Todos os posts de Ribarmar Correa

Disputa em Imperatriz é direta e sem a influência das máquinas do Estado e da Prefeitura

Josivaldo JP, Rildo Amaral, Nilson Takashi,
Mariana Carvalho e Marco Aurélio: disputa
aberta, sem influência de máquinas

De todas as disputas por prefeituras em curso no Maranhão, a que mira a Prefeitura de Imperatriz é a que menos influência está recebendo das administrações estadual e municipal. Ali, o governador Carlos Brandão, devido ao fato de o seu partido, o PSB, não ter candidato à sucessão do prefeito Assis Ramos (??), preferiu não se posicionar. Só o vice-governador Felipe Camarão (PT) abraçou a candidatura do ex-deputado Marco Aurélio, filiado ao PCdoB, portanto candidato da Federação Brasil Esperança (PT/PCdoB/PV) e que conta com o apoio de vozes do PSB. Já o ministro do Esporte, André Fufuca é o padrinho assumido do candidato do seu partido, o PP, deputado estadual Rildo Amaral. E a chave para reunir as forças aliadas do Governo estadual é a quase certa realização de segundo turno na Princesa do Tocantins, para cujo comando são candidatos o deputado estadual Rildo Amaral, Josivaldo JP(PSD), Mariana Carvalho(Republicanos), Nilson Takashi(Novo). A movimentação das correntes governistas é no sentido de evitar que o deputado federal Josivaldo JP, a suplente de deputada federal Mariana Carvalho ou o empresário Nilson Takashi chegue ao segundo turno muito forte.

Imperatriz é a segunda maior e mais importante cidade do Maranhão, responsável por parte expressiva da arrecadação estadual e ganhando estatura para retomar o projeto de se tornar a capital do aspirado Estado do Maranhão do Sul. Ali, as últimas eleições mostraram o crescimento das forças de direita, principalmente as de viés bolsonarista, representado nessa disputa pela candidata Mariana Carvalho, que por intermédio do presidente estadual do Republicanos, deputado federal Aluísio Mendes, criou uma ponte com o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro, que prometeu participar pessoalmente da sua campanha.

Ali, as forças governistas, que poderiam se unir formando um bloco política e eleitoralmente poderoso, decidiram se dividir, apesar dos esforços do governador Carlos Brandão para que a união fosse efetivada. De um lado ficou o deputado Rildo Amaral, apoiado pelo ministro André Fufuca; do outro está o ex-deputado estadual Marco Aurélio, apoiado pelo vice-governador Felipe Camarão por conta da escolha da militante petista Vânia do PT para vice, numa chapa da Federação Brasil esperança.

O fato de o prefeito Assis Ramos, que chega ao fim do segundo mandato no pico da impopularidade, não ter lançado um candidato, preferindo evitar mais desgastes à sua já desgastada imagem, abriu caminho para que os candidatos à sua sucessão estejam mais à vontade para pedir votos. Sem a poderosa máquina municipal se movendo em favor de um candidato, os concorrentes estão na disputa em condições de igualdade nesse aspecto. O mesmo ocorre em relação ao Governo do Estado, que está realizando obras em Imperatriz, mas sem divulga-las relacionando-as com qualquer candidato.

É evidente que essa situação poderá mudar no segundo turno, já que, conforme pesquisas recentes, Rildo Amaral e Josivaldo JP seguem polarizando a corrida, produzindo a impressão de que ninguém vencerá no primeiro e que os dois caminham para se enfrentar na segunda volta. Ambos estão atentos aos movimentos de Mariana Carvalho, que está incluindo Jair Bolsonaro na sua campanha, e os de Marco Aurélio, que na semana passada foi a Brasília com Vânia do PT e de lá retornou com imagens do presidente Lula da Silva (PT) manifestando apoio aos dois.

O fato é que a polarização de Rildo Amaral e Josivaldo JP vem perdendo consistência, dando a impressão de que a disputa para valar se dará no segundo turno, seja com eles ou com outros. E, dependendo da situação do momento, o governador Carlos Brandão poderá se posicionar. Mas a experiência e o ambiente poderão aconselha-lo a se manifestar, mas permanecendo distanciado do embate. E com disposição para receber com bons fluídos o vencedor, seja quem for.

PONTO & CONTRAPONTO

Ação de Creuzamar na campanha de Duarte Jr. faz Esmênia intensificar corrida de Braide

Esmênia Miranda e Creuzamar Pinho: candidatas
a vice com ações importantes

A entrada em cena de Creuzamar Pinho (PT) como vice do candidato Duarte Jr. (PSB), acendeu luz amarela no comando de campanha do prefeito Eduardo Braide (PSD) alertando para que a atual vice-prefeita e candidata à reeleição Esmênia Miranda (PSD) intensifique a sua participação na campanha.

A explicação é simples: Creuzamar Pinho é militante experiente do PT, com experiência em movimentos sociais e mobilização de rua. Além da sua importância como líder popular do partido, com muito serviço prestado ao PT, Creuzamar Pinho tem papel importante na aproximação de Duarte Jr. com grupos mais distantes do Movimento Negro e quilombolas, além de grupos do movimento sindical.

Creuzamar Pinho substituiu Isabelle Passinho, que renunciou ao posto de vice de Duarte Jr. por motivo de saúde. Ela representava movimentos por mais acesso a deficientes e outros segmentos carentes e não amparados pela Prefeitura de São Luís.

A vice-prefeita Esmênia Miranda, que foi oficial da PM e é professora de História na rede pública, tem também o seu viés de militante, que certamente vai colocar em prática nesse novo cenário.

Sem espaço no rádio e na TV, Wellington, Yglésio e Saulo farão campanha no corpo-a-corpo

Wellington do Curso, Yglésio Moises e Saulo
Arcangeli: fora da campanha eletrônica

A informação de que não terão espaço no horário eleitoral gratuito no rádio e na TV, que começa a partir do dia 30 de agosto tirou de tempo três candidatos à prefeitura de São Luís: Wellington do Curso (Novo), Yglésio Moises (PRTB) e Saulo Arcangeli (PSTU). Eles representam partidos que não têm representação no Congresso Nacional suficiente para assegurar-lhes direito à propaganda no rádio e na TV.

A restrição, por conta da inexpressividade das suas legendas, foi um duro golpe nas pretensões de e Wellington do Curso e de Yglésio Moises. Sem máquinas partidárias nem militância, os dois são outsiders que atuam na política apenas com a desenvoltura pessoal, que exploram nas redes sociais e teriam o horário eleitoral gratuito como seu grande suporte de campanha. Eles terão de conquistar o eleitorado com aperto de mão e tapinha nas costas.

Saulo Arcangeli “sofrerá” menos, uma vez que o seu partido, o PSTU sua maneira de atuar numa campanha eleitoral é exatamente no contato direto com a população.

São Luís, 24 de Agosto de 2024.

Com moderados e radicais na disputa, a direita está levando vantagem em São Luís

Eduardo Braide, Wellington do Curso e Yglésio
Moises representam, respectivamente, a direita
moderada, a furta-cor e a radical,
na corrida eleitoral em São Luís

O anúncio de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desembarcará em São Luís no dia 28 para participar de ato de campanha do deputado Yglésio Moises (PRTB), candidato ao Palácio de la Ravardière, confirma o cenário de que, no geral, a direita, nos seus diversos campos, está dominando a corrida pelo comando administrativo e político da Capital do Maranhão. São candidatos por diferentes vieses direitistas o prefeito Eduardo Braide (PSD), que representa a direita moderada e democrática; o deputado estadual Wellington do Curso (Novo), que vem de um nicho militar, mas se identifica com a democracia; e o deputado Yglésio Moises (PRTB), que surpreendeu meio mundo ao migrar da centro-esquerda para o ramo mais radical da direita: o bolsonarismo.

Com base na última pesquisa DataIlha, somados, os percentuais de intenção de voto para candidatos da direita totalizam mais de 55%, enquanto que a soma de preferências pelos candidatos da esquerda, nos seus mais variados vieses – Duarte Jr. (PSB), Fábio Câmara (PDT), Franklin Douglas (PSOL), Saulo Arcangeli (PSTU) e Flávia Alves (Solidariedade) – não foi além de 28%.

Universalmente, quando se fala de direita, fala-se de um espectro abrangente, que vai da direita aberta, plenamente identificada com o estado democrático de direito, que aposta na democracia liberal, como a norte-americana e as da Europa e também como a brasileira, até sua versão mais radical, conservadora, simpática a regime de força, até mesmo a ditaduras militares, como pregam os militantes do bolsonarismo.

O prefeito Eduardo Braide é a imagem acabada da direita pé no chão, democrática, ainda que conservadora em alguns itens da pauta de costumes. Para ele, o Estado não deve se envolver na economia, por exemplo, e as liberdades individuais devem ser plenas; institucionalmente, com todos os Poderes fortes o suficiente para evitar que um interfira nos outros, vivendo, portanto, em harmonia. Advogado por formação, o prefeito Eduardo Braide é um católico padrão, praticante e conservador, mas respeita a liberdade de culto. E não avaliza aventuras golpistas, considerando inaceitável o que aconteceu em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023. O prefeito de São Luís nada tem a ver com o bolsonarismo.

Por seu turno, o deputado Wellington do Curso pratica uma espécie de direita furta-cor, uma vez que demonstra inconsistência ideológica. Tanto que já esteve filiado ao PSB, o melhor exemplo da esquerda moderada. Mas a sua formação tem por base a que domina a cultura dominante no Exército brasileiro, no qual foi soldado engajado e chegou a sargento. E nessa função foi usado como uma espécie de “olheiro” da inteligência militar. Está perfeitamente à vontade no partido Novo, que é o extremo do liberalismo, mas aparentemente sem simpatia por regimes de força.

