O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, candidato do PSDB a presidente da República, desembarca em São Luís nesta sexta-feira, para o que deverá ser a primeira incursão de pré-campanha de um presidenciável ao Maranhão. Com o ato, para o qual o próprio Alckmin está convidando em vídeo divulgado nas redes sociais, o senador Roberto Rocha sai na frente como candidato a governador do Estado, num indicador claro e indiscutível de que o seu projeto eleitoral está consolidado e é irreversível, como o são também as candidaturas do ex-governador José Reinaldo Tavares e do deputado estadual Alexandre Almeida ao Senado. O evento servirá para o presidenciável tucano fincar seu estandarte de campanha em território maranhense e acenderá sinal verde para que Roberto Rocha dê a largada na sua pré-campanha, para assim levar o seu nome às mais diferentes regiões do Maranhão. Além disso, o PSDB quer mostrar que, assim como o PCdoB, já tem chapa pronta de cabo a rabo e um projeto definido para o estado e para o País.
Os tucanos estão apostando alto na vinda de Geraldo Alckmin ao Maranhão, para cumprir agenda que inclui encontro com universitários do UniCeuma, empresários e políticos, além de se reunir com o comando PSDB no estado. Mostram-se confiantes de que a palavra do presidenciável passe aos políticos e aos eleitores maranhenses a certeza de que sua candidatura ao Palácio do Planalto é viável e que a do senador Roberto Rocha ao Palácio dos Leões é um projeto com lastro para se viabilizar. No convite ao ato, Geraldo Alckmin fala na “reunião dos partidos” que se aliarão ao PSDB na empreitada, o que será uma surpresa, já que até agora não se teve notícia de que alguma legenda estivesse disposta a se associar à agremiação tucana em aliança para as eleições. Pode ser que dessa aliança ainda a ser revelada saia o candidato à vice de Roberto Rocha.
Se não é confortável no aspecto eleitoral, o projeto do PSDB no Maranhão tem um claro fundamento político. O senador Roberto Rocha não é uma novidade como candidato a governador e o ex-governador Geraldo Alckmin já esteve no estado como adversário de Lula da Silva (PT) na corrida presidencial de 2010. Os dois projetos anteriores sofreram fracasso retumbante – Roberto Rocha desistiu antes da hora em favor de Jackson Lago (PDT) em 2002, e Geraldo Alckmin foi esmagado nas urnas pelo líder petista em 2006, a exemplo do que aconteceu com seu colega José Serra em 2002. Nas eleições de agora, Roberto Rocha vai enfrentar ninguém menos que o governador Flávio Dino (PCdoB), que segue fortemente embalado em busca da reeleição, o que significa um quadro de gigantescas dificuldades para o tucano. Geraldo Alckmin parece ter situação menos complicada, pelo menos até agora, à medida que ainda não existe no cenário maranhense um presidenciável forte e associado ao governador Flávio Dino ou à ex-governadora Roseana Sarney (MDB). O fato de saírem na frente como uma chapa consolidada pode ser uma vantagem.
Num cenário mais amplo, os tucanos abriram caminho para que Roberto Rocha e Geraldo Alkmin formem uma espécie de “terceira via” no Maranhão, a começar pelo fato de que, a jugar pelo quadro mostrado pelas pesquisas feitas até agora, a disputa caminha para uma polarização entre o governador Flávio Dino e a ex-governadora Roseana Sarney. Em conversas reservadas, porém, Roberto Rocha rascunha um cenário em que, dependendo de algumas circunstâncias e articulações, ele poderá tornar-se o principal adversário do governador. No meio político, porém, há quem veja a posição do senador em perspectiva bem menos otimista, mas como em política nem tudo é o que parece, principalmente na fase inicial de uma guerra eleitoral, o melhor é aguardar o desenrolar dos fatos.
Independente do que possa acontecer e dos desdobramentos que vier produzir, a visita do presidenciável Geraldo Alckmin ao Maranhão nesta sexta-feira será um evento importante, pois sinalizará com clareza que a corrida eleitoral começa de fato a ganhar corpo no Maranhão.
PONTO & CONTRAPONTO
Deputados retomam hoje atividades com os ânimos mais serenados
Os deputados estaduais voltam hoje ao batente, depois do feriadão. Depois dos acontecimentos da semana que passou, quando o Plenário Gervásio Santos quase foi incendiado pela temperatura elevada dos embates entre oposicionistas e governistas, a expectativa é a de que os deputados retornem com os ânimos mais serenados. Para começar, tudo indica que a lambança na PM teve esgotado o seu potencial de exploração política por parte da Oposição, que não encontrou fato novo no assunto e se retomá-lo, será pela via da repetição. Mas ninguém se iluda: diante da possibilidade real e concreta de reeleição do governador Flávio Dino, a brigada do Grupo Sarney e seus aliados – entre eles o deputado e provável candidato a governador Eduardo Braide (PMN) – vão usar todos os recursos políticos ao seu alcance para minar o poder de fogo do governador Flávio Dino. Os governistas, claro, liderados pelo deputado Rogério Cafeteira (DEN) e pelo deputado Rafael Leitoa (PDT), vão continuar a postos, tudo indica preparados para rebater a pancadaria verbal e tratando de “vender” as conquistas do Governo, agora com mais intensidade. Em meio a esse clima de tensão, o presidente Othelino Neto (PCdoB) terá de usar toda a autoridade que o cargo lhe confere, sua habilidade e capacidade de articulação para evitar que o plenário não se transforme num campo de guerra por conta da disputa eleitoral.
Vereadores montam chapa única para resolver crise na Câmara de São Luís
Os vereadores de São Luís passaram o feriadão mergulhados em articulações e negociações para formar a chapa que será chancelada pelo plenário na próxima semana. Diante do posicionamento da maioria em torno da candidatura do vereador Osmar Filho (PDT) a presidente, o grupo que se posicionava em torno do presidente Astro de Ogum (PMN) – que armou uma grande jogada para se reeleger, mas fracassou – aceitou a proposta de chapa única com Osmar Filho na cabeça, deixando os demais cargos livres para uma ampla composição entre as correntes que integram a Casa. A composição da chapa será anunciada até o final da semana, quando a guerra pelo comando do Palácio Pedro Neiva de Santana estará resolvida com a eleição da nova Mesa Diretora, que assumirá em fevereiro do ano que vem.
São Luís, 02 de Maio de 2018.
Osmar,não brinque com sua turma com os poderes do Astro de Ogum. Ganancia mata criança. Os anos de 2017 e 2018 são anos de cobrança e justiça na terra.
Os anos de 2017 e 2018 são anos de cobrança e prestações de conta para muitos na terra.O que você plantar colherá. A câmara Municipal está cheia de pessoas que fingem amar a cidade.Só pensam neles próprios e o povo que se dane.