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Atenções se voltam para o 2º turno em Imperatriz; Brandão vai apoiar Rildo Amaral

Rildo Amaral e Mariana Carvalho disputam
o comando de Imperatriz no 2º turno

Passada a borrasca da grande corrida de domingo (6), quando pouco mais de quatro milhões de eleitores maranhenses foram às urnas e elegeram 216 prefeitos, incluindo o de São Luís, e centenas de vereadores, as atenções da classe política se voltam agora para Imperatriz, onde dois candidatos, o deputado estadual Rildo Amaral (PP) e a suplente de deputado federal Mariana Carvalho (Republicanos), vão se enfrentar no 2º turno, no próximo dia 26. “É uma nova eleição”, lembra o experiente ex-prefeito Sebastião Madeira (PSDB), apoiador de Rildo Amaral e conhecedor profundo dos humores do eleitorado imperatrizense. A disputa promete ser intensa à medida que apoiadores de Mariana Carvalho, que é de direita conservadora, aguardam apoio reforçado do ex-presidente Jair Bolsonaro, que vai se defrontar com o poder de fogo do governador Carlos Brandão (PSB), que ficou de fora no primeiro turno, mas que agora vai entrar de cabeça apoiando o candidato do PP, que, vale lembrar, foi o mais votado.

A segunda rodada da disputa pela Prefeitura de Imperatriz tem uma série de ingredientes que a tornam diferenciada, a começar pelo fato de que é a primeira vez que isso acontece. Imperatriz, nunca é tarde lembrar, é o segundo mais importante município do Maranhão, é o segundo maior centro econômico maranhense, tem a segunda maior população e faz a diferença nas eleições estaduais. Trata-se, portanto, de um processo eleitoral no qual todos têm interesse, especialmente as lideranças políticas.

Foi essa realidade que levou para ali o ex-presidente Jair Bolsonaro para declarar apoio à candidata Mariana Carvalho. Por razões diferentes, o governador Carlos Brandão não participou do primeiro turno, uma vez que havia dois aliados seus na disputa, Rildo Amaral e Marco Aurélio (PCdoB), o que o impediu de tomar partido. Agora o cenário é diferente e o chefe do Executivo não perdeu tempo em declarar sustentação ao candidato do PP, que integra a base de apoio do Governo na Assembleia Legislativa.

Durante a campanha do 1º turno, ficou evidente que o deputado Rildo Amaral, professor que já exerceu vários mandatos de vereador e está no segundo mandato na Assembleia Legislativa, foi mais seguro e passou a impressão de que conhece em profundidade a realidade social, econômica e urbana de Imperatriz. Mariana Carvalho, em que pese o discurso forte, de oposição, se mostrou partidária da direita radical, bolsonarista, e deixou no ar algumas indagações a respeito do fato de estar tentando o seu primeiro mandato. O embate entre os dois será duro e decisivo ao longo da campanha.

Quando decidiu entrar forte na base de apoio do candidato Rildo Amaral, o governador Carlos Brandão convocou os aliados do seu Governo para formar uma frente de suporte ao candidato do PP. Também o seu principal padrinho, o ministro do Esporte André Fufuca, que comanda o PP no Maranhão e tem participado ativamente da campanha em Imperatriz, reforçou sua participação, que agora será mais intensa. Isso porque, além da ligação partidária, o ministro quer ter na Prefeitura de Imperatriz um aliado para a sua provável campanha para o Senado.

Um dos coordenadores da campanha de Rildo Amaral no1º turno, o presidente estadual do PSDB, Sebastião Madeira, do alto de quatro mandatos federais e dois como presidente do PSDB, prevê que a campanha será dura, com bons embates, mas acredita que Rildo Amaral tem todas as condições para se eleger. Principalmente agora, que o governador Carlos Brandão decidiu fazer sua escolha e vai participar da campanha. Na outra ponta da corda, o principal apoiador da candidata Mariana Carvalho, o deputado federal Aluísio Mendes, presidente do Republicanos no estado, vai tentar reunir as forças de direita para apoiar a candidata do partido.

Nesse contexto, o eleitor que votou no deputado federal Josivaldo JP (PSD) tem o poder de decidir a eleição.

PONTO & CONTRAPONTO

Paulo Victor já tem votos de sobras para ganhar novo mandato de presidente

Paulo Victor tem nova eleição
de presidente garantida

Na edição de ontem, a Coluna registrou que vereadores eleitos e reeleitos estavam começando as articulações para a eleição do próximo presidente da nova Câmara Municipal de São Luís. E, com base em conversas com vereadores, previu que o atual presidente, reeleito, tinha as condições para pleitear novo mandato, citando também os vereadores reeleitos Marquinhos (UB) e Daniel Oliveira (PSD), atual líder do Governo.

Ao longo do dia, numa espécie de frenezi nos bastidores, nada menos que 20 vereadores, entre eleitos e reeleitos, incluindo o líder governista Daniel Oliveira, declararam apoio à eleição do presidente para novo mandato. Nessa corrida, nenhum outro vereador manifestou interesse em entrar na disputa.

Entre os nomes fortes que declararam apoio ao presidente Paulo Victor está o vereador Astro de Ogum, que também estava na lista dos prováveis candidatos. Há quem diga que Astro de Ogum aposta que disputará a presidência em 2026. Isso se Paulo Victor não estiver forte e pleitear a reeleição naquele ano.

O presidente Paulo Victor, portanto, está praticamente confirmado para comandar a nova Câmara Municipal no seu primeiro biênio.

Assembleia deve eleger hoje um novo 1º vice-presidente

Rodrigo Lago renunciou à vice
para poder advogar no período eleitoral

A Assembleia Legislativa deve realizar hoje eleição para o cargo de 1º vice-presidente da Mesa Diretora. Isso porque a vaga foi aberta pelo titular, deputado Rodrigo Lago (PCdoB), que renunciou para poder exercer o seu ofício de advogado especializado em Direito Eleitoral, o que não seria possível se ele permanecesse no cargo.

Como é sabido, advogados com essa especialização têm nesses processos eleitorais suas grandes oportunidades de reforçar a conta bancária. É o caso de Rodrigo Lago, que trabalha duro nesses períodos. Sua renúncia se deu meses antes do final do mandato, o que não é muita coisa, levando em conta que a nova Mesa só assume em fevereiro, depois do recesso parlamentar.

Para o cargo estava sendo apontado o deputado Júlio Mendonça do PCdoB, mesmo partido de Rodrigo Lago, mas por conta das diferenças políticas que marcam a Assembleia Legislativa, é possível que outro deputado seja escolhido para o cargo.

São Luís, 09 de Outubro de 2024.

MDB saiu das urnas fortalecido e volta a ter um papel de ponta na política maranhense

Marcos Brandão comandou a volta do MDB
ao centro do poder político no Maranhão

Não se discute que o PL foi o campeão das urnas com a eleição de 40 prefeitos – um a menos que na eleição passada –, que o PP, que tinha 17, subiu para 29 municípios, e que o União Brasil se deu bem saltando de 13 para 26 prefeitos, mas nenhum partido saiu das urnas tão fortalecido quanto o MDB no pleito de domingo. A legenda, que em 2020 conseguiu apenas minguadas sete prefeituras, no domingo saltou para nada menos que 37, um crescimento superior a 400%, fora do comum, portanto. Com esse desempenho – que inclui municípios de peso, como Bacabal, Barreirinhas e Barra do Corda -, o partido fez um grande movimento de recuperação no sentido de voltar aos seus tempos áureos, quando foi a legenda dominante nos Governos Edison Lobão e Roseana Sarney, quando exerceu o comando administrativo e político do Maranhão.

O grande salto emedebista dado na seara municipal é o resultado de uma gestão eficiente feita pelo novo comando partidário, presidido pelo empresário e militante político Marcus Brandão, com o apoio do vice-presidente, o deputado estadual e prefeito eleito de Bacabal Roberto Costa, dos ex-presidentes do partido, deputada federal Roseana Sarney e ex-senador João Alberto – aliás, vereador eleito de Bacabal. Marcus Brandão assumiu o comando de uma agremiação em crise, então presidida pela deputada Roseana Sarney, que havia assumido o comando do braço maranhense do partido evitando que a ala jovem passasse a a fazer o trabalho duro de manter de pé uma organização política com as dimensões e a representatividade do MDB.

Sob a presidência de Marcus Brandão, discretamente avalizada e incentivada pelo irmão, o governador Carlos Brandão (PSB), o braço maranhense do MDB ganhou novo ânimo. Na esteira de uma gestão cuidadosa nas áreas administrativa e financeira, feita na longa administração do ex-senador João Alberto, Marcus Brandão realizou um trabalho ambicioso de atração de líderes municipais para os quadros do partido, definindo um amplo leque de candidaturas a prefeito e a vereador nas diferentes regiões do estado. Sem muito alarde, mas eficiente, o novo comando partidário montou um projeto eleitoral abrangente, que exigiu muito trabalho, e deu certo.

Os candidatos do MDB venceram com boas vantagens, fortalecendo a representatividade do partido. O deputado Roberto Costa foi eleito prefeito de Bacabal, polo central da Região do Médio Mearim, com mais de 50%dos votos. O emedebista Vinícius Vale saiu das urnas de Barreirinhas, o grande Portal dos Lençóis, com mais de 60% da votação, o mesmo acontecendo com Rigo Teles, que se reelegeu prefeito de Barra do Corda, na pré-Amazônia, também com mais de 60% de aval eleitoral. Além disso, o MDB venceu com larga margem em Colinas – base do clã Brandão – e reverteu a tendência de derrota e elegeu o prefeito de Buriti Bravo, dois importantes centros do agreste. O partido vai comandar também as importantes prefeituras de Presidente Dutra, no centro do estado, e a de São Bento, no coração da Baixada.

Com essas 37 prefeituras e uma legião de vereadores espalhados em todo o estado, o MDB se consolida como o mais forte dos partidos que integram a base de apoio do governador Carlos Brandão. Além de dar suporte ao atual Governo, o MDB está sendo preparado para ter uma atuação decisiva na grande equação política que desaguará nas urnas em 2026. Qual será, de fato, o seu papel, isso ainda não está muito claro. Mas, a julgar pela movimentação de agora, é possível antever que o seu fortalecimento como legenda partidária tem um propósito que vai muito além da vontade pessoal do presidente Marcus Brandão de comandar um partido político.