O caso mais extremo entre os candidatos de direita à Prefeitura de São Luís é o deputado Yglésio Moises. Nascido na esquerda moderada, tendo renovado o seu mandato como candidato do PSB, o parlamentar fez uma migração ostensiva e calculada para a direita, abrigando-se na ala radical, que tem o ex-presidente Jair Bolsonaro como líder máximo. Num processo espantoso, ele mudou radicalmente o seu discurso, incorporando os principais itens políticos e ideológicos do bolsonarismo – como a ideologia de gênero, por exemplo. Para o candidato do PRTB, um partido de direita periférico, o Supremo Tribunal Federal é fonte de supressão de liberdade, o 8 de Janeiro não foi mais do que uma ação de baderneiros, sem qualquer viés golpista, e como não poderia deixar de ser nesse caso, o ex-presidente Jair Bolsonaro é tão somente uma vítima de perseguição. Yglésio Moises aposta que o novo discurso faça dele líder do bolsonarismo em São Luís e no Maranhão.

A julgar pelos que têm informado as pesquisas, nesse campo a esmagadora maioria dos eleitores entrevistados está dando preferência a uma direita mais identificada com a democracia.

PONTO & CONTRAPONTO

“Vovó Franca” abre o enfrentamento verbal entre Eduardo Braide e Duarte Jr.

Eduardo Braide reagiu à provocação de Duarte Jr.
e entrou na ciranda dos confrontos de campanha

Nada de obras estruturantes, nada de cuidados com o patrimônio arquitetônico da cidade, nada de problemas no sistema municipal de educação, e menos ainda os desafios do sistema de Saúde na Capital. O assunto que motivou o primeiro embate verbal direto entre o prefeito e candidato à reeleição Eduardo Braide (PSD) e o seu oponente Duarte Jr., candidato do PSB, foi a humilde Creche-Escola “Vovó Franca”, localizada nos confins da periférica Vila Riod.

Foi anunciado que a Prefeitura contratará, por R$ 7,7 milhões, a “Vovó Franca” para organizar a festa de comemoração do aniversário de 412 anos de São Luís. Pegando como gancho a confusão em que se transformou a contratação da Creche-Escola “Jujú Cacaia”, no Maiobão, para organizar o Carnaval do ano passado, o atento candidato Duarte Jr. disparou duras críticas ao prefeito Eduardo Braide, acusando o governo dele de corrupção.

O prefeito Eduardo Braide reagiu acusando o candidato do PSB de tentar proibir a comemoração do aniversário de São Luís e de se envolver em assuntos que não são da sua alçada. Com a reação, o prefeito se afastou de novo da posição de indiferença a brado de adversário e resolveu tomar satisfação.

Claro que era tudo o que Duarte Jr. estava querendo com o ataque: tirar o prefeito da fortaleza do silêncio e colocá-lo no tabuleiro da disputa. E aproveitou para turbinar o seu discurso de ataque cobrando do prefeito explicações sobre o caso do Clio vermelho e sua carga milionária, numa jogada destinada a colocar o Eduardo Braide no chão batido da disputa.

Se isso terá algum desdobramento que seja favorável ao candidato Duarte Jr., isso não se sabe. Mas o que ficou evidenciado é que o prefeito Eduardo Braide foi por ele tirado da sua zona de segurança para entrar no embate direto entre os candidatos.

Reprimenda por uso da imagem de Jackson Lago causa incômodo a Fábio Câmara

Imagem que causou mal-estar na família de Jackson Lago

Não bastassem as enormes dificuldades para viabilizar a sua candidatura, conforme promessa feita por ele próprio à cúpula do seu partido, o candidato do PDT à Prefeitura de São Luís, Fábio Câmara, passa pelo dissabor de uma reprimenda da família do ex-governador Jackson Lago à sua iniciativa de incluir a imagem do líder brizolista em peça da sua campanha.

Há, claro, controvérsia em relação à atitude dos familiares do ex-prefeito de São Luís, e muito provavelmente nada mudará, mas isso não impede os parentes de Jackson Lago de se manifestar contrários ao uso da imagem do ex-líder pelo candidato do PDT à Prefeitura de São Luís com fins eleitoreiros. Fábio Câmara busca exatamente mostrar uma identidade que nunca teve com o ex-líder, que dominou a política ludovicense desde que se elegeu prefeito em 1988 e liderou o seu grupo por pelo menos duas décadas, até seu falecimento, depois de ter sido três vezes prefeito das Capital.

Provavelmente haverá um acordo e Fábio Câmara poderá usar a imagem de Jackson Lago, apostando que ela o ajudará a tirar a sua candidatura de uma incômoda e desgastante inércia.

São Luís, 23 de Agosto de 2024.

Edilázio Jr. perde assessoria na Petrobras, pode perder o comando do PSD e deixar a política

Edilázio Jr. deve deixar a política

A menos que haja uma reviravolta absolutamente imprevisível, o ex-deputado federal e atual suplente Edilázio Jr. (PSD) pode estar encerrando a sua antes promissora carreira política. Integrante, segundo a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, do grupo de 14 investigados (magistrados e advogados) que comporiam uma organização criminosa que armava processos fajutas, sugava milhões dos cofres do velho e bom Banco do Nordeste, e em seguida dividiam a bolada. Numa dessas operações fraudalentas, a quadrilha teria sacado R$ 14 milhões, numa ação que levou apenas 18 minutos entre a liberação do alvará e o saque em dinheiro vivo.

Por isso, Edilázio Jr. está usando tornozeleira eletrônica, perdeu o disputadíssimo cargo de assessor da Presidência da Petrobras e deve perder também a presidência do PSD no Maranhão. Ou seja, além do provável ponto final na trajetória política, o ex-deputado e agora ex-assessor da cúpula da petroleira, poderá perder o seu precioso registro na OAB e o direito de advogar, deixando de ter presença influente no mundo jurídico e judiciário do Maranhão. Isso sem contar o fato de que a sua principal âncora, a desembargadora Nelma Sarney, de quem é genro, também está fora desse contexto, e como ele, usando tornozeleira eletrônica por conta da trama criminosa contra o BNB.

Já advogado conhecido, Edilázio Jr. teve uma carreira política surpreendente. Começou em 2010, aos 31 anos, quando se elegeu deputado estadual pelo PV com 58.191 votos, sendo reeleito em 2014 com 56.239 votos. Resolveu voar mais alto em 2018 elegendo-se deputado federal, ainda pelo PV, com mais de 106 mil votos.

No primeiro mandato de deputado estadual foi influente na Assembleia Legislativa, por ser um dos porta-vozes do Governo Roseana Sarney (MDB) no qual tinha trânsito livre, poder de fogo que usou para se fortalecer politicamente. Tanto que se reelegeu sem maiores esforços. Com a eleição de Flávio Dino para o Governo do Estado, passou a ser oposição, jogando pesado contra o Governo do PCdoB. Usando a velha e surrada retórica da “Guerra Fria”, que identifica todo governo de esquerda de “comunista”, transformou o governador Flávio Dino num “Stalin” tupiniquim, comparando o Maranhão com a URSS. Sua catilinária continuou na Câmara Federal, para a qual se elegeu em 2018 com mais de 106 mil votos.

Membro da bancada federal, apoiou declaradamente o Governo Jair Bolsonaro (PL), do qual passou a ser defensor fiel durante quatro anos. Nesse período, continuou batendo forte no Governo e no governador Flávio Dino. Foi nessa época que deixou o PV e se filiou ao PSD, tornando-se o seu presidente no Maranhão, tendo sido um dos incentivadores da fracassada candidatura do ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Jr., ao Governo do Estado, em 2022. No plano nacional, abraçou a candidatura do presidente Jair Bolsonaro à reeleição, atirando chumbo grosso contra a candidatura do ex-presidente Lula da Silva (PT) à Presidência da República.

Ontem, depois de confirmada a demissão da Petrobras, circularam rumores a respeito do futuro do atual suplente de deputado federal. No que respeita ao PSD, correram rumores sobre ser pouco provável que ele seja excluído dos seus quadros. Ao mesmo tempo, deu-se como certa a sua substituição na presidência do partido. Os nomes cotados para assumir o comando do PSD no Maranhão são a senadora Eliziane Gama, o prefeito de São Luís, Eduardo Braide, que comanda o partido na capital, e o deputado federal Josivaldo JP, no momento candidato a prefeito de Imperatriz. Pode ser também que a cúpula nacional decida “pagar para ver no que vai dar a “Operação 18 Minutos”.

Mas o fato é que Edilázio Jr. dificilmente voltará à ciranda da política e às rodas influentes no Judiciário do Maranhão.

PONTO & CONTRAPONTO

Paulo Victor reúne força política e prestígio eleitoral na largada da sua corrida à reeleição

Paulo Victor entre Duarte Jr., Orleães Brandão,
Carlos Brandão, Felipe Camarão e André Fufuca

O vereador Paulo Victor (PSB), presidente da Câmara Municipal de São Luís, mostrou, na noite de terça-feira (20), porque é o nome mais destacado da política ludivicense depois do prefeito Eduardo Braide (PSD) e do deputado federal Duarte Jr. (PSB), que, de fato, estão disputando o Palácio de la Ravardière. O lançamento da sua candidatura a mais um mandato no parlamento ludovicense foi mais concorrido do que as convenções que escolheram seis dos oito candidatos a prefeito. E com um peso político fora do normal.

