André Fufuca diz que candidatura ao Senado está nas mãos de Deus e dos seus aliados

André Fufuca: pré-candidato

“Eu acredito muito que a vontade de Deus sempre será feita, então eu deixo na mão de Deus. Porém, a construção de um projeto depende da gente, eu trabalho muito para que a gente possa construir um projeto majoritário dentro do Progressistas. Se for da vontade de Deus que seja feita, se for da vontade dos nossos amigos, dos nossos aliados, das pessoas que caminham conosco, que seja feita essa vontade”.

Com essa declaração, na qual revela que, a seu ver, uma candidatura ao Senado, no seu caso, depende da soma da vontade divina com a vontade dos homens, o ministro do Esporte, André Fufuca, não deixou dúvida, ontem, em entrevista à Rádio FM Mirante News, de que está, de fato, construindo o que chamou de “projeto majoritário” no braço do PP no Maranhão, do qual é o líder maior. Com a declaração, o ministro, que é deputado federal, sinaliza com clareza, que está, de fato, na disputa por uma das duas vagas no Senado que serão preenchidas nas eleições de 2026. E que, a julgar pela movimentação dos grupos, será uma das mais difíceis dos últimos tempos no estado.

Essa corrida começa com o fato de que dois dos três senadores maranhenses, Eliziane Gama (PSD) e Weverton Rocha (PDT), se movimentam com a intenção de renovarem seus mandatos. Ocorre que, como manda a tradição, o governador Carlos Brandão (PSB) é nome fortíssimo para uma das vagas de senador, ainda que ele até agora não tenha batido martelo sobre o seu futuro político, só admitindo que tudo vai depender da “evolução dos acontecimentos”. Assim, pelo menos até o momento, os dois senadores e o ministro André Fufuca trabalham no que já se convencionou chamar de “segunda vaga”, já que nenhum dos três manifestou a intenção de disputar a cadeira que poderá ter o governador Carlos Brandão como candidato. Ao contrário, todos gostariam de ser o seu parceiro de chapa.

Com um mandato de deputado estadual e no exercício do terceiro de deputado federal, credenciado por um currículo que inclui a presidência nacional do partido, a liderança da bancada do PP na Câmara Federal, da qual já foi presidente e, agora, a condição de ministro de Estado do Esporte, André Fufuca aspira uma cadeira de senador com as condições possíveis para viabilizar a sua candidatura. Mas a base maior do seu projeto é o lastro partidário: o seu partido, o PP, saiu das urnas com 30 prefeitos, entre eles os de Imperatriz, Caxias e Santa Inês, municípios importantes e estratégicos no viés político.

No campo estritamente político, o ministro do Esporte vem dando forma ao “projeto majoritário” do PP movido por dois vetores. O primeiro é o da movimentação cuidadosa, dando um passo de cada vez e sem abrir frente de conflitos. O outro é a ação política efetiva, que tem por base o fortalecimento partidário. Isso ficou muito claro nas eleições municipais, qual ele tirou duas semanas de férias do ministério e mergulhou de cabeça na campanha dos candidatos do seu partido em todo o estado, com foco nos grandes centros. Saiu do processo duas vezes mais forte do que entrou. Só a partir de então começou a traçar com mais clareza as linhas do “projeto majoritário” do PP no Maranhão.

É claro que já dono de experiência de raposa traquejada, em que pese a pouca idade, o ministro André Fufuca sabe que muita água ainda vai rolar sob a ponte que leva às suas cadeiras no Senado. Mas parece convencido de que, com a ajuda divina e dos seus aliados e apoiadores, é esse o momento de dar esse passo, ciente dos riscos, mas também confiante no seu cacife político e partidário.

PONTO & CONTRAPONTO

Políticos avaliam que reunião do governador com prefeitos foi oportuna e produtiva

Entre o presidente da Famem, Bigu de Oliveira, e a primeira-dama Larissa Brandão, Carlos Brandão no encontro em que reuniu prefeitos eleitos e reeleitos no pleito de outubro

Continua repercutindo no meio político o evento em que o governador Carlos Brandão reuniu, na última sexta-feira (1º) prefeitos eleitos e reeleitos para celebrar o mapa político e administrativo desenhado pelas urnas.

Na avaliação de políticos governistas e não governistas, o encontro, que reuniu mais de 150 prefeitos e reeleitos, foi altamente oportuno e produtivo, a começar pelo fato de que o ponto central foi a iniciativa do Palácio dos Leões de estabelecer uma relação institucional com os novos chefes municipais, o que foi alcançado a contento.

Conhecedor profundo do perfil político do Maranhão, o governador Carlos Brandão saudou os presentes na medida certa, a começar pelo fato de que colocou o Governo à disposição dos novos dirigentes municipais, chegando ao ponto de apresentar todos os secretários, chefes de autarquias e de empresas públicas.

O objetivo básico do evento foi estabelecer essa relação, até porque a nela pontos que independem da vontade do governador e do prefeito, como o que envolve a parte tributária. Mas uma convivência institucional tranquila e aberta é suficiente para que a máquina pública nos dois níveis funcione bem.

Agora, nada impede que no futuro essa convivência institucional se transformar numa relação política, que é o que costuma acontecer.

Pacheco diz que Eliziane tem estatura para presidir o Senado

Eliziane Gama elogiada
por Rodrigo Pacheco

A senadora Eliziane Gama (PSD) formalizou sua pré-candidatura à presidência do Senado e do Congresso Nacional. No ato, ouviu do presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (PSD/MG) palavras de apoio e agradecimento.

Rodrigo Pacheco disse que que Eliziane Gama teve papel relevante e decisivo em vários momentos de crise na instituição e que foi sobretudo pelo esforço que ela fez, que ele apoiou, por exemplo, a criação da Bancada Feminina, da qual a senadora maranhense foi uma das principais articuladoras.

O presidente do Senado assinalou também o desempenho da senadora maranhense com o legisladora, lembrando que ele foi um dos quadros mais produtivos da Casa nos últimos seis anos. Isso sem falar na atuação parlamentar intensa, como debatedora no plenário e como presidente e relatora de comissões importantes, como as CPIs da Covid e do 8 de Janeiro, da qual foi responsável perlo relatório.

Em resumo, o presidente Rodrigo Pacheco disse que a senadora Eliziane Gama tem estatura para substituí-lo como a primeira mulher a comandar o Congresso Nacional.

São Luís, 05 de Novembro de 2024.

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