será surpresa se a atitude do desembargador Cléber Carvalho virar uma referência em casos dessa natureza, que ocorrem com frequência, em que magistrados são acusados de decidir facciosamente, principalmente quando as decisões envolvem poderosos, especialmente políticos.

Não foi sem razão que o magistrado foi aplaudido pelos seus colegas desembargadores.

São Luís, 14 de Setembro de 2024.

Pesquisa: Gentil Neto ganha dianteira na acirrada disputa pela Prefeitura de Caxias

Gentil Neto lidera seguido de Paulo Marinho Jr.

Depois de um período cinzento, durante o qual o candidato de oposição Paulo Marinho Jr. (PL) ameaçou reverter uma tendência rascunhada desde a fase da pré-campanha, o candidato governista Gentil Neto (PP) reagiu e recuperou o posto de líder da corrida à Prefeitura de Caxias. Sua posição à frente dos demais candidatos foi revelada pela pesquisa do Instituto IPAM, realizada no período de 30 de agosto a 1º de setembro, tendo encontrado o seguinte cenário: Gentil Neto com 45,4% das intenções de voto, seguido de Paulo Marinho Jr. com 36,4%, Lícia Waquim (PSDB) com 6% e Edimilson Sanches (PSOL) com 0,8%. Um contingente de 3,2% rejeitou todos os candidatos e deve votar nulo ou em branco, enquanto outro, de 8,2%, disse não saber ou não quis responder.

Ainda que com uma defasagem de mais de uma semana – período longo para a fotografia de um momento de uma campanha eleitoral tão intensa –, o levantamento do IPAM dá aos candidatos e aos eleitores as linhas gerais de uma corrida que tem ainda duas semanas e meia pela frente. E no caso de Caxias, esse retrato ganha conotação especial, por se tratar de um embate que se dá entre dois candidatos jovens no quarto maior e mais importante município maranhense. Isso envolvendo forças políticas locais – os grupos Gentil, Coutinho (dividido) e Marinho -, estaduais (o governador Carlos Brandão {PSB} e o vice-governador Felipe Camarão {PT}, o ministro André Fufuca {PP} e o senador Weverton Rocha {PDT} – e nacionais o PT e o presidente Lula da Silva e o PL).

Gentil Neto lidera uma antes impensável aliança  unindo os adversários grupos Gentil e Coutinho, com base num acordo negociado pelo prefeito Fábio Gentil (Republicanos) e pela ex-deputada Cleide Coutinho (PDT), com a eficiente mediação do governador Carlos Brandão e o apoio forte do ministro André Fufuca (Esporte). Cleide Coutinho seria a candidata a vice, mas devido a problemas de saúde, foi substituída pelo cunhado, o empresário Eugênio Coutinho. Só que o Grupo Coutinho rachou, e a banda liderada por Ferdinando Coutinho (PDT), atual prefeito de Matões, e sua mulher, a deputada estadual Cláudia Coutinho (PDT), se aliaram ao Grupo Marinho, a ex-vereadora Thaís Coutinho (PDT) como vice de Paulo Marinho Jr.. (A raiz desse racha está na disputa pela Prefeitura de Matões, mas essa é outra história).

Esse movimento desestabilizou o formato inicial da aliança liderada por Gentil Neto, e fortaleceu o projeto de candidatura de Paulo Marinho Jr., dando a impressão de que o estrago seria bem mais grave.

Foi exatamente em meio a essa instabilidade que Gentil Neto ganhou o apoio decisivo do PT e o aval precioso do presidente Lula da Silva. E foi também nesse momento que o prefeito Fábio Gentil intensificou sua participação na campanha, que ganhou mais volume – hoje, por exemplo, haverá uma grande manifestação liderado por Gentil Neto com a participação do governador Carlos Brandão.

Se essa for, de fato, a vantagem do candidato governista Gentil Neto, que representa a nova geração dos Gentil, a disputa em Caxias, que vinha se arrastando num ambiente de incertezas, está evoluindo rapidamente para uma definição que, se ganhar consistência, dificilmente será revertida nas próximas três semanas. Isso não significa subestimar Paulo Marinho Jr., que já foi vice-prefeito, conhece o caminho das pedras e tenta chegar onde o seu pai, Paulo Marinho, assim como sua mãe, a saudosa ex-prefeita Márcia Marinho (MDB), deram as cartas, contando também com o apoio direto do deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) e do senador Weverton Rocha (PDT), o que lhe dá cacife para continuar competitivo.