Paulo Victor recebeu no lançamento da sua candidatura à reeleição de vereador o candidato a prefeito do seu partido, deputado federal Duarte Jr. (PSB), o governador Carlos Brandão (PSB), o vice-governador Felipe Camarão (PT), ministro do Esporte André Fufuca e o coordenador da campanha, Marcus Brandão (MDB), além de outras personalidades da aliança partidária governista.

O vereador Paulo Victor mostrou força e causou a impressão de que será um dos candidatos mais votados na disputa por vagas na Câmara Municipal. Essa força política é o resultado de uma construção cuidadosa, por meio da qual ele colocou a Câmara Municipal no epicentro da política ludovicense, o que há muito não acontecia.

Com movimentação às vezes polêmica, ele saiu de uma posição discreta, e com uma série de ações surpreendentes elegeu-se presidente da Casa por aclamação e, a partir daí, firmou posição pessoal como adversário do prefeito Eduardo Braide, atraindo mais da metade do parlamento municipal para o seu campo político-partidário.

O governador Carlos Brandão expressou o que pensa em relação ao presidente da Câmara Municipal: “Fiz questão de estar hoje ao lado do nosso amigo. Paulo Victor, eu reconheço o teu trabalho e não tenho dúvidas que você vai ser um dos vereadores mais bem votados desta cidade”.  

PL altera bancada estadual abrindo vaga para Rosângela Vidal e Felipe Arnon

Rosângela Vidal e Felipe Arnon fazem juramento diante da presidente da Mesa Diretora do parlamento, Iracema Vale

A bancada do PL na Assembleia Legislativa sofreu ontem duas alterações temporárias. Tomaram posse por 120 dias, em sessão comandada pela presidente Iracema Vale (PSB), os suplentes Rosângela Vidal e Felipe Arnon. A primeira ocupa a vaga aberta pela deputada Fabiana Vilar, que se licenciou, e o segundo substitui a deputada Solange Almeida, que é candidata à Prefeitura de Santa Inês.

Ao tomar posse, Rosângela Vidal, uma administradora de Itinga que recebeu 13.867 votos, agradeceu a oportunidade de exercer o mandato, ainda que temporariamente: “Quero aqui agradecer primeiramente a Deus, por ter me dado essa oportunidade de representar cada maranhense e agradecer, em especial, a Josimar (de Maranhãozinho) e à Detinha, que me fizeram o convite para compor a chapa, e ao povo do Maranhão, que acreditou e que me deu a oportunidade de estar aqui hoje”.

Já Felipe Arnon, que recebeu 9.770 votos, dos quais cinco mil em São Luís, já é conhecido pelas suas posições de extrema direita, militante das fileiras bolsonaristas, defensor do slogan “Deus, pátria, família e liberdade”, o mesmo pregado pelos bolsonaristas.

No seu primeiro discurso, Felipe Arnon também agradeceu:  “É um momento de muito orgulho. Desde 2014 que lutamos no movimento de direita em defesa dos valores que acreditamos. No exercício deste mandato, pretendo honrar e defender cada um dos mais de cinco mil votos que recebi em São Luís. Esse mandato é de vocês que acreditam nos valores que defendemos”.

Os dois disseram que se sentiram acolhidos pelos agora colegas deputados.

São Luís, 22 de Agosto de 2024.

DataIlha: Braide perde pontos, mas ainda tem gás para vencer no primeiro turno

Eduardo Braide lidera, seguido por Duarte Jr.,
enquanto Wellington do Curso e Yglésio Moises
medem força e Flávia Alves, Fábio
Câmara, Franklin Douglas e Saulo Arcangeli
estão embolados com quase nada

O prefeito Eduardo Braide (PSD) permanece na ponta, disparado como favorito na corrida para renovar o mandato no comando da Prefeitura de São Luís. A nova pesquisa DataIlha, divulgada ontem, trouxe, no entanto, um forte sinal de alerta para o prefeito. De acordo com o levantamento, Eduardo Braide tem 49,5% das intenções de voto, seguido do deputado federal Duarte Jr. (PSB) com 24,5%. Na sequência, aparecem Wellington do Curso (Novo) com 3,6%, Yglésio Moises (PRTB) com 2,5%, Fábio Câmara (PDT) com 1,5%, Flávia Alves (SD) com 0,4, Saulo Arcangeli (PSTU) com 0,4% e Franklin Douglas (PSOL) com 0,1%. Na mesma pesquisa, 8,7% dos entrevistados disseram que não votarão em nenhum deles, e 8,3% não souberam ou não quiseram responder.

A pesquisa DataIlha indica que o prefeito Eduardo Braide perdeu mais de seis pontos percentuais na comparação com a pesquisa anterior, divulgada no dia 23 de julho, ou seja, há menos de um mês. A queda de 56,1% para 49,5% pode ser reflexo do caso do Clio vermelho e sua carga milionária, no qual estão envolvidos familiares e pessoas próximas ao prefeito de São Luís. Isso não significa ainda que ele esteja impedido de vencer a corrida no primeiro turno, uma vez que, pelo limite da margem de erro, que é de três pontos percentuais para mais ou para menos, o prefeito pode cair para até 47,1%, mas também pode chegar a até 53%, no caso liquidando a fatura já no primeiro turno.

A perda de seis pontos percentuais em relação à pesquisa do DataIlha de um mês atrás é fato de importância suficiente para motivar o prefeito Eduardo Braide a mobilizar os seus recursos de campanha e sair em busca de estabilizar a situação atual ou, se possível, ampliar a sua vantagem, que já é muito larga. Isso significa dizer que ele não deve permitir que o Clio vermelho e sua carga milionária se firmem como mote barulhento e decisivo da campanha já em curso. Afinal, ele próprio veio a público dizer que nada tem a ver com o caso e, ao que tudo indica, ganhou o amparo da sua base eleitoral

O deputado federal Duarte Jr., vendo o seu principal adversário perder algum fôlego, comemorou o descolamento da sua candidatura ao alcançar 24,5 % das intenções, podendo cair para 21,1% ou chegar a 27,5%, se aplicada a margem de erro. O importante agora, para ele, é aproveitar o empurrão e investir o que puder para dinamizar sua corrida. Duarte Jr. tem claro que é muito difícil reverter esse cenário atual, embalado pelo fato de ter um adversário que, além de estar no cargo, sabe jogar esse jogo como poucos. Os primeiros momentos do candidato socialista indicam que ele resolveu mesmo não se deixar impressionar pelo poder de fogo do favorito.

A pesquisa DataIlha não foi generosa com Wellington do Curso e Yglésio Moises. Ambos aparecem com menos de cinco pontos percentuais, o que significa dizer que, pelo menos até aqui, as suas candidaturas não são competitivas, uma vez que eles dificilmente terão gás suficiente para romper a polarização confirmada pelo levantamento. Assim como Wellington do Curso e Yglésio Moises, os candidatos Fábio Câmara, Saulo Arcangeli, Flávia Alves e Franklin Douglas sabem que nesse jogo não há mágica nem milagre, e que só lhes resta fazer o dever de casa e sair a campo.

Todos têm pouco mais de 40 dias para usar os recursos de campanha tentando seduzir o eleitorado.

Em Tempo: Bancada pelo próprio instituto, a pesquisa DataIlha ouviu 1 mil eleitores entre os dias 14 e 16 de agosto, tem margem de erro de três pontos percentuais, para mais ou para menos, e intervalo de confiança de 95% e está registrada a Justiça Eleitoral sob o nº MA-00225/2024.

 PONTO & CONTRAPONTO

Leões acompanham atentos o desenrolar da disputa por prefeituras da Ilha

Leões acompanham a disputa em São Luís,
São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa

O Palácio dos Leões acompanha com muita atenção a corrida eleitoral na Ilha de Upaon Açu, especialmente o desempenho dos candidatos declaradamente apoiados pelo governador Carlos Brandão (PSB).

Em São Luís, a orientação aos aliados é arregaçar as mangas e fortalecer a candidatura do deputado federal Duarte Jr. (PSB) para uma decisão em segundo turno contra o prefeito Eduardo Braide (PSD), que ameaça liquidar a fatura em turno único.

Em São José de Ribamar, a aposta palaciana é na candidatura do presidente da Câmara Municipal, vereador Dudu Diniz (PSB), que enfrenta o poder de fogo do prefeito Júlio Matos (Podemos), que até agora lidera a corrida com larga vantagem. Em São José de Ribamar, o candidato governista conta com o apoio determinado do ex-prefeito Luiz Fernando Silva e o da presidente da Assembleia Legislativa, deputada Iracema Vale (PSB).

No conturbado município de Paço do Lumiar, todas as fichas do Governo estão colocadas na candidatura do advogado Fred Campos (PSB), líder disparado nas intenções de voto, mas fortemente alvejado na semana passada na “Operação 18 Minutos”, que atingiu duramente o Poder Judiciário do Maranhão e alguns advogados. As primeiras avaliações concluíram que Fred Campos tem fôlego para seguir com a campanha e vencer a eleição.

E em Raposa, as fichas governistas foram depositadas no experiente ex-prefeito José Laci (PSB), que enfrenta ali o favoritismo consistente do prefeito Eudes Barros (PL).

Nas contas de um governista graduado, o projeto mais viável é o de Fred Campos em Paço do Lumiar.

Timon está sendo palco de uma dura disputa entre Dinair e Rafael

Rafael e Dinair Veloso disputam a
dianteira, mas com Henrique Jr. no meio

São muitas e desencontradas as informações sobre a corrida para a Prefeitura de Timon, que tem a prefeita Dinair Veloso (PDT) de um lado tentando a reeleição, o deputado Rafael (PSB) do outro, brigando para chegar lá pela primeira vez, e no centro o vereador Henrique Jr. (PL), que não lidera, mas está impedindo uma definição.

