Bancada federal atuará como um xadrez em que senadores e deputados jogarão a favor e contra Flávio Dino e Jair Bolsonaro

 

Os senadores Weverton Rocha e Eliziane Gama são alinhados a Flávio Dino e farão oposição a Jair Bolsonaro, enquanto Roberto Rocha está alinhado ao prsidente eleito e faz oposiççao a Dino. Os deputados Márcio Jerry,Rubens Jr., Bira do Pindaré, Zé Carlos Araújo, Pedro Lucas e Gil Cutrim apoiam Dino e farão oposição a  Bolsonaro ; Josimar Maranhãozinho, Cléber Verde, André Fufuca, Juscelino Filho, Jr. Lourenço e Pastor Gildemeyr apoiam Flávio Dino e Jair Bolsonaro; João Marcelo, Hildo Rocha, Edilázio Jr. Marreca Filho e Eduardo Braide fazem oposição a Dino e apoiarão Bolsonaro.

Depois do impacto inicial causado pelo pronunciamento das urnas e de um período de incertezas, os senadores e deputados federais do Maranhão eleitos para o novo Congresso Nacional começam a se posicionar claramente em relação ao Governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Essa definição é politicamente importante para o governador Flávio Dino (PCdoB), que já está atuando como uma das principais vozes da Oposição ao Governo que assumirá em Janeiro, mas ao mesmo tempo determinado a manter uma relação institucional possível com o futuro presidente, cuja legitimidade reconhece. O governador precisará, eventualmente, de uma interlocução com o Governo Federal por meio da bancada federal, e por isso é determinante que conheça o grau de relação dos parlamentares com o Palácio do Planalto e com a Esplanada dos Ministérios.

O governador Flávio Dino já conta com os senadores Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PPS), eleitos em Outubro e que vão atuar na Oposição ao novo Governo, de acordo com a orientação dos seus partidos. Já o senador Roberto Rocha (PSDB) decidiu que atuará na base de apoio ao Governo Bolsonaro, por escolha pessoal, que deve ser avalizada pelo seu partido, cujos líderes maiores – como o senador Tasso Jereissati (CE), por exemplo -, já estão flertando abertamente com o futuro ocupante do Palácio do Planalto. Ao contrário de Weverton Rocha e de Eliziane Gama, que deverão atuar como aliados fiéis, Roberto Rocha vai continuar atuando como adversário ferrenho do governador Flávio Dino.

A bancada na Câmara Federal reúne posições diversas em relação ao governador Flávio Dino e ao presidente Jair Bolsonaro. Os deputados federais Márcio Jerry (PCdoB), Rubens Jr. (PCdoB), Bira do Pindaré (PSB), Zé Carlos Araújo (PT), Pedro Lucas Fernandes (PTB) e Gil Cutrim (PDT) são aliados declarados do Governo Flávio Dino e desembarcarão em Brasília como Oposição ao Governo Bolsonaro, havendo quem diga que em matérias pontuais, o petebista e o pedetista poderão votar com o Governo Bolsonaro.

Nesse complicado xadrez há um grupo de deputados que são aliados do Governo Flávio Dino, mas em Brasília darão apoio total ao Governo Bolsonaro, conforme vários deles já declararam. Nessa linha de ação estão os deputados Josimar Maranhãozinho (PR), Júnior Lourenço (PR), Cléber Verde (PRB), André Fufuca (PP), Juscelino Filho (DEM) e Pastor Gildemeyr (PMN). Todos apoiam o governador Flávio Dino, mas em Brasília serão integrantes da base de apoio ao Governo Bolsonaro. A propósito, Josimar Maranhãozinho, por exemplo, que é deputado estadual e federal eleito, divulgou ontem foto em que aparece cumprimentando o presidente Jair Bolsonaro na quarta-feira, quando governistas e oposicionistas se engalfinhavam na Assembleia Legislativa na votação do Pacote Anticrise proposto pelo governador Flávio Dino.