A reta final da corrida à Prefeitura de Caxias tem tudo para ser vibrante, movimentando um cenário em que Lícia Waquim e Edimilson Sanches serão apenas honrados figurantes.

Em Tempo: Contratada pela Ferplan Consultoria e Assessoria Contábil, a pesquisa IPAM (Morais & Dias Instituto de Opinião Pública LTDA. ME) ouviu 500 eleitores e está registrada no TSE sob o protocolo MA-03113/2024.

PONTO & CONTRAPONTO

Horário gratuito no Rádio e na TV se resume à disputa Braide/Duarte Jr.

Eduardo Braide e Duarte Jr. dominam
a disputa pela Prefeitura de São Luís, enquanto Wellington do Curso, Flávia Alves, Yglésio Moises, Saulo Arcangeli, Fábio Câmara e Franklin Douglas não têm chance

A campanha para a Prefeitura de São Luís no horário gratuito no Rádio e na TV está mantida em clima de embate restrito aos dois candidatos que lideram as intenções de voto, o prefeito Eduardo Braide (PSD) e o deputado federal Duarte Jr. (PSB). Os outros três candidatos com direito a esse espaço de campanha – Fábio Câmara (PDT), Franklin Douglas (PSOL) e Flávia Alves (Solidariedade) – seguem tentando alguma atenção, mas parecem estar vivendo uma realidade completamente diferente. E os três que não têm direito espaço no Rádio e na TV se valem de entrevistas a emissoras de Rádio, distribuição de santinhos e fazendo uso das suas redes sociais.

Ontem, no horário nobre da TV, o candidato Duarte Jr., que tem maior tempo, repetiu um longo e contundente vídeo mostrando o que, segundo ele, seria a situação de caos no Sistema de Saúde, como que rebatendo o programa anterior do prefeito Eduardo Braide, que falou das conquistas da sua gestão na área de Saúde.

Após o vídeo-denúncia de Duarte Jr., que apresentou propostas para melhorar o Sistema de Saúde, o prefeito Eduardo Braide entrou com denso um programa sobre infraestrutura, mostrando ruas, avenidas, pavimentação e vias de interligação de várias regiões, destacando que, além de beneficiar diretamente a população, as obras são geradora de emprego e renda. Não será surpresa de Duarte Jr. contestá-lo hoje.

Numa realidade bem distante, o candidato do PDT, Fábio Câmara, apresentou uma impressionante proposta de geração de emprego financiando a produção de hortaliças. Franklin Douglas se mostrou nas ruas fazendo campanha para o plebiscito sobre a implantação ou não da gratuidade do transporte coletivo para estudantes, sendo esse até agora o único mote da sua campanha. E Flávia Alves prometeu que, se eleita, a saúde será coisa séria no seu governo: o cidadão sairá da primeira consulta já agendado para o especialista e levando o pacote de medicamentos.

Pouco se soube sobre o que andaram fazendo Wellington do Curso (Novo), Yglésio Moises (PRTB) e Saulo Arcangeli (PSTU).  

Políticos avaliam o que pode acontecer em São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa

Júlio Matos, Fred Campos e Eudes Barros
lideram em São José de Ribamar, Paço
do Lumiar e Raposa, respectivament
e

Na avaliação informal de três políticos experientes ouvidos pela Coluna, é o seguinte o cenário que pode sair das urnas nos três municípios da Ilha de Upaon Açu:

Em São José de Ribamar, a reunião das forças governistas em apoio à candidatura de Dudu Diniz (PSB), mesmo com a participação do ex-prefeito Luiz Fernando Silva, dificilmente mudará o cenário favorável à reeleição do prefeito Júlio Matos (Podemos).

Em Paço do Lumiar, mesmo duramente atingido pela Operação 18 Minutos, o advogado Fred Campos, que vinha navegando sem uma única sombra, ainda reúne gás para sair das urnas vitorioso. Seu adversário mais forte é o empresário Francisco Neto (Novo), em que pese a investida do médico Felipe Gonçalo, comandada pelo líder do Mobiliza, Hilton Gonçalo, prefeito de Santa Rita.