O maior problema é que ali a base do Governo se dividiu. De um lado está a prefeita apoiada pelo Grupo Leitoa, domina o município há pelo menos duas décadas, e conta com o apoio de senador Weverton Rocha (PDT), e do vice-governador Felipe Camarão (PT), que no caso segue orientação do comando nacional do PT.

Do outro lado, o deputado Rafael se movimenta com o apoio determinado do governador Carlos Brandão e de boa parte dos partidos da base governista.

E no dentro do campo da disputa está o candidato Henrique Jr. (PL), bolsonarista que entrou na corrida com o aval declarado do chefe maior do PL no Maranhão, deputado federal Josimar de Maranhãozinho.

Com números diferentes, as pesquisas mais recentes mostram um cenário confuso, que ora apontam a prefeita Dinair Veloso na liderança e ora apresentam o deputado Rafael como favorito.

São Luís, 20 de Agosto de 2024.

Duarte Jr. abre campanha disparando contra Braide, disposto a reverter cenário das pesquisas

Duarte Jr. com criança beneficiada pelos mutirões
de visão por ele promovidos em São Luís

O candidato do PSB à Prefeitura de São Luís, deputado federal Duarte Jr., iniciou ontem sua campanha usando dois ingredientes básicos e eficientes: uma caminhada pelo centro da cidade que pretende governar e uma entrevista à Rádio Mirante News FM, durante a qual disparou duras declarações destinadas a minar o poder de fogo do prefeito Eduardo Braide (PSD), que concorre à reeleição e é favorito segundo as pesquisas, sendo, portanto, o seu alvo preferencial na disputa. Segundo colocado na preferência do eleitorado, conforme todos os levantamentos divulgados até agora, Duarte Jr. deixou claro, nesses primeiros passos da corrida às urnas, que fará uma campanha com dois eixos centrais: apresentar propostas para melhorar a vida da cidade e pregar contra a atual administração.

E como não poderia ser diferente, durante a caminhada, Duarte Jr. reafirmou que seu governo será focado nas soluções dos problemas da cidade. E durante a entrevista, centrou fogo contra o prefeito Eduardo Braide, usando principalmente o episódio do Clio vermelho e sua carga milionária como munição. “O (Eduardo) Braide não tem mais legitimidade moral para ocupar essa função, porque cadeira de prefeito não é lugar para suspeito”, disparou, sinalizando o tom que vai dar ao seu discurso de campanha contra o prefeito de São Luís.

O candidato socialista, que tem o apoio de 11 partidos e o aval declarado do Palácio dos Leões, contando ainda com o apoio do comando nacional do PSB, a cúpula do PT e a simpatia, também declarada, do presidente Lula da Silva (PT), comemorou a decisão da Justiça contrária a um pedido de Eduardo Braide para que ele, Duarte Jr., retirasse das suas redes sociais declarações nas quais o candidato do PSB indaga sobre o envolvimento de familiares do prefeito no episódio do Clio vermelho. “O prefeito quer esconder, e é por isso que ele me processou, para eu não falar mais sobre o assunto, mas nós ganhamos a ação porque nós não inventamos os fatos, os fatos estão aí e ele precisa esclarecer”, declarou o principal adversário do prefeito Eduardo Braide.

Duarte Jr. deflagra sua campanha sabendo exatamente o tamanho do desafio que precisa vencer nas próximas seis semanas. Tem noção precisa de que o Eduardo Braide de agora, prefeito e candidato à reeleição, é muito mais forte do que o adversário de 2020, quando era apenas um deputado federal. Isso sem contar o fato de que, segundo as pesquisas, o prefeito de São Luís é bem avaliado, dado fundamental em qualquer análise. Não será, portanto, uma guerra fácil, ainda que se leve em conta a máxima segundo a qual eleição só se comemora depois dos votos contados e do resultado proclamado.

Duarte Jr. é um político inteligente e já experiente o suficiente para medir e pesar a sua participação numa corrida eleitoral em andamento. Ele confia na sua capacidade de seduzir o eleitorado, principalmente os mais jovens, e já tem vivência para manter de pé o seu discurso de campanha. Além disso, acredita na força eleitoral da aliança partidária que representa e, mais ainda, no apoio do governador Carlos Brandão (PSB) e do vice-governador Felipe Camarão (PT) e dos fluídos emanados de Brasília para embalar sua candidatura.

A julgar pelos movimentos iniciais da sua campanha, Duarte Jr. não pretende ser um figurante nessa corrida à Prefeitura de São Luís. O tom das suas primeiras declarações no período oficial da corrida mostra que ele está disposto a pagar para ver. Isso porque ele parece convencido mesmo de que tem um projeto para São Luís e está determinado a defendê-lo durante a campanha. E tem usado a sua descomunal força de vontade como a base da sua ainda curta, mas já rica, trajetória política.

Em resumo: o candidato do PSB iniciou sua campanha demonstrando que não está impressionado com as informações das pesquisas que mostram o favoritismo do prefeito Eduardo Braide. E vai tentar virar esse jogo.

PONTO & CONTRAPONTO

Afastamento de desembargadores submeteu colegiado do TJ a forte constrangimento

Situação de Guerreiro Jr., Nelma Sarney,
Marcelino Weverton e Luiz Gonzaga Filho
constrange o colégio de desembargadores

É de constrangimento e expectativa o clima entre os desembargadores maranhenses por causa da decisão do STJ de afastar os desembargadores Guerreiro Jr., Nelma Sarney, Marcelino Weverton e Luiz Gonzaga Filho das suas funções, proibi-los de frequentar o Palácio da Justiça – inclusive o acesso aos seus gabinetes –, manter contato com outros investigados e, principalmente, submetê-los a monitoramento, ou seja, ao uso de tornozeleira eletrônica.

Na sexta-feira, chegou ao Palácio Clóvis Bevilácqua ofício do STJ concedendo cinco dias para que o comando do Tribunal de Justiça – aí incluída a Corregedoria Geral da Justiça – informe sobre o cumprimento das medidas contra os desembargadores sob investigação. E a julgar pelo que disse a nota da direção do TJ, divulgada no final dia em que a Polícia Federal desembarcou nos gabinetes desses magistrados, as medidas serão cumpridas, até nova decisão em contrário.

Entre os desembargadores há uma certeza: nenhum dos quatro colegas deles afastados voltará a atuar no plenário, devendo seguir, direto para a aposentadoria compulsória. O mesmo destino pode estar esperando os dois juízes supostamente envolvidos na operação criminosa quer arrancou milhões de reais do Banco do Nordeste. As vagas serão preenchidas por juízes de quarta entrância até que o TJ providencie os substitutos por meio da promoção de juízes e da indicação da OAB, que agora parece destravada.

Vale lembrar que uma das maracutaias levou apenas 18 minutos para ser forjada e autorizada, com emissão de alvará, para que advogados também envolvidos sacassem alguns milhões ilegalmente turbinados, para serem rateados entre os envolvidos na trama.

Registro

Candidatura de Sílvio Santos a presidente teve Lobão como principal articulador

Sílvio Santos teve candidatura
presidencial articulada por Edison Lobão

O comunicador Sílvio Santos tentou ser candidato a presidente da República pelo Partido Municipalista Brasileiro (PMB) em 1989, quando o então governador de Alagoas, Fernando Collor (PRN), e o então deputado federal Lula da Silva (PT), entre outros nomes, se preparavam para disputar a sucessão do então presidente José Sarney (PMDB), na primeira eleição direta para o comando do país após a ditadura. Mas a Justiça Eleitoral rejeitou o registro da sua candidatura por ser ele dono de uma emissora de TV.

A candidatura de Sílvio Santos encantou muitos segmentos da direita liberal, e teve o então senador Edison Lobão (PFL) como um dos principais articuladores. Há quem diga que foi o senador maranhense quem levou a ideia ao dono do SBT. Na época ainda sessentão e no auge do sucesso como apresentador e empresário, Sílvio Santos aceitou o convite, fazendo de Edison Lobão o seu principal aliado e conselheiro, mas que por ser de outro partido preferiu não aparecer muito.

Sílvio Santos e Edison Lobão já eram amigos naquela época, havendo quem afirme que o projeto da candidatura do apresentador ao Palácio do Planalto foi do próprio senador maranhense. Edison Lobão sabia que, mesmo pouco afeito à política, simpatizava com a ideia da candidatura.

O projeto não deu certo, mas a amizade entre os dois continuou, tanto que quando Edison Lobão foi candidato a governador em 1990, Sílvio Santos vez por outra elogiava o amigo nos seus animados programas domingueiros.

São Luís, 18 de Agosto de 2024.

Braide mostra segurança, descarta relação com o Clio vermelho e reafirma que nada teme

Eduardo Braide se manteve sereno e respondeu sem titubear às perguntas sobre o Clio

Se alguém apostou que o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), se deixaria abater pela artilharia pesada contra ele disparada por causa do Clio vermelho encontrado numa rua do bairro Renascença com R$ 1,1 milhão em espécie no porta-malas, pode ter cometido um grave erro de avaliação e perdido feio. Isso ficou muito claro, ontem de manhã, durante a entrevista que ele concedeu à Rádio Mirante News FM, na condição de candidato à reeleição. O prefeito foi sabatinado sem rodeios, e quando confrontado com o caso, foi direto: “Quem tem que ter medo de polícia é bandido. Então, eu não tenho medo de polícia. Ao contrário, eu acredito na polícia e espero que ela avance nas investigações, e, em caso de qualquer ilegalidade que possa ser encontrada, que os culpados sejam punidos na forma lei, não tem nenhum problema em relação a isso daí. Quem não deve, não teme”.