O fato é que, independentemente de qual será o seu futuro, se voltará ou não ao topo da pirâmide partidária maranhense, o MDB voltou a ocupar o seu espaço de peso-pesado no centro do poder estadual, retomando o papel de grande destaque no cenário político do Maranhão.

PONTO & CONTRAPONTO

PDT sofre a maior derrota na corrida por prefeituras

Weverton Rocha correu o estado apoiando candidatos, mas não conseguiu evitar o emagrecimento do PDT

Se de um lado o MDB voltou a centro do poder, assim como PP e União Brasil avançaram e o PL repetiu sua performance, o PDT, comandado pelo senador Weverton Rocha, desabou em número de prefeituras, caindo de 42 prefeituras conquistadas em 2020 para apenas 18, de longe a maior perda desse processo eleitoral.

O desastre começa por São Luís, onde o candidato a prefeito, Fábio Câmara, recebeu apenas 2% da votação – percentual humilhante para um partido que mandou na Capital durante quase duas décadas sob o comando de Jackson Lago. Não bastasse isso, o PDT foi praticamente varrido do mapa político de São Luís ao eleger apenas um vereador, Raimundo Penha, que obteve heroicamente a reeleição.

No interior, o partido do chamado “socialismo moreno” sofreu dois desastres monumentais ao perder as prefeituras de Timon, o terceiro maior colégio eleitoral do Maranhão, e Balsas, a joia econômica do cerrado. A Prefeitura de Timon foi tomada ao PDT pelo PSB, por meio do deputado Rafael, e a de Balsas caiu nas mãos da direita representada pelo comerciante Alan da Marissol (PRD).

Vale registrar que o desastre só não foi maior porque entre as 18 prefeituras conquistas pela legenda pedetista está, por exemplo, a de Rosário, um importante polo da chamada região da grande São Luís. O fato é que o PDT terá de refazer suas contas quando for montar o seu projeto para 2026.

Começam as articulações para a presidência da Câmara de São Luís

Paulo Victor lidera as apostas para a
presidência da Câmara, mas Marquinhos
e Daniel Oliveira são lembrados

Começou a movimentação pelo comando da Câmara Municipal de São Luís a partir de fevereiro do ano que vem. Como já era esperado, o nome do atual presidente e vereador reeleito Paulo Victor, que comanda a poderosa bancada do PSB, com sete vereadores. A possibilidade da sua candidatura foi levantada já durante a campanha, mas ele próprio ainda não se manifestou sobre o assunto.

A definição do comando da Câmara Municipal de São Luís também está nos planos do Palácio de la Ravardière, onde o prefeito Eduardo Braide (PSD), cujo partido fez cinco vereadores. Não será surpresa se uma grande articulação vier a lançar um candidato alinhado ao governo municipal. Fala-se discretamente no vereador Daniel Oliveira (PSD), que é líder do Governo Braide.

Nos bastidores fala-se também de uma possível candidatura do vereador Marquinhos, que foi o terceiro mais votado. Ele seria uma espécie de terceira via dentro de um grande acordo.

Mas os comentários mais fortes estão mesmo relacionados com o projeto de reeleição do presidente Paulo Victor.

São Luís, 08 de Outubro de 2024.

Braide se reelege em São Luís e Brandão comemora vitória de muitos aliados

Eduardo Braide e sua vice Esmênia Miranda estão reeleitos para comandar São Luís

Foi pedra cantada sem mudança de tom nem de ritmo a reeleição do prefeito Eduardo Braide (PSD). Foi uma vitória maiúscula, como nenhuma outra disputa pelo comando de São Luís: 402 mil votos, o equivalente a 70% da votação válida, quase 50 pontos percentuais sobre o segundo colocado, o deputado federal Duarte Jr. (PSB), que saiu das urnas com 22%, um recorde que desafiará os candidatos nas próximas eleições para o Palácio de la Ravardière. Na outra ponta da linha, sem disputar a eleição e com muitos aliados encarando as urnas, o que limitou sua atuação, o governador Carlos Brandão (PSB) contabilizou vitórias expressivas, por meio do seu partido, o PSB, e também dos seus aliados, como, por exemplo, a tomada do comando de Timon ao clã Leitoa, que controla o PDT, pelo seu aliado, o deputado Rafael (PSB), e a retumbante conquista da Prefeitura de Barreirinhas pelo engenheiro Vinícius Vale (MDB), que fortaleceu o poder de fogo da presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB), sua aliada fiel.

Foi uma eleição exemplar, pulverizada no sentido partidário, mas indiscutível no que respeita ao cumprimento das regras eleitorais. A Justiça Eleitoral do Maranhão deu um banho de eficiência, de modo que antes das 22 horas a população já conhecia a relação de da quase totalidade dos prefeitos eleitos. Isso sem o registro de atropelos técnicos nem de problemas graves causados por candidatos para manipular a consciência do eleitor – os casos de comora de voto, pior exemplo, foram mínimos. A abstenção manteve sua média de 20 pontos percentuais, e somada a votos brandos e nulos, o percentual de ausentes não bateu a casa dos 30 pontos percentuais. Em resumo, foi uma eleição integral, sem nenhum “porém” para colocá-la em xeque.

E com um dado novo: o segundo turno em Imperatriz, que será disputado pelos candidatos Rildo Amaral (PP) e Mariana Carvalho (Republicanos), no próximo dia 26.

A reeleição do prefeito de São Luís, o maior e mais importante colégio eleitoral do Maranhão, foi o resultado de uma equação sem travas: um novo voto de confiança a um político jovem que fez o seu papel, cuidando bem da cidade de 1,2 milhão de habitantes ao aplicar corretamente os recursos conseguidos por uma eficiente financeira. “O povo de São Luís fez história e mandou um recado: é ele quem decide”, disse o prefeito minutos depois da confirmação da sua reeleição, por volta das 20 horas. Ele comemorou também o desempenho do seu partido, o PSD, que elegeu cinco dos 31 vereadores da Capital. O resultado credencia o prefeito reeleito de São Luís a aspirar voos mais altos, com a ressalva de que ontem mesmo ele reafirmou que o seu compromisso é cumprir o novo mandato de quatro anos.

O eleitorado de São Luís demonstrou sabedoria, primeiro porque elegeu um bom prefeito. Depois, porque escolheu o deputado federal Duarte Jr. (PSB) como segunda opção, um político jovem, preparado e audacioso, que provavelmente faria uma gestão inovadora. Ao mesmo tempo, escalou Yglésio Moises (PRTB) com 3,4% dos votos,

O governador Carlos Brandão, por sua vez, viu ontem sua base política ser consolidada: Além Timon e Barreirinhas, aliados seus venceram em Colinas (Renato Santos – MDB), Paço do Lumiar (Fred Campos – PSB), Caxias (Gentil Neto – PP), Santa Rita (Milton Gonçalo – Mobiliza), Bacabeira (Naila Gonçalo – Mobiliza), Barra do Corda (Rigo Teles – MDB), Coroatá (Vaqueiro -) e São Mateus (Miltinho Aragão – PSB)), Santa Inês (Felipe dos Pneus – PP) e, claro, Roberto Costa (MDB). Para uma eleição com o nível de pulverização política e partidária como esse, o governador tem motivos de sobra para comemorar.

Nas redes sociais, o governador mandou um recado curto e direto aos eleitos. Após cumprimentá-los pela vitória, Carlos Brandão escreveu: “Reitero o nosso empenho por um trabalho em unidade e parceria com todos os gestores e parlamentares municipais, independentemente de lado político”.

O mapa político-partidário do Maranhão foi redesenhado ontem, sem a preponderância de um partido dominante, como aconteceu em períodos recentes. Estão no jogo agora PSB, PP, MDB, PT, PSDB, Podemos, PL, Republicanos para fazer o desenho do cenário em que se dará o grande embate político e eleitoral de 2026.

PONTO & CONTRAPONTO

Foi surpreendente a eleição da nova Câmara Municipal de São Luís

O jornalista Douglas Pinto foi
o campeão de votos em São Luís

Foi uma renovação expressiva, a começar pelo fato de que não se reelegeram vereadores de larga experiência, como Chico Carvalho (Podemos), Pavão Filho (PSB) e Gutemberg Araújo, entre outros, que involuntariamente cederam lugar a sangue novo, como o jornalista Douglas Pinto (PSD), da TV Mirante, que entrou para a história ao ser o primeiro candidato a vereador de São Luís a receber 16 mil votos. Na esteira da renovação chegam ao Palácio Pedro Neiva de Santana Clara Gomes (PSD), André Campos (PP) e Thay Evangelista (UB), entre outros marinheiros de primeira viagem, que poderão fazer a diferença na trajetória do parlamento ludovicense. Os eleitos São os seguintes:

Douglas Pinto (PSD) – 16.036 votos, Marquinhos (União) – 12.200 votos, Aldir Júnior (PL) – 10.633 votos, Edson Gaguinho (PP) – 10.355 votos. Paulo Victor (PSB) – 9.956 votos, Coletivo Nós Jhonatan (PT) – 9.847 votos, Concita Pinto (PSB) – 8.664 votos, Astro de Ogum (PCdoB) – 8.604 votos, Andrey Monteiro (PV) – 8.207 votos, Beto Castro (AVANTE) – 8.136 votos, Octavio Soeiro (PSB) – 8.043 votos, Wendell Martins (PODEMOS) – 7.698 votos, Rosana da Saúde (Republicanos) – 7.508 votos, Nato Jr. (PSB) – 7.481votos, Dr. Joel (PSD) – 7.319 votos, Antônio Garcez (PP) – 7.190 votos, Daniel Oliveira (PSD) – 7.188 votos, André Campos (PP) – 6.527 votos, Marlon Botão (PSB) – 6.341 votos, Thyago Freitas (PRD) – 6.298 votos, Marcelo Poeta (PSB) – 6.173 votos, Raimundo Jr. (PODEMOS) – 6.022 votos, Clara Gomes (PSD) – 5.898 votos, Raimundo Penha (PDT) – 5.768 votos, Thay Evangelista (UNIÃO) – 5.667 votos, Marcos Castro (PSD) – 5.431 votos, Cleber Verde Filho (MDB) – 5.180 votos, Fábio Macedo Filho (PODEMOS) – 5.134 votos, Flávia Berthier (PL) – 4.857 votos, Rommeo Amin Coletivo Unidos (PRD) – 4.144 votos e Professora Magnólia (União) – 3.757 votos.