E em Raposa, há uma tendência favorável à reeleição do prefeito Eudes Barros (PL). No entanto, a força da campanha do experiente ex-prefeito José Laci (PSB), apoiado pelo Palácio dos Leões, tem feito muita gente segurar a bandeira por mais algum tempo antes de partir para o já ganhou.

São Luís, 13 de Setembro de 2024.

Campanha mostra que disputa em São Luís só se dá entre Braide e Duarte Jr.

Eduardo Braide e Duarte Jr. dominam a disputa em
São Luís, uma vez que Wellington do Curso, Flávia
Alves, Yglésio Moises, Saulo Arcangeli, Fábio Câmara
e Franklin Douglas não deslancham

Foi grande o impacto da pesquisa Quaest, divulgada segunda-feira (09), mostrando o prefeito Eduardo Braide (PSD) com vantagem que pode leva-lo a conseguir a reeleição logo no 1º turno da corrida para a Prefeitura de São Luís. Mas, ao contrário do que muitos previram, os números não impressionaram o deputado federal Duarte Jr. (PSB), que em vez de mergulhar no desânimo, passou a impressão de que tomou uma dose extra de ânimo e jogou de vez o seu bloco nas ruas. Na terça-feira, em meio à repercussão da pesquisa, a campanha de Duarte Jr. ocupou vários pontos estratégicos das principais avenidas da Capital e foi aos bairros com animados bandeiraços. No horário gratuito no Rádio e na TV, o candidato do PSB reforçou sua estratégia destinada a desacreditar o discurso do prefeito Eduardo Braide nas áreas de saúde e transporte coletivo, por exemplo. O prefeito, por sua vez, também está intensificando sua campanha, visando consolidar o seu favoritismo, e para evitar o risco de reviravolta.

O fato é que, mesmo com o registro de oito candidaturas ao Palácio de la Ravardière, a polarização desenhada nessa corrida eleitoral tem causado em muitos a impressão de que apenas o prefeito Eduardo Braide, que busca a reeleição, e o deputado federal Duarte Jr., que tenta chegar ao cargo, estão de fato no páreo. Com uma campanha forte em matéria de propaganda mostrando os resultados da sua gestão nas mais diversas áreas, Eduardo Braide faz o discurso da continuidade, credenciando-se para pedir um novo mandato. Já Duarte Jr. investe pesado para mostrar, por exemplo, a situação do sistema de transporte de massa, que define como “caótica”, o mesmo em relação à área da saúde, que denuncia como “muito grave”, conforme as peças que sua campanha em horário nobre, acompanhadas de propostas que ele apresenta embaladas pelo já conhecido “Bora resolver?”

A três semanas da eleição, o cenário mostrado pela pesquisa Quaest/TV Mirante é inteiramente favorável ao prefeito Eduardo Braide, que aparece com nada menos que 40 pontos de vantagem sobre o deputado Duarte Jr.. Os percentuais da Quaest indicaram que a dinheirama encontrada no porta-malas do Clio vermelho não caiu na conta do prefeito, sugerindo que consumir recurso e espaço de campanha com ela é perda de tempo. Até porque, mesmo parecendo incomodado quando tem de tratar do tema, o prefeito Eduardo Braide tem mantido o discurso de que nada tem a ver com a lambança, que cabe à Polícia colocar tudo em pratos limpos e que quem for podre que se ferre. No mais, itens como o Elevado da Cidade, no Tirirical, reforçam sua campanha sustentada no argumento da gestão bem-sucedida.

Duarte Jr. tem feito uma campanha arrojada, agora reforçada pela animação de rua. Com a força da sua juventude e muita disposição para a caça ao voto, o candidato do PSB reforça a cada dia um discurso rico em elementos eleitoralmente sedutores, como o apoio do presidente Lula da Silva (PT) e do governador Carlos Brandão (PSB), e ainda as bênçãos não declaradas do ministro Flávio Dino. A peça de campanha mostrando o mutirão de tratamento da visão, com consultas, cirurgias e óculos na hora, tudo financiado por emendas parlamentares mostra a eficiência do seu mandato e do seu potencial como gestor, já demonstrado no Procon.

Num patamar muito distante da polarização, os outros seis candidatos não conseguem deslanchar, em que pesem os seus esforços. Isso sem contar o fato de que três – Wellington do Curso (Novo), Yglésio Moises (PRTB) e Saulo Arcangeli (PSTU) – não têm tempo de rádio nem de TV, e os outros três com esse benefício – Fábio Câmara (PDT), Franklin Douglas (PSOL) e Flávia Alves (Solidariedade) – não encontraram fórmulas eficientes para usá-lo. Enfim, parecem fazer campanhas distantes da realidade em que atuam politicamente.