Eduardo Braide manteve a mesma postura exibida no vídeo em que falou do assunto pela primeira vez, na semana passada, e reafirmou o que vem dizendo sobre o caso: nada tem a ver com o dinheiro encontrado no Clio vermelho, apoia sem reservas a investigação policial, e se algo de errado for encontrado, que o culpado ou os culpados sejam submetidos aos rigores da lei, independentemente de quem sejam. Ou seja, doa a quem doer.

Na emissora, numa conversa franca com jornalistas, Eduardo Braide foi o de sempre: seguro, racional, sem elevar a voz, sem fazer gestos histriônicos, enfim, um dirigente municipal com os pés no chão e uma personalidade política muito diferente da média. Quando perguntado sobre a declaração de um advogado afirmando que o Honda Fit que deu apoio ao motorista do Clio vermelho “era usado por toda a família”, o que naturalmente o incluiu, o prefeito reagiu com a frieza que lhe é peculiar, classificou a declaração de “mentirosa”. Mais do que isso, deixando patente que ele não fez uso de tal veículo, como insinuara o advogado na sua declaração, anunciou: “Ele vai responder a uma ação criminal, porque ele fez uma afirmação mentirosa. Que ele prove na Justiça”.

A racionalidade e o pragmatismo do prefeito de São Luís durante a entrevista ficaram mais evidenciados na resposta que deu quando lhe perguntaram sobre o seu relacionamento com o governador Carlos Brandão (PSB): “O meu relacionamento com o governador sempre foi institucional. Eu sempre busquei ter harmonia. As vezes que tive necessidade de conversar com o governador, peguei o telefone, liguei para ele para tratar de algum assunto institucional. Da mesma forma, quando ele quis conversar comigo em relação a algum assunto institucional, ele pegou o telefone e me ligou. Cheguei a fazer visita a ele lá no Palácio dos Leões, como foi amplamente divulgado”.

E no que diz respeito a essa relação no campo político, o que muitos veriam como um problema, um foco de crises, o prefeito Eduardo Braide minimiza e transforma numa equação simples: “Nós temos um fato: um candidato, que é o candidato da oposição, é do partido do governador, é apoiado pelo governador. Então, o governador do Estado tem um candidato a prefeito, que é do partido dele, que não sou eu. Então, é natural isso, é da democracia, ele tem todo o direito de escolher o candidato que ele quer apoiar. O que não pode acontecer, e não aconteceu até hoje, é a falta de relação institucional”.

A objetividade do prefeito Eduardo Braide foi claramente evidenciada quando tratou de um dos temas mais sensíveis do seu mandato: a tensa e praticamente inexistente relação com a Câmara Municipal, tendo a maioria dos 31 vereadores como adversários, enfrentando ali uma CPI para investigar contratos de emergência, a começar pelo presidente da Casa, vereador Paulo Victor (PSB). Na sua lógica política, antes de se relacionar com vereadores, o prefeito “deve se relacionar com o povo”. E arrematou: “Determinados vereadores querem agir politicamente. E aí, eu acho que, nesse momento, não dá para aceitar determinadas posições”.

E também nesse caso reduziu o tamanho do problema, afirmando que apesar dos tremores que acontecem à sua volta, ele tem conseguido governar, detendo o controle da situação, uma vez que conhece os adversários e as dificuldades, e sabe do seu potencial para se reeleger. Tanto que já assumiu um compromisso: se reeleito for, cumprirá o mandato integralmente, ou seja, ficará no cargo até o dia 31 de dezembro de 2028, descartando rumores segundo os quais, nesse caso, renunciaria em 2026 para disputar o Governo do Estado.

PONTO & CONTRAOONTO

Supremo ignora pressão dos chefes do Congresso e dá respaldo à decisão de Dino sobre “Emendas PIX”

Flávio Dino tem decisão sobre
“Emendas PIX” respaldada pelo STF

De nada adiantou a tentativa dos chefes das duas Casas do Congresso Nacional, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL) de, pressionados pelas forças que se mobilizaram, agiram para convencer o Supremo Tribunal Federal (STF) a derrubar a decisão do ministro Flávio Dino de suspender a liberação de recursos para as chamadas “Emendas PIX”. Ontem, o plenário virtual da Corte formou maioria conformando a liminar do ministro, mantendo assim a suspensão das “Emendas PIX”.

Como se sabe, essas emendas são enviadas diretamente pelo deputado federal ou pelo senador para a prefeitura que ele desejar, sem a necessidade de um projeto nem de informar o destino e menos ainda de informar no que o dinheiro será gasto.Além de suspender o pagamento, que significa “segurar” a liberação de cerca de R$ 18,5 bilhões (o equivalente a 70% do Orçamento do Maranhão para 2024), o ministro Flávio Dino havia determinado que as “Emendas PIX” já pagas sejam auditadas, salvo aquelas que bancam obras já em andamento, com identificação, e as que estejam sendo usadas em situações como as enchentes no Rio Grande do Sul.

As decisões do ministro Flávio Dino mexeram com as bancadas, que por sua vez partiram para o contra-ataque. Ontem, os chefes do Congresso Nacional pediram que o presidente do STF, ministro Luiz Roberto Barroso, suspendesse, mas o ministro Flávio Dino já havia requerido que a suspensão ou não da sua medida seja decidida pelo plenário virtual do Supremo, que sem perdas de tempo formou maioria para respaldar a sua decisão.

No plano geral, chama a atenção o fato de que, mesmo fazendo zoada e ameaças, líderes do Senado e da Câmara Federal finalmente entenderam que as “Emendas PIX” são uma excrescência e já trabalham no sentido de modificá-las, dando-lhe alguma transparência, e também avaliam a possibilidade de extinguir tal fórmula, que dificilmente continuará existindo depois da decisão do ministro Flávio Dino.

Ana Paula não aprova anistia para dívidas partidárias aprovada por Weverton e Camacho

Ana Paula votou contra projeto polêmico avalizado
por Weverton Rocha e Bene Camacho

Dois dos três senadores maranhenses, Weverton Rocha (PDT) e Bene Camacho (PSD) votaram a favor da Emenda Constitucional da Anistia, que garante perdão total às dívidas dos partidos acumuladas nos últimos cinco anos e que não cumpriram as cotas para negros nas campanhas eleitorais recentes. A senadora Ana Paula Lobato (PDT) votou contra, por considerar o perdão uma medida ilegal.

Com a aprovação da PEC, os partidos serão perdoados das suas dívidas, irregularidades e até desvios criminosos no período de 2018 a 2023. Isso significa que o Congresso Nacional vai mandar para o arquivo morto nada menos que R$ 23 bilhões em pendências acumuladas pelos partidos, valor que, segundo algumas entidades ligadas a transparência, pode ser muito maior.

Os senadores Weverton Rocha e Bene Camacho votaram favoráveis à anistia “ampla e irrestrita” das maracutaias feitas pelos partidos com os bilhões do Fundo Partidário e do Fundo Eleitoral. Weverton Rocha atuou como um dos chefes nacionais do PDT, e também como presidente do partido no Maranhão. Bene Camacho certamente acatou a pressão do chefão nacional do PSD, Gilberto Kassab, que defendeu a PEC da Anistia desde a sua apresentação.

A senadora Ana Paula Lobato atuou na contramão do seu partido, o PDT, posicionando-se contrária à anistia que manda para o arquivo morto as tramoias financeiras feitas pelos partidos nos últimos anos.

São Luís, 16 de Agosto de 2024.

Duro golpe na Justiça: PF investiga desembargadores e juízes por suspeita de corrupção

O Palácio Clóvis Bevilácqua, os desembargadores
Guerreiro Jr., Nelma Sarney, Marcelino Weverton
e Luiz Gonzaga Filho, e o trabalho dos agentes
federais em gabinetes do TJ e em
escritórios de advocacia

O imponente Palácio Clóvis Bevilácqua, sede do Poder Judiciário do Maranhão, teve ontem sua história duramente maculada. Seus corredores e alguns dos gabinetes mais importantes foram ocupados por agentes da Polícia Federal, os quais, cumprindo mandados de busca e apreensão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça, procuraram provas para desmontar uma organização criminosa que, segundo as ordens, praticava corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, fraudes processuais e outros crimes. A ação, batizada “Operação 18 Minutos”, se referiu a uma suposta armação para o inchamento e saque ilegal de honorários milionários em processo fraudalento envolvendo o Banco do Nordeste. Em nota, o BNB denunciou outras armações criminosas da organização formada por magistrados e advogados, e que esse e outros casos foram denunciados nas três esferas do Ministério Público.   

A PF não divulgou nomes, mas a suposta trama corrupta envolveria os desembargadores Guerreiro Jr., Nelma Sarney, Luiz Gonzaga de Almeida Filho e Marcelino Weverton; os juízes Cristiano Simas, Alice Rocha e Gustavo Villas Boas; e os advogados Fred Campos e Edilázio Jr.. Ao todo, são mais de 30 investigados na operação, que também levou a Polícia Federal aos escritórios de vários outros advogados. É esse o cenário em que o Poder Judiciário maranhense foi inserido ontem, conforme o conteúdo dos mandados e a ação dos agentes da Polícia Federal no Palácio Clóvis Bevilácqua, onde trabalham os desembargadores, e no Fórum da Capital, onde atuam os juízes citados.