Em Tempo: João Alberto recebe a maior votação já dada a um vereador em Bacabal

O ex-deputado estadual, ex-deputado federal, ex-prefeito de Bacabal, ex-governador do Maranhão e ex-senador da República João Alberto (MDB) ampliou ontem o seu espaço na crônica política maranhense ao se eleger vereador de Bacabal com 2.591 votos, a maior votação já dada a um candidato a vereador naquele município. Dono de uma das trajetórias mais bem-sucedidas eleitoral e politicamente, João Alberto vai consolidar a sua carreira política e eleitoral como sempre planejou: exercendo um mandato de vereador na sua principal base política e eleitoral, aos 89 anos, e com disposição de quem está começando e enxergando horizontes mais amplos. Será apoiador do prefeito Roberto Costa.

Dos oito deputados estaduais candidatos, três se elegerem e um foi para o 2º turno

Roberto Costa (Bacabal), Rafael (Timon)
e Juscelino Marreca (Santa Luzia):
vitória nas urnas

Dos oito deputados estaduais que disputaram prefeituras, apenas três se elegeram: Roberto Costa (MDB) em Bacabal, Rafael (PSB) em Timon e Juscelino Marreca (PRD) em Santas Luzia. Rildo Amaral (PP) venceu o 1º turno em Imperatriz e terá seu destino decidido no 2º turno a ser realizado no próximo dia 26. Os demais – Ana do Gás (PCdoB), Solange Almeida (PL), Yglésio Moises (PRTB) e Wellington do Curso (Novo) foram derrotados nas urnas.

Roberto Costa foi consolidado pelo eleitorado de Bacabal com 55% dos votos válidos, confirmando uma tendência desenhada já nas primeiras pesquisas, realizadas ainda em 2023. Durante a campanha, enfrentou Marcos Miranda (União Brasil), um adversário endinheirado e agressivo, que com palavras e gestos levou tensão a uma disputa eleitoral que tinha de tudo para ser uma grande festa da democracia. Roberto Costa usou o bom senso, resistiu às provocações e driblou as armadilhas colocadas pelo adversário e saiu ileso das urnas, com uma vitória retumbante, que confirmo a tendência inicial.

O deputado Rafael obteve uma vitória difícil, mas incontestável em Timon, derrotando nas urnas a prefeita Dinair Veloso (PDT), representante do clã Leitoa, que dominava a política timonense havia décadas. Apoiado firmemente pelo governador Carlos Brandão, o candidato do PSB enfrentou altos e baixos, mas, conhecedor das entranhas políticas de Timon, o terceiro maior colégio eleitoral do Maranhão, montou e levou a cabo a estratégia de levar a eleição para o corpo a corpo e se deu bem, vencendo a máquina administrativa municipal e o jogo pesado os Leitoa, saindo das urnas com 44% dos votos, contra 39% da prefeita Dinair Veloso.

Juscelino Marreca não teve dificuldades para vencer a eleição em Santa Luzia. Desde as primeiras pesquisas, sua posição ficou clara, e ele confirmou a tendência inicial vencendo a eleição com 57% dos votos válidos.   

Em Tempo: Dois deputados federais que disputaram prefeituras se deram mal. Duarte Jr. (PSB) ficou em segundo lugar em São Luís e Josivaldo JP (PSD) ficou de fora da segunda rodada na eleição em Imperatriz.

São Luís, 07 de Outubro de 2024.

5,2 milhões de maranhenses escolhem hoje prefeitos e vereadores; Braide pode ser reeleito no 1º turno

Eduardo Braide e Duarte Jr. lideraram a corrida
pela Prefeitura de São Luís do começo ao fim

O prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), deve terminar o dia na condição de reeleito. Ele chegou à véspera da votação com 58% das intenções de voto, segundo a pesquisa Quaest divulgada ontem pela PV Mirante. O adversário mais próximo do prefeito, o deputado federal Duarte Jr, (PSB), tem 23%. Os deis candidatos apareceram com os seguintes percentuais: Yglésio Moises (PRTB) com 4%, Fábio Câmara (PDT) com 2% e Wellington do Curso (Novo) e Flávia Alves (SD) com 1% cada – Franklin Douglas (PSOL) e Saulo Arcangeli (PSTU). Indecisos somaram 6% e “nulo, branco e nenhum” 4%. A pesquisa Quaest foi realizada nos dias 4 e 5 deste mês, ouviu mil eleitores, tem margem de erro de 3%, intervalo de confiança de 95% e nesta registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo MA – 00237/2024. Além disso, 520 candidatos a vereador disputam as 31 cadeiras na Câmara Municipal da Capital.

A exemplo dos mais de 700 mil eleitores de São Luís, os 5,1 milhões de eleitores espalhados por 215 municípios maranhenses decidirão neste domingo o destino de centenas candidatos a prefeito e alguns milhares de candidatos a vereador, e saberão, hoje à noite, quem vai governa-los pelos próximos quatro anos. A única exceção é Imperatriz, onde os 202 mil eleitores retornarão às urnas no dia ??, pois as pesquisas informam que haverá segundo turno, já que, tudo indica, nenhum dos candidatos deve alcançar 50% mais um dos votos. Ali, a pesquisa mais recente indica que o deputado Rildo Amaral (PP) tem vaga quase certa no segundo turno, estando a segunda vaga sendo disputada entre os candidatos Mariana Carvalho (Republicanos) e Josivaldo JP (PSD).

Na Ilha de Upaon Açu, a exemplo de São Luís, a situação está praticamente resolvida em São José de Ribamar, com a provável reeleição do prefeito Júlio Matos (Podemos), que tem como adversário mais próximo o vereador Dudu Diniz (PSB); em Paço do Lumiar, onde todas as pesquisas mostraram larga vantagem candidato Fred Campos (PSB), tendo Felipe Gonçalo (Mobiliza) como oponente mais forte; e em Raposa, onde a tendência é nitidamente favorável ao prefeito Eudes Barros (PL), que tem ampla vantagem sobre José Laci Jr. (PSB).

A corrida às urnas teve focos de tensão, exigindo força federal para vários municípios, entre eles Bacabal, onde os adversários do deputado Roberto Costa (MDB) fizerem de tudo para inibir a sua liderança, mas erraram na estratégia, porque ele chega ao dia da votação como provável prefeito eleito. Mas a insanidade de alguns derrotados por antecipação não conseguiu acovardar o eleitor, que fez da campanha eleitoral uma festa em Caxias, onde os candidatos Gentil Neto (PP) e Paulo Marinho Jr. chegam na linha final disputando voto a voto, estando o primeiro em posição mais favorável, segundo observadores experientes. O mesmo clima de festa aconteceu em Timon, apesar a disputa acirradíssima entre a prefeita Dinair Veloso (PDT), que busca a reeleição, e o deputado Rafael (PSB), ambos ameaçados por Henrique Jr. (PL).

O clima de festa está em curso também em Codó, onde o prefeito Zé Francisco (PSDB) tenta a reeleição enfrentando o empresário Chiquinho da FC, um homem de direita que se converteu ao petismo. E também em Pinheiro, o portal da Baixada Ocidental, onde a corrida é liderada por André da RalpNet (Podemos), mas pressionado por adversários muito próximos, como Kaio Hortegal (PP), apoiado pelo prefeito Luciano Genésio (PP) entre outros. E ainda em Santa Rita, onde o prefeito Hilton Gonçalo (Mobiliza) tenta ampliar seu feudo político regional elegendo o sobrinho Milton Gonçalo (Mobiliza), enfrentando Luiza Calvet (Republicanos), e em Bacabeira, onde sua mulher, a prefeita Gonçalo, lançou e deve eleger a sobrinha, Naila Gonçalo (Mobiliza), contra Kellyane Calvet (União Brasil).

O fato é que os mais de cinco milhões de cidadãos maranhenses aptos a votar, sejam de esquerda ou de direita, devem exercer a sua cidadania escolhendo seus dirigentes e representantes nas Câmara Municipais e, assim, fortalecer a democracia, que anda ameaçada pelos que defendem a chibata da ditadura. O voto consciente, exercido com vontade política, porque e com esse sentimento que a democracia é feita e conservada.

PONTO & CONTRAPONTO

Elite política do estado mergulhou fundo nas disputas municipais

Carlos Brandão, Felipe Camarão e Iracema
Vale participaram intensamente
da campanha eleitoral

As eleições municipais de hoje serão decisivas para o grande embate político e eleitoral de 2026, quando os maranhenses elegerão presidente da República, governador, senadores, deputados federais e deputados estaduais. A elite política do Maranhão, a começar pelo governador Carlos Brandão (PSB), se envolveu diretamente na campanha buscando eleger prefeitos e vereadores em todas as regiões do estado, pois eles serão decisivos da grande campanha.

O governador Carlos Brandão esteve em mais de uma centena de municípios, na maioria deles para apoiar candidatos do seu partido ou ligados ao seu grupo. O vice-governador Felipe Camarão (PT) também não perdeu tempo e esteve em muitos municípios apoiando candidatos do PT ou aliados. A presidente da Assembleia Legislativa, deputada Iracema Vale (PSB), não descansou durante a campanha, principalmente porque seu filho, Vinícius Vale (MDB), deve ser eleito hoje prefeito de Barreirinhas, e o mais jovem, vice-prefeito de Urbano Santos.