Em resumo: pelo menos até aqui, a campanha está mostrando com clareza solar que a corrida à Prefeitura de São Luís se dá mesmo entre o prefeito Eduardo Braide e o deputado federal Duarte Jr., com os demais candidatos atuando como figurantes, sem qualquer chance de mudar esse cenário.

PONTO & CONTRAPONTO

Iracema reage forte a ilação sobre desmanche de bloco parlamentar

Iracema Vale reagindo a ilação
sobre desmanche de bloco

A presidente da Assembleia Legislativa, deputada Iracema Vale (PSB), mostrou ontem que, ao contrário do que muitos imaginam, a sua postura no comando do Poder Legislativo vai muito além do trato refinado e da harmonia a qualquer custo. Isso significa dizer que, dependendo da situação e da circunstância, ela pode ir do discurso conciliador, que é a sua marca, a uma fala dura de confronto.

Num discurso rápido e direto, ela reagiu refutando a insinuação feita terça-feira pelos deputados Othelino Neto (Solidariedade) e Fernando Braide (PSD) de que o desmonte de um bloco parlamentar do qual eles participavam teria ocorrido por interferência direta do governador Carlos Brandão.

– Nada teve a ver, da parte do governador Carlos Brandão, qualquer tipo de interferência na composição ou desmanche de blocos aqui da Casa -, declarou a presidente, reforçando a afirmação inicial de que não admitiria, “em hipótese alguma”, qualquer “interferência externa nesta Casa”.

Em seguida, Iracema Vale explicou que a dissolução do bloco foi uma decisão da maioria dos deputados que dele participavam, o que é um processo natural, que ocorre com frequência no Poder Legislativo. “Aqui só vale a decisão da maioria    , declarou, enfática, a presidente, assinalando que acompanhou o processo de desmonte do bloco parlamentar e que conversou com os seus integrantes, descartando inteiramente a alegada influência externa.

A presidente destacou, finalmente, que, sob o seu comando, a Assembleia Legislativa se mantém como uma Casa política e será sempre uma instituição independente, que se relaciona em harmonia com os demais Poderes, mas não aceita qualquer tipo de interferência nas suas decisões.     

A fala contundente e até desafiadora da presidente surpreendeu os deputados presentes, alguns dos quais manifestaram-lhe apoio.

Mariana e Yglésio apostam suas fichas na visita de Bolsonaro a São Luís e Imperatriz

Yglésio Moises e Mariana Carvalho
apostam na visita de Jair Bolsonaro

A assessoria do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) informou à suplemente de deputado Maria Carvalho, candidata do Republicanos à Prefeitura de Imperatriz, e ao deputado estadual Yglésio Moises, candidato do PRTB à Prefeitura de São Luís, que virá ao Maranhão no dia 23 de setembro em apoio às suas campanhas.

O apoio aos dois candidatos começa pelo fato de que, com toda a força que costuma exibir, o PL não conseguiu emplacar candidato nas duas maiores cidades maranhenses, o que é uma situação vexatória para o partido e para os seus chefes.

Em Imperatriz, Jair Bolsonaro decidiu apoiar Mariana Carvalho devido a um intenso trabalho do deputado federal Aluísio Mendes (Republicanos), que é bolsonarista de carteirinha e conseguiu evitar que o apoio do ex-presidente fosse dado ao deputado federal Josivaldo JP, que já não defende a bandeira do bolsonarismo como antes.

Em São Luís, a situação é mais ou menos a mesma. Com o PL alinhado à candidatura do deputado Duarte Jr. (PSB) e sem qualquer vínculo com o prefeito Eduardo Braide, que não fecha como bolsonarismo, o deputado Yglésio Moises aproveitou a brecha e se posicionou como a voz do bolsonarismo na Capital. Sem tempo no rádio e na TV, o candidato do PRTB aposta todas as suas fichas na visita do ex-presidente a São Luís para melhorar sua performance.

São Luís, 12 de Setembro de 2024.