O xadrez da bancada federal comporta, finalmente, os deputados que representam a Oposição ao Governo Flávio Dino e deverão alinhar-se total ou parcialmente ao Governo Bolsonaro. É o caso, por exemplo, dos deputados emedebistas João Marcelo e Hildo Rocha, cuja bancada se reuniu nesta semana com o presidente eleito e decidiu apoiar pontualmente projetos que considerar positivos para o País, mas mantendo uma posição de independência, podendo votar contra projetos que avaliar negativos. Por sua vez, os deputados Aluízio Mendes (Podemos), Edilázio Jr. (PSD) e Marreca Filho (Patriotas) darão total apoio ao Governo Bolsonaro e farão Oposição dura ao Governador Flávio Dino. Finalmente, o deputado Eduardo Braide, que se manterá na linha de Oposição ao Governo Flávio Dino e deve apoiar o Governo Bolsonaro, podendo até deixar o PMN para assumir o comando do PSL no Maranhão.

Essa distribuição ainda não está inteiramente amarrada, podendo sofrer alterações expressivas à medida que o Governo Bolsonaro se instalar e começar a atuar.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

MDB articula saídas para evitar confronto na escolha do novo comando

Roberto Costa e Hildo Rocha podem disputar; João Alberto pode ter mandato esticado e Roseana pode conduzir a transição

Não será surpresa se o MDB chegar a um entendimento por uma de três opções que estão sendo postas à mesa de negociações para resolver a guerra que está sendo travada pelo seu comando, na qual uma corrente defende que a direção partidária seja entregue a uma liderança da nova geração do partido. A primeira é a escolha de um nome de consenso, o que no momento parece inviável dado o acirramento das posições. A segunda é um grande acordo por meio do qual a ex-governadora Roseana Sarney assumiria a liderança do partido para comandar uma transição sem guerra interna e cujo desfecho seria a escolha de um líder da nova geração para presidir a agremiação. A terceira é lançar mão a fórmula usada pela direção nacional e esticar o mandato presidencial do senador João Alberto por mais cinco meses, tempo em que a sua sucessão seria calmamente preparada.

Se nenhuma dessas propostas for aceita, o novo comando do MDB será escolhido na convenção que está marcada para o dia 14 deste mês. E se  a escolha não for consumada nesta data, uma nova convenção será realizada em janeiro, quando o novo comando emedebista será escolhido de qualquer maneira. Até aqui, são candidatos à presidência do MDB do Maranhão o deputado estadual reeleito Roberto Costa, que lidera o movimento para que a nova geração assuma o partido, e o deputado federal reeleito Hildo Rocha.

 

Kátia Bogea elevaria bastante o nível da campanha pela Prefeitura de São Luís

Kátia Bogea lembrada como opção para São Luís

A especulação segundo a qual a presidente do Iphan, Kátia Bogea, um dos principais responsáveis pela grande reforma urbana que está sendo realizada no complexo Praça Deodoro-Rua Grande, no coração de São Luís, aria inclinada a entrar na corrida sucessória em São Luís causou um certo frisson nos círculos mais fechados da política ludovicense. Por conta de alguns dados interessantes. Em primeiro, ela é uma técnica de alto nível, conhece São Luís na palma da mão e, pelos caminhos que vem trilhando, poderia colocar a Capital do Maranhão na condição correta de Cidade Patrimônio Mundial da Humanidade. Além disso, seria uma mulher na disputa, com a oportunidade de dar continuidade à participação das ex-prefeitas Gardênia Castelo e Conceição Andrade, que tiveram suas gestões sufocadas por poderosas pressões políticas. Sem fazer qualquer avaliação sobre o seu potencial político e eleitoral, é honesto dizer que a simples participação de Kátia Bogea no debate sobre o futuro de São Luís elevaria substancialmente o nível da campanha para o Palácio de la Ravardière.

São Luís, 07 de Dezembro de 2018.

 

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