O ministro do Esporte, deputado federal licenciado André Fufuca, que comanda o PP no Maranhão, mergulhou na campanha para apoiar candidatos fortes como Rildo Amaral em Imperatriz, Celso Henrique em Balsas, Felipe dos Pneus em Santa Inês e Gentil Neto em Caxias, além de ver o pai, Fufuca Dantas, continuar à frente de Alto Alegre do Pindaré. Também o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, participou intensamente da campanha de candidatos do União Brasil, seu partido, e deve sair vitorioso da rumorosa guerra que travou contra seu tio, ex-deputado estadual Stênio Rezende, ao ver seu candidato derrotar um primo, Cyreno Rezende (PSB), apoiando o candidato Fogoió (UB), em Vitorino Freire.

Nessa peleja estão os senadores Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PSD), porque vão enfrentar as urnas em 2026, e Ana Paula Lobato (PDT), que começa a trabalhar para formar sua base estadual. Também envolvidos estiveram os deputados federais e deputados estaduais.

Deputados estaduais vivem situações distintas na corrida por prefeituras

Roberto Costa, Juscelino Marreca, Rildo Amaral, Rafael, Ana do Gás,
Solange Almeida, Wellington do Curso e Yglésio Moises

Dos seis deputados estaduais que decidiram disputar Prefeituras, apenas dois, Roberto Costa (MDB) e Juscelino Marreca (PRD), vão votar hoje motivados pela possibilidade concreta de saírem das urnas vitoriosos. Rildo Amaral (PP) e Rafael (PSB), Solange Almeida (PL), Ana do Gás (PCdoB), Yglésio Moises (PRTB) e Wellington do Curso (Novo) têm situações que vão de boa a complicada.

Roberto Costa foi dormir embalado por uma pesquisa da Econométrica que o aponta como virtual prefeito eleito de Bacabal, um dos dez mais importantes municípios maranhense, com larga vantagem sobre o seu principal adversário, Marcos Miranda (União Brasil), mantendo uma performance desenhada há mais de um ano. Juscelino Marreca vem liderando com folga a corrida para a Prefeitura de Santa Luzia, tendo como adversário Wellighton França (PP).

O deputado Rildo Amaral (PP), que tem o apoio do ministro André Fufuca e o aval discreto do Palácio dos Leões, deve disputar o segundo turno em Imperatriz, tendo como adversário a suplente de deputada federal Mariana Carvalho, ou o deputado federal Josivaldo JP. Em Timon, apoiado pelo governador Carlos Brandão, o deputado Rafael (PSB) trava uma luta titânica com a prefeita Dinair Veloso (PDT), aparecendo em segundo lugar nas pesquisas mais recentes.

A deputada Solange Almeida deve sair das urnas como o candidato mais votado em Santa Inês, onde deve vencer o prefeito Felipe dos Pneus (PP). E a deputada Ana do Gás dificilmente será eleita prefeita de Santo Antônio dos Lopes. É a situação de Yglésio Moises e Wellington do Curso, que, segundo a pesquisa mais recente, estarão entre os menos votados em São Luís.

As urnas confirmarão ou não esse cenário a partir das 18 horas.

São Luís, 06 de Outubro de 2024

A nova Câmara de São Luís terá medalhões reeleitos, líderes em ascensão, novos fortes e “coletivos”

Na sua nova composição, a Câmara de São Luís
pode ter a liderança de Paulo Victor, a experiência
de Chico Carvalho e a juventude de Clara Gomes

As 31 cadeiras da Câmara Municipal de São Luís estão sendo objeto de uma das mais duras disputas dos últimos pleitos. Nada menos que 520 candidatos mergulhados na luta pelo voto vereadores apontados como favoritos para obterem a reeleição, como é o caso do presidente da Casa, vereador Paulo Victor (PSB). Tentam a renovação dos seus mandatos lideranças fortes, como os vereadores como Astro de Ogum (PCdoB) e Marquinhos (União Brasil); nomes consagrados da política municipal, a exemplo dos vereadores Chico Carvalho (PSDB), Gutemberg Araújo (Republicanos) e Fátima Araújo (PCdoB); edis destacados como o vereador Francisco Chaguinhas (PSD), atual vice-presidente da Casa; políticos em ascensão, como os vereadores Daniel Oliveira (PSD), Karla Sarney (PSD), Aldir Jr. (PL) e Otávio Soeiro (PSB), entre outros vereadores com chance de reeleição. Na média das previsões, entre 13 e 15 vereadores se reelegerão.

A intensidade da disputa se dá principalmente pela forte pressão que está vindo de fora, feita por candidatos a primeiro mandato, que mostraram força durante a campanha, e também pelos Coletivos, que são nada menos que 26 brigando por vagas.

Em busca do primeiro mandato mostraram viabilidade durante a campanha nomes como Thay Evangelista (União Brasil), uma jovem médica que tem o DNA da política em suas veias: é filha da bem-sucedida prefeita de Lago da Pedra, Maura Jorge (PSDB) e esposa do deputado estadual Neto Evangelista (União Brasil). No mesmo plano está a jovem advogada Clara Gomes (PSD), que tem o DNA político da mãe, a militante estudantil e hoje jornalista atuante Val Oliveira e esposa do deputado Osmar Gomes (PDT). Também nesse quadrado estão os candidatos a herdeiros políticos Fábio Macedo Filho (Podemos), cria do deputado federal e presidente estadual Podemos, Fábio Macedo, e Cleber Verde Filho (MDB), que pretende seguir os passos do pai, o deputado federal Cleber Verde, presidente municipal do MDB.

Na luta por cadeiras na Câmara estão nomes atuantes como o ex-vereador Ivaldo Rodrigues (PSB), a enfermeira Halice Figueiredo (PP) e André Campos (Podemos). E nesse contexto, um contingente de nove candidatos com título de Doutor, que podem ser médicos e advogados; sete “irmãs e irmãos”, além de três “pastores”, indicativos de que são candidatos evangélicos; cinco integrantes da Polícia Militar, incluindo uma patente de coronel; quatro enfermeiros e nada menos que 25 professores.

E entre os que querem “chegar lá”, os que mais chamam a atenção os candidatos coletivos – um grupo normalmente formado por quatro ou cinco pessoas, que se registram com o “Coletivo Fulano de Tal”. São 25 candidaturas coletivas, que reúnem pessoas ligadas aos mais diversos setores, formando parlamentares representados por grupos. Esses candidatos Coletivos querem seguir a trajetória do Coletivo Nós (PT), que chegou à Câmara Municipal nas eleições de 2020. Esses grupos são formadas por profissionais de uma mesma área, por representantes de um bairro ou uma região, por identidade racial, das zonas urbana e rural, e com uma enorme capacidade de pulverizar votações e causar insegurança nos demais candidatos. A previsão é que os Coletivos conquistem pelo menos três cadeiras.

Estão registrados e disputando votos para a Câmara Municipal de São Luís o seguintes grupos: Coletivo Nós Jhonatan (PT), Alan Kardek Coletivo São Luís (DC), Abmael Coletivo Aquinos (PSDB), Asna Coletivo Saúde para Todos (MDB), Biha Coletivo Nova Juventude (PL), Cabo Santos Coletivo Cristão (MDB), Cadu Marques Coletivo Povoada (PT), Cilene Coletivo Voz (PDT), Ciro Nolasco Coletivo por Você (MDB), Claudio do Coletivo o Cascata (Novo), Coletivo Quebra Potes (PSDB), Coletivo Eu e Você Waldemir (PV), Coletivo pra Jesus do Povo (Republicanos), Coletivo União (União Brasil), Coletivo Verde Fábio Abel (PV), Dagonio Coletivo da Mobilidade (PL), Dionísio Sodré Coletivo Servidor (PP), Dr. Izaias Coletivo Renovação (MDB), Dra. Kardyelly Coletivo da Ilha (Novo), Ed Wilson Coletivo Movimento (PT), Edgar Pontes Coletivo Inclusão (União Brasil), Ester Coletivo das Pretas (PSTU), Jefferson Coletivo Aquilombar (União Brasil), Lene Coletivo Mulherdefibra (PSOL), Leonel Coletivo Educa e Luta (PSOL), Magal Coletivo Zona Rural (DC), Magno Coletivo Bombeiro Militar (PP), Oseas Coletivo BR (PSDB) e Wagner Lopes Coletivo Raça (PP).

A formação da nova Câmara Municipal de São Luís será, portanto, o resultado de uma verdadeira guerra pelo voto.

PONTO & CONTRAPONTO

Eleitores de Imperatriz, Caxias e Timon irão às urnas em clima de incerteza

Rildo Amaral, Mariana Carvalho e Josivaldo JP na disputa em Imperatriz
; Gentil Neto e Paulo Martinho Jr. se matem em Caxias
e Dinair Veloso, Rafael e Henrique Jr. lutam em Timon

Encerrada a campanha eleitoral e faltando apenas um dia para a corrida às urnas, a situação na grande maioria dos municípios já está definida, com a maioria do eleitorado posicionada. Mas há situações indefinidas em alguns municípios que têm grande peso regional e indiscutível importância estadual. É o caso, por exemplo, de Imperatriz, Timon e Caxias.

Em Imperatriz, o debate de quinta-feira na TV Mirante produziu nítida certeza de que o deputado estadual Rildo Amaral (PP) deixou os estúdios confiante de que ele terá uma vaga no segundo turno, conforme previsto pela mais recente pesquisa de intenção de voto, A dúvida que ficou no ar é sobre quem ocupará a segunda vaga, se o deputado federal Josivaldo JP (PSD) ou a suplente de deputado federal Mariana Carvalho (Republicanos).

Em Caxias, em maio a uma semana de muita movimentação e uma overdose de incertezas, duas pesquisas injetaram tensão nas expectativas, uma publicada na terça-feira dando vitória a Paulo Marinho Jr. (PL), e outra divulgada ontem apontando Gentil Neto (PP) como vencedor. Resultado: forjado em grandes lutas políticas, os caxienses só baterão martelo com clareza ao longo da votação.

O clima de incerteza também se instalou em Timon, onde a prefeita Dinair Veloso (PDT) mede forças com o deputado estadual Rafael (PSB). O problema ali é que Henrique Jr. (PL), colocado na terceira posição, ora avança, ora recua. Nos dois levantamentos mais recentes, a prefeita apareceu com pequena vantagem, mas com o deputado preparando uma grande arrancada final. Só amanhã se saberá o desfecho dessa corrida.