Rildo Amaral lidera em Imperatriz, mas deve disputar segundo turno com Josivaldo JP

Em cima: Rildo Amaral, Josivaldo JP e Mariana
Carvalho; embaixo: Nilson Takashi,
Marco Aurélio e Justino Filho

Se a eleição para a Prefeitura de Imperatriz fosse realizada agora, haveria segundo turno, que seria disputado pelo deputado estadual Rildo Amaral (PP) e pelo deputado federal Josivaldo JP (PSD). Foi o que apontaram os números da pesquisa da empresa AR7 Pesquisas Inteligentes, divulgados ontem. Rildo Amaral lidera com 37,5% das intenções de voto, seguido de Josivaldo JP com 31,7%. Atrás deles estão a suplente de deputado federal Mariana Carvalho (Republicanos) com 16,5%, Nilson Takashi (Novo) com 2,8%, Marco Aurélio (PCdoB) com 2,5% e Justino Filho (PMB) com 0,8%. Nenhum, brancos e nulos com 2,8% e indecisos com 5,3%.

Contratado pelo bem situado blog do jornalista Jorge Aragão, o levantamento feito pela AR7 Pesquisas Inteligentes parece ter trazido à realidade a disputa irracional montada por outros levantamentos ao longo de pelo menos três semanas. A liderança de Rildo Amaral faz sentido, como também a posição de Josivaldo JP, que em alguns momentos alcançou a dianteira. A entrada forte de Mariana Carvalho na corrida tirou do páreo o publicitário Nilson Takashi, que, numa das pesquisas apontadas como forjada, apareceu com 14%, assim como conteve o possível avanço de Marco Aurélio. Agora, todos os sinais indicam que há razoabilidade nos números encontrados pela pesquisa da AR7.

Os números divulgados ontem têm base lógica. Apoiado pelo ministro André Fufuca, que comanda do PP no Maranhão, o candidato Rildo Amaral esteve na liderança desde os primeiros levantamentos, realizados ainda no ano passado. Seu favoritismo foi ameaçado com a entrada do deputado federal Josivaldo JP, que chegou na corrida com disposição. Os dois estavam medindo forças quando Imperatriz alcançou o patamar de 200 mil eleitores e entrou para o time de cidades nas quais a eleição é decidida em dois turnos, caso nenhum dos candidatos obtenha 50% dos votos mais um no primeiro turno.

Com a mudança, os candidatos foram obrigados a alterar radicalmente as suas estratégias de campanha. Se no sistema anterior o objetivo era obter qualquer vantagem, por menor que fosse, para se eleger, no novo sistema eles se viram diante da seguinte situação: conseguir metade dos votos mais um e se eleger em um só turno, ou ser um dos dois mais votados no primeiro turno e se preparar para ter mais de 50% dos votos e sair vencedor no segundo turno. Assim, o segundo maior e mais importante município do Maranhão, com quase 300 mil habitantes, teve mudado seu status, passando a contar com prefeitos representativos, uma vez que são eleitos com mais de 50% dos votos.

O cenário encontrado pela pesquisa AR7 Pesquisas Inteligentes confirma a tendência inicial de disputa entre o deputado estadual Rildo Amaral, de centro-direita, e o deputado federal Josivaldo JP, de direita, mas sem radicalismo. Tentando alcançar os dois, Mariana Carvalho está sendo embalada pelo seu viés bolsonarista, com crescimento inicial forte, mas que perdeu impulso, mantendo-se na terceira colocação, com 16% das intenções de voto – pelo menos até aqui, sem gás para chegar ao segundo turno.

A pesquisa quis saber do eleitor sua escolha no segundo turno. A maioria (19,8) disse preferir Rildo Amaral; em segundo lugar escolheu Josivaldo JP (17%), e escolheu Mariana Carvalho como terceira opção (13,8%). Nesse caso, levando-se em conta o fato de a margem de erro ser de 3,99%, surge aí um empate técnico, o que sugere que muita água ainda vai rolar na disputa tocantina.

Em Tempo I: A pesquisa ouviu 600 eleitores em Imperatriz, entre os dias 5 e 8 de setembro, tem margem de erro de 3,99 pontos percentuais, para mais ou menos, intervalo de confiança de 95% e está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo MA-05026/2024.