A movimentação ostensiva dos agentes federais nos dois complexos, que deveriam ser “templos sagrados da Justiça”, criou uma situação de tensão e nervosismo, principalmente nos servidores e chamou a atenção de cidadãos que ali buscavam soluções para suas pendências judiciais. O clima atingiu fortemente os desembargadores, aumentando a tensão no colegiado, que já vinha ocorrendo desde que o CNJ determinou, há alguns meses, o afastamento dos desembargadores Guerreiro Jr., investigado por suspeita de desvio na construção do Fórum de Imperatriz, e Nelma Sarney, por favorecimento a um assessor em concurso para titular de cartório.  

Por meio de uma nota pouco esclarecedora, na qual informa que, “com fundamento nos princípios da transparência e da governança, o TJMA atende à determinação do STJ”, o suficiente para mostrar a gravidade do caso, o comando do Tribunal de Justiça admitiu a “Operação 18 Minutos” e o envolvimento de magistrados (desembargadores e juízes), afirmando que está colaborando com as investigações. E avisou que cumprirá as decisões do STJ, ou seja: afastará os desembargadores e juízes alvos dos mandados, que ganharão tornezeleiras eletrônicas e estão proibidos de frequentar qualquer espaço do Poder Judiciário e de se aproximar de outros investigados. O afastamento só atingirá o desembargador Luiz Gonzaga Almeida Filho, já que Guerreiro Jr. e Nelma Sarney já estão afastados e Marcelino Weverton já está gozando confortável aposentadoria. Esses magistrados, assim como os advogados, terão também seus bens tornados indisponíveis até a conclusão do processo.  

A verdade indiscutível é que o Poder Judiciário do Maranhão sofreu ontem mais um duro golpe moral e ético, que causou forte constrangimento em magistrados e servidores do Tribunal de Justiça e do Fórum Desembargador Sarney Costa, principalmente os que foram obrigados, por dever de ofício, a acompanhar a devassa que os agentes federais realizaram nos gabinetes de desembargadores e juízes. A bordoada ganhou mais força ao longo do dia, quando a instituição foi levada às manchetes dos principais telejornais do País, que pouparam nomes, mas exibiram imagens chocantes de joias, relógios de luxo e muito dinheiro em diferentes moedas, incluindo dólar e euro. Foi espantosa a ação dos agentes federais em escritórios e residências de advogados, onde encontraram a dinheirama e os muitos kits de joias.

O problema é que o que aconteceu ontem no Palácio Clóvis Bevilácqua e no Fórum Desembargador Sarney Costa está relacionado a apenas um processo, sendo que o Banco do Nordeste revelou, em nota, que há vários outros, bem parecidos, em andamento. E não será surpresa se o STJ usar de novo a mão pesada da lei para determinar novas operações “18 Minutos” em gabinetes de desembargadores e juízes, arrastando a Justiça maranhense para mais perto do fundo do poço.

Em Tempo: Vale anotar que a Polícia Federal cumpriu mandados da mesma natureza no Pará e no Rio de Janeiro.

PONTO & CONTRAPONTO

Fred Campos e Edilázio Jr. levam a investigação no Judiciário para a política

Fred Campos e Edilázio Jr. levam a
“Operação 18 Minutos”
para o cenário político

Como uma espécie de sina, a ação da Polícia Federal, ontem, na sede do Poder Judiciário e no Fórum de São Luís investigando o suposto envolvimento de desembargadores e juízes em esquemas de corrupção, pegou a política de “raspão”, com a presença dos advogados Fred Campos e Edilázio Jr. na lista dos suspeitos.

A pancada mais forte foi certamente recebida por Fred Campos, que além de advogado e empresário, é militante político e nesse momento é candidato favorito à Prefeitura de Paço do Lumiar, um dos dez mais importantes municípios do Maranhão. Candidato pelo PSB e prometendo “passar o rodo” nos esquemas de corrupção que têm derrubado seguidos prefeitos, entre eles Paula Azevedo (PCdoB), cassada pela Câmara Municipal na semana passada, Fred Campos pode se tornar agora alvo fácil dos seus concorrentes, o empresário Francisco Neto (Novo) e o médico Felipe Gonçalo (Mobiliza), que viram a ação da PF como um “presente”. Ele, que descende de uma rica família caxiense, apresentou à Justiça Eleitoral uma relação de bens no valor de R$ 27 milhões, parte deles aplicações financeiras. Seus marqueteiros podem preparar as respostas e explicações, porque a cobrança virá durante a campanha.

Em Tempo: A Coluna reafirma o conteúdo da nota da edição do dia 13/08, em que informa sobre a origem de parte dos bens do candidato Fred Campos, mas sem conhecimento das suas atividades como advogado e empresário.  

O advogado Edilázio Jr. tem situação bem complicada nesse contexto. Genro da desembargadora afastada Nelma Sarney, ele é ex-deputado federal e preside o braço maranhense do PSD. Para começar, o PSD é o partido do prefeito Eduardo Braide, que enfrenta os fortes respingos do caso do Clio vermelho que apareceu abandonado com R$ 1,1 milhão em dinheiro vivo no porta-malas. Além disso, o parentesco com a desembargadora Nelma Sarney leva o problema para o seio da família Sarney, que na verdade nada tem a ver com o peixe. E, finalmente, muito o provavelmente o agora ex-deputado, que vinha se preparando discretamente para tentar voltar à Câmara Federa em 2026, pode enfrentar problemas sérios na sua base de apoio.

Flávio Dino enquadra “emendas PIX” e enfrenta reações no Congresso

Flávio Dino: enquadrando
as “emendas PIX”

A decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, de passar um pente fino na lisura das chamadas “emendas PIX”, dirigidas por deputados federais e senadores a prefeituras, sem informação sobre destinação ou projetos para o uso dos recursos.

Com base no princípio constitucional da transparência, que rege a aplicação de recursos no serviço público nos níveis federal, estadual e municipal, o ministro vê traços de inconstitucionalidade nessa estranha e muito suspeita forma de repasse por meio das chamadas “emendas impositivas”, que o Governo é obrigado a cumprir, sem questionar a destinação. Para ele, isso é “arbitrariedade”, e o Estado brasileiro não comporta tal procedimento.

Pela sua decisão, que atendeu a uma reclamação do PSOL e já está valendo, mas ainda passará pelo crivo do plenário do Supremo, só não serão auditadas as emendas que bancam obras já em andamento ou as que se referem a calamidades, como as enchentes do Rio Grande do Sul, por exemplo.

Com a decisão, o ministro Flávio Dino comprou uma baita, boa e justa briga com o Congresso Nacional, especialmente a Câmara Federal, por onde já passou e cujos meandros conhece bem. Mas ninguém se iluda imaginando que ele venha a ceder a pressões do presidente Arthur Lira (PP) e sua turma. Quem o conhece sabe que ele não se sobra a ameaças.

Vale aguardar os desdobramentos dessa medição de força, muito saudável para o País.

São Luís, 15 de Agosto de 2024.

Roberto Costa: favoritismo é gás para fazer campanha intensa em Bacabal

Roberto Costa: ação política integral e
campanha intensa em Bacabal

O deputado estadual Roberto Costa (MDB) tomou uma decisão politicamente forte: mesmo estando na liderança isolada na corrida à Prefeitura de Bacabal, segundo pesquisas, ele vai fazer uma campanha intensa, pedindo votos na cidade e no interior como se fosse marinheiro de primeira viagem. Nada de se deixar embriagar pelo favoritismo, ao contrário, sua disposição é consolidar e, se possível, ampliar a margem de intenções de voto, que já chega a mais de seis dígitos. O emedebista avisa que vai se movimentar no sentido demonstrar que tem, de fato, um compromisso com a população de Bacabal e que espera que os bacabalenses percebam isso com clareza durante a campanha.

Roberto Costa não é neófito em guerras eleitorais, suas eleições sempre foram buscadas quase no corpo-a-corpo, olhando nos olhos dos seus eleitores. Sempre enfrentou adversários difíceis, duros, e por isso tem uma noção exata do que é brigar por uma cadeira na Assembleia Legislativa, por uma Prefeitura como a de São Luís – foi candidato a vice-prefeito da Capital duas décadas atrás – e, principalmente, para chegar ao comando político e administrativo de Bacabal, um município que é polo regional e que, por isso, concentra forças políticas de peso. Não é sem razão que Bacabal tem hoje três deputados estaduais, o próprio Roberto Costa, Florêncio Neto (PSB) e Davi Brandão (PSB). Sua experiência na disputa de 2016 contra o experiente e implacável Zé Vieira (PR) lhe deu as lições que precisava para construir o projeto político e eleitoral consistente, que pode leva-lo agora ao comando municipal.

Diferentemente de outros políticos da sua geração, Roberto Costa é militante integral, dedicando todo o seu tempo a costurar acordos político-partidários, desarmar crises e atuar para o fortalecimento do seu partido, o MDB. Tanto que ele é referência como articulador na Assembleia Legislativa, atuando como aliado forte da presidente Iracema Vale (PSB), como fez nas gestões dos presidentes Humberto Coutinho (PDT) e Othelino Neto (PCdoB). Na sua intensa ação política, ele tem sido um importante aliado do prefeito de Bacabal, Edvan Brandão, atuando para resolver problemas e buscar recursos para o município.

Inspirado no padrão de atuação do ex-senador João Alberto (MDB), com quem aprendeu que política não tem meio termo e que parte do sucesso de um político está na intensidade com que atua e no respeito ao compromisso que assume, o deputado Roberto Costa vem colocando seu aprendizado em Bacabal, onde se tornou conhecido pelo cumprimento dos compromissos e dos acordos que firma. E no que diz respeito à corrida pelo voto, não esquece do que aprendeu como militante no Movimento Estudantil. Essa experiência explica o fato de estar no exercício do quarto mandato de deputado estadual e, nesse momento, como candidato favorito à Prefeitura de Bacabal.