Yglésio espera ganhar o controle do PL se Bolsonaro expulsar Maranhãozinho

Jair Bolsonaro quer dar PL para Yglésio Moises
expulsando Josimar de Maranhãozinho, Detinha,
Pastor Gil e Júnior Lourenço

Se o ex-presidente Jair Bolsonaro colocar as mãos de vez no PL, como está sendo desenhado, os deputados federais Josimar de Maranhãozinho, Detinha, Pastor Gildenemir e Júnior Lourenço serão expulsos do partido, conforme o próprio “capitão” anda ameaçando. Motivo: os quatro deputados não querem se envolver com o movimento de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Essa informação veio ao mundo quarta-feira, coincidindo com uma campanha que o deputado Yglésio Moises (PRTB) desencadeou contra os atuais chefes do PL no Maranhão. O parlamentar revelou seu projeto durante o debate dos candidatos a prefeito de São Luís na TV Mirante, acusando os chefes do partido de se aliarem ao prefeito Eduardo Braide (PSD) e à esquerda para inviabilizar a sua candidatura.

Com a declaração, o deputado Yglésio Moises deixou claro que, caso Jair Bolsonaro e sua turma assumam o controle do PL, ele poderá assumir o comando do partido no Maranhão. Desde que passe por cima do ex-senador Roberto Rocha, que há muito espera por isso.

O problema é que, caso Josimar de Maranhãozinho e seus liderados deixarem o PL, o partido que será entregue ao preposto de Jair Bolsonaro no Maranhão será uma carcaça, que para nada servirá.

São Luís, 05 de Outubro de 2024.

Debate na TV Mirante deu chance aos candidatos e Braide entrou e saiu como favorito

Eduardo Braide saiu como entrou, apesar das estocadas
de Duarte Jr., Flávia Alves, Yglésio Moises, Fábio Câmara,
Wellington do Curso, Franklin Douglas e Saulo Arcangeli

A presença do prefeito Eduardo Braide (PSD) fez do debate de ontem, na TV Mirante, o melhor de todos os realizados durante a campanha para a Prefeitura de São Luís. Como esperado, o prefeito foi o alvo preferencial dos sete outros concorrentes, e apesar do tom ocasionalmente agressivo de alguns deles – Duarte Jr. (PSB), Yglésio Moises (PRTB) e Wellington do Curso (Novo), por exemplo – saiu ileso do ponto de vista ético e, muito provavelmente, foi dormir na condição de favorito. Isso porque, em que pese o esforço dos adversários em tentativas de macular a sua gestão, nenhuma acusação, denúncia ou ataques puro e simples conseguiu tirar o prefeito do eixo. Ao mesmo tempo, visando criar condições para provocar a realização de dois turnos, Duarte Jr. foi de longe o mais propositivo dos concorrentes do prefeito, tendo sido também o que mais o provocou para o enfrentamento.

Foram mais de duas horas do que se pode definir como um debate civilizado. Houve provocações, algumas situações mais agressivas – sempre de algum candidato em relação ao prefeito – e troca leves de acusações. Mas não houve nenhum momento de tensão que exigisse, por exemplo, a intervenção do mediador, jornalista Paulo Renato Soares, da Rede Globo – aliás, vale dizer que, por conta do bom comportamento dos candidatos, o apresentador não precisou sair uma linha do seu script, o que tornou sua tarefa tranquila. E assim o debate foi dominado pelos temas saúde, educação e infraestrutura, com leves pinceladas sobre turismo, por exemplo, sem dar à cidade a dimensão histórica que ela tem. E como não poderia deixar de ser, corrupção, mais na forma conceitual do que baseada em fato concreto, apesar do desafio que o prefeito fez aos adversários no sentido de que apresentassem provas de que haja algo errado na sua gestão.  

No geral, o prefeito Eduardo Braide foi ele mesmo durante todo o debate. Falou das conquistas da sua gestão, do saneamento financeiro da Prefeitura, da bolada que tem em caixa, das obras estruturantes que tem programadas, e fazendo uma promessa ousada se for reeleito: “São Luís terá os melhores quatro anos da sua história”. Ao mesmo tempo, rebateu, um a um, os ataques dos adversários, hora com a mais pura serenidade, ora com alguma irritação e ora com dureza, mas sem fugir do seu padrão de comportamento. Em nenhum momento foi agressivo e provocou seus adversários a provar as insinuações que dispararam contra ele em matéria de ética. Nenhum foi além da insinuação.

Duarte Jr. cumpriu à risca o seu papel de candidato que está isolado no segundo lugar e que precisava convencer o eleitor da necessidade de um segundo turno. Reafirmou todas as suas promessas de campanha, repetiu os ataques, entre eles o de que o prefeito de São Luís está sendo investigado pela Polícia Federal, sem, no entanto, dizer como nem porquê. Repetiu que, se eleito for, governará em parcerias com a iniciativa privada, o Governo do Estado e do Governo Federal, citando o presidente Lula da Silva (PT) como seu parceiro. Foi, de longe, o maior provocador. O socialista esforçou-se para fazer o embate direto com o prefeito Eduardo Braide, e saiu do confronto como o candidato com as melhores condições de pedir ao eleitorado a realização de dois turnos em São Luís.

Única mulher na disputa, Flávia Alves (Solidariedade) repetiu o que dissera em outros debates, na maioria das vezes usando as mesmas frases, o que tirou um pouco o brilho da sua participação, sem, no entanto, comprometer a sua condição de candidata com os pés no chão. O mesmo aconteceu com Fábio Câmara (PDT), que vendendo simpatia repisou o discurso de campanha, ainda que acrescentando alguns dados novos do que seria o seu plano de Governo. Franklin Douglas (PSOL) e Saulo Arcangeli (PSTU) também repetiram quase que fielmente os seus roteiros de campanha, que é focado no plebiscito por meio do qual o eleitorado decidirá de a maioria concorda ou não com a implantação do passe livre para estruturantes no sistema de transporte de passa da Capital.

O debate na TV Mirante confirmou que Eduardo Braide é o favorito para vencer em turno único e o esforço que todos os seus oponentes fizerem no debate foi apelar ao eleitorado que leve a eleição para uma segunda rodada.

PONTO & CONTRAPONTO  

Citação da cadela de Duarte Jr. motivou candidatos a elogiarem seus vices

Os candidatos a vice-prefeito de São Luís por pouco não foram esquecidos pelos cabeças de chapa no debate de ontem na TV Mirante. Numa situação de fina ironia, coube à famosa cadela “Judite”, pertencente ao candidato Duarte Jr. colocar o tema no embate entre os candidatos.

Explica-se: numa estocada a Duarte Jr., Flávia Alves observou, em tom de ironia, que “Judite” tinha mais participação na campanha dele do que a candidata a vice da sua chapa Creuzamar Pinho (PT). O candidato socialista desviou a saia justa fazendo elogios à sua companheira de chapa, dizendo que ela é muito mais do que uma figuração, numa clara alusão provocadora à vice-prefeita e candidata à reeleição Esmênia Miranda (PSD).

O prefeito Eduardo Braide reagiu fazendo rasgados elogios à vice-prefeita. E Flávia Alves aproveitou para elogiar as candidatas femininas à vaga de vice. Na sequência, a maioria dos candidatos encontrou uma brecha para elogiar seus vices.

Wellington levou o tema corrupção para o debate e Braide reagiu duro

Um dos momentos mais tensos da campanha aconteceu quando Wellington do Curso relacionou o que seriam escândalos de desvio na Prefeitura: os casos da “merenda escolar”, “máfia do bandeco”, “contratos de emergência” e o caso do Clio vermelho e sua carga milionária. Eduardo Braide reagiu duro e pediu ao Ministério Público que investigue para onde foram R$ 2 milhões em emendas recebidos por Wellington do Curso, que em seguida foi mais cauteloso.

São Luís, 04 de Outubro de 2024.

Candidatos a prefeito de São Luís se enfrentarão hoje no decisivo debate da TV Mirante

Eduardo Braide, Duarte Jr., Wellington do Curso, Yglésio Moises, Flávia Alves,
Franklin Douglas e Saulo Arcangeli se medirão hoje no debate da TV Mirante

Num cenário de polarização mais que definida entre o prefeito Eduardo Braide (PSD) e o deputado federal Duarte Jr. (PSB), mas com a possibilidade concreta de que o pleito seja resolvido já no próximo domingo em turno único, os oito candidatos à Prefeitura de São Luís – além dos dois líderes, Wellington do Curso (Novo), Yglésio Moises (PRTB), Flávia Alves (SD), Fábio Câmara (PDT), Franklin Douglas (PSOL) e Saulo Arcangeli (PSTU) – se encontrarão hoje à noite para o que deve ser o momento mais decisivo da reta final da campanha: o tradicional debate na TV Mirante. Nele, o favorito atuará para manter sua liderança, o segundo colocado fará o possível para levar o desfecho da corrida para o segundo turno, e os demais tentarão de tudo para saírem inteiros das urnas, especialmente Wellington do Curso e Yglésio Moises, que daqui a dois anos tentarão renovar seus mandatos na Assembleia Legislativa.

O prefeito Eduardo Braide vai para o embate verbal ciente de que ele será o alvo preferencial, principalmente do socialista Duarte Jr., cuja campanha na TV tem sido dura com o chefe do Executivo municipal, que, aliás, reagiu duro nas inserções mais recentes. Eduardo Braide foi obrigado a ver e ouvir o repeteco por meio do qual tentam liga-lo ao Clio vermelho e o R$ 1,2 milhão. O prefeito já repetiu muitas vezes que nada tem a ver com o carro e com o dinheiro. Mas isso não satisfaz os seus concorrentes, que com certeza tentarão colocar o dinheiro na sua mesa. Com certeza ele levará alguns trunfos na manga da camisa para disparar contra os que o atacarem.