PONTO & CONTRAPONTO

Deputados maranhenses não embarcam na cilada golpista contra Alexandre de Moraes

Ministro Alexandre de Moraes, do STF

A atual bancada maranhense na Câmara Federal, formada pelos deputados federais Rubens Jr. (PT), Duarte Jr. (PSB), Aluísio Mendes (Republicanos), Márcio Jerry (PCdoB), Josivaldo JP (PSD), Pedro Lucas Fernandes (União Brasil), Luciana Genésio (PDT), Marreca Filho (PRD), Pastor Gil (PL), Cléber Verde (MDB), Detinha (PL), Dr. Benjamim (União Brasil), Dr. Gonçalo (Podemos), Remy Soares (PP), Hildo Rocha (MDB), Josimar de Maranhãozinho (PL) e Allan Garcês (PL), deu uma demonstração de maturidade política e responsabilidade institucional ao rejeitar a patacoada bolsonarista de pedir o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Os deputados maranhenses fizeram a leitura correta da cilada engendrada pelo ex-presidente e sua turma: criar uma situação de crise institucional no País, muito provavelmente pensando no objetivo que traçou quando planejou o 8 de Janeiro: plantar condições para a derrubada das instituições democráticas brasileiras e implantar um regime de exceção no qual o Poder Executivo controle o Poder Legislativo e o Poder Judiciário. Outra peça da armadilha é o projeto de lei que anistia os golpistas condenados pelos ataques ao coração institucional do Brasil no 8 de Janeiro.

Os deputados maranhenses – que representam um leque ideológico que vai da direita à esquerda – demonstram ter clara a noção de que o Brasil é institucionalmente forte e moderno e que a democracia garantida pela Constituição Cidadã é o nosso melhor caminho. Isso porque temos uma democracia que comporta a relação e a convivência dos contrários políticos e ideológicos, por mais difícil que elas sejam. Essa realidade não aceita nem tolera o golpismo nem qualquer projeto ditatorial.

Toda regra, porém, tem exceção: apenas um integrante da bancada assinou o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes: o bolsonarista Allan Garcês, suplente de deputado federal no exercício do mandato, ocupando a vaga do atual ministro do Esporte, André Fufuca (PP). Sua atitude se destina muito mais a mostrar serviço ao chefe da sua corrente do que satisfazer a uma convicção institucional.

Por serem juízes em processos de impeachment, os senadores Ana Paula Lobato (PDT), Weverton Rocha (PDT) e Walter Camacho (PSD) não podem ser signatários do pedido. Mas os dois primeiros já deixaram claro que não embarcarão nesse movimento golpista disfarçado. O terceiro estaria “indefinido”.

Brandão vai se reunir com jovens em encontro sobre trabalho

Carlos Brandão no último encontro com jovens sobre programa de trabalho

Cerca de mil jovens de diferentes regiões do Maranhão se reunirão em São Luís, na sexta-feira (13), no 2° Encontro Estadual do Trabalho Jovem, programa voltado para a geração direta de oportunidades à nova geração de maranhenses. O objetivo central do Trabalho Jovem é inserir esses jovens no mercado de trabalho e, ao mesmo tempo, incentivar a criação e o desenvolvimento de micro e pequenas empresas (MEIs) no estado. Entusiasta do Trabalho Jovem, o governador Carlos Brandão (PSB) anunciou que vai participar do encontro, que além de jovens, reunirá empresários credenciados e colaboradores.

Dividido em dois eixos – estágio social e auxílio à contratação – o programa contempla jovens de 17 a 25 anos que estejam cursando o ensino médio, técnico ou superior.

O eixo estágio social, coordenado pela Secretaria de Estado de Indústria e Comércio (Seinc), oportuniza vagas de estágio remunerado em órgãos públicos estaduais e em empresas privadas. Nos órgãos públicos estaduais, as vagas são distribuídas por meio de sorteio. Os sorteados recebem bolsa no valor de R$ 550,00 e um auxílio-transporte de R$ 50,00, totalizando R$ 600,00 mensais. Atualmente, são mil jovens engajados.

Na iniciativa privada, as empresas credenciadas recebem um auxílio de R$ 600,00 por jovem contratado. Nessa vertente, foram oferecidas duas mil vagas em 2024. As empresas privadas têm abraçado o programa. Tanto que neste ano, com o lançamento do edital exclusivo para elas, 345 empresas de 54 municípios maranhenses mostraram-se interesse em receber os mais de 2 mil estagiários.