Adepto da lógica segundo a qual eleição só se ganha ou se perde após a contagem dos votos, o deputado Roberto Costa encara a corrida à Prefeitura de Bacabal por esse viés. É claro que as pesquisas que o apontam com larga vantagem o animam e lhe dão gás para seguir em frente, mas sem direito a descanso nem à fanfarra do “já ganhou”. Ele sabe que, mesmo com a vantagem que as pesquisas lhe dão, não há espaço hesitação nem para erros. Daí a sua preocupação com uma campanha bem planejada, como deverá ser sua gestão se eleito for.

É movido por esses princípios e por essas regras próprias que o emedebista está decidido a fazer uma campanha plena, propositiva e percorrendo todo o território bacabalense.

PONTO & CONTRAPONTO  

André Fufuca e Juscelino Filho devem evitar confrontos durante a campanha

André Fufuca e Juscelino Filho: sem
confrontos durante a campanha

O pedido do presidente Lula da Silva (PT) para que seus ministros evitem confrontos em torno de candidatos a prefeito durante a campanha eleitoral. Com um ministério partidariamente heterogêneo, o chefe da Nação sabe que haverá situações em que dois ou mais ministros seus entrem em rota de colisão em muitos municípios, e por isso quer evitar que esse tipo de situação respingue na imagem do Governo.

No Maranhão são dois casos óbvios, os ministros do Esporte André Fufuca e das Comunicações Juscelino Filho. O primeiro comanda o PP no estado, estando, portanto, diretamente envolvido com a campanha de um grande número de candidatos, em grandes, médios e pequenos municípios. É o mesmo caso de Juscelino Filho, que tem parte do controle do União Brasil no estado, participando da campanha de muitos candidatos nos três níveis.

Até aqui, não há registro de casos se tensão entre os dois ministros por causa de candidatos que apoiam. André Fufuca e Juscelino Filhos têm maturidade e experiências políticas para saber até onde podem ir na corrida às prefeituras. E sabem também até onde podem chegar para evitar conflitos que gerem algum tipo de mal-estar em Brasília.

Liderança como faltoso e suposta agressão à mulher complicam a vida de Júnior Lourenço

Imagem rara: Júnior Lourenço
na tribuna da Câmara Federal

Não está fácil a vida do deputado federal Júnior Lourenço (PL). Primeiro ele apareceu na cabeça da lista dos mais faltosos da Câmara Federal, sofrendo nada menos do que R$ 68 mil de descontos no seu contracheque. Depois, foi acusado de agredir a mulher, em plena lua de mel, conforme Boletim de Ocorrência registrado por ela própria em denúncia à Polícia.

Um dos parlamentares que integram o grupo comandado pelo deputado federal Josimar de Maranhãozinho, chefe maior do PL no Maranhão, Júnior Lourenço quase nunca ocupa a tribuna da Câmara e não atua como legislador, limitando sua atividade parlamentar ao uso de emendas e a participar de votações quando tem interesse na matéria.

O seu aparecimento como cabeça da lista de faltosos não surpreende, uma vez que ele já figura nessa relação desde o seu primeiro mandato. O dado diferenciado é que agora ele foi identificado como o mais faltoso de todos os 513 deputados federais, com desconto salarial (R$ 68 mil) bem maior do que o seu salário mensal, que é de R$ 46 mil, fora os penduricalhos. Mas, pelo que parece, isso para ele não faz a menor diferença.

Já o caso de suposta violência contra a mulher, Júnior Lourenço teve sua situação aliviada com o recuo da esposa horas depois de registrar o BO denunciando a suposta agressão.

São Luís, 14 de Agosto de 2024.

Pesquisa (feita antes da repercussão do Clio vermelho) aponta Braide reeleito no 1º turno

Eduardo Braide continua disparado, Duarte Jr. é
segundo e Wellington do Curso e Yglésio Moises surpreendem disputando o terceiro lugar

Se a eleição para a Prefeitura de São Luís fosse realizada agora, o prefeito Eduardo Braide (PSD) poderia renovar o mandato já no primeiro turno ou seguir para um segundo turno com o deputado federal Duarte Jr. (PSB), confirmando a polarização desenhada desde as primeiras pesquisas, feitas ainda no ano passado. De acordo com o levantamento feito pelo Instituto Qualitativa, Eduardo Braide teria 50,2% dos votos contra 21,4%, uma vantagem avassaladora: 29,2%. A pesquisa apurou que o deputado Wellington do Curso (Novo) teria 10,3%, seguido do deputado Yglésio Moises (PRTB) com 8,2%, Fábio Câmara (PDT) com 1,4%, Franklin Douglas (PSOL/Rede) com 1%, Flávia Alves (Solidariedade) com 0,9% e Saulo Arcangeli (PSTU) com 0,7%. Indecisos seriam 4,1% e os que votariam em branco ou anulariam o voto seriam 1,8%.

Tudo certo, nada a discutir em relação a esses percentuais. Ocorre, porém, que Instituto Qualitativa fez sua investigação para medir a corrida sucessória em São Luís no período de 28 a 31 de julho. No dia 30 de julho a Polícia encontrou o tal Clio vermelho com 1,1 milhão no porta malas, causando um vendaval no meio político e no entorno do prefeito Eduardo Braide. Ou seja, se a pesquisa foi iniciada no dia 28, é válido supor que no explosivo dia 30 de julho a maioria das entrevistas já estava feita, e que as realizadas naquele dia e no dia 31 provavelmente não captaram a repercussão do caso.

Seria um ato de má fé afirmar que, se realizada uma semana depois, a pesquisa encontraria alguma alteração negativa na posição prefeito Eduardo Braide, que na pesquisa anterior, do Instituto Prever, também apareceu com mais de 50% das intenções de voto, com chance real de renovar o mandato já no dia 6 de outubro. Por outro lado, as mesmas condicionantes éticas permitem afirmar que não seria surpresa se o levantamento sendo feito alguns dias depois da opereta milionária afetaria, ainda que de “raspão”, a posição do prefeito Eduardo Braide, mesmo sem comprometer o seu favoritismo. Isso porque, por conta das relações familiares e das ilações feitas por alguns, o caso bateu às portas do Palácio de la Ravardière, de onde o prefeito reagiu, repudiou a trapalhada, garantiu nada ter a ver com aquilo e pediu à polícia que investigue tudo e leve os responsáveis às barras da Justiça, se crime houver, “doa a quem doer”.

Voltando aos números encontrados pelo Instituto Qualitativa, eles mostram que o candidato Duarte Jr. parece estacionado no patamar um pouco acima dos 20%, não mostrando poder de reação, se levada em conta a sua posição na pesquisa do Prever, mesmo com o poder de fogo político e partidário que a sua candidatura vem exibindo. O candidato socialista tem condições plenas de fazer uma campanha mais movimentada e audaciosa, como, aliás, tem sido a sua própria trajetória política. Esse gás pode chegar com Creuzamar Pinho como candidata a vice, que tem força para mobilizar a militância do PT em torno da chapa liderada pelo parlamentar socialista.

Num outro espaço do tabuleiro, a pesquisa Qualitativa encontrou o deputado Wellington do Curso na casa dos dois dígitos, com 10,3%, o mais alto patamar que alcançou em todas as pesquisas feitas até aqui. E se aplicada a margem de erro no seu limite de 3,25%, ele pode cair para até 7%, mas também pode chegar a mais de 13%, que o tornaria competitivo em relação a Duarte Jr.. Na mesma levada, o deputado Yglésio Moises aparece com 8,2%, sendo que, se aplicada a margem de erro nos seus limites, ele pode chegar a 11 pontos percentuais ou desabar para 5%. Se os números da pesquisa Qualitativa estiverem certos, Wellington do Curso e Yglésio Moises entraram em rota de crescimento, o que pode atear fogo na campanha.

Os demais candidatos não sinalizam no sentido de que poderão reagir. Isso poderá ou não ser confirmado em novas pesquisas, que poderão revelar, por exemplo, o impacto do Clio vermelho – se é que houve algum – na candidatura do prefeito Eduardo Braide à reeleição.

Em Tempo: A pesquisa do Instituto Qualitativa foi contratada pelo Blog do Diego Emir, ouviu 900 eleitores entre os dias 28 e 31 de julho, tem margem de erro de 3,27 pontos percentuais, para mais ou para menos, intervalo de confiança de 95% e está registrada na Justiça Eleitoral sob protocolo MA-08009/2024.

PONTO & CONTRAPONTO

Patrimônio de Fred Campos surpreende, mas sua base é sólida

Fred Campos: patrimônio tem base sólida

Chamou a atenção o poder de fogo financeiro de três candidatos a prefeito de Paço do Lumiar. O candidato Fred Campos (PSB), líder disparado nas pesquisas, declaro à Justiça à Justiça Eleitoral uma relação patrimonial com valor total de R$ 27,4 milhões. Atrás dele, o candidato do Novo, empresário Francisco Neto, registrou patrimônio no valor de R$ 2,8 milhões, e o médico Felipe Gonçalo (Mobiliza) informou patrimônio no valor de R$ 1 milhão.

Natural a surpresa de muitos com a declaração patrimonial que Fred Campos apresentou à Justiça Eleitoral, explicando que o valor global é formado por prédios, terrenos, participação em empresas, aplicações financeiras, veículos, etc.

Tal volume de recursos, segundo fonte a ele ligada, é o resultado de uma base familiar ampla e financeiramente sólida e muito trabalho como empresário da construção civil e do ramo imobiliário.