É improvável que durante o debate um dos candidatos, a começar por Duarte Jr., saque do colete algo que, revelado, coloque em risco a liderança do prefeito Eduardo Braide. Movido por uma campanha agressiva, o bolsonarista assumido Yglésio Moises investirá duro contra Eduardo Braide e Duarte Jr., já que de nada adiantaram suas tentativas de ganhar espaço atacando Wellington do Curso, para tirar dele o rótulo assumido de direita. Até porque, dependendo da maneira de como vier a atacar, o tiro poderá sair pela culatra, complicando ainda mais a sua posição na corrida. Como eles, os demais candidatos dificilmente terão condições de virar o jogo.

O prefeito Eduardo Braide não vai para o debate da TV Mirante inclinado a baixar a guarda. Até onde é possível perceber, ele só confirmou sua participação depois de se certificar de que o Clio vermelho não chegou à sua garagem e de que nada existe de errado na sua gestão na Prefeitura de São Luís. O mesmo parece acontecer com Duarte Jr., que vem se apresentando como um candidato acima de qualquer suspeita. Logo, se o embate descambar para a agressão, o maior evento da campanha terminará com o prefeito Eduardo Braide praticamente reeleito.

Vale registrar que o prefeito de São Luís tem a seu favor o mais forte dos argumentos de campanhas, os percentuais das pesquisas de intenção de voto. De acordo com a mais recente, realizada pela Quaest, encomendada pela própria TV Mirante, o prefeito tem nada menos que 63% das intenções de voto, o que indica a sua provável vitória no dia 6 de outubro, colocando 42 pontos percentuais sobre Duarte Jr., que aparece com 21%. O socialista, por sua vez, coloca 18 pontos percentuais sobre o terceiro colocado, Wellington do Curso, que tem 3%, seguido do bolsonarista Yglésio Moises com 2%, Fábio Câmara e Flávia Alves com 1% cada. Franklin Douglas (PSOL) e Saulo Arcangeli (PSTU) não pontuaram. Os indecisos somaram 5% e os que votarão em branco ou anularão o voto são 4%. (Pesquisa registrada no TSE sob o protocolo MA-06269/2024).

Se estiverem mesmo preocupados com os interesses da coletividade, os candidatos a prefeito de São Luís usarão o debate da TV Mirante como o momento maior da campanha de cada um.   

PONTO & CONTRAPONTO

Imperatriz: debate de hoje pode definir quem vai para o segundo turno

Rildo Amaral, Mariana Carvalho e
Josivaldo JP: quem vai para o
segundo turno em Imperatriz?

Os 201.917 eleitores de Imperatriz se concentrarão hoje no debate dos candidatos a prefeito na TV Mirante. O confronto reunirá os sete candidatos –  Rildo Amaral (PP), Mariana Carvalho (Republicanos), Josivaldo JP (PSD), Nilson Takashi (Novo), Marco Aurélio (PCdoB), Justino Filho (PMB) e Gabriel Araújo (PCB) – e definirá quais deles irão para o segundo turno. É voz corrente entre os observadores tocantinos que o deputado estadual Rildo Amaral deve ter seu passaporte carimbado para a segunda rodada, e que a grande disputa se dá entre Mariana Carvalho e Josivaldo JP pela segunda vaga.

Rildo Amaral, que tem o apoio do ministro do Esporte André Fufuca (PP) e do ex-prefeito Sebastião Madeira, presidente estadual do PSDB e chefe da Casa Civil do Governo do Estado, estaria consolidado cacife para sair das urnas como o primeiro colocado. Ele vem mantendo o volume de campanha, com liderança confiável.

O embate na reta final da campanha está se dando entre Mariana Carvalho e Josivaldo JP. Ela, que é apoiada pelo deputado federal Aluísio Mendes (Republicanos), vem crescendo desde o lançamento da sua candidatura, há alguns meses, manteve intacto o seu discurso de direita conservadora e ganhou impulso com a ida do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a Imperatriz. Há quem a veja crescendo.

Espécie de outsider, que segue o seu próprio caminho, o deputado federal Josivaldo JP passou a pré-campanha alternando a liderança nas pesquisas com Rildo Amaral. Na campanha propriamente dita, parou de crescer exatamente quando Mariana Carvalho entrou acusando-o de ser apoiado pelo prefeito Assis Ramos, cuja popularidade é muito baixa. Josivaldo JP reagiu atacando Mariana Carvalho. Desde então os dois brigam feio pela vaga no segundo turno.

O debate de hoje pode definir o adversário de Rildo Amaral na rodada final.

Termina hoje a campanha eleitoral

Começa a contagem regressiva para a votação de domingo

Termina hoje, à meia-noite, a campanha eleitoral para as eleições municipais, que serão realizadas domo, dia 6. O Calendário Eleitoral reza o seguinte para a data de 3 de outubro:

1. Último dia para a divulgação da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão relativa ao primeiro turno.
2. Último dia para a realização de comícios e utilização de aparelhagem de sonorização fixa, entre as 8h (oito horas) e as 24h (vinte e quatro horas), com exceção do comício de encerramento da campanha, que poderá ser prorrogado por mais 2 (duas) horas.
3. Último dia para a realização de debate no rádio e na televisão, admitida sua extensão até as 7h (sete horas) do dia 4 de outubro.

4. Data a partir da qual e até 7 de outubro, o juízo eleitoral ou o presidente da Mesa Receptora poderá expedir salvo-conduto em favor de eleitora ou de eleitor que sofrer violência moral ou física na sua liberdade de votar ou pelo fato de haver votado.

Em Tempo: desde o dia 1º e até o dia 8 de outubro, nenhum eleitor pode ser preso, salvo em flagrante delito.

É isso aí.

São Luís, 03 de Outubro de 2024.

PSB turbina campanha de candidatos na Grande Ilha na reta final da campanha

Carlos Brandão intensifica apoio a Duarte Jr.,
Dudu Diniz, Fred Campos e José Laci

O PSB decidiu jogar todo o peso do seu poder político e eleitoral num esforço para mudar o cenário da corrida às quatro prefeituras da Ilha de Upaon Açu:  São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa, onde tem candidatos aos comandos municipais. O governador Carlos Brandão (PSB) intensificou sua participação na campanha do partido na Grande Ilha e em diversos municípios do interior, num esforço para consolidar os que estão liderando a corrida e para turbinar os que estão em desvantagem e virar o jogo. O PSB e partidos aliados estão se movimentando para impulsionar as campanhas do deputado federal Duarte Jr. em São Luís, do vereador Dudu Diniz em São José de Ribamar, de José Laci em Raposa e fortalecer ainda a candidatura de Fred Campos em Paço do Lumiar.

Uma mudança radical foi observada na propaganda eleitoral do socialista Duarte Jr.. Além de continuar apontando problemas e propondo soluções, usando a didática como estratégia, a campanha do candidato do PSB intensificou o tiroteio contra o prefeito Eduardo Braide, ressuscitando o caso do Clio vermelho com R$ 1 milhão no porta-malas. O prefeito Eduardo Braide resolveu contra-atacar na propaganda eleitoral gratuita. Primeiro ele contra-atacou denúncias malfeitas, depois fez um vídeo denunciando os ataques que vem sofrendo, e ontem começou a veicular um vídeo longo, pesado, tentando mostrar que Duarte Jr. tem duas faces. Não será surpresa se esse bateu-levou vier a desaguar no debate da TV Mirante, amanhã, o único em que Eduardo Braide e Duarte Jr. se enfrentarão pessoalmente. O comando do PSB acredita numa disputa para valer na reta final.   

Na noite de segunda-feira, o governador Carlos Brandão foi para as ruas de São José de Ribamar participando do comando de um “arrastão” liderado pelo candidato do PSB a prefeito, Dudu Diniz. Ali, todas as pesquisas dão larga vantagem ao projeto de reeleição do prefeito Júlio Matos (Podemos), que está sendo apontado como virtualmente reeleito. A movimentação da segunda-feira na Cidade do Padroeiro, com uma multidão “arrastada” pelo candidato socialista Dudu Diniz levou alguns observadores a enxergar uma leve mudança no cenário da disputa, mesmo ainda considerando que o prefeito Júlio Matos continua franco favorito. Uma fonte palaciana previu que Júlio Matos vai se reeleger, mas com uma margem bem menor do que as pesquisas estão projetando.

O caso de Paço do Lumiar é diferenciado. Ali, depois da pancada que o candidato do PSB, Fred Campos, recebeu da Operação 18 Minutos, os demais candidatos, em especial Felipe Gonçalo (Mobiliza), ganharam fôlego. O episódio gerou a impressão de que Fred Campos sairia da corrida. Mas aconteceu exatamente o contrário: o candidato socialista resistiu e conseguiu sufocar a impressão de que estava politicamente acabado. Com o apoio do PSB e do próprio governador Carlos Brandão, Fred Campos intensificou sua campanha e voltou à condição de franco favorito, com larga margem de intenções de voto sobre o segundo, conforme as pesquisas mais recentes.

O que parecia um objetivo quase impossível de ser alcançado, o candidato do PSB em Raposa, José Laci, ganhou viabilidade, embora as pesquisas até agora indiquem a reeleição do prefeito Eudes Barros (PL). Com o apoio do governador Carlos Brandão, que já esteve ali em eventos de campanha, a possibilidade de uma virada de jogo passou a ser considerada viável. Há quem aposte que o prefeito Eudes Barros será reeleito, mas já haveria também quem acredita numa virada de mesa em Raposa em favor de José Laci, embora o prefeito Eudes Barros continue mantendo a liderança em intenções de voto, segundo as pesquisas mais recentes.

A investida do PSB na reta final da campanha animou os candidatos do partido, a começar por Duarte Jr., que passou a acreditar na hipótese de ir para um segundo turno com Eduardo Braide.

PONTO & CONTRAPONTO

Roberto Costa lidera a corrida em Bacabal e recebe apoio de Brandão e Iracema

Roberto Costa fala em Comício e recebe o apoio de
Carlos Brandão e Iracema Vale

Se a eleição para a Prefeitura de Bacabal fosse hoje, o deputado estadual Roberto Costa, candidato do MDB, seria eleito com mais de 15 pontos percentuais de vantagem sobre o segundo colocado, Marcos Miranda (União Brasil). Também concorrem Plínio Oliveira (Novo) e Jansen Penha (Mobiliza), que estão muito distantes dos dois primeiros, sem qualquer chance de reação.