Responsável pelo Trabalho Jovem, o secretário de Indústria e Comércio, Júnior Marreca manifesta entusiasmo com a adesão das empresas: “Se temos empresas de vários ramos de atuação, logo temos mais opção de encaminhar os jovens para áreas nas quais eles se identificam. Mais importante é que os jovens maranhenses trabalhem gostando daquelas áreas. As chances de efetivação são grandes”.

O eixo Auxílio à Contratação, coordenado pela Secretaria do Trabalho e Economia Solidária (Setres), consiste no apoio financeiro às empresas, por cada novo emprego regido pela CLT. Nesta edição, foram inscritas 540 empresas, de 93 municípios. Dos mil jovens selecionados, 47% são mulheres, e 53% são homens, que atuarão nas mais variadas funções.

“O Trabalho Jovem tem a cara do governo Brandão que, incansavelmente, busca soluções para gerar trabalho e renda para os maranhenses, sem perder o foco no social”, diz o titular da Setres, Luiz Henrique Lula, representante do PT no Governo.

São Luís, 11 de Setembro de 2024.

Queast mostra Braide vencendo no 1º turno, sem chance para adversários

Eduardo Braide lidera, Duarte Jr. é segundo e Wellington do Curso,
Flávia Alves, Yglésio Moises, Saulo Arcangeli, Fábio Câmara e
Franklin Douglas sem nenhuma chance

Os números da pesquisa Quaest, contratada pela TV Mirante para medir a corrida para a Prefeitura de São Luís, trouxeram vários recados do eleitorado ludovicense, sendo o mais eloquente o que indica disposição da maioria de resolver a eleição em um só turno. Os números são os seguintes: o prefeito Eduardo Braide (PSD) tem 60% das intenções de voto, seguido do deputado federal Duarte Jr. (PSB) com 21%, do deputado Wellington do Curso (Novo) com 3%, do deputado Yglésio Moises (PRTB) com 2% e do ex-vereador Fábio Câmara (PDT), da suplente de deputada federal Flávia Alves (Solidariedade) e do servidor público Saulo Arcangeli (PSTU) com 1% cada. O levantamento encontrou ainda o professor Franklin Douglas com menos de 1%, 5% de indecisos e 6% dos que não querem nenhum deles e estão dispostos a votar nulo ou em branco.

Esse painel de preferências é uma forte indicação de que, a 26 dias da eleição, dificilmente haverá uma mudança que altere o cenário tirando 10 pontos percentuais do prefeito e candidato à reeleição. Mesmo que os 5% de indecisos e que três pontos percentuais da margem de erro migrassem para Duarte Jr., ele poderia chegar a 30 pontos percentuais de preferência, que de nada lhes serviriam se o prefeito não perdesse 11 pontos.

O problema dos demais candidatos é que o prefeito Eduardo Braide parece ter conseguido se brindar e, assim, evitar que a dinheirama encontrada no porta-malas do Clio vermelho fosse colocada na sua mesa. Sem esse estrago, não há como quebrar a imagem de bom gestor que ele conseguiu emplacar em todos os níveis do eleitorado, já que nenhum candidato conseguiu impingir-lhe o carimbo de “corrupto” nem de “mau gestor”. A peça tentando envolve-lo no caso do Clio vermelho envelheceu e parece não fazer nenhum sentido. Além do mais, o prefeito tem feito uma campanha inteligente na qual ele é mostrado como um fenômeno administrativo, sem que os demais candidatos, a começar por Duarte Jr., consigam colocá-lo contra a parede.

O candidato socialista, por sua vez, tem feito uma campanha arrojada, inteligente e propositiva, abordando temas essenciais, denunciando mazelas pontuais, como mostrar ônibus velho no sistema de transporte, mas o seu prestígio no eleitorado parece ter sido afetado com a polarização configurada muito cedo. Até agora, Duarte Jr. tem se mostrado preparado para o cargo, alcançou uma base sólida de 20% das intenções de voto, mas sua trajetória tem sido dificultada pela força exibida até aqui pelo prefeito e candidato à reeleição. Ao mesmo tempo em que está na privilegiada posição de principal adversário do prefeito, enfrenta a rara limitação de não ter combustível para ir além.