Vale registrar que Fred Campos já nasceu rico. Filho do engenheiro Alderico Silva Neto (o primeiro maranhense a se formar no quase inacessível Instituto de Tecnologia da Aeronáutica – ITA), Fred Campo é bisneto do empresário caxiense Alderico Silva e Dinir Silva, irmã do senador Alexandre Costa. Alderico Silva, o “Seu Dá”, foi um empresário empreendedor que liderou o comércio, os serviços e a indústria de Caxias durante décadas na segunda metade do século passado, tornando-se um dos homens mais ricos do Maranhão. Uma parte dos seus bens veio, portanto, é desdobramento de herança, enquanto outra parte é o resultado da sua ação como empresário.

A Coluna não vai entrar em discussões sobre a ação empresarial de Fred Campos, mas conhece sua origem familiar o suficiente para afirmar que o seu patrimônio tem raízes sólidas.

Marco Aurélio recebe apoio de Lula na corrida pela prefeitura de Imperatriz

Lula da Silva declara apoio a Vânia do PT
e Marco Aurélio na corrida em Imperatriz

Quarto colocado na corrida pela Prefeitura de Imperatriz, o professor, empresário e ex-deputado estadual Marco Aurélio (Federação Brasil Esperança – PCdoB/PT/PV), acompanhado da sua vice, Vânia do PT, foi a Brasília em busca de um apoio mais efetivo do comando petista e foi recebido pelo presidente Lula da Silva (PT).

Além da promessa de apoio firme do PT, Marco Aurélio conseguiu um trunfo para exibir na campanha: imagens com o presidente Lula demonstrando apoio entusiasmado à sua candidatura. O presidente também teria gravado mensagem aos eleitores imperatrizenses recomendando o voto no candidato da Federação Brasil Esperança.

A manifestação de apoio do presidente se dá numa situação curiosa. Marco Aurélio está atrás de Mariana Carvalho (Republicanos) que, levada pelo deputado federal Aluísio Mendes (Republicanos), que é bolsonarista de carteirinha, conseguiu imagens e declarações efusivas de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro à sua candidatura, prometendo inclusive passar por Imperatriz durante a campanha.

A manifestação de Jair Bolsonaro, que é forte em Imperatriz, frustrou parte do eleitorado do deputado Josivaldo JP (PSD), que acreditava poder contar com o apoio do ex-presidente, já que é também apontado na região como bolsonarista roxo.

O fato é que Marco Aurélio e Vânia do PT regressaram a Imperatriz certos de que as imagens com o presidente Lula da Silva podem mudar o curso da campanha da chapa da Federação Brasil Esperança.

Vale lembrar que a corrida em Imperatriz está sendo disputada palmo a palmo por Josivaldo JP e pelo deputado estadual Rildo Amaral (PP), que tem como padrinho o ministro do Esporte André Fufuca.

São Luís, 13 de Agosto de 2024.

Criação de ZPE livra Bacabeira do fantasma da refinaria que não veio

Lula da Silva entrega decreto da ZPE a
Eliziane Gama e livra Bacabeira do
trauma causado pela refinaria
prometida e não construída

A notícia foi impactante e os números nela contidos são muito animadores. O objeto de tanto otimismo é o Decreto nº 12.131, assinado no dia 7 deste mês pelo presidente Lula da Silva (PT), que transforma 2.098,83 hectares, no município de Bacabeira, nos limites com os municípios de Rosário e Santa Rita, no espaço onde será implantada, sem perda de tempo, na Zona de Processamento e Exportação do Maranhão (ZPE). De acordo com o ex-governador José Reinaldo Tavares, secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico e Programas Estratégicos, articulador do projeto com o apoio total do governador Carlos Brandão (PSB), a ZPE maranhense deve gerar 30 mil empregos e movimentar R$ 15 bilhões em cinco anos. A boa nova do presidente Lula da Silva resultou, entre outros fatores, da intensa ação da senadora Eliziane Gama (PSD), a quem o chefe da Nação entregou o decreto, já publicado no Diário Oficial da União, o que torna a ZPE um fato em processo de consumação.

A chegada da ZPE livra Bacabeira do trauma causado pela sufocante frustração que tomou conta do município e da região com o fracasso retumbante do projeto da Refinaria Prêmio III, da Petrobras, anunciado em janeiro de 2010, exatamente pelo presidente Lula da Silva, no seu segundo mandato, que tinha o senador Edison Lobão como ministro de Minas e Energia e quando se preparava para lançar a então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), para sucedê-lo, numa parceria com a então governadora Roseana Sarney (MDB), que caminhava para disputar o quarto mandato. O complexo petrolífero, que produziria óleos finos e seria o maior da América Latina, foi lançado à época em Bacabeira, em meio à poeira das máquinas que já preparavam a gigantesca área, numa operação que consumiu mais de R$ 1 bilhão e para nada serviu. Bacabeira se transformou numa espécie de eldorado, recebeu investimentos em infraestrutura e foi atacada por uma furiosa onda de especulação imobiliária. Já nos primeiros momentos do seu governo, a presidente Dilma Rousseff avisou que não haveria refinaria, com avassaladoras consequências para Bacabeira.

Tudo indica agora que Bacabeira, que é o portal de entrada para o Munim e o litoral Nordeste, incluindo os Lençóis Maranhenses, pode voltar a ser a “terra prometida”, mais modesta, mas com efetividade. Isso porque, ao contrário da Refinaria Prêmio III, que dependia exclusivamente da Petrobrás, a ZPE é uma zona que comporta todo tipo de produção industrial para exportação, com vantagens tributárias e fiscais especiais, o que torna seus produtos competitivos no mercado planetário. Na área delimitada poderão se instalar indústrias as mais diversas, como de produtos eletrônicos, confecções e outros bens de uso massivo, mas tudo destinado à exportação. E com a vantagem adicional de ter um complexo portuário de primeira linha no seu quintal, o que pode tornar seus produtos bem mais competitivos.

A ZPE do Maranhão foi primeiro imaginada pelo então presidente José Sarney, em 88, quando fez uma visita à China e ficou empolgado com o que viu em Xangai, a primeira bolha capitalista do sistema comunista chinês. Tentou viabilizar uma no Maranhão, mas a grita da turma da Zona Franca de Manaus foi tão grande que ele arquivou o projeto. Vários governadores, entre ele a própria Roseana Sarney, também tentaram, mas em vão. Enquanto senador, Roberto Rocha investiu num projeto seu, que ficou engatado nas comissões do Senado da República. José Reinaldo Tavares alimentou o sonho e fez o que pôde para viabilizá-lo. Com prestígio em alta com o presidente Lula da Silva, a senadora Eliziane Gama comprou a briga e teve grande peso na decisão do presidente de editar o decreto de criação da ZPE de Bacabeira, livrando Bacabeira do fantasma da refinaria que não veio.

Em Tempo: Com o decreto presidencial, a ZPE de Bacabeira já existe, mas o seu funcionamento dependente agora do alfandegamento da área pela Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda, com base no projeto aprovado pelo Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação – CZPE.

PONTO & CONTRAPONTO

Nova vice de Duarte Jr. deve atuar para mobilizar a militância do PT

Creuzamar Pinho tem força para mobilizar
a militância do PT durante a campanha

A petista Creuzamar Pinho tem uma tarefa importante na condição de candidata a vice na chapa de Duarte Jr. (PSB). Ela deve galvanizar as fileiras do PT, de modo que a militância do partido ganhe as ruas e mostre sua força.

Quem conhece o braço do PT em São Luís diz que a militância petista é bem maior do que é normalmente vista. O PT tem muitos quadros filiados e um número maior ainda de simpatizantes. Boa parte desse contingente poderá ir para as ruas se a campanha de Duarte Jr. vier a empolgar a massa petista ainda discreta.

Com a força que tem no braço ludovicense do partido, como ficou demonstrado, por exemplo, na reunião que a escolheu para a vaga aberta por Isabelle Passinho, Creuzamar Pinho tem condições de mobilizar boa parte da militância do PT para turbinar a campanha do candidato Duarte Jr..

Braide está seguro de que não será afetado pelo caso do Clio, diz fonte

Eduardo Braide no vídeo em
que afirmou nada ter a
ver com o Clio vermelho

O prefeito Eduardo Braide (PSD) não vai mudar uma vírgula no seu projeto de campanha à reeleição. De acordo com uma fonte próxima ao prefeito de São Luís, Eduardo Braide teria ficado muito incomodado com o caso do Clio vermelho encontrado com R$ 1,9 milhão no porta-malas. Ao mesmo tempo, o prefeito estaria absolutamente seguro de que não pode ser afetado pelo episódio, uma vez que, conforme a fonte, nada tem a ver com a origem e o destino do dinheiro.

Ainda conforme a fonte, o prefeito de São Luís está ciente de que seus adversários políticos podem jogar pesado, mas que está preparado para enfrentar qualquer investida contra ele motivada pelo caso do Clio vermelho e do R$ 1,9 milhão nele transportado.

E vai desafiar os atacantes a provarem o contrário.

Na avaliação dessa fonte, o Clio vermelho foi encontrado num momento em que o prefeito Eduardo Braide teve espaço e tempo para se defender de alguma acusação direta a ele, o que ficaria mais complicado se a pancada fosse desferida em plena campanha eleitoral propriamente dita.

A mesma fonte disse, finalmente à Coluna, que o prefeito está confiante de que sua caminhada rumo à reeleição não será afetada por um caso com o qual ele afirma nada ter a ver.

São Luís, 11 de Agosto de 2024.