É o que informa a pesquisa Prever, que encontrou o seguinte cenário: Roberto Costa teria 54,7% dos votos, seguido de Marcos Miranda com 36,5%, Plínio Oliveira com 2,9% e Jansen Penha com 0,2% Indecisos somaram 4,1% e 1,6% disseram que votariam nulo ou em branco.

Se não houver nenhum acidente de percurso, o emedebista Roberto Costa será eleito prefeito de Bacabal. Ele vem liderando a corrida desde as primeiras pesquisas, perdendo alguma gordura durante a campanhas, que está sendo muito dura, dado o poder financeiro e da maneira agressiva do candidato Marcos Miranda. Nesse contexto, nada menos que 59% dos eleitores ouvidos, entre eles apoiadores de outros candidatos, disseram que o futuro prefeito de Bacabal é o candidato do MDB.

Ontem, o governador Carlos Brandão (PSB) e a presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB), declararam apoio ao candidato Roberto Costa, em um vídeo divulgado nas redes sociais.

Bem-humorado, o governador Carlos Brandão disse que a prevista eleição de Roberto Costa fará com que ele, governador, perca o aliado no parlamento estadual: “É um grande parlamentar. É uma pena que a gente vai perder esse grande parlamentar”.

E a presidente Iracema Vale declarou que o candidato do MDB à Prefeitura de Bacabal “é uma das vozes mais fortes que tem na Assembleia Legislativa do Maranhão”.

Político experiente, que conhece bem a realidade política de Bacabal e do Maranhão como um todo, Roberto Costa vem enfrentando com equilíbrio a campanha agressiva de Marcos Miranda, que já é alvo de inquérito policial por atos vedados a candidatos.

Em Tempo: A pesquisa Prever ouviu 561 eleitores bacabalenses, tem margem de erro de 4,1 pontos percentuais, para maior ou para menos, intervalo de confiança de 95% e está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo MA-03261/2024.

Weverton se posiciona em Caxias, mas corre o risco de ver o PDT sumir do mapa política de São Luís

Weverton Rocha faz campanha
pelo 12 em vários municípios

O senador Werverton Rocha (PDT) finalmente se posicionou na corrida pela Prefeitura de Caxias, declarando apoio a Paulo Martinho Jr., que é do PL, mas tem como candidata a vice Thais Coutinho (PDT). Ele ficou algum tempo recuado, aguardando o desenrolar dos fatos, e só abraçou a candidatura de Paulo Marinho Jr. depois que seus aliados em Caxias cobraram uma posição clara e sua participação na campanha.

Weverton Rocha vem cumprindo uma agenda intensa de participação em campanhas de membros do partido ou de amigos, popularizando o número 12, como uma espécie de preparação para 2026.

Mas o que chama mesmo a atenção em relação ao senador Weverton Rocha é o fato de ele ter deixado a corrida eleitoral de São Luís em segundo plano. O candidato a prefeito, Fábio Câmara, está abandonado à própria sorte. Mais grave ainda: todos os cálculos feitos até agora indicam que o PDT corre o risco de fazer apenas um vereador, tendo quem afirme que o partido de Jackson Lago pode ser varrido da vida política de São Luís.

São Luís, 02 de Outubro de 2024.    

Disputa em Colinas confronta brandonistas e dinistas e ganha repercussão estadual

Renato Santos (centro), apoiado por Marcus Brandão e Orleans Brandão e
Iracema Vale, e Márcio Jerry com o irmão e candidato João Haroldo

Estava escrito nas estrelas que a corrida para a Prefeitura de Colinas (42 mil habitantes) seria uma das mais acirradas pelo fato de que o município é  base de dois grupos fortes no contexto político do Maranhão atual: o grupo Brandão, comandado pelo governador Carlos Brandão (PSB) e pelo seu irmão, Marcus Brandão, presidente regional do MDB, e que tem como candidato Renato Santos (MDB), e o grupo Barroso, de viés dinista, que tem à frente o presidente regional do PCdoB, deputado federal Márcio Jerry, e cujo candidato é o atual vice-prefeito João Haroldo (PCdoB). Ali a disputa é intensa, não havendo um só dia sem que os dois grupos troquem farpas, muitas delas ferinas. O embate entre as duas famílias está atraindo a atenção do Maranhão político, uma vez que ele é um reflexo das tensões que têm movido os entornos do governador Carlos Brandão e do atual ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF) visando o cenário para 2026.

No final da semana que passou, por exemplo, o deputado federal Márcio Jerry, em discurso na companhia do irmão candidato a prefeito, atacou duramente o candidato Renato Santos, que segundo as pesquisas mais recentes lidera a corrida Márcio Jerry disse que ele “erregou” de um desafio para um debate, sugerindo que o candidato emedebista seria “pau mandado” de alguém Na contrafeita, o presidente do MDB, Marcus Brandão disparou contra os Barroso, afirmando eles não sabem nem administrar a padaria da família.

Conhecida como “Princesinha do Sertão Maranhense”, 437 quilômetros distante de São Luís, Colinas é um importante polo da chamada Região do Alpercatas e teve sua importância política ampliada com a eleição de Carlos Brandão para vice-governador e de Márcio Jerry para deputado federal em 2018. Em 2020, Márcio Jerry emplacou seu irmão, João Haroldo Barroso (PCdoB) como vice de Valmiria Miranda (Republicanos), prefeita eleita com o apoio do grupo Brandão. Teria havido um acordo qual João Haroldo seria o candidato da aliança nestas eleições. Tal acordo, porém, não foi reconhecido pelo grupo Brandão, que decidiu lançar Renato Santos (MDB), tendo o atual vice-prefeito como adversário.

O rompimento entre os dois grupos se deu em meio ao tenso afastamento do grupo Brandão do grupo Dinista, que vem ganhando força desde que o governador Carlos Brandão foi reeleito em 2022. Esse novo cenário no âmbito estadual ganhou força destacada em Colinas, à medida que o conflito Brandão/Dino foi transformado numa tensa guerra política familiar. Ali, Márcio Jerry, como apoio de remanescentes dinistas, lançou a candidatura de João Haroldo num movimento politicamente forte. Só que o grupo Brandão tem se revelado bem mais forte, levando o candidato Renato Santos à liderança da corrida pela Prefeitura, com João Haroldo em segundo lugar, conforme todas as pesquisas mais recentes.

A campanha pelo comando político e administrativo de Colinas vem se dando num clima de forte embate entre Márcio Jerry e Marcus Brandão, com repercussão muito além das fronteiras do município. O próprio governador Carlos Brandão, que a princípio se manteve distante desse embate, já foi a Colinas e discursou em favor de Renato Santos, mas sem fazer ataques a João Haroldo. A medição de força na “Princesinha do Sertão Maranhense” ganhou importância excepcional. Tanto que no meio político se diz que quem quiser saber a quantas anda a relação do governador Carlos Brandão com o grupo dinista que preste atenção nos movimentos da campanha para a Prefeitura de Colinas.

Todas as avaliações ouvidas pela Coluna indicam ser nítida a tendência em Colinas é a de que o grupo Brandão saia vitorioso nas urnas, com a eleição do emedebista Renato Santos, aliado incondicional do governador Carlos Brandão.

PONTO & CONTRAPONTO

Pesquisas mostram cenários radicalmente diferentes em Paço do Lumiar

Fred Campos e Felipe Gonçalo: pesquisas
apontam cenários diferentes

Não se discute que depois da Operação 18 Minutos a corrida eleitoral em Paço do Lumiar sofreu um forte abalo, com a possibilidade de reposicionamento dos candidatos à Prefeitura, em especial o candidato do PSB, Fred Campos. Mas também é visível que diante daquele episódio, que vem ecoando ao longo da campanha, os outros candidatos, notadamente Felipe Gonçalo, do Mobiliza, estão jogando pesado para reverter o quadro de favoritismo do candidato do PSB. Essa situação esdrúxula foi mostrada em duas pesquisas de intenção de voto divulgadas ontem. Elas foram feitas no mesmo período e ouviu números aproximados de eleitores.

A pesquisa do Contato Pesquisa mostra um cenário altamente favorável ao candidato do PSB, sendo esses os números encontrados: Fred Campos com 56,67%, Felipe Gonçalo com 10,17%, Jorge Marú com 3,17% e Francisco Neto e Luana Peixoto empatados, cada um com 1,16%. Nessa pesquisa, 14,6% não souberam responder e 13% não querem nenhum.

Já pesquisa do Qualitativa encontrou um cenário radicalmente diferente, mostrando Fred Campos com 36,8% e Felipe Gonçalo com 36,3%, rigorosamente empatados, portanto. Ambos são seguidos por Jorge Maru (Solidariedade) com 6,8%, Francisco Neto (Novo) com 3% e Luana Peixoto (Democracia Cristã) com 2,6%. 10% se mostraram indecisos e 4,4% não querem nenhum, preferindo votar nulo ou em brancos.

Em Tempo: O levantamento da Contato Pesquisa ouviu 600 eleitores entre 25 e 28 de setembro, tem margem de erro de 3,99 pontos percentuais, para mais ou para menos, intervalo de confiança de 95% e está registrada no TSE sob o protocolo MA-07843/2024. Por sua vez, a pesquisa Qualitativa ouviu 400 eleitores de 24 a 26 de setembro, tem margem de erro de 4,89 pontos percentuais, para mais ou para menos, intervalo de confiança de 95% está registrada no TSE sob o protocolo MA-00349/2024.

Está mais que claro que existe nesse caso um conflito de informação, que deveria ser apurado pelo Ministério Público Eleitoral.