Não surpreende a posição dos demais candidato com direito a espaço no horário gratuito no Rádio e na TV: Fábio Câmara caminha para confirmar a derrocada completa do PDT em São Luís; Flávia Alves paga o preço de uma estreia tardia; e Franklin Douglas vê seu talento político impiedosamente tragado pela rejeição ao projeto da esquerda dura. Já Wellington do Curso, Yglésio Moises e Saulo Arcangeli, que pedem voto sem direito a espaço no Rádio e na TV, têm situações diferentes: os depois primeiros carregam o peso massacrante das suas conturbadas vidas partidárias, enquanto o terceiro é vítima do teimoso discurso de esquerda radical. Nenhum deles parece em condição de virar esse jogo.

Vale lembrar que, ao contrário dos outros institutos, que demoram no processamento dos dados colhidos junto ao eleitorado, o Quaest é uma empresa moderna, que detém instrumentos que lhe permitem processar rapidamente os dados levantados e apresentar um retrato do momento. Isso permite um exame mais próximo da realidade. E significa dizer que os adversários de Eduardo Braide devem usar esses números como referência e tentar revertê-los.

Em Tempo: A pesquisa Quaest foi encomendada pela TV Mirante, ouviu 852 eleitores entre os dias 6 e 8 de setembro, tem margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos, nível de confiança de 95% e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo MA – 08174/2024.

PONTO & CONTRAPONTO

Pesquisas controversas tensionam bastidores da corrida eleitoral em Imperatriz

Josivaldo JP e Rildo Amaral lideram,
mas Mariana Carvalho questiona pesquisa

Uma tensa guerra de informações está movimentando os bastidores e o entorno da corrida eleitoral em Imperatriz. Duas pesquisas recentes mostrariam o deputado Rildo Amaral (PP) na dianteira, seguido de perto por Josivaldo JP (PSD), indicando que os dois caminham para se enfrentar num dificílimo segundo turno.

No contraponto, a candidata Mariana Carvalho (Republicanos), que no início da campanha, embalada pela declaração de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), deu uma arrancada forte, causando a impressão de que chegaria para brigar por uma vaga no segundo turno. Também o ex-deputado Marco Aurélio (PCdoB), tracionado pelas manifestações de apoio do presidente Lula da Silva (PT), estaria estacionado na quinta posição.

Movida pela certeza de que cresceria rapidamente e chegaria logo na seara do segundo turno, a bolsonarista Mariana Carvalho decidiu contestar os números, discretamente apoiada nesse item pelo candidato lulista Marco Aurélio, que também não estaria aceitando os percentuais das pesquisas. Diante desse cenário de dúvidas e contestações, um terceiro instituto, mais precisamente o DataM, que tem credibilidade, teria iniciado um levantamento cujos números poderão confirmar, ou não, os números contestados.

Novo levantamento mostra RalpNet liderando com folga disputa em Pinheiro

André RalpNet lidera, seguindo de Batista
Segundo, Kaio Hortegal e Geraldo Jr.

Depois de duas semanas de dúvida por conta de pesquisas que mostraram uma realidade pouco crível na disputa eleitoral em Pinheiro, uma pesquisa do credenciado instituto EPO parece ter devolvido a corrida a um leito mais próximo da realidade.

De acordo com os números do EPO, se a eleição fosse agora, André da Ralpnet (Podemos) venceria com 40,5% dos votos. Atrás dele chegariam João Batista Segundo (PL) com 21,1% e Kaio Hortegal (PP) com 20,5%. Em seguida, apareceriam Geraldo Junior (União) com 3,4%, Professor Dimas (Rede) com 2,5%, Coronel Senilson (Republicanos) com 1,5%, Filho do Coqueiro (Avante) com 1,5% e Josias do Assai (DC) com 0,3%. Além disso, 3,1% votariam em branco ou nulo, enquanto 5,1% não saberiam em quem votar.

Na visão de um político que conhece o cenário de Pinheiro, André da RalpNet, que tem o apoio do PT e da senadora Ana Paula Lobato (PDT), apareceu definhando nos outros levantamentos, aparece agora numa liderança folgada, com vinte pontos percentuais à frente dos dois adversários mais próximos, João Batista Segundo e Kaio Hortegal, que tem o apoio do prefeito Luciano Genésio e do ministro André Fufuca (Esporte).

Em Tempo: A pesquisa do EPO ouviu 800 pessoas entre os dias 29 de agosto e 1º de setembro, com margem de erro de 3,44%, nível de confiança de 95% e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo MA-03653/2024.

São Luís, 10 de Setembro de 2024.