Parceria do Governo do Estado com o SET renova frota de ônibus que interliga a Grande Ilha

Carlos Brandão e Adriano Sarney diante dos
coletivos, que são apresentados pelo governador

O Governo do Estado, por meio da Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB), entregou 75 ônibus do programa de renovação da frota de transporte coletivo que faz a interligação da Ilha de Upaon Açu. A entrega foi feita pelo governador Carlos Brandão, que assim deu um passo largo no sentido de tornar mais o sistema de transporte de massa que interliga São Luís, Paço do Lumiar, São José de Ribamar e Raposa. Os veículos entregues na tarde de sábado representam 20% da frota metropolitana, segundo o presidente da MOB, economista Adriano Sarney.

Adquiridos sem custo para o Tesouro Estadual, os ônibus são parte de uma parceria do Governo do Estado com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET). Todos os veículos entregues estão equipados com Plataforma Elevatória Veicular (PEV), que assegura embarque e desembarque seguro para pessoas com deficiência motora.

No ato, o governador Carlos Brandão assinalou: “Na relação custo/benefício é positivo para o estado. O governo subsidia cerca de 30% das passagens para o SET, que recompensa com investimentos. Como resultado estamos entregando 75 ônibus para a frota. Esta parceria inclui, ainda, exigências para a prestação de um bom serviço. Lembrando que existe também a fiscalização realizada pela MOB, que é importante para assegurar um bom serviço à população”.

A entrega simbólica foi realizada durante a manhã de sábado no prolongamento da Avenida Litorânea, com a presença de membros do Governo e representantes das empresas que formam o SET.

São Luís, 01 de Outubro de 2024.

Campanha de Duarte Jr. atraiu ministros e recados sobre a unidade do grupo liderado por Brandão

Líder e apoiadores reforçam apoio a Duarte Jr.; Alexandre
Padilha reafirma apoio de Lula da Silva a Carlos Brandão
e Iracema Vale diz que governador não quer briga

O ato em torno da candidatura do deputado federal Duarte Jr. (PSB) à Prefeitura de São Luís, que trouxe ao Maranhão, na última quinta-feira (26), os ministros políticos do Governo Lula da Silva (PT), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Márcio Macedo (Secretaria-geral da Presidência da República), ao mesmo tempo em que foi um movimento positivo para a campanha de Duarte Jr., o ato produziu também dois recados eloquentes relacionados com o clima de rompimento que vem afetando seriamente a base governista no estado. O primeiro: o governador Carlos Brandão (PSB) tem o comando pleno do Estado e uma base política forte. O segundo: o presidente Lula da Silva tem o governador Carlos Brandão na conta de um aliado de primeira linha, que faz um bom Governo, e não avaliza os movimentos que estão arrastando o grupo alinhado para o rompimento.

Convocada para ser um ato de mobilização em apoio à candidatura de Duarte Jr. ao Palácio de la Ravardière, numa demonstração do seu prestígio no Palácio do Planalto, a reunião cumpriu essa finalidade. Mas, como era previsível, avançou e traduziu, com clareza solar, o afastamento entre o governador Carlos Brandão e o grupo fiel à orientação política do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A demonstração mais nítida e eloquente desse clima foi dada pela presidente da Assembleia Legislativa, deputada Iracema Vale (PSB), aliada de primeira hora do governador Carlos Brandão, que direcionou sua fala exatamente para esse ponto, declarando que o chefe do Executivo não quer briga, mas também não vai abrir mão do poder que detém como líder de um grande grupo, que representa larga maioria na Assembleia Legislativa, por exemplo. Ela definiu o chefe do Governo como articulador e conciliador: “Só briga com o governador Carlos Brandão quem quer, ministro. E briga sozinho”.

Os dois ministros referendaram as palavras da presidente da Assembleia Legislativa e deixaram no ar forte impressão de que o Palácio do Planalto comunga inteiramente com essas suas colocações. Nas conversas reservadas, os ministros Alexandre Padilha e Márcio Macedo fizeram gestões para que o grupo permaneça unido, informando aos líderes maranhenses que esse é o interesse do presidente Lua da Silva. O recado nesse sentido foi dado aos líderes da aliança partidária ainda mantida integralmente, como o presidente do PCdoB, deputado federal Márcio Jerry – tido como líder do grupo dinista -, os dirigentes do PT, o presidente estadual do MDB, Marcus Brandão, coordenador da campanha de Duarte Jr. e apontado como um dos principais conselheiros do governador Carlos Brandão.

O ato político produziu o que os seus organizadores previram. O candidato Duarte Jr. recebeu a reafirmação de apoio integral da base governista a que pertence e também da corrente dinista. Ali ficou acertado que na semana decisiva da corrida eleitoral ele terá aumentado expressivamente o seu volume de campanha, num grande esforço para levar a eleição para um segundo turno entre ele e o prefeito Eduardo Braide (PSD). Os estrategistas da campanha do candidato socialista acreditam que, mesmo diante da vantagem quilométrica do prefeito Eduardo Braide, na eventualidade de um segundo turno, que avaliam como “uma nova eleição”, há uma possibilidade de reverter a tendência. O fato é que a reunião animou a campanha de Duarte Jr..

Os resultados concretos desses gestos conciliatórios só serão cristalizados depois das eleições municipais, quando forem avaliados os resultados, que indicarão quem levará a melhor, quem continuará na mesma e quem perderá espaço no xadrez da política estadual, que tem no apoio de prefeitos o seu combustível essencial para a grande corrida eleitoral de 2026. O importante agora, para todos os envolvidos na disputa municipal, é reunir todos os meios e tentar sair com bons resultados nas urnas.

PONTO & CONTRAPONTO

Cenário em grandes municípios é de algumas definições e várias incertezas

Eduardo Braide lidera em São Luís e Júlio Matos
em São José de Ribamar

Faltando exatamente uma semana para as eleições, o cenário é diferenciado nos grandes municípios, com desfechos claramente desenhados e outros rigorosamente imprevisíveis.

São Luís e São José de Ribamar lideram o grupo de grandes cidades onde as disputas eleitorais parecem resolvidas. Na Capital, todas as indicações levam à reeleição do prefeito Eduardo Braide (PSD). Em São José de Ribamar, o quinto maior município maranhense, é quase certo que o prefeito Júlio Matos (Podemos), apoiado pelo deputado federal Fábio Macedo (Podemos), será reeleito.

O ranking da indefinição é liderado por Imperatriz, onde os números indicam que haverá segundo turno. Esses mesmos indicadores apontam o deputado estadual Rildo Amaral (PP), apoiado pelo ministro André Fufuca (Esporte) e pelo ex-prefeito Sebastião Madeira (PSDB), como garantido na segunda rodada. A luta dura está sendo travada pelo segundo lugar para o segundo turno: entre a suplemente de deputado federal Mariana Carvalho (Republicanos), bolsonarista apoiada pelo deputado federal Aluísio Mendes (Republicanos), e o deputado federal Josivaldo JP (PSD), que tem o apoio do ex-prefeito Ildon Marques.

O cenário é o mesmo em Timon, onde as pesquisas apontam uma leve tendência pró-Dinair Veloso (PDT), apoiada pelo PT nacional e pelo senador Weverton Rocha (PDT), e Rafael (PSB), apoiado pelo governador Carlos Brandão, que aposta alto numa virada de jogo. E em Caxias, onde é rigorosamente imprevisível o desfecho da disputa entre Gentil Neto (PP), apoiado pelo governador Carlos Brandão, pelo ministro André Fufuca, e pelos grupos Gentil e Coutinho, e Paulo Marinho Jr. (PL), que tem o apoio do deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) e do senador Weverton Rocha.

A disputa em Codó ganhou força entre o prefeito Zé Francisco (PSDB), que parecia fragilizado e reagiu, e Chiquinho da FC (PT), cuja eleição, que muitos julgavam certa, não é mais uma certeza absoluta. E, finalmente, em Pinheiro, a corrida continua sendo liderada por André da RalpNet (Podemos), mas agora seguido de perto por Batista Segundo (PL) e Kaio Hortegal (PP). Observadores de Pinheiro não batem martelo, preferindo aguardar o pronunciamento das urnas.

Com apenas quatro candidatos, o debate na TV Cidade (Record) foi inócuo

Flávia Alves, Franklin Douglas, Saulo Arcangeli e
Yglésio Moises participaram do debate da Record

Absolutamente inócuo o debate realizado na noite de sábado pela TV Cidade (Record) entre quatro dos oito candidatos à Prefeitura de São Luís. Sem a presença de Eduardo Braide (PSD), Duarte Jr. (PSB), Wellington do Curso (Novo) e Fábio Câmara (PDT), o debate aconteceu apenas com os candidatos Yglésio Moises (PRTB), Flávia Alves (Solidariedade), Franklin Douglas (PSOL) e Saulo Arcangeli (PSTU).

Por uma desafinada coincidência, os quatro candidatos que participaram foram exatamente os menos preferidos pelos eleitores, segundo as pesquisas feitas para medir as preferências do eleitorado. De acordo com a pesquisa mais recente, a da Quaest, contratada pela TV Mirante, juntos, Yglésio Moises, Flávia Alves, Franklin Douglas e Saulo Arcangeli não alcançam 5% das intenções de voto, a começar pelo fato de que os dois últimos simplesmente não pontuaram.

Os candidatos que participaram, mesmo visivelmente desanimados, tentaram dar alguma razão se ser ao evento da Record. Flávia Alves confirmou ser uma novidade política positiva, com um discurso coerente e uma visão surpreendente da cidade e seus problemas. Franklin Douglas se mostrou com o sempre: bem informado, equilibrado e fiel à decisão do seu partido de fazer nestas eleições uma campanha nacional pelo passe livre estudantil no transporte coletivo, projeto aliás, abraçado por Duarte Jr. e Saulo Arcangeli. Este último reafirmou a linha estatizante da esquerda radical, defendendo firmemente a criação de uma empresa municipal para cuidar do transporte coletivo, incluindo a desapropriação dos veículos das atuais empresas.

E, finalmente, Yglésio Moises, que tentou criar clima por causa de interpretação de um item das regras do debate, reclamou da ausência do prefeito Eduardo Braide, tentou provocar a esquerda, mas levou rebordosa, e aproveitou o espaço para declarar “amor” pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, “meu líder, meu guia”.

Nada além disso.

São Luís, 29 de Setembro de 